"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

sábado, 22 de junho de 2019

Universalismo X Práticas Espirituais



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Mas afinal de contas o que é o Universalismo Espiritual?



Talvez seja melhor começar dizendo o que NÃO É o Universalismo Espiritual.



Não é religião, não é corrente de pensamento, não é filosofia, não é ciência (inclusive por qquestões de paradigma), não é doutrina, ou seja, não possui base em livros sagrados, corpo filosófico ou corpo doutrinário.



O QUE É?



É um espírito de síntese inerente, uma perspicácia, uma visão de conjunto, um estado de consciência despreconceituoso, aberto, positivo, inteligente, sutil, com ampla capacidade de associação de ideias que pode e deve aprender com qualquer conhecimento consciencial, com qualquer opção evolutiva ou mesmo com qualquer filosofia, religião ou livro sagrado, mas sem depender deles ou de nada.



O ESPIRITUALISMO UNIVERSALISTA é extremamente baseado no discernimento consciencial do portador, em suas vivências pessoais íntimas, suas elucubrações teóricas intelectuais, em sua autoconscientização bioenergética e extrafísica (autoconhecimento multidensional ) e correlatas expansões de consciência. Vê o ser humano como um complexo sinérgico bio-psico-sócio-consciencial.



Observa-se, que uma “síntese universalista” pessoal não é mistura mística, colcha de retalhos, não é salada esotérica, não é apenas frequentar vários tipos de locais, várias linhas evolutivas, filosofias e/ou religiões, mas é algo mais profundo, mais amplo, mais complexo, mais consciencial, mais íntimo.



É a possibilidade de trabalhar (autopesquisa), desenvolver, expandir a espiritualidade íntima (da alma) sem necessitar de se valer de religiões (mas podendo usá-las também), procurando a verdadeira, profunda e discreta reforma íntima , se valendo das ferramentas conscienciais de cada linha evolutiva (suas técnicas, práticas, conhecimentos e sabedoria) adequando-se a seu contexto pessoal, psicológico, emocional, intelectual, ou seja, isso evita engolir pacotes prontos, tem-se a vantagem de ajustar o “conhecimento-sabedoria” a seu contexto pessoal para otimizar sua evolução consciencial.



Nesses casos o rendimento evolutivo é maior, pois os dogmas (velados ou francos) das linhas e grupos é evitado, as posturas e linguajares padronizados também são evitados, os modismos e cacoetes, vícios e crenças, holopensenes (É o conjunto de pensamentos, sentimentos e energias de uma determinada Consciência ou grupo ),formatados são sadiamente evitados.



Mas essa condição de liberdade e ousadia consciencial, coragem consciencial, independência espiritual exige certo nível mínimo de cultura geral, de conhecimento, de autoconhecimento, mas principalmente de autoestima elevada e autoconfiança (discernimento consciencial). Uma minoria de pessoas está preparada para tal opção.



PRINCÍPIOS BÁSICOS



· As religiões são criações do gênio humano e não imposições de Deus e dos espíritos;



· As instituições e linhas evolutivas também são hierárquicas, políticas e humanas com seus vícios como qualquer empresa comercial;



· Não existe corrente de pensamento, linha evolutiva, religião, filosofia, doutrina ou mesmo ciência a monopolizar as verdades relativas de ponta ou absolutas;



· Há infinitos caminhos diferentes para se atingir a evolução espiritual, dentro e fora de religiões, grupos, pacotes, doutrinas, sistemas metafísicos, psíquicos ou metapsíquicos ou quaisquer instituições afins;



· Há possibilidades infinitas para se cumprir a programação existencial (dharma, missão de vida, projeto reencarnatório, etc) evolução espiritual, dentro e fora de quaisquer lugares, opções, instituições afins, seja ela avançada, intermediária ou básica;



· Mais importa a conduta ética (e cosmoética, consciencioética), amorosa e fraterna do que a ideologia, cosmogonia, fé ou organização religiosa (ou congênere) escolhidas;



· São contraproducentes e inócuas disputas por qual o melhor guru, líder espiritual, linha, teoria, religião, mestre, instituição da humanidade;



· Todas as contribuições ao esclarecimento espiritual e consciencial são válidas e relevantes, merecem respeito e apreciação sem preconceito, devendo-se extrair de cada ideologia, corrente, opção evolutiva o que nela houver de proveitoso ao aprimoramento do indivíduo e da sociedade;



· Que parapsiquismo, intelectualidade, comunicabilidade, mediunidade, projeção consciente, entre outros, são apenas ferramentas evolutivas (e podem inclusive serem mal utilizadas e evolutivamente contraproducentes), ou seja, não são o fim, são o meio utilizado, a ferramenta utilizada para evoluir espiritualmente (consciencialmente).



IDEIAS E SENTIMENTOS



Estas são ideias, conceitos, pensamentos e sentimentos que se aproximam e fundamentam o Espiritualismo Universalista.



· Somos todos Um;



· A evolução consciencial / espiritual é fisiológica, parafisiológica, orgânica e natural para todos os seres e reinos;



· No universo só existe Consciência e energia, sendo que a Consciência é causa e a energia é consequência;



· Pode-se ensinar e aprender com qualquer um, ninguém é tão “rico” que não possa receber ou tão “pobre” que não possa doar;







Lembre se:







Buda não era Budista,
Jesus não era Cristão,
Krishna não era Vaishnava,
Maomé não era Islamita,
Eles eram professores que ensinavam AMOR.



AMOR era a religião de cada UM.















· A religião se impõe a terceiros, a espiritualidade é algo que se tem que buscar dentro de si;



· A religião se apega a livros sagrados e a fundamentos fixos, a espiritualidade busca o que há de espiritual em qualquer livro, doutrina ou fundamentos;



· A religião fala de pecado medo e culpa, a espiritualidade ajuda o autoaprendizado mesmo com os erros, mas sem culpas;



· As religiões e doutrinas criam dogmas inquestionáveis ou falhos, a espiritualidade estimula a raciocinar a intuir e a transcender a tomar boas decisões a assumir a consequências de seus atos sem fugas ou justificativas;



· As religiões são para os que necessitam de alguém para seguir e ouvir o que fazer;



· A religião anestesia, a espiritualidade desperta e expande consciências;



· Religiões há muitas, espiritualidade apenas uma;



· As religiões são hierárquicas em função dos cargos, a espiritualidade é hierárquica em função do nível de consciência;



· As religiões prendem e condicionam a mente, a espiritualidade liberta a mente, o coração e a consciência;



· A religião promete um “paraíso” algures, a espiritualidade ensina a responsabilidade do buscador a merecê-la e conquistá-la dentro de si já;



· A religião cerceia, proíbe e reprime, a espiritualidade liberta, expande e solta a consciência;



· A religião inventa, a espiritualidade descobre e se autodescobre;



· A religião separa, briga e disputa, a espiritualidade une em função das egrégoras;



· A religião se alimente e controla pelo medo, a espiritualidade liberta pela confiança e autoestima;



· A religião gera guerras, a espiritualidade gera paz;



· A religião é ortodoxia e psicologia de massas, a espiritualidade é individual e foro íntimo;



· A religião cria instituições, a espiritualidade as questiona;



· A religião promove a adoração e a gurulatria, a espiritualidade auto responsabilidade evolutiva;



· A religião quer que se renuncie ao mundo; a espiritualidade ajuda a viver em paz com ele;



· A religião se estabelece em derredor de algum ser, guru ou santo, a espiritualidade se estabelece no próprio ser;



· A religião alimenta o ego pessoal e grupal, a espiritualidade o transcende;



· A religião força a entrar no pensamento, a espiritualidade esvazia a mente para atingir a consciência;



· O religioso não é necessariamente espiritualizado, o espiritualizado não é necessariamente religioso;



· A religião se ocupa de fazer, a espiritualidade de ser.

PAZ e BEM !!!!














quarta-feira, 19 de junho de 2019

São João e o Centro Espírita !!





Bom dia amigos PAZ e BEM !!


Ando meio afastado é verdade sem muito tempo para municiar meu blog com questões pertinentes a biologia e a espiritualidade, é verdade, mas meus compromissos pelo pataco e pela minha casa espiritual me tomam quase que integralmente meu tempo, o que sobra é da família pois sem ela eu nada seria.


Bom vamos falar um pouquinho sobre São João as comemorações fazem parte de um grupo de festas coletivamente conhecidas como Festas Juninas (comemorando o Santo Antônio, no dia 13, o São João, no dia 24 e o São Pedro no dia 29). As festas chegaram ao Brasil junto com os colonizadores portugueses que tradicionalmente as cultivaram para comemorar a colheita da produção agrícola no verão europeu. Já faz parte do conhecimento coletivo ocidental que os festejos juninos se devem ao fato de que as autoridades da Igreja quiseram cristianizar as festas pagãs ligadas ao solstício de verão comemorado em 24 de junho.


Nas festas do solstício era comum acenderem-se fogueiras e isso inscreve estas festas nas chamadas festas do fogo. A antiga festa do solstício era realizada com muita alegria e danças junto da fogueira e havia fartura de comida e bebida. Estas práticas passaram para as festas de São João, quando também se come muito, bebe-se, dança-se, canta-se e tira-se a sorte, já que a necessidade de conhecer o futuro era muito comum na Antiguidade.


E quem é o João homenageado em junho? Trata-se de João Batista, um precursor e anunciador do Messias. A data da festa não se relaciona com sua decapitação (seu martírio é relembrado em 29 de agosto), mas com o seu nascimento, que teria ocorrido seis meses antes do Natal de Jesus.


É inequívoca a importância religiosa de João Batista para todas as orientações cristãs – ele é reverenciado pelas igrejas cristãs do ocidente com uma festa que cai em 24 de junho. É conhecido o papel de João na história do Cristo, mas basta lembrar sua admiração pelos métodos do profeta Elias. De tal maneira o admirava que foi chamado “encarnação de Elias” e o evangelho de Lucas menciona que existia uma incidência do Espírito de Elias nas ações de João (Lucas 1,16-17). Mateus, inclusive, coloca na boca de Jesus a afirmativa que o Batista é o mesmo Elias: “E se vocês o quiserem aceitar, João é Elias que devia vir”. (Mateus 11,14). Nos meios espíritas, sabe-se que Elias reencarnou como João Batista.


Foi João Batista que batizou Jesus na margem do rio Jordão, em Pela. Relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João batizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado no qual ponho toda a minha complacência”. Referem-se também a uma pomba que esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e essa ave foi considerada como manifestação do Espírito Santo. Este acontecimento sem qualquer repetição histórica tem servido por base a imensas doutrinas.


Mas por que organizar uma festa junina em um centro espírita? Respondendo com outra pergunta: Qual a finalidade da existência de centros espíritas senão o desenvolvimento do espiritismo e do AMOR fraterno verdadeiramente cristão entre os homens? De acordo com André Luiz Peixinho, o centro espírita é a unidade fundamental para o desenvolvimento do Espiritismo. Apesar das diferentes formas de organização, todos têm em comum a realização de atividades múltiplas que ele enumera agrupando-as “em três núcleos que correspondem a aspectos da sua função social: centro de saúde e promoção da pessoa, educandário e templo.”


É essa função social que cumpre uma confraternização junina, mas principalmente lembrando o papel de João, propicia a oportunidade de estreitamento de laços de amizade entre trabalhadores, da prática da solidariedade e da caridade.


Por fim, mas não menos importante, resta a considerar um ângulo da questão: Deve se considerar que, através dela (festa junina) se apresenta a oportunidade de angariar fundos, imprescindíveis ao financiamento dos serviços de saúde, de educação e de promoção do bem-estar humano. Sempre é bom lembrar: centros espíritas, como todas as instituições na Terra, pagam funcionários, utilizam material de limpeza, tem diversas despesas com água, iluminação, papeis, manutenção da área física, equipamentos, etc.


A necessidade de obter recursos para custear as atividades do espiritismo não é fato novo e foi proposta pelo próprio Allan Kardec, como documentado no Livro dos Médiuns: “Artigo 15 – Para prover as despesas da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, é paga uma cotização anual de 24 francos para os titulares e 20 francos para os associados livres."


Todas essas ações estão alicerçadas nos princípios daqueles que tem a prática cristã como guia: são amigos da fraternidade, do serviço, da bondade e do perdão.


Espero que tenham gostado...Logo logo eu volto !!!


Abraços fraternos a todos.


[1] LEAL, José Carlos. O culto popular de São João Batista. Correio Espírita. Disponível “em: <http://www.correioespirita.org.br/categoria-de-materias/filosofia-e-espiritismo-correio-espirita/565-o-culto-popular-de-s%C3%A3o-jo%C3%A3o-batista>.