"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

OBSESSÃO E DESOBSESSÃO

Hoje o nosso assunto é Obsessão e Desobsessão.


São duas palavras que ouvimos muito no nosso dia a dia, até mesmo vindo de pessoas que não são espíritas. E, também, quando o sentido da palavra "Obsessão" não se refere especificamente à espíritos.


Por ex.: -quando a gente diz à uma pessoa --"Você está obcecada (obstinada) por essa ideia", ou então -"Essa sua ideia, ou comportamento já se tornou obsessão". Algumas pessoas costumam dizer até o seguinte -...Não entendo esse meu azar... deve ser encosto..." (muitas dessas pessoas não fazem a menor idéia do que isto significa quando o dizem)


-Então... de um modo simples, já sabemos o que é obsessão.


É uma idéia fixa, que na quase totalidade dos casos torna-se um comportamento doentio, atormentado, inoportuno, comportamento que as vezes vira conduta normal para a pessoa; ou então modifica um bom comportamento ou atitude. Ou, ainda, incomoda chegando a tirar o sossego de outras pessoas. Como por ex.: -amor obsessivo..., influências negativas, ou más companhias -(más companhias interferem e mudam o nosso comportamento).


Esses estados, ditos acima, incomodam as outras pessoas e não fazem bem a nós mesmos. Mudam o nosso caráter.


Dessa forma... tudo aquilo que chega a nos mudar negativamente, ou incomodar outras pessoas, não é bom para nós, muito menos para os outros.


Portanto, deve ser modificado, isto é, ratificado.


Muitos desses modos negativos nós já os conhecemos, e na maioria das vezes conseguimos identificar e também a tratá-los.


Uma das formas de tratamento é bastante simples e todos nós podemos executá-la: Um bom bate-papo, claro, simples e sincero; conosco, ou com a outra pessoa. Nessa conversa podemos identificar melhor os comportamentos ou suas influências. E a partir daí trilhar um novo caminho, ou seguir uma nova idéia. Enfim fortalecer o bom senso e a aceitação. Aceitar-se, aceitar o outro, reestruturar-se intimamente. Elevar-se moralmente.


Tanto a obsessão que a gente já conhece do comportamento humano, quanto a obsessão espiritual, sempre existiram; desde que o homem surgiu como ser ela é atuante.


Do ponto de vista espiritual a obsessão é definida como: -A capacidade de dominação que alguns espíritos sabem exercer sobre certas pessoas, ou, sobre outros espíritos.


É necessário dizer que -A obsessão não é possessão. Muitos chegam a dizer que determinada pessoa está possuída. Isto não é verdade, não é possível a possessão. Nem do ponto de vista físico, e nem tão pouco do ponto de vista espiritual. O espírito é uma forma de energia. -Dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Esta é uma lei física e universal. Portanto dois espíritos não podem habitar um mesmo corpo carnal.


Um espírito não toma o lugar do outro em hipótese nenhuma. Dessa forma, uma pessoa jamais poderá estar tomada, ou possuída, como dizem. Mas, sim, ela estará obsedada.


Isto quer dizer que a pessoa estará "Envolvida, Influenciada, Dirigida, Comandada" . algumas vezes de um modo tão intenso, que poderá agir como um verdadeiro escravo, sem vontade própria.


Dessa forma, toda influência que um determinado espírito exercer sobre determinada pessoa e essa influência modificar seu comportamento moral, ou ainda, incomodar os outros, será definida como "influência negativa".


A obsessão só ocorre vinda dos espíritos inferiores, com maus fluídos e que tentam dominar, baseados nos mais diferentes motivos ou propósitos.


Os bons espíritos não impõem nada, não constrangem. Os bons espíritos aconselham e combatem a influência dos maus espíritos.


No entanto, se estes bons espíritos não são ouvidos e nem levados em consideração pela pessoa, eles se afastam. Ficando sem a proteção ou a presença de bons fluídos a pessoa fica a mercê dos maus e mais ainda, se essa pessoa não possuir boa índole, ou boa postura moral, corre o sério risco de ser obsedada.


Os maus espíritos se agarram àqueles que são suas presas e passam a lhes influenciar. Quando eles conseguem dominar a pessoa, se identificam como o próprio espírito da pessoa e passam a conduzi-la como uma verdadeira criança, isto é: -Sem vontade própria, fácil de comandar.


