"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

domingo, 25 de abril de 2010

Reencarnação

Amigos boa tarde!
Tenho recebido alguns e-mails de pessoas me questionando sobre reencarnação, pois bem vou procurar esclarecer um pouco sobre esse vastíssimo assunto e vou procurar colocar uma bibliografia que seja de interesse e de fácil acesso a todos.
Então vamos lá :
Reencarnação significa a volta do Espírito à vida corpórea, mas num outro corpo, sem qualquer espécie de ligação com o antigo. Usa-se também o termo Palingenesia, proveniente de duas palavras gregas — Palin, de novo; genesis, nascimento.
                                                 FINALIDADE DA ENCARNAÇÃO

a) Expiação — Expiar significa remir, resgatar, pagar. A expiação, em sentido restrito consiste em o homem sofrer aquilo que fez os outros sofrerem, abrangendo sofrimentos físicos e morais, seja na vida corporal, seja na vida espiritual.
b) Prova — Em sentido amplo, cada nova existência corporal é uma prova para o Espírito. A prova, às vezes, confunde-se com a expiação, mas nem todo sofrimento é indício de uma determinada falta. Trata-se freqüentemente de simples provas escolhidas pelo espírito para acabar a sua purificação e acelerar o seu adiantamento. Assim, a expiação serve sempre de prova mas a prova nem sempre é uma expiação.
c) Missão — A missão é uma tarefa a ser cumprida pelo Espírito encarnado. Em sentido particular, cada Espírito desempenha tarefas especiais numa ou noutra encarnação, neste ou naquele mundo. Há, assim, a missão dos pais, dos filhos, dos políticos etc.
d) Cooperação na Obra do Criador — Através do trabalho, os homens colaboram com os demais Espíritos na obra da criação.
e) Ajudar a Desenvolver a Inteligência — a necessidade de progresso impele o Espírito às pesquisas científicas. Com isso a sua inteligência se desenvolve, sua moral se depura. É assim que o homem passa da selvageria à civilização.
A encarnação ou reencarnação tem outras finalidades específicas para este ou aquele Espírito. Citam-se, por exemplo, o restabelecimento do equilíbrio mental e o refazimento do corpo espiritual. (FEESP, 1991, 7.ª Aula, p. 73 a 76).
A doutrina da reencarnação, que consiste em admitir para o homem muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à idéia da justiça de Deus com respeito aos homens de condição moral inferior; a única que pode explicar o nosso futuro e fundamentar as nossas esperanças, pois oferece-nos o meio de resgatarmos os nossos erros através de novas provas. A razão assim nos diz, e é o que os Espíritos ensinam. (Kardec, 1995, pergunta 171).
                                                          LIMITES DA ENCARNAÇÃO

A encarnação não tem, propriamente falando, limites nitidamente traçados, se se entende por isso o envoltório que constitui o corpo do Espírito, já que a materialidade desse envoltório diminui à medida que o Espírito se purifica. Nesse sentido, o limite máximo seria a completa depuração do Espírito, quando o perispírito estaria totalmente diáfano. Mas mesmo assim, há trabalho a realizar, pois podem vir em missões para ajudar os outros a progredirem. (Kardec, 1984, cap. IV, it. 24, p. 67 e 68)
                                                         ENFOQUE CIENTÍFICO
O Dr. Ian Stevenson, Diretor do Departamento de Psiquiatria e Neurologia da Escola de Medicina da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos da América, conseguiu catalogar cerca de 2000 casos, tendo publicado cinco livros versando sobre esses relatos. Em um de seus livros, o 20 Casos Sugestivos de Reencarnação, reúne 7 casos na Índia, 3 no Ceilão, 2 no Brasil, 7 no Alasca e 1 no Líbano.
O Método empregado pelo Dr. Ian Stevenson consiste em descobrir pessoas, principalmente crianças, que espontaneamente manifestem recordações. Na maioria dos casos espontâneos, os principais acontecimentos já ocorreram quando o investigador entra em cena, além disso, embora acreditem na reencarnação, as pessoas envolvidas adotam atitudes bem diferentes. Existe uma crença generalizada de que a lembrança de vidas pretéritas condena à morte prematura, e muitas vezes os pais usam de medidas enérgicas e mesmo cruéis, para evitar que uma criança fale sobre uma vida anterior.
Stevenson, em suas observações conclusivas, não opta com firmeza por nenhuma teoria como explanatória de todos os casos. Diz ele que alguns casos podem ser explicados melhor como sendo devido à fraude, à criptomnésia ou à percepção extra sensorial com personificação (talvez com misto de telepatia e retrocognição).
Complementando diz: "Na medida em que nos preocupamos com a evidência da sobrevivência, não nos sentimos obrigados a supor que todo caso sugestivo de renascimento deve ser explicado como um caso de reencarnação. Nosso problema é antes, saber se há algum caso (ou mesmo somente um) em que nenhuma outra explicação pareça melhor do que a reencarnação, na explanação de todos os fatos. (Stevenson, 1971, p. 506).
                                                                 CONCLUSÃO

A reencarnação fundamenta todo o nosso desenvolvimento moral e intelectual. Sem ela, a existência física perderia a perspectiva de uma vida futura, o que nos levaria ao materialismo; com ela, todo o sofrimento encontra a sua explicação lógica, reacendendo, assim, a esperança num futuro mais promissor.
 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ANDRADE, H. G. Espírito, Perispírito e Alma: Ensaio sobre o Modelo Organizador Biológico. São Paulo, Pensamento, 1984.


