"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

DOENÇAS E VIROSES


Alguns organismos reagem, outros aceitam o vírus, mas não se deixam se abater, outros tantos são campos férteis para a invasão virótica.
Temos o conhecimento que as nossas experimentações no processo reencarnatório, isto é, nas diversas personalidades que vamos ocupando, durante nossas múltiplas vidas, serão inelutavelmente absorvidas para espírito.
Por: Saulo de Tarso 
Quando as experiências absorvidas representam condições de uma valorosa ética, portanto, vivências sadias, a elaboração nos alicerces do espírito terá características positiva, criando núcleos que vão traduzindo avanço no processo evolutivo. Assim sendo, as irradiações dessas fontes de específicas energias para os campos da zona consciente serão de tal modo ajustadas e harmônicas que, naturalmente refletirão defesa para os fatores externos, que aí consideremos as chamadas viroses e etc.
De outro modo, se as vidas pretéritas possuirem características destoantes e negativas, a absorção desse bloco de energias fará nascer núcleos igualmente deficientes e deformantes. Como são vórtices em constante efusão, levarão, para a zona física que orientam, o teor qualitativo de suas próprias energias.
As razões das ações e reações que se passam nos seres, onde cada qual colhe aquilo que semeou no rosário das etapas reencarnatórias, os campos energéticos internos estão livres de deformações, é lógico que o sistema imunológico da organização física terá forte amparo, explicando por que determinados indivíduos são praticamente fortes em face das viroses de qualquer natureza, dentre elas citamos: degenerativa, infecciosas, agudas, etc. 
Quando o indivíduo traz consigo, desde o nascimento, tendências para doenças ou certo grupo de doenças, faz crer que o seu sistema de defesa já estaria enfraquecido e com facilidade participando de quadros patológicos. As doenças, pelo desencadeamento de dores e desajustes, constituem mecanismo liberatório, por excelência, dos espíritos endividados ou carentes de evolução.
No momento atual do orbe terreno, em profundas transformações, a humanidade encontra também as respostas de forma imediata e até certo ponto violentas. Como se fossem as deficiências da alma exigissem, com certa presteza e rapidez, ajustamento, equilíbrio e clarificações.
Deus não castiga ninguém, por excelência podemos afirmar que é somente amor. Dessa maneira, entendemos que somos nós, com a nossa psicosfera, que estamos nutrindo e articulando a exaltação das forças negativas, não só a onda virótica do momento "gripe A1N1" , mas principalmente, o desajuste mental, encontram o campo propício às suas inserções.
Necessário se faz a Humanidade destruir o egoísmo, para a grande construção do amor. É ela, a Humanidade que fará o ajuste, fazendo renascer o remédio dentro de um campo ajustado de cooperação mútua, na edificação do amor pela causa da vida.
Publicado na edição 51 do  Correio Espírita  -  Setembro de 2009.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Personalidades do mundo da arte cativados pelo consolo da Doutrina Espírita

Os ensinamentos da Doutrina Espírita têm sido usados em vários produtos de mídia: peças de teatro, novelas e filmes, além de publicidade, trazem mensagens baseadas no Espiritismo. Vários produtores, diretores e atores divulgam a Doutrina que consola os corações, como os atores Paulo Goullart e Nicette Bruno, que praticam o Espiritismo há mais de 40 anos e passaram a crença nestes ensinamentos para seus filhos. 

Outro destaque é Caio Blat, ator que tem atuado como protagonista de várias novelas da Rede Globo e que foi conquistado pela lógica da Doutrina ao ver suas explicações para os fatos da vida explicados por meio da justiça divina. A atriz Ana Rosa encontrou conforto na filosofia revelada pelos Espíritos, após perder dois filhos e chegou a conhecer o médium Chico Xavier. A atriz brilhou ao interpretar uma médium na primeira versão da novela “A Viagem” escrita por Ivani Ribeiro. 