Essa ação chama-se constrangimento. Constranger significa: Induzir, Manipular, levar uma pessoa a ter idéias ou comportamentos contrários, ou negativos a sua índole.


Do ponto de vista espiritual, a obsessão varia segundo o grau de constrangimento produzido, podendo se processar de três formas diferentes:


1. Simples


2. Fascinação


3. Subjugação


• OBSESSÃO SIMPLES


Ela ocorre quando um mau espírito se impõe a uma pessoa...


-Me permitam trocar aqui a palavra pessoa pela palavra MÉDIUM.


Porquê?


Por que toda pessoa é um médium em maior ou menor grau, mesmo não sendo espírita, ou que não acredita na doutrina.


Médium quer dizer: "Meio". Isto é: Elemento pelo qual é exercida a comunicação entre o mundo espiritual e o mundo material.


Os maus espíritos dos quais me referi instantes atrás, se intrometem nessa comunicação, modificando-a. Enganando o "Meio", ou seja os médiuns, ou ainda enganando as pessoas próximas à esse "Meio".


Vale lembrar que: -um médium não está obsedado somente porque é enganado mas, sim... por se deixar enganar por espíritos mentirosos ou zombeteiros.


Se o médium for inexperiente, ou iniciante, ou ainda, for desavisado sobre esse assunto então, estará correndo maiores riscos.


Em verdade, obsessão, está, ou só existe na dificuldade de se desvincular da influência de um espírito mentiroso ou zombeteiro, ou ainda mais, de um mau espírito mais ativo, mais forte, tenaz, mais obstinado, ou que tenha um propósito específico com o médium em particular.


Devo lembrar que muitas vezes podemos apenas estar enganados com nossos pensamentos, ou ações espirituais, sem estar, necessariamente obsedado.


Normalmente no estado de obsessão simples o médium que estiver alerta, saberá muito bem, que está em contato com espíritos enganadores, pois esses espíritos não disfarçam suas más intenções ou seus desejos de contrariar. Sendo assim, o médium raramente se engana. Sente apenas o desconforto de ter suas comunicações dificultadas.


Incluem-se nessa categoria de obsessão simples, os casos de obsessão "física", i.é, as manifestações ruidosas e obstinadas desses maus espíritos, que se fazem ouvir através de pancadas ou outros ruídos. TOMEM CUIDADO COM A IMAGINAÇÃO
• OBSESSÃO FASCINAÇÃO


Esse tipo de obsessão tem consequências muito graves pois: "Pior cego é aquele que não quer ver".


A fascinação é uma ilusão provocada pela ação direta do espírito sobre o pensamento do médium. Essa ação paralisa, de alguma forma, seu julgamento sobre as comunicações.


O médium que está fascinado não acredita que está sendo enganado. O espírito que pratica esse tipo de obsessão é muito inteligente, muito esperto, é um verdadeiro artista em ganhar a confiança do médium. É tão hábil que o médium passa a confiar cegamente nele. Essa fascinação, essa "cegueira", o impede de ver a fraude. Ele fica tão fascinado, que as vezes o erro pode ser visto por todos que estão a sua volta mas, somente ele não enxerga.


Apesar desse tipo de obsessão acontecer com as "pessoas menos instruídas, mais ignorantes, ou mais simples na sua forma de pensar e agir", ela também acontece com os médiuns mais experientes, mais instruídos, tornando essa obsessão a mais perigosa de todas.


A fascinação provoca consequências graves.


O espírito obsessor guia o médium como se estivesse conduzindo um cego ou uma criança.


É muito fácil distinguir a obsessão simples e a fascinação.


No primeiro caso -O espírito sente prazer em se mostrar, ele diz, por ex. "Olha... foi eu quem fez, ou, Sou eu quem está fazendo". Ele sente prazer em contrariar.


No segundo caso -O espírito se esconde "ardilosamente". Ele nunca diz quem é de verdade e nem qual é seu propósito, se faz passar por um bom espírito, ele mente e engana. Apesar de existirem muitos sinais que demonstram que o espírito é inferior, serão difíceis de serem notados se o médium estiver fascinado. E, todo aquele que tentar abrir os olhos dessa "pessoa obsidiada" ou, fascinada será afastado do seu convívio, de alguma forma.


• SUBJUGAÇÃO


Subjugo quer dizer: Oprimir. Dominar moralmente ao extremo.


Subjugação é uma opressão que tem a capacidade de paralisar a vontade daquele que a sofre, fazendo com que haja a seu malgrado. (i.é, contrário a sua vontade)


Isto pode ser entendido da seguinte forma, "A pessoa que sofre um subjugo, está, antes de mais nada, com um certo grau de fascinação, não tem consciência do subjugo, mas, em muitos casos, tem consciência dos atos praticados. Apesar de ter essa consciência, não consegue, por vontade própria, se libertar, deixar de agir de outra maneira.


O subjugo pode ser:


1. Moral


2. Corporal


Na subjugação Moral, o médium é solicitado ou induzido a tomar decisões absurdas e comprometedoras, mas que não percebe a qualidade dessas decisões por estar fascinado.


Na subjugação Corporal, o espírito age diretamente sobre determinados órgãos materiais provocando movimentos involuntários. Por ex.: Faz o médium escrever incessantemente em qualquer hora e em qualquer lugar, mesmo nas horas e lugares mais inoportunos. Chega até mesmo a escrever com o dedo quando não acha uma caneta ou lápis.


Uma pessoa obsidiada dessa forma é levada a praticar atos ridículos, como o do homem que não sendo muito jovem e nem bonito a se ajoelhar diante de uma jovem que não conhecia e pedí-la em casamento; ou então ser forçado a se ajoelhar e beijar o chão.


Apesar deste homem praticar os atos involuntariamente, tinha consciência do ridículo e isso, o fazia sofrer terrívelmente. Só que não conseguia controlar sua vontade.


Já houveram casos de determinadas pessoas tirarem a roupa em público, ou fazerem palhaçadas em lugares e horas inconvenientes, e etc...


A obsessão é um dos maiores perigos da mediunidade.


Ela é um obstáculo a ação da bondade.


Mas, sabemos que a obsessão jamais ocorre vindo de um bom espírito, pois este se preza por querer que o médium cresça e não passe ridículos ou constrangimentos.


Os motivos e propósitos da obsessão são vários, e variam segundo o caráter do espírito. Eles podem estar vindos ainda, desta, ou encarnações anteriores.


Pode ser por vingança; uma dívida; pode ser por ódio; por inveja ou simplesmente por maldade.


A forma de combate à obsessão começa com aquele bate-papo ao qual me referi no início. Essa boa conversa será tanto com a pessoa, quanto com o espírito.


A pessoa obsidiada deve ter consciência do que está ocorrendo. Essa é uma tarefa difícil, mas deve ser feita. As vezes leva-se meses até que se consiga algum sucesso.


Quanto ao espírito zombeteiro uma das ações será cansá-lo, não lhe dando ouvidos, sem tréguas, ao mesmo tempo lhe dirigir a doutrinação.


Quanto aos insistentes, mais fortes e inteligentes, caberá somente dirigir a eles a doutrinação, pois estes não se renderão fácilmente.


Devemos pedir ajuda ao nosso anjo da guarda solicitando que ele jamais nos abandone e nos proteja sempre.


Se o caso for mais grave, então deve ser procurada uma casa espírita que possua bons médiuns, e lá receber passes energizadores. Também, submeter-se e submeter o espírito obsessor a doutrinação. E, posteriormente, nos casos ainda mais complicados, submeter-se a sessões de desobsessão.


No entanto, o remédio mais eficaz e disponível para toda e qualquer pessoa, independente de credo ou religião, será voltarmos nossos pensamentos a DEUS PAI TODO PODEROSO, dirigir nossas ações à evangelização, à bondade e a caridade, fortalecermo-nos moralmente.
Esse é o maior remédio.



Bibliografia


1. OBSESSÃO E DESOBSESSÃO


SUELY CALDAS SCHUBERT


2. DESOBSESSÃO


FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER e WALDO VIEIRA


Ditado pelo ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ





segunda-feira, 20 de setembro de 2010

UM GAROTO DE 102 ANOS

Um ocidental em visita à China ficou surpreso de ver a quantidade de velhos saudáveis, e, curioso sobre os aspectos da milenar medicina chinesa, indagou de um experiente médico qual o segredo para se viver mais e melhor.
Ouviu do mesmo a sábia resposta:

-"É muito simples. É só você:


- Comer a metade.


- Andar o dobro.


- E rir o triplo."
Parece simples, mas em verdade é o inverso do que se assiste na vida agitada e insana dos "civilizados" ocidentais...

Temos que Perseverar!


Perseverança - É a firmeza ou constância num sentimento, numa resolução, num trabalho, apesar das dificuldades e dos incômodos. É a virtude que contribui para o êxito na vida humana.
A perseverança compreende a continuidade nos esforços feitos na mesma linha, sem o qual o empreendimento humano está fadado à esterilidade. Quando observamos que muitos planos não se concretizam é porque o poder de realização não correspondeu à faculdade de concepção.
Para tanto, há diversas frases de consolo e estímulo: "Deus está com os que perseveram"; "Aquele que perseverar até o fim, será salvo"; "Não interessa o que se trata de levar a termo: o que importa é perseverar até o fim"; "Somos precipitados, quando dizemos que a natureza nos negou isso ou aquilo. Um pouco mais de constância, e o resultado será oposto"; "Todas as estradas da vida têm os seus espinhos. Se entrares numa delas, prossegue, porque retroceder é covardia"; "Poucas são as coisas por si próprias impossíveis; e o que freqüentemente nos falta não são os meios para obtê-las, é a constância".
                                         OBSTÁCULOS À PERSEVERANÇA



1) Rotina – É o principal obstáculo. Uma ruptura do automatismo, por insignificante que seja, abre um caminho. Liberta o pensamento e tonifica o psiquismo superior. Importa detectar os automatismos que alimentam a nossa inércia.


2) Desânimo – É a grande arma dos Espíritos das trevas, porque ela quebra a faculdade mestra, que é a chave do homem, ou seja, a vontade. A preguiça moral, o gosto da comodidade e a instabilidade do humor são outros tantos fatores do desânimo.


3) Medo da mudança – Todo o esforço desacostumado é penoso e por isso dá nascimento a uma idéia de incapacidade de avançar. Após muitos automatismos guardados em nosso subconsciente, ficamos paralisados e não nos pomos em marcha para o novo, para o que possa nos trazer algum progresso de nossa alma. (Courberive,1960).
A verdadeira vontade não é desejo, é autodeterminação refletida.



Preferimos vegetar numa mediocridade aceita, a elevar-nos a uma situação melhor à custa de trabalhos metódicos e perseverantes. Para muitos seres humanos, a felicidade consiste na lei do menor esforço, na rotina e no torpor. Isso equivale a matar a vida interior, porque, para estar vivo, o espírito deve sempre se renovar por um trabalho contínuo.


Para que haja perseverança deve haver também a concentração, ou seja, focalizar nossa atenção sobre um único ponto e partir ao seu encalço, pois olhando muitas coisas ao mesmo tempo, prestamos menos atenção a cada uma em particular.
                       O CONHECIMENTO DA DOUTRINA ESPÍRITA



O que caracteriza o estudo sério é a continuidade. Quem quiser estudar uma ciência deverá fazê-lo de maneira metódica. Ir do simples para o complexo, do conhecido para o desconhecido. O estudo da Doutrina Espírita deve ser feito por homens sérios, perseverantes, isentos de prevenções e animados de uma firme e sincera vontade de chegar a um resultado.


"Se quereis respostas sérias sede sérios vós mesmos, em toda a extensão do termo e mantende-vos nas condições necessárias: somente então obtereis grandes coisas. Sede, além disso, laboriosos e perseverantes em vossos estudos, para que os Espíritos superiores não vos abandonem como faz um professor com os alunos negligentes". (Kardec, 1995, Introdução, VIII)
                               O DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO


O desenvolvimento da mediunidade é um trabalho lento e perseverante, pois no começo podem surgir problemas diversos que nos fazem desistir do intento almejado. É preciso, pois, perseverar, ser constante e aplicar. Esta admoestação é feita principalmente para aqueles que começam a freqüentar uma Casa Espírita. Nessas circunstâncias, os Espíritos menos evoluídos tentam inibir os nossos primeiros passos rumo ao nosso aperfeiçoamento espiritual. Eles nos dificultam de várias maneiras: inspiram algum parente para nos visitar – justamente na hora que estamos nos aprontando para sair, algum contratempo de trânsito, um mal-estar momentâneo etc. Aprendamos a nos desvencilhar desses empecilhos.
                                 A EVOCAÇÃO DE ESPÍRITOS


Os Espíritos não estão sempre ao nosso dispor. Embora eles nos influenciem os pensamentos, não é a toda hora que estão dispostos a se comunicarem conosco. Eles, muitas vezes, estabelecem dia e hora para que não haja perda de tempo, nem para eles que têm muito que fazer e nem para nós que também temos os nossos compromissos com o exercício da profissão e com os deveres de cada dia. Assim, mesmo que não estejamos conseguindo uma comunicação mediúnica, devemos prosseguir, porque é a continuidade do trabalho que mostra o nosso progresso, mesmo que ainda não estejamos colhendo o que estamos buscando.
"A conseqüência da vida futura decorre da responsabilidade dos nossos atos. A razão e a justiça nos dizem que, na distribuição da felicidade a que todos os homens aspiram, os bons e os maus não poderiam ser confundidos. Deus não pode querer que uns gozem dos bens sem trabalho e outros só o alcancem com esforço e perseverança". (Kardec, 1995, pergunta 962). Este comentário de Allan Kardec mostra que o nosso empenho em fazer o bem, apesar de todas as dificuldades terá a sua conseqüência. Por isso mesmo não é conveniente ficarmos nos comparando com outros e com aqueles que sobem e se locupletam à custa da ignorância alheia. Mais dias ou menos dias seremos cobrados pelo que fizemos.

                          
                                      CONCLUSÃO
A perseverança em nossos propósitos mais lídimos é um apanágio para a nossa alma enfermiça. Ela nos traz o sentimento do dever cumprido. Assim, em qualquer dificuldade, lembremo-nos da frase de Jesus: "Não tema, crê".


 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA


COUBERIVE, J. de. O Domínio de Si Mesmo. Tradução de M. Cecília de M. Duprat. 2.ed., São Paulo: Paulinas, 1960


KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995.


XAVIER, F. C. Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel. 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977


domingo, 12 de setembro de 2010

Medicina da Alma

Esse texto me foi mandado por um grande amigo, ele estava colocado na porta de um espaço terapêutico de uma casa espiritualista, achei muito interessante e resolvi compartilhar com vocês, vale lembrar que o autor é desconhecido.
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza
O coração enfarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Preste atenção!
O plantio é livre, a colheita, obrigatória ...
Preste atenção no que você esta plantando, pois será a mesma coisa que irá colher!!

Alma ou Espírito? - há diferença?

Vocábulo alma se emprega para exprimir coisas muito diferentes. Uns chamam alma ao princípio da vida e, nesta acepção, se pode com acerto dizer,figuradamente, que a alma é uma centelha anímica emanada do grande Todo. Estas últimas palavras indicam a fonte universal do principio vital de que cada ser absorve uma porção e que, após a morte, volta à massa donde saiu. Essa idéia de nenhum modo exclui a de um ser moral, distinto, independente da matéria e que conserva sua individualidade. A esse ser, igualmente, se dá o nome de alma e nesta acepção é que se pode dizer que a alma é um Espírito encarnado.
Dando da alma definições diversas, os Espíritos falaram de acordo com o modo por que aplicavam a palavra e com as idéias terrenas de que ainda estavam mais ou menos imbuídos. Isto resulta da deficiência da linguagem humana, que não dispõe de uma palavra para cada idéia, donde uma imensidade de equívocos e discussões. Eis por que os Espíritos superiores nos dizem que primeiro nos entendamos acerca das palavras.
                             ALMA & ESPÍRITO

A fim de apreendermos adequadamente o sentido que se dá à palavra ‘alma’ quando do estudo das obras da codificação Kardequiana, vejamos o que nos foi informado por Kardec a esse respeito, pois os próprios Espíritos lhe disseram respondendo à pergunta 138 em “O Livro dos Espíritos”:
· Perg.: Que pensar daqueles que consideram a alma como o princípio da vida material?
· Resp.: É uma questão de palavras que não nos diz respeito. Começai por vos entenderdes a vós mesmos.
Também se deve notar que Kardec, no item 2 da Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita contida em “O Livro dos Espíritos”, escreve o seguinte: “Há outra palavra sobre a qual devemos igualmente nos entender, por constituir em si um dos fechos de abóbada (*), isto é, a sustentação de toda a doutrina moral, e que se tornou objeto de muitas controvérsias por falta de um significado que a defina com precisão determinada. É a palavra alma.”.
No entanto, em conformidade com o que se lê nas respostas às perguntas 134; 134a e 134b, é comum nos centros espíritas ouvir-se os confrades definirem a alma como sendo ‘um Espírito encarnado’ sem maiores explicações e sem levar em conta que, como lembrou Kardec: “filosoficamente, porém, é essencial estabelecer-se a diferença” (O Principiante Espírita – item 14, que segue, na íntegra): “14. A união da alma, do perispírito e do corpo_material constitui o homem; a alma e o perispírito sem o corpo constituem o ser chamado espírito”.
· A alma é assim um ser simples,
· o Espírito um ser duplo,
· e o homem um ser triplo.
“Seria mais justo reservar a palavra alma para designar o princípio_inteligente, e a palavra espírito para o ser semimaterial formado deste princípio e do corpo_fluídico; porém, como não se pode conceber o princípio inteligente isolado de toda a matéria, nem o perispírito sem ser animado pelo princípio inteligente, as palavras alma e espírito são, no uso, indiferentemente tomadas uma pela outra; é a figura que consiste em tomar a parte pelo todo, assim como se diz que uma cidade é povoada por tantas almas, uma vila composta de tantas casas; filosoficamente, porém, é essencial estabelecer-se a diferença”.
Já no comentário que tece com referência à resposta dada pelos Espíritos na pergunta 139 em “O Livro dos Espíritos”, Kardec comenta:
“A palavra alma é empregada para exprimir coisas muito diferentes. Uns chamam alma o princípio da vida, e com esse entendimento é exato dizer, em sentido figurado, que a alma é “uma centelha anímica emanada do grande Todo”. Essas últimas palavras indicam a fonte universal do princípio vital do qual cada ser absorve uma porção que, depois da morte, retorna à massa. Essa idéia não exclui a de um ser moral distinto, independente da matéria e que conserva sua individualidade. É esse ser que se chama, igualmente, alma, e é nesse sentido que se pode dizer que a alma é um Espírito encarnado. Ao dar à almadefinições diferentes, os Espíritos falaram conforme a idéia que faziam da palavra de acordo com as idéias terrestres de que ainda estavam mais ou menos imbuídos. Isso decorre da insuficiência da linguagem humana, que não tem uma palavra para cada idéia, gerando uma infinidade de enganos e discussões. Eis por que os Espíritos superiores nos dizem que nos entendamos primeiro acerca das palavras”.
Léon Denis observa: “Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro de vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela atua no mundo da matéria”. (Cristianismo e Espiritismo – FEB 10ª edição)
Resumindo:
Alma : Princípio inteligente no qual reside o pensamento, a vontade e o senso moral. Foco da consciência.

Perispírito: Invólucro fluídico permanente, leve e imponderável, que acompanha a alma em sua evolução infinita, e com ela se melhora e purifica. Serve de laço e intermediário entre o espírito e o corpo.
Corpo: Envoltório material temporário, que põe o espírito em relação com o mundo exterior e que é abandonado na morte, como o vestuário usado.

Espírito: A alma desprendida do corpo material e revestida do seu invólucro sutil. Ser fluídico, de forma humana, liberto das necessidades terrestres, invisível e impalpável em seu estado normal. (Espírito = Alma + Perispírito)

Homem:  Ser complexo onde se combinam três elementos para formar uma unidade viva. (Homem = Alma + Perispírito + Corpo)

(*) fechos de abóbada - pedra angular e principal de uma abóbada ou arco, na qual se sustenta toda a estrutura e as cargas externas. Neste caso: a questão primordial, a mais importante.
Bibliografia:
Kardec, Allan - “O Livro dos Espíritos”; “O que é o Espiritismo”; “O Principiante Espírita”.
Denis, Léon - “Cristianismo e Espiritismo”; “Depois da Morte”.

Zimmermann, Zalmino - “Perispírito” 2ª Edição Revista e Ampliada.