AUTORES DIVERSOS. Curso Básico de Espiritismo (1.º Ano). 3. ed., São Paulo, FEESP, 1991.


KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.


KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.


STEVENSON, I. 20 Casos Sugestivos de Reencarnação. São Paulo, Difusora Cultural, 1971.
 
                Outras bibliografias interessantes sobre esse e outros assuntos relacionados:
1. AMORIM, Deolindo. O Espiritismo e os problemas humanos. São Paulo : USE, cap. V – Reencarnação e desigualdades.



2. ANDREA, Jorge. Forças sexuais da alma. Ed. FON-FON. Cap. II (vórtices espirituais).


3. ANDREA, Jorge. Paligênese: a grande Lei. (????) Cap. Caminho da Libertação.


4. ANDREA, Jorge. Psicologia espírita. 5.ed. Petrópolis : LORENZ, 1991. vol 1. cap. transplantes.


5. DENIS, Leon. Depois da Morte. Rio de Janeiro : FEB. Cap. XLI.


6. DENIS, Leon. O problema do ser, do destino e da dor. Rio de Janeiro : FEB. 1993. Caps. XIII a XIX.


7. KARDEC, Allan. A Gênese. 17. ed. São Paulo : LAKE, 1994. cap. XI, Reencarnações


8. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o espiritismo. 244. ed. Araras, SP : IDE, 1999. cap. IV, XIV – item 8 e 9, XVII – item 11.


9. KARDEC, Allan. O LIVRO DOS ESPÍRITOS, 96. ed. Araras, SP : IDE, 1995. perg. 132 a 146, 166 a 222, 330 a 399, 686 a 649.


10. MIGUEL, Alfredo. A tese das vidas múltiplas. São Paulo : LAKE. (todo um estudo sobre esta tese).


11. MIRANDA, Hermínio. A reencarnação na Bíblia. São Paulo : Pensamento, 1995.


12. NOVAES, Adenáuer Marcos. Reencarnação: processo educativo. Salvador : Fundação Lar Harmonia, 1955. (esta obra apresenta um verdadeiro resumo das mais importantes pesquisas e pesquisadores deste tema).


13. PERALVA, Martins. O pensamento de Emmanuel. . Rio de Janeiro : FEB. Caps. Paligenesia; Fases da Reencarnação.


14. RAMOS, Agelisau N. P. A reencarnação na Bíblia. Recife : Companhia Editora de Pernambuco, 1985.


15. TINOCO, Carlos Alberto. O modelo organizador biológico. Curitiba : Veja, 1982. (esta obra apresenta um estudo profundo sobre a formação genética do ser humano, com variadas imagens comparativas e cálculos matemáticos)


16. UBALDI, Pietro. A grande síntese. São Paulo : FUNDAPU. Cap. LXXIV.


17. XAVIER, Francisco Cândido / Emmaneul. Emmanuel. Rio de Janeiro : FEB. cap. XXIV, respondendo às objeções. e Janeiro : FEB. Cap. XVII (fases da reencarnação), E outros.


18. XAVIER, Francisco Cândido / Emmaneul. Vida e sexo. Rio de Janeiro : FEB. Cap. X e XIV.


19. XAVIER, Francisco Cândido /André Luis. Missionários da Luz. Rio de Janeiro : FEB. (todo o processo reencarnatório é apresentado aqui emdatalhes surpreendentes. Valioso trabalho).


20. XAVIER, Francisco Cândido /Emmanuel e André Luis. Evolução em dois mundos. Rio de Janeiro : FEB. Cap. XIX. (e vários outros).


21. XAVIER, Francisco Cândido /Emmanuel e André Luis. Sexo e destino. Rio de Janeiro : FEB. Cap. IX e X. (como ocorrem as reencarnações coletivas, como as famílias são agregadas e preparadas para suas reencarnações).


DIVALDO PEREIRA FRANCO
1. Antologia Espiritual – Diversos espíritos – Salvador : LEAL, 1994. cap. III – Reencarnação e progresso / Morte e ressurreição.