Carlos Vereza estuda o Espiritismo há 18 anos e interpretou Bezerra de Menezes nos cinemas em 2008. Este ano, o ator produziu o áudio livro de O Livro dos Espíritos, ao lado de sua filha Larissa Vereza, com a finalidade de dinamizar o acesso à obra e dar oportunidade, a vários deficientes físicos e analfabetos, de usufruir a obra. A top model Raica de Oliveira foi educada à luz do evangelho e tem tornado público o seu apreço ao modo regenerador como os preceitos espíritas oferece àqueles que os aceitam. 

Nomes do mundo do esporte como os jogadores Magic Paula e Tande também aceitam os princípios espíritas. A ex-jogadora de basquete descobriu o Espiritismo pela indicação de uma amiga e diz ter se encontrado após sentir uma angústia física. O jogador Tande encontrou consolo no Espiritismo ao perder a mãe e passou para a família o aprendizado sobre os planos espirituais. 

Outros se consideram simpatizantes do Espiritismo, herdando dos pais e avós a crença na sobrevivência da alma e nos ensinamentos da fé, como é o caso da atriz Cléo Pires e do pai, o cantor Fábio Junior, da atriz Juliana Paes e do tenista Gustavo Kuerten. 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística calcula que existam 20 milhões de adeptos e simpatizantes da Doutrina Espírita. As palavras de consolo, as obras de singular conteúdo e o exercício do amor e da caridade têm cativado o coração de diversos brasileiros que, de 16 a 18 de abril de 2010, no 3º Congresso Espírita Brasileiro, a se realizar em Brasília, prestarão homenagens ao centenário de um dos maiores divulgadores do Espiritismo, Chico Xavier.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A conquista da memória

A ciência está desvendando os mecanismos biológicos que nos permitem lembrar e esquecer – e já prevê aplicar  esses conhecimentos em terapias que melhoram a capacidade de memorização ou que apagam da mente experiências ruins .





A memória ajuda a definir quem somos. Na verdade, nada é mais essencial para a identidade de uma pessoa do que o conjunto de experiências armazenadas em sua mente. E a facilidade com que ela acessa esse arquivo é vital para que possa interpretar o que está à sua volta e tomar decisões. Cada vez que a memória decai, e conforme a idade isso ocorre em maior ou menor grau, perde-se um pouco da interação com o mundo. Mas a ciência vem avançando no conhecimento dos mecanismos da memória e de como fazer para preservá-la. Pesquisas recentes permitem vislumbrar o dia em que será uma realidade a manipulação da memória humana. Isso já está sendo feito em animais. No ano passado, cientistas americanos e brasileiros mostraram ser possível apagar, em laboratório, certas lembranças adquiridas por cobaias. Melhor: tudo indica que as mesmas técnicas podem ser usadas também para conseguir o efeito inverso: ampliar a capacidade de reter fatos e experiências na mente. E, há duas semanas, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, nos Estados Unidos, detalharam como as proteínas estão relacionadas ao surgimento de lembranças nos neurônios. Como ocorreu com o DNA no século passado, os códigos fisiológicos que regulam a memória estão sendo decifrados.

O cérebro humano pesa, em média, 1,4 quilo e tem 100 bilhões de neurônios, que se comunicam por sinapses – estruturas por meio das quais as células cerebrais se conectam, transmitindo informações na forma de sinais químicos e elétricos. Existem trilhões de sinapses. Cada vez que o córtex cerebral recebe os dados sensoriais de uma nova experiência (um jantar, uma visita a um museu, uma situação de perigo), as sinapses formam certos padrões de comunicação entre os neurônios de diferentes áreas. Algumas redes de células organizam, então, tais informações, comparando-as a outras lembranças já existentes no cérebro, e, conforme a força e o padrão das sinapses, selecionam o que vai ser esquecido ou o que vai permanecer guardado por mais tempo. Quando uma pessoa entra em um restaurante, por exemplo, tem contato com uma infinidade de dados: o rosto do garçom, a cor das paredes, o aroma dos pratos, a conversa na mesa ao lado, o gosto da comida e a textura do guardanapo. A maior parte desses detalhes é apagada da lembrança tão logo se pisa na rua. Mas há aqueles registros que permanecerão por dias, meses e até anos – muitos de maneira inconsciente. O sabor da comida, por exemplo, quando novamente experimentado, pode inundar a cabeça do indivíduo com lembranças da primeira visita àquele restaurante. A maneira como uma memória é recuperada do arquivo mental e as emoções associadas a ela determinam a sua durabilidade. Todo esse processo, aparentemente óbvio quando se parte da simples observação do comportamento humano, agora está sendo desvendado do ponto de vista bioquímico.
A façanha dos pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara foi verificar como a destruição e a produção de proteínas no interior das células nervosas criam novas lembranças e modificam as já existentes. "O estudo confirma a ideia de que não existe memória fixa, imutável", diz Rosalina Fonseca, neurocientista do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Portugal, e autora do trabalho que serviu de base para a descoberta dos americanos. O papel da degradação e da síntese de proteínas pode ser explicado com a seguinte analogia: a memória é como uma casa em constante reforma e as proteínas são os tijolos. Muitas vezes, uma parede precisa ser derrubada para que um novo cômodo seja construído. Manter o equilíbrio dessa obra sem fim – da qual participa também mais de uma centena de substâncias químicas, entre neurotransmissores, receptores e hormônios – pode ser a chave para a cura de muitas doenças psiquiátricas e neurológicas. "As principais promessas terapêuticas nessa área vêm dos avanços no conhecimento desses processos químicos e nas descobertas, igualmente recentes, sobre como regiões específicas do cérebro agem nas etapas de formação dos diferentes tipos de memória", diz o neurocientista americano Sam Wang, da Universidade Princeton, coautor do livroBem-Vindo ao Seu Cérebro, publicado no Brasil pela editora Cultrix. De acordo com a classificação utilizada por Eric Kandel, a memorização, grosso modo, ocorre em dois estágios e divide-se em duas categorias principais. No que se refere aos estágios, a memória pode ser de curto prazo (lembrar-se da balada da noite anterior, por exemplo) ou de longo prazo (recordar-se de uma festa de anos atrás). As categorias são a explícita (também chamada de declarativa) e a implícita. A memória explícita geralmente pode ser descrita em palavras e é evocada de maneira consciente – como a lembrança do primeiro beijo. A memória implícita refere-se a conhecimentos, hábitos e habilidades que são evocados de maneira automática – entre as quais, entender o que está sendo dito nesta reportagem sem a necessidade de recorrer ao dicionário ou de analisar gramaticalmente cada uma de suas frases. A partir dessas classificações básicas, a memória pode ser dividida em vários outros subtipos .
A habilidade para armazenar diferentes tipos de lembrança varia de pessoa para pessoa, seja por dom natural, seja por treino. Ambas as coisas contribuíram para que o ator Antonio Fagundes tenha excelente memória para palavras, o que lhe permite decorar textos com rapidez. Ele costuma ler as falas de uma cena de novela menos de dez minutos antes da gravação, enquanto a maioria dos seus colegas recebe os diálogos um dia antes. "Acredito que essa facilidade de memorização se explica também pelo fato de eu ser muito concentrado e por meu gosto pela leitura, o que faz com que eu assimile mais velozmente o significado dos textos", diz Fagundes. Em compensação, o ator apaga da lembrança dados inúteis, como o nome de personagens que ele interpretou. O esquecimento tem uma função vital para a mente: como a memorização é um processo desgastante para as células, não há por que gastar energia com informações irrelevantes. Lembrar-se de absolutamente tudo pode ser um tormento. A americana Jill Price, por exemplo, funcionária de uma escola judaica em Los Angeles, recorda-se em detalhes de todos os episódios de sua vida desde a puberdade. Essa capacidade a atrapalha enormemente no cotidiano. Como seu cérebro passa todo o tempo evocando situações do passado, tem dificuldade para se concentrar em uma tarefa do presente. A comprovação é que Jill nunca foi uma boa aluna. "Uma mente entulhada com memórias intrusivas, desimportantes, tem dificuldade de selecionar as informações e tomar decisões", diz a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os médicos que estudam Jill não têm uma explicação definitiva para essa característica. Sabe-se, no entanto, que alguns pacientes com uma memorização exagerada são dotados de anomalias cerebrais. O americano Kim Peek, morto no mês passado, tinha uma malformação que prejudicava suas habilidades motoras e seu raciocínio. Mas Peek, que inspirou o personagem de Dustin Hoffman no filmeRain Man, era capaz de ler duas páginas de um livro ao mesmo tempo, uma com cada olho, e depois mantinha um registro detalhado de tudo o que lera. Ele conhecia com precisão o conteúdo de 12 000 livros.

"Estamos na transição de uma década voltada à investigação dos mistérios do funcionamento do cérebro para uma década dedicada à exploração de tratamentos para as disfunções cerebrais", escreveu o fisiologista Eric Kandel, prêmio Nobel de Medicina em 2000, em seu livro Em Busca da Memória – O Nascimento de uma Nova Ciência da Mente,publicado recentemente no Brasil pela editora Companhia das Letras . A neurociência é um campo tão promissor que, nos Estados Unidos, nada menos que um quinto do financiamento em pesquisas médicas do governo federal vai para as tentativas de compreender os mecanismos do cérebro. Os estudos sobre a memória têm um lugar destacado nesse esforço científico. Afinal de contas, mantê-la em perfeito funcionamento tornou-se uma preocupação central nas sociedades modernas, em que dois fenômenos a desafiam: o primeiro é a exposição a uma carga diária excessiva de informações, que o cérebro precisa processar, selecionar e, se relevantes, reter para uso futuro; o segundo é o aumento da expectativa de vida, que se traduz em uma população mais vulnerável à doença de Alzheimer e a outros distúrbios associados à perda de memória.
Um dos experimentos mais interessantes de manipulação da memória foi feito por um grupo de pesquisadores do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul. O coordenador do estudo, o neurofisiologista argentino Martín Cammarota, e seus colegas demonstraram ser possível apagar uma memória específica de um rato antes que ela se tornasse duradoura. Para isso, usaram uma droga que inibe a ação do neurotransmissor dopamina no hipocampo, uma estrutura do cérebro envolvida na formação de lembranças de longo prazo. Os pesquisadores também descobriram que uma área vizinha ao hipocampo, quando ativada doze horas depois de uma experiência, desencadeia o processo que levará à retenção daquela memória. Os resultados foram publicados no ano passado na Science, uma das revistas internacionais de maior prestígio no mundo científico. "Apesar de o experimento ter sido feito em ratos, podemos deduzir que também no cérebro humano há uma janela de algumas horas antes que a percepção de um fato persista na memória", diz Cammarota. Nesse intervalo, é possível modificar artificialmente a memória, tanto para inibi-la como para fortalecê-la. Ou seja, no futuro, em tese, uma vítima de estupro poderá tomar uma pílula algumas horas depois da violência que sofreu, a fim de evitar a permanência daquela lembrança traumática. Será preciso ponderar, no entanto, que isso levará ao esquecimento de tudo o que ocorreu na vida da pessoa durante metade de um dia ou mais. Outra aplicação possível é o desenvolvimento de tratamentos contra a dependência química, capazes de apagar o registro mental do prazer associado ao consumo de drogas.
A equipe do neurocientista americano Todd Sacktor, do SUNY Downstate Medical Center, de Nova York, descobriu, por sua vez, como cancelar memórias muito depois de elas terem sido armazenadas no cérebro. Sacktor provou que, ao bloquear a ação de uma proteína específica no cérebro de ratos, é possível apagar uma lembrança formada meses antes. O estudo permite antever o desenvolvimento de drogas que eliminam lembranças antigas indesejáveis. O desafio, mais uma vez, será conseguir fazer essa proeza sem apagar memórias úteis ou agradáveis. As pesquisas de Sacktor e do Centro de Memória, em Porto Alegre, também podem fornecer pistas para a invenção de remédios contra o esquecimento. Já existem medicamentos, como a ritalina, indicados para pacientes com distúrbios de atenção, que, quando usados por pessoas sem essa disfunção, têm efeito semelhante ao de um doping mental, ao incrementar a memorização. O inconveniente é que eles agem sobre os neurotransmissores de maneira indiscriminada e, como consequência, podem alterar o equilíbrio do cérebro em aspectos não vinculados à lembrança.
Um dos caminhos investigados pelos cientistas para deter as degenerações que resultam em perda mnemônica é induzir a produção de novos neurônios – a neurogênese. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que as células do cérebro não se regeneravam. Esse mito foi derrubado e hoje se sabe que, em algumas estruturas cerebrais, como o hipocampo, a área mais afetada pela doença de Alzheimer, o nascimento de células nervosas é um fenômeno comum. "Estudos com ratos mostram que, quando a produção de células no hipocampo é inibida, o aprendizado do animal diminui", diz o geneticista brasileiro Alysson Renato Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, que pesquisa como as células-tronco podem ser manipuladas para se transformar em novos neurônios. O experimento indica que, se os cientistas conseguirem estimular de maneira controlada a neurogênese, poderão aplicar essa técnica tanto para compensar a morte de células causada por uma doença degenerativa como, em tese, para melhorar a capacidade de memorização de uma pessoa saudável. Esse será, certamente, um dia inesquecível.










domingo, 3 de janeiro de 2010

Quando começa a vida?

questão 344 de O Livro dos Espíritos pergunta:

-Em que momento a alma se une ao corpo?

R- A união começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento. Desde o momento da concepção, o espírito designado para habitar tal corpo, a ele se liga por um laço fluídico que vai se apertando, cada vez mais, até que a criança nasça.

A questão 353 de O Livro dos Espíritos trata do seguinte:

- A união do espírito e do corpo não estando completa e definitivamente consumada senão depois do nascimento, pode considerar-se o feto como tendo alma?

R – O espírito que o deve animar existe de alguma forma, fora dele. Ele não tem, propriamente falando, uma alma, pois a encarnação está somente em vias de se operar; mas está ligado à alma que o deve possuir.

André Luiz nos conta, pela orientação de Alexandre em “Missionários da Luz”, que a encarnação só se completa por volta dos sete anos de idade, porém, ela se inicia na concepção, ou seja, no momento da fecundação do ovócito materno pelo espermatozóide paterno; a partir daí, inicia-se o “continuum, com a construção do corpo físico orquestrado pelo perispírito descrito por Allan Kardec, ou como colocou o Dr. Hernani Guimarães Andrade, pelo Modelo Organizador Biológico (MOB), ou ainda, como quer o biólogo inglês Dr. Rupert Sheldrake, pelo seu campo de ressonância mórfica.

Foi demonstrado em 1827 por Karl Ernst van Baer, 150 anos após a descoberta do espermatozóide, que o início da vida se dá no momento da fecundação, tanto que o Papa Pio IX, já em 1869 propunha que era dever da Igreja defender o embrião humano desde a concepção. Atualmente, a ciência só tem feito reforçar este conceito que passa a ser uma verdade científica já que não pôde ser negado ou contestado, mas apenas confirmado até o momento. A Dra Magdalena Zernica-Goetz mostrou, em 2002, que a primeira divisão do zigoto não se dá por acaso, mas que ela já define o nosso destino e todas as características que vamos desenvolver, reforçando ainda mais o conceito de perispírito, MOB ou ainda Campo Biomórfico.

Sendo assim, não poderíamos ter outra atitude a não ser a de respeitar o indivíduo como ser encarnado desde a fecundação e geração da célula original (o zigoto), evitando interpretações outras que poderiam abrir questão quanto ao momento em que temos ou não temos um ser encarnado, e que tem levado muitos companheiros de doutrina a discutir, equivocadamente, os direitos do embrião.

Sabemos ainda, pela própria descrição da reencarnação de Segismundo, feita no mesmo livro (Missionários da luz) psicografado por Chico Xavier, que a ligação fluídica, entre a mãe e o reencarnante, se dá antes mesmo da fecundação, e que o processo de ligação ao zigoto completa a instalação da “interface físico-etérica”, dando início à reencarnação.

Se unirmos, em laboratório um ovócito e um espermatozóide, pelas técnicas já disponíveis, conseguiremos o desenvolvimento de um embrião, mas não teremos a certeza de que este é viável até o momento de seu implante no útero.

Acreditamos que tal dificuldade se dê, entre outros motivos, pela ausência de um espírito reencarnante ligado a estes embriões, com conseqüente ausência de um MOB, o que inviabiliza a diferenciação celular e a organização espacial do novo corpo em desenvolvimento, interrompendo o projeto biológico.

A “maquinaria” celular, o alto grau de fluido vital das células embrionárias e o automatismo celular conseqüente a estes dois primeiros fatores podem garantir o desenvolvimento inicial deste embrião, antes que se torne necessário o início da diferenciação celular, mesmo na ausência de um espírito reencarnante.

Sendo assim, é teoricamente viável aceitar que, muitos dos embriões concebidos “in vitro” não estão dotados de espíritos reencarnantes, entretanto, este raciocínio não da nenhuma margem para acreditarmos que, neste tipo de fertilização, nunca haverá ligação com espíritos, ou que só ocorreria no momento do implante no útero, coisa que nem sabemos se é possível ou não ocorrer.

No excelente DVD “Pinga Fogo” com Chico Xavier, recuperado pela Vídeo Spirite, o maior médium de todos os tempos, ao falar sobre a fertilização “in vitro” para os chamados “bebês de proveta” que surgiam na época, deixa bastante claro que a encarnação ocorre no laboratório no momento da fertilização, e ainda faz a ressalva de que o processo se dá de forma até mais fácil, já que não há a interferência do perispírito da mãe.

Classificar todos os embriões concebidos “in vitro” como sendo montículos de células desprovidas de espírito não é apenas uma suposição, mas é também bastante improvável e arbitrário. Como cerca de 25% destes embriões vão se desenvolver normalmente se implantados em um útero, podemos inferir que a porcentagem de embriões encarnados é semelhante, ou seja, um quarto dos embriões possuem espíritos ligados por fortes laços fluídicos.

Como vimos, ainda não temos como saber ou afirmar, se determinado embrião tem ou não um espírito reencarnante, contudo, acredito que não estão muito longe os recursos para fazê-lo; seja através da verificação da reprogramação epigênica, que foi relatada no trabalho do Dr. Kevin Eggan e que pode significar a instalação de um novo espírito, ou seja pela identificação de campos biomagnéticos utilizando-se futuros aparatos com esta capacidade, como por exemplo, o Tensionador Espacial Magnético (TEM) que foi idealizado pelo Dr. Hernani Guimarães Andrade, ou outros que surgirão no futuro à partir do conhecimento científico destes campos biomórficos. Até lá, não havendo como provar se há ou não um reencarnante ligado àquele embrião, devemos tratá-los todos da mesma forma, ou seja, o benefício da dúvida deve estar, sempre, a favor da vida.

Diante desta constatação, ou seja, da impossibilidade de afirmarmos, utilizando-se dos conhecimentos doutrinários, se há ou não um espírito em determinado embrião, e por não ser este, via de regra, o parâmetro utilizado pela sociedade para tomar suas resoluções éticas, creio que nos resta consultar a ciência e os seus conceitos clássicos para o caso em questão. Devemos buscar na embriologia a resposta à nossa pergunta: O embrião é um ser vivo?

Antes de continuarmos esta argumentação, deve ficar claro que: pela visão da biologia e pela visão legal, até o presente momento, não há, nenhuma diferenciação entre o embrião “in vivo” e “in vitro”, sendo assim, o que considerarmos para um, devemos considerar para o outro.

Buscando nos livros de embriologia encontramos no primeiro capítulo do “Embriologia Clínica” de Keith L. Moore, a definição de Zigoto como “uma célula resultante da fertilização de um ovócito por um espermatozóide, e é o início de um ser humano“.

Diante desta afirmação, compartilhada pela grande maioria dos embriologistas desde 1827 com Karl Ernst van Baer, a partir da fecundação, já temos um ser humano vivo que, conseqüentemente, deve ser respeitado e preservado como tal, não cabendo nenhuma “flexibilização” deste conceito, como se tem feito em prol de interesses outros que não o da ética e da dignidade humana.

Epilepsia na visão espiritualista.


A epilepsia é uma das enfermidades mais antigas da humanidade. Na antiga Babilônia, eram feitas restrições ao casamento de pessoas epilépticas, com o argumento de que eram possuídas pelo demônio. Já na Idade Média, a epilepsia era considerada uma doença mental e contagiosa, visão que persiste nos tempos atuais nas pessoas desinformadas.
Na Bíblia, encontramos a passagem do “menino epiléptico”, narrada por Mateus (17: 14 a 19), na qual Jesus, “tendo ameaçado o demônio, fez com que ele saísse da criança, que foi curada no mesmo instante”. No livro A Gênese, Allan Kardec explica que a “imensa superioridade do Cristo lhe dava tal autoridade sobre os espíritos imperfeitos, chamados então de demônios, que lhe bastava ordenar que se retirassem para que não pudessem resistir a essa injunção”.
Para nós, espíritos em aprendizado, fazer uma desobsessão é mais complexo. Precisamos ter uma ajuda espiritual e muito carinho com nossos semelhantes, pois o verdugo de hoje foi vítima ontem. Para sabermos se o problema é um processo obsessivo ou carma, devemos analisar os tipos de reencarnação: expiação, provação e missão. A expiação é o resgate, por meio da dor, de erros cometidos em outras existências. Pela provação, temos provas voluntariamente solicitadas pelo espírito, as quais, se bem suportadas, resultarão em seu progresso espiritual. A missão é a realização de qualquer tarefa, de pequena ou grande relevância. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas.
A medicina descreve uma crise epiléptica como uma desordem cerebral, causada por descarga elétrica anormal, excessiva e transitória das células nervosas, decorrente de correntes elétricas que são fruto da movimentação iônica através da membrana celular. Existem diversos tipos de crises, como parciais, parciais e completas, generalizadas e tônico-clônicas.
Causas da epilepsia
As causas da epilepsia podem ser desde uma lesão na cabeça como um parto à fórceps. O uso abusivo de álcool e drogas, além de outras doenças neurológicas, também podem gerar a doença. Na maioria dos casos, entretanto, desconhece-se as causas que lhe dão origem. Muitas vezes, o paciente tem as convulsões e os exames realizados dão resultados normais. Divaldo Pereira Franco, no livro Grilhões Partidos, afirma que “mesmo nesses casos, temos que levar em conta os fatores cármicos incidentes para imporem ao devedor o precioso reajuste com as leis divinas, utilizando-se do recurso da enfermidade-resgate, expiação purgadora de elevado benefício para todos nós”.
Vale ressaltar que a medicina terrestre evoluiu, não só porque conta com a cirurgia, que é usada quando o resultado da medicação não foi satisfatório e o médico avalia as possibilidades de sucesso cirúrgico, mas por que os médicos têm se preocupado em adaptar o paciente à vida social e familiar, além da reabilitação aos estudos. Muitas vezes, envolvem vários profissionais de diversas áreas, como psicólogos, terapeutas etc., elucidando o paciente e sua família sobre a importância do uso dos remédios e o apoio dos pais nesta caminhada. Estes, inclusive, com receio das crises epilépticas, acabam dando uma superproteção ao filho, temendo que ele se machuque. Essa proteção é normal, mas deixa o epiléptico dependente dos genitores, tornando-o uma criança isolada e fechada.
Algumas pessoas, sem o devido estudo, alegam que a epilepsia é uma mediunidade que deve se desenvolver. Porém, conforme afirma Divaldo Pereira Franco em Grilhões Partidos, vale ressaltar que “não desconhecemos que toda enfermidade procede do espírito endividado, sendo a terapêutica espiritista de relevante valia. Porém, convém considerar que, antes de qualquer esforço externo, há que se predispor o paciente à renovação íntima intransferível, ao esclarecimento, à educação espiritual, a fim de que se conscientize das responsabilidades que lhe dizem respeito, dando início ao tratamento que melhor lhe convém, partindo de dentro para fora. Posteriormente e só então, far-se-á lícito que participe dos labores significativos do ministério mediúnico, na qualidade de observador, cooperador e instrumento, se for o caso”.
Existem processos perniciosos de obsessão que fazem lembrar um ataque epiléptico devido à igualdade da manifestação. Também com uma gravidade séria, ainda conforme as palavras de Divaldo, “ocorrência mais comum se dá quando o epiléptico sofre a carga obsessiva simultaneamente, graças aos gravames do passado, em que sua antiga vítima se investe da posição de cobrador, complicando-lhe a enfermidade, então com caráter misto”.

Independentemente do fato do epiléptico estar sob um processo obsessivo ou não, é importante a freqüência ao centro espírita para a reforma íntima e para receber aplicação de passes, que é uma transfusão de energias físio-psíquicas. Porém, mesmo com o tratamento espiritual, o epiléptico deve manter controle com a medicina terrestre, com a aplicação de anticonvulsivos, pois cada caso é um caso.
Reforma íntima
Pode-se fazer um tratamento de desobsessão e o inimigo do passado ser doutrinado, mas a dívida persistirá enquanto não for regularizada, como explica Divaldo no livro. “Considerando-se que o devedor se dispõe à renovação, com real propósito de reajustamento íntimo, modificando as paisagens mentais a esforço de leitura salutar, oração e reflexão com trabalho edificante em favor do próximo e de si mesmo, mudam-se-lhe os quadros provacionais e providências relevantes são tomadas pelos mensageiros encarregados de sua reencarnação, alterando-lhe a ficha cármica. Como vê, o homem é o que lhe compraz, o que cultiva”, descreve.
Gostaria de terminar dizendo para as pessoas que têm epilepsia e seus familiares que jamais desanimem, em momento algum, sobretudo nos momentos mais difíceis, onde a doença parece incontrolável. Os pais são o alicerce para o filho epiléptico e este só poderá obter a cura total ou parcial com o apoio dos familiares e muita fé em Deus.
Ao terminar de ler esta matéria, não se preocupe em ficar remoendo na mente sobre os atos que poderia ter feito no pretérito que lhe fizessem voltar com essa enfermidade. Cuide de sua reforma íntima e espiritual, para que, posteriormente, venha a trabalhar em prol dos mais necessitados. Dessa forma, além de se ajudar a evoluir espiritualmente, ajudará também muitas pessoas que virão ao seu socorro.
Publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 14.

Desencarnações Coletivas

Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?



(Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 23-2-1972, em Uberaba, Minas).

RESPOSTA:


Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.


Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.


É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.


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Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontros marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.


Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.


Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.


Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidade na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.


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Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança. É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.


***


Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.


Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.

Sexto Congresso Espírita Mundial



sábado, 2 de janeiro de 2010

Criança e Deus

Uma criança pronta pra nascer perguntou a Deus:



“Me disseram que serei enviado a terra amanhã...


Como eu vou viver lá, sendo assim pequeno e indefeso?“






E Deus disse:


"Entre muitos anjos, eu escolhi um em especial pra você. Estará te esperando e tomará conta de você."






Perguntou a criança:


"Mas diga-me: aqui no céu eu não faço nada a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente pra que eu seja feliz. serei feliz lá?"






Deus falou:


"Seu anjo cantará e sorrirá para você... A cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu anjo e será feliz".






e a criança respondeu :


"como poderei entender quando falarem comigo, se eu não conheço a língua que as pessoas falam?"






Deus ponderou:


"Com muita paciência e carinho, seu anjo vai te ensinar".






A criança estava cheia de dúvidas:


"E o que farei quando eu quiser falar com você?".






"Seu anjo vai juntar suas mãos e te ensinar a rezar, disse deus."






"Eu ouvi que na terra há homens maus. Quem vai me proteger?", perguntou ansiosa a criança.






E Deus:


"Seu anjo vai te defender mesmo que isso signifique arriscar a vida dele".






A criança:


"Mas eu serei sempre triste porque não vou te ver mais".






Deus:


"Seu anjo sempre vai te falar sobre mim, te ensinar a maneira de vir até mim, e eu estarei sempre dentro de você".






Nesse momento havia muita paz no céu. Mas as vozes da terra já podiam ser ouvidas.


A criança, apressada, pediu suavemente:


"Oh Deus, se eu estiver a ponto de ir agora, diga-me, por favor, o nome do meu anjo".






E Deus respondeu:


"Você vai chamar seu anjo de... Mãe".






Texto: Mario e Gilda Ribeiro
Colaboração da amiga Eglais Maria Assumpção de Oliveira Alves