2. Atualidade do pensamento espírita – Vianna de Carvalho – Salvador : LEAL, variadas perguntas.


3. Dias Gloriosos – Joanna de ANGELIS – Salvador : LEAL, 2000. (Clonagem, transplantes, Criogenia, renascimento).


4. Enfoques Espíritas – Vianna de Carvalho – Salvador : LEAL, 1995. (Reencarnação: ato de justiça)


5. Estudos Espíritas – Joanna de Angelis – Rio de Janeiro : FEB, cap. 8.


6. Leis Morais da Vida – Joanna de Angelis – Salvador : LEAL, 1992. cap. IV. – afinidade e sintonia.


7. Luzes do Alvorecer – Diversos Espíritos – Salvador : LEAL, 2001. Mensagem 10, de Ivan Costa.


8. Momentos de Consciência – Joanna de Angelis. Salvador : LEAL. Cap. X.


9. Nas Fronteiras da loucura – Manoel Miranda – Salvador : LEAL, cap.


10. O homem integral. – Joanna de Angelis. Salvador : LEAL. cap. VIII.


11. Reflexões Espíritas – Vianna de Carvalho – Salvador : LEAL, cap. XII.


12. SOS família – Joanna de Ângelis – Salvador : LEAL, 1994. diversas mensagens.

A força do ESPÍRITO

Talvez seja o tom de mistério que leva doutrinas como o espiritismo a despertar tanto interesse no público, mesmo que o assunto já tenha sido esmiuçado em tantas obras. Mas o fato é que o filme Chico Xavier reacendeu a curiosidade daqueles que nunca pisaram em um centro espírita. O tema estava adormecido pela mídia desde 2002, depois da morte de seu mais ilustre representante brasileiro, mas voltou a fazer parte das rodas de discussões e a aquecer o mercado cinematográfico sobre o assunto.

Em todo o Brasil, o filme inspirado na obra do jornalista Marcel Souto Maior e que estreou no dia em que o médium Francisco Cândido Xavier completaria cem anos, bateu o recorde de bilheteria no primeiro fim de semana de exibição, com 590 mil espectadores. Depois de três semanas em cartaz, mais de duas milhões de pessoas já assistiram ao longa. A arrecadação até agora é de R$ 18,5 milhões. Em Joinville, as duas empresas de cinema estrearam o filme em quatro horários diários e seguem as exibições com quase o mesmo número de sessões. No GNC Cinemas, por exemplo, a média de público foi de três mil na primeira semana, 2,2 mil na segunda e mil na terceira. Para se ter uma comparação, “Os Normais 2”, em todo o período em que ficou em cartaz, levou quase seis mil pessoas, número que o filme do médium já bateu, e ainda vai aumentar.
Sucesso nos cinemas, o filme também pode ter ajudado nas vendas do estande da Federação Espírita Catarinense na Feira do Livro de Joinville, um dos mais visitados nos dez dias do evento. As vendas de obras sobre espiritismo e psicografia disponíveis tiveram um aumento de 80% em relação ao ano passado.
Nunca os sete centros espíritas de Joinville receberam a visita de tantos interessados na doutrina. Até espíritas que estavam afastados retomaram a participação nos encontros, segundo o presidente da Federação Espírita Catarinense, Elonyr Teixeira. “Motivados pelo filme, muitos vêm buscar soluções para os problemas e inquietações, mas o que pregamos é a orientação espiritual. A solução está dentro das pessoas”, explica Teixeira, que acha o número de centros na cidade pouco para atender a grande procura. “O ideal é que tivesse um centro em cada bairro”, reforça.
O fato é que depois de conhecer a vida de Chico Xavier, inevitavelmente as pessoas passaram a se interessar pela doutrina. Mesmo que a versão de Daniel Filho tenha sido baseada em relatos do próprio médium e de pessoas que conviveram com ele, floreadas com algumas estratégias ficcionais, como em qualquer outra produção cinematográfica, Teixeira, que conheceu o médium pessoalmente, afirma que de forma geral o longa foi bem fiel à realidade e traz uma boa imagem para o espiritismo.
Uma das únicas cenas que fogem da vida real foi o velório do padre que dava conselhos a Chico Xavier quando, ainda criança, ele se comunicava com a mãe desencarnada. A situação na verdade não ocorreu, foi apenas uma “licença poética”, lembrada pelo presidente da Sociedade Espírita de Joinville, Alberto Ferreira. Inclusive, o padre Sebastião Scarzello, interpretado no filme, morreu há pouco tempo em Joinville, onde se tornou monsenhor da Igreja Católica.
Ferreira ressalta que não foi apenas o filme a fonte que despertou a curiosidade das pessoas. A novela que recém estreou na Rede Globo, “Escrito nas Estrelas”, também é baseada em uma obra de Chico Xavier, intitulada “E a Vida Continua”.
Seguindo a onda de sucesso de bilheteria, “Nosso Lar”, adaptação do best-seller de Chico Xavier, escrito em 1942, também ganhará adaptação para o cinema. O longa-metragem que trata da história de um médico atuando no mundo espiritual tem estreia prevista para setembro. Outro trabalho que será lançado em breve é o de Luis Eduardo Girão, que no ano passado financiou “Bezerra de Menezes” e, agora, retorna com o longa “As Mães de Chico Xavier”.
AN.com.br

sexta-feira, 23 de abril de 2010

"Eu andarei vestido e armado com as armas de Jorge "


  Salve Jorge da Capadócia!     " Salve Ogum"

sábado, 17 de abril de 2010

A Evolução do espírito

Evolução significa desenvolver algo que já existe em potencial. Ou seja, evoluir espiritualmente significa manifestar, de forma gradativa, todo o potencial que existe em nós...
Em biologia, evolução é a mudança das características hereditárias de uma população, de uma geração para outra. Este processo faz com que os organismos mudem ao longo do tempo. A seleção natural é um processo pelo qual características hereditárias que contribuem para a sobrevivência e reprodução se tornam mais comuns numa população, enquanto que características prejudiciais tornam-se mais raras.
O termo evolução vem do latim evolutio, que significa “desabrochamento”. Segundo o dicionário Aurélio, evoluir significa “evolver, passar por transformações”.
Sob a ótica espírita, quando falamos que o espírito evolui desde os primórdios de suas ligações com a matéria, não significa que cada átomo, cada planta ou cada micróbio seja um espírito, mas, que esses reinos primitivos são o molde, a base por onde o princípio inteligente se manifesta a fim de desenvolver-se. É como o casulo da borboleta. Antes, ela só existia como lagarta! Ou seja, tudo na natureza se encadeia para que o espírito realize voos mais altos, rumo ao infinito. Sem o reino animal, o princípio inteligente não teria desenvolvido o instinto, essa força da natureza que é a base da nossa manifestação como seres humanos. É “cuidando do ninho” que são desenvolvidas as primeiras noções de família, para, posteriormente, as transformarmos em sentimento de amor para conosco (autoestima) e com a família universal.
Evolução significa desenvolver algo que já existe em potencial. Ou seja, evoluir espiritualmente significa manifestar, de forma gradativa, todo o potencial que existe em nós. Somos centelhas divinas. Somos a própria manifestação de Deus. Quando amamos, é o amor divino que está em ação. Portanto, trazemos em nossa essência o “código genético do Pai”. Apenas precisamos nos iluminar, nos conhecermos em profundidade para que a grande reforma espiritual se realize e o brilho interno da nossa consciência se manifeste.
Resumindo: sem autoconhecimento não é possível a reforma íntima. “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”. A Verdade está além dos livros, além da razão, da mente. A verdade é nossa realidade maior, é Deus em toda sua Plenitude. Este caminho é eterno, infinito, e a cada passo um novo horizonte se abre diante de nós.
                                                                                                 Extraído da revista cristã de Espiritismo



quarta-feira, 14 de abril de 2010

Lições de NOSSO LAR


                        UMBRAL
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Após receber tão valiosas elucidações, aguçava-se-me o desejo de intensificar a aquisição de conhecimentos relativos a diversos problemas que a palavra de Lísias sugeria. As referências a espíritos do Umbral mordiam-me a curiosidade. A ausência de preparação religiosa, no mundo, dá motivo a dolorosas perturbações. Que seria o Umbral? Conhecia, apenas, a idéia do inferno e do purgatório, através dos sermões ouvidos nas cerimônias católico-romanas a que assistira, obedecendo a preceitos protocolares. Desse Umbral, porém, nunca tivera notícias.
Ao primeiro encontro com o generoso visitador, minhas perguntas não se fizeram esperar. Lísias ouviu-me, atencioso, e replicou:
- Ora, ora, pois você andou detido por lá tanto tempo e não conhece a região?
Recordei os sofrimentos passados, experimentando arrepios de horror.
- O Umbral - continuou ele, solícito - começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos.
Quando o espírito reencarna, promete cumprir o programa de serviços do Pai; entretanto, ao recapitular experiências no planeta, é muito difícil fazê-lo, para só procurar o que lhe satisfaça ao egoísmo. Assim é que mantidos são o mesmo ódio aos adversários e a mesma paixão pelos amigos. Mas, nem o ódio é justiça, nem a paixão é amor. Tudo o que excede, sem aproveitamento, prejudica a economia da vida. Pois bem: todas as multidões de desequilibrados permanecem nas regiões nevoentas, que se seguem aos fluidos carnais. O dever cumprido é uma porta que atravessamos no Infinito, rumo ao continente sagrado da união com o Senhor. É natural, portanto, que o homem esquivo à obrigação justa, tenha essa bênção indefinidamente adiada.
Notando-me a dificuldade para apreender todo o conteúdo do ensinamento, com vistas à minha quase total ignorância dos princípios espirituais, Lísias procurou tornar a lição mais clara:
- Imagine que cada um de nós, renascendo no planeta, somos portadores de um fato sujo, para lavar no tanque da vida humana. Essa roupa imunda é o corpo causal, tecido por nossas mãos, nas experiências anteriores.
Compartilhando, de novo, as bênçãos da oportunidade terrestre, esquecemos, porém, o objetivo essencial, e, ao invés de nos purificarmos pelo esforço da lavagem, manchamo-nos ainda mais, contraindo novos laços e encarcerando-nos a nós mesmos em verdadeira escravidão. Ora, se ao voltarmos ao mundo procurávamos um meio de fugir à sujidade, pelo desacordo de nossa situação com o meio elevado, como regressar a esse mesmo ambiente luminoso, em piores condições? O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena.
A imagem não podia ser mais clara, mais convincente.
Não havia como disfarçar minha justa admiração. Compreendendo o efeito benéfico que me traziam aqueles esclarecimentos, Lísias continuou:
- O Umbral é região de profundo interesse para quem esteja na Terra.
Concentra-se, aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior. E note você que a Providência Divina agiu sabiamente, permitindo se criasse tal departamento em torno do planeta. Há legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas a planos de elevação. Representam fileiras de habitantes do Umbral, companheiros imediatos dos homens encarnados, separados deles apenas por leis vibratórias. Não é de estranhar, portanto, que semelhantes lugares se caracterizem por grandes perturbações. Lá vivem, agrupam-se, os revoltados de toda espécie. Formam, igualmente, núcleos invisíveis de notável poder, pela concentração das tendências e desejos gerais. Muita gente da Terra não recorda que se desespera quando o carteiro não vem, quando o comboio não aparece?
Pois o Umbral está repleto de desesperados. Por não encontrarem o Senhor à disposição dos seus caprichos, após a morte do corpo físico, e, sentindo que a coroa da vida eterna é a glória intransferível dos que trabalham com o Pai, essas criaturas se revelam e demoram em mesquinhas edificações. "Nosso Lar" tem uma sociedade espiritual, mas esses núcleos possuem infelizes, malfeitores e vagabundos de várias categorias. É zona de verdugos e vítimas, de exploradores e explorados.
Valendo-me da pausa, que se fizera espontânea, exclamei, impressionado:
- Como explicar? Então não há por lá defesa, organização?
Sorriu o interlocutor, esclarecendo:
- Organização é atributo dos espíritos organizados. Que quer você? A zona inferior a que nos referimos é qual a casa onde não há pão: todos gritam e ninguém tem razão. O viajante distraído perde o comboio, o agricultor que não semeou não pode colher. Uma certeza, porém, posso dar-lhe: - não obstante as sombras e angústias do Umbral, nunca faltou lá a proteção divina. Cada espírito lá permanece o tempo que se faça necessário.
Para isso, meu amigo, permitiu o Senhor se erigissem muitas colônias como esta, consagradas ao trabalho e ao socorro espiritual.
- Creio, então - observei -, que essa esfera se mistura quase com a esfera dos homens.
- Sim - confirmou o dedicado amigo -, e é nessa zona que se estendem os fios invisíveis que ligam as mentes humanas entre si.
O plano está repleto de desencarnados e de formas-pensamento dos encarnados, porque, em verdade, todo espírito, esteja onde estiver, é um núcleo irradiante de forças que criam, transformam ou destroem, exteriorizadas em vibrações que a ciência terrestre presentemente não pode compreender. Quem pensa, está fazendo alguma coisa alhures. E é pelo pensamento que os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de cada um. Toda alma é um ímã poderoso. Há uma extensa humanidade invisível, que se segue à humanidade visível. As missões mais laboriosas do Ministério do Auxílio são constituídas por abnegados servidores, no Umbral, porque se a tarefa dos bombeiros nas grandes cidades terrenas é difícil, pelas labaredas e ondas de fumo que os defrontam, os missionários do Umbral encontram fluidos pesadíssimos emitidos, sem cessar, por milhares de mentes desequilibradas, na prática do mal, ou terrivelmente flageladas nos sofrimentos retificadores. É necessário muita coragem e muita renúncia para ajudar a quem nada compreende do auxílio que se lhe oferece.
Interrompera-se Lísias. Sumamente impressionado, exclamei:
- Ah! como desejo trabalhar junto dessas legiões de infelizes, levando-lhes o pão espiritual do esclarecimento!
O enfermeiro amigo fixou-me bondosamente, e, depois de meditar em silêncio, por largos instantes, acentuou, ao despedir-se:
- Será que você se sente com o preparo indispensável a semelhante serviço?

Medicina reconhece obsessão espiritual

Ciência Médica se aproximando e corroborando a Ciência Espiritual



Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.


Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr.


Sérgio Felipe de Oliveira, médico que coordena a cadeira de Medicina e


Espiritualidade na USP:


A Obsessão Espiritual como doença da Alma, já é reconhecida pela Medicina




http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=08634






Em artigos anteriores, escrevi que a Obsessão espiritual, na qualidade
de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da
Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente
organicista do ser e, com isso, não levava em consideração a
existência da alma, do espírito.
No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos
essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao
lado do aspecto físico, mental e social.
Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar
biológico, psicológico e social do ser humano e desconsiderava o bem
estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma
visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua
totalidade: mente corpo e espírito.
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o
estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico,
psicológico e espiritual. Desta forma, a Obsessão espiritual
oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e
estado de transe, que é um item do CID -O Código Internacional de
Doenças- que permite o diagnóstico da interferência espiritual
obsessora.
O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a
perda transitória da identidade com manutenção de consciência do
meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que
acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são
patológicos, provocados por doença. Os casos, por exemplo, em que a
pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões
mediúnicas não são considerados doença. Neste aspecto, a alucinação é
um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos
-nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou
o que popularmente se chama de loucura- bem como na interferência de
um ser desencarnado das trevas, a Obsessão espiritual.
Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe
normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios. O manual de
estatística de desordens mentais da Associação Americana de
Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não
diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de
pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir
espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma
alucinação ou loucura.
Na Faculdade de Medicina da USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira,
médico, coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e
Espiritualidade.
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de
uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões
espíritas.
Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja
conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é
muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver
espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo
resto de suas vidas. Em minha prática clínica, a grande maioria de
meus pacientes, que são rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos"
por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência),
na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um
desequilíbrio mental, psiquiátrico.
Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que
tivermos uma Medicina que leva em consideração o ser integral.
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece
ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a
qualidade de vida do enfermo.
                                                    Texto de Osvaldo Shimoda


Fonte: http://somostodosum.ig.com.br

quinta-feira, 8 de abril de 2010

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bioduvidas@gmail.com

O Espiritismo é muito mais...

Ainda que tentemos esclarecer uma e outra vez, não falta quem confunda propositada ou despropositadamente Espiritismo e Fenomenologia, Espiritismo e Mediunidade e de aí por diante.

A mediunidade não é nem nunca foi exclusividade ou privilégio dos espíritas.
Ela sempre foi e é património da humanidade.
Todos somos mediuns, sejamos espíritas ou não.Os fenômenos mediúnicos, psíquicos, anímicos, estão de a muito minuciosa e rigorosamente analisados, definidos e classificados, em livros de autores que se tornaram clássicos; podendo ser, os mesmo, consultados por qualquer pessoa, pois estão disponíveis em muitas livrarias.
Estes fenômenos ocorrem em toda parte, no seio das religiões que não os aceitam ou entendem, nos lares, nos escritórios, nas fábricas, nos veículos de transporte coletivo, nas ruas e estradas, de todas as modalidades, com mais frequência produzidos por seres moralmente inferiores, que buscam perturbar, chamar a atenção, incomodar e ou dominar a aqueles que lhes são afins ou carmicamente dependentes que geralmente são apanhados desprevenidos por sua ignorância.

Há no Espiritismo ou Doutrina Espírita, fenômenos espíritas, e até aqueles denominados de anímicos, os quais, longe de informarem, confirmam os produzidos por Espíritos. Os estudos de Ernesto Bozzano e Alexander Aksakof, a respeito, são assaz conhecidos.

Por tanto, há mediunidade no Espiritismo; ela representa o meio de comunicação entre nós (Espíritos encarnados) e os Espíritos desencarnados. É instrumento de comunicabilidade entre seres de esferas diferentes, pela vibração do pensamento em ondas longas ou curtas, de baixa e alta frequência.
No entanto, não existe Espiritismo em todo e qualquer campo fenomênico mediúnico.

No capítulo I da Géneses, item 19, Kardec escreveu: “Acusam-no (leia-se Espiritismo) de parentesco com a magia e a feitiçaria; porem, esquecem que a Astronomia tem por irmã mais velha a Astrologia judiciária, ainda não muito distante de nós; que a Química é filha da Alquimia, com a qual nenhum homem sensato ousaria hoje ocupar-se. (…) O mesmo se dá com o Espiritismo, relativamente à magia e à feitiçaria, que se apoiam também na manifestação dos Espíritos, como a Astrologia no movimento dos astros; mas, ignorantes das leis que regem o mundo espiritual, misturam, com essas relações, práticas e crenças sem base lógica, com as quais o Espiritismo, fruto da experiencia e da observação, acabou. Certamente, a distância que separa o Espiritismo da magia e da feitiçaria é maior do que a que existe entre a Astronomia e a Astrologia, a Química e a Alquimia.”

Confundir uma coisa com outra é prova que de nenhuma se sabe nada.
Não há porque, com tão lúcidas declarações, alimentar duvidas no que concerne á crenças de que o mundo se acha abarrotado, confundindo-as com o Espiritismo, somente porque essas religiões, filosofias e crenças pratiquem o mediunismo.

O Espiritismo é, certamente muito mais do que isto.


Como já dissemos mais acima, ela (a mediunidade) representa o meio de comunicação.
Querem saber mais?

A leitura e o estudo das obras de Allan Kardec é fundamental para o correto conhecimento da Doutrina Espírita.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Você sabe o que faz um Biólogo?

O Biólogo é o profissional que estuda a vida em suas diferentes formas de expressão. Ele tem uma área de atuação quase infinita: estuda a origem, estrutura, evolução e funções dos seres vivos, classifica as diferentes espécies animais e vegetais e estabelece sua relação com o meio ambiente. Recombinar DNA para descobrir medicamentos e estudar a ação de enzimas para produzir um sabão em pó que torne a roupa mais limpa, por exemplo, são algumas das atividades que ele pode exercer.

Biólogos podem, dependendo de sua formação, atuar nas mais diferentes áreas, sendo que são pelo menos 50 as áreas de atuação do Biólogo. Mesmo assim, muitas vezes os Biólogos têm dificuldades de ingressar no mercado trabalhando nessas áreas, pois muitas delas não são exclusivas da profissão. Isso se deve ao fato de que a profissão de Biólogo, bem como a de Biomédico, sua profissão irmã, foi regulamentada no Brasil pela Lei número 6.684 de 3 de setembro de 1979, ou seja, é uma profissão que existe, formalmente, há relativamente pouco tempo, e cujas atribuições pertenciam antes a agrônomos, médicos, farmacêuticos.

Devido à profissão ter sido regulamentada em um 3 de setembro, instituiu-se este o Dia do Biólogo. Convém aqui lembrar que os professores de Biologia, portadores de diploma universitário, também são Biólogos que exercem a profissão de educador.

O Biólogo é um profissional capacitado para, além de executar, pensar. A pesquisa básica na área das Ciências Biológicas é, hoje em dia, realizada em grande parte por Biólogos. Isso inclui técnicas aplicadas na Medicina, no controle de pragas, Biotecnologia e na preservação ambiental.

Mesmo assim, é neste último campo que os Biólogos mais vêm se destacando atualmente, muito em função da divulgação da mídia, é verdade, que acaba mostrando este lado da profissão mais do que os outros. Isso não é de todo mau, pois a mídia consegue, deste modo, mostrar ao grande público a importância da preservação do nosso ambiente. E essa consciência nacional vem crescendo bastante, recentemente, e lá estão os Biólogos para mostrar como se deve fazer, e por que se deve fazê-lo, para preservar o ambiente.
Dentro das áreas da Biologia, o Biólogo pode trabalhar em diversas funções. Segundo o Conselho Federal de Biologia (CFB), o biólogo pode ser professor, consultor, administrador de parques, reservas e estações biológicas, curador de acervos biológico, diretor de museus e instituições culturais e científicas, técnico de biologia em organizações não-governamentais ou empresa além, é claro, de pesquisador nos diversos campos da ciência. Como biólogo, você pode também trabalhar em órgãos públicos como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ministério do Meio Ambiente, em secretarias, laboratórios e outras instituições ligadas à pesquisa e ao ensino.

No serviço público de algumas Unidades Federativas, o Biólogo está enquadrado funcionalmente na categoria/cargo de Biólogo; ele recebe outras denominações: Biologista, Professor, Docente, Agente de Saúde, Sanitarista, Técnico, Laboratorista, Pesquisador, Analista e outros. Estas categorias têm como condições essenciais para o exercício profissional: ser portador de Diploma Superior na Área das Ciências Biológicas e estar devidamente inscrito no Conselho Regional de Biologia e em dia com suas obrigações perante o mesmo.

O exercício da profissão exige dupla habilitação: a Técnico-científica e a Legal. A habilitação Técnico-científica é expressa através da comprovação da capacidade intelectual do indivíduo, pela posse do diploma fornecido pela Autoridade Educacional e pelo currículo efetivamente realizado. A Habilitação Legal cumpre-se com o registro profissional no Órgão competente para a fiscalização de seu exercício; no caso dos Biólogos, o Conselho Regional de Biologia de sua jurisdição. Ao profissional devidamente habilitado, cabe-lhe perante as Leis do País, três níveis de responsabilidade: Civil, Trabalhista e Ético-Profissional. A Responsabilidade Trabalhista, os Sindicatos e à Responsabilidade Técnica, os Conselhos Regional e Federal de Biologia, para os profissionais regularmente registrados.

Para ser um bom profissional da área, você biólogo dever ser observador, ter senso crítico, capacidade para o ensino e pesquisa, compromisso com a conservação da biodiversidade e habilidade para diagnosticar e problematizar questões inerentes às Ciências Biológicas. É por essa característica que os profissionais da Biologia são bem requisitados no mercado de trabalho. O nicho de atuação do biólogo está em expansão, principalmente, nas áreas de biotecnologia e ambiental.

Descoberto gene que pode controlar surgimento da vida

Um grupo de cientistas britânicos descobriu um gene que poderia controlar um dos primeiros momentos da vida humana, quando o espermatozóide fertiliza o óvulo. Os pesquisadores da Universidade de Bath, sul da Inglaterra, batizaram de Hira o gene, que permite que os DNAs dos dois progenitores se unam depois da fecundação.

Os primeiros 15 minutos são determinantes, já que é neste momento que o gene deve ser ativado e gerar a divisão do óvulo fecundado. No estudo, descobriu-se que a ausência ou a mutação do Hira no momento da fecundação impede o processo de formação do embrião, até mesmo depois de fecundado por um espermatozóide em bom estado.

Embora este gene só tenha sido estudado até agora em moscas, os especialistas acreditam que este processo genético é igualmente importante em todas as espécies que se reproduzem sexualmente, incluindo a humana.

Tim Karr, que lidera o estudo, afirmou ao The Times que "o DNA do espermatozóide deve se combinar com o DNA materno, no primeiro ato da fertilização genética", daí a importância do gene Hira
Fonte: saúde.gov.br

Biólogos encontram em média oito novas espécies de mamíferos por ano

Um macaquinho (sem a cauda não chega a 20 centímetros) de pêlos escuros nas costas e alaranjados na frente, com uma coroa triangular escura, encontrado na Amazônia, foi batizado de sagüi-anão-da-coroa-preta (Callibella humilis). Um tuco-tuco malhado pode representar uma nova espécie do gênero Ctenomys, já que esses roedores subterrâneos comuns no Rio Grande do Sul são em geral cor de areia ou marrons. Esses são exemplos de mamíferos descobertos de norte a sul do país nos últimos dez anos. De acordo com Yuri Leite, biólogo da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o destaque do I Congresso Sul-Americano de Mastozoologia (estudo dos mamíferos), realizado em outubro na cidade gaúcha de Gramado, foi “a constatação de que o número de espécies (e gêneros) de mamíferos sul-americanos aumentou absurdamente”.

No Brasil, o país com maior diversidade biológica no mundo, até hoje foram descritos cerca de 530 mamíferos, em geral pequenos. Nossos marsupiais não são cangurus boxeadores de desenho animado: podem ser do tamanho de um dedo, como a catita (Gracilinanus microtarsus), um dos menores desse grupo. A destruição de florestas ameaça a existência desses animais, com 66 espécies em risco de extinção na lista vermelha do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 2003. Apesar disso, mais trabalho de campo e novas técnicas de trabalho têm aumentado rapidamente o número de espécies conhecidas.

Leite, Leonora Costa e outros biólogos da Ufes relatam na revista Megadiversidade que são descobertos por ano em média um novo gênero e oito novas espécies de mamíferos. A estimativa é de que nos próximos 20 anos mais do que dobrará o número de mamíferos catalogados na América do Sul. Muitos deles são novos nos registros científicos, mas a maior parte vem de revisões da classificação. No American Museum Novitates de 19 de outubro, Marcelo Weksler, biólogo brasileiro na Universidade do Alasca, Alexandre Percequillo, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e Robert Voss, do Museu Americano de História Natural de Nova York, acrescentaram dez gêneros de roedores à América do Sul.

Para um grupo de animais estudado há séculos, é surpreendente que ainda reste tanto por descobrir. Nos últimos 12 anos surgiram no mundo três novas ordens, 94 gêneros (a maioria de reclassificações e 29 novos para a ciência) e 815 espécies (298 novas e 125 da América do Sul). Essa avaliação foi feita pelo norte-americano Jim Patton, da Universidade da Califórnia em Berkeley, que comparou a segunda (1993) e a terceira (2005) edições do livro Mammal Species of the World, de Wilson & Reeder, que lista as espécies de mamíferos conhecidas.

Surgem tantos animais novos porque técnicas de análise mais refinadas distinguem detalhes que antes passavam despercebidos. Animais podem parecer diferentes entre si e pertencer à mesma espécie. Um gato peludo cinzento e outro malhado de pêlo curto são igualmente gatos. Por outro lado, espécies à primeira vista iguais podem ter diferenças invisíveis a olho nu que fazem com que não possam procriar entre si, o que as separa do ponto de vista biológico. Segundo Leonora, a proliferação do número de espécies deriva sobretudo do impacto da análise de diferenças no DNA entre grupos de animais. Além disso, novas técnicas de medição, como a morfometria geométrica, começam a ser mais utilizadas e devem ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade.

O que fazemos a natureza?

Em uma época em que catástrofes naturais são cada vez mais freqüentes e devastadoras, as diversas nações do planeta começam a se importar com as conseqüências da industrialização acelerada notada no último século. A emissão de gases poluentes na atmosfera – apenas uma das várias ações do homem que vêm modificando a natureza –, além de contribuir para o aquecimento global, traz inúmeros problemas de saúde para moradores de grandes cidades, onde se concentra mais da metade da população mundial. No Brasil, as queimadas na Amazônia levaram Pascal Lamy, presidente da Organização Mundial do Comércio, a defender a internacionalização da floresta à época de sua candidatura. Nunca discutiu-se tanto sobre o meio ambiente.

Há milhares de anos o homem vem degradando a natureza, passo a passo, através de agressões como: as queimadas, as derrubadas de florestas, o desenvolvimento industrial que se tornou o principal responsável pela degradação da natureza e do meio ambiente.

Os combustíveis queimados pelas indústrias e pelos transportes automotores produzem um gás chamado “CO2” que é renovado pelas plantas e pelos oceanos. Como o homem destrói florestas inteiras fazendo queimadas para fazer pastagens, utiliza a madeira para construção civil ou ainda, derruba árvores para utilizar a madeira em confecção de móveis e ou para fazer carvão e etc., as plantas não conseguem absorver este gás, por isso é muito comum nos grandes centros urbanos, pessoas sentirem tonturas, enjôos, olhos lacrimejando e ardendo, devido à ação poluente dos gases.

Todo poluente solúvel, isto é, substância solúvel que, se liberada, causa danos ao meio ambiente, lançado no solo e no ar tem o seu destino final nos rios, lagos e mares e águas subterrâneas, esta poluição vem causando problemas gravíssimos em nosso ecossistema que vem a ser o conjunto dos seres vivos e do seu meio ambiente físico, incluindo as relações entre si.

Apesar de o homem ser parte integrante da natureza, ele a destrói. Por quê? Esta é uma pergunta que deverá ser respondida antes que as próximas gerações venham sofrer conseqüências dramáticas causadas pelas ações mal planejadas do homem. Existem muitos exemplos de poluição e degradação da natureza e garanto-lhes que por detrás de todos, o homem está presente.

A preocupação com o meio ambiente deve fazer parte da vida de cada cidadão, e dos governantes. Todos devem tornar as cidades em que vivemos um lugar prazeroso e saudável. O tratamento de esgoto, a fiscalização das indústrias, a criação de parques e praças com muito verde, a fiscalização das áreas de preservação ambiental são algumas das atribuições que os governantes e cidadãos têm por obrigação zelar. Devemos contribuir para diminuir a poluição fazendo a nossa parte: separando o lixo para ser reciclado, não sujando as ruas e lugares públicos, não jogando lixo nas encostas e rios, economizando água e luz, evitando usar garrafas pet, etc.

Para cada problema existe uma solução possível, o ideal é evitar que os problemas aconteçam. É melhor agirmos com precaução em todas as nossas ações. Assim o céu ficará mais azul e as cidades serão lugares agradáveis de morar. Devemos nos conscientizar de que fazemos parte da natureza, assim quando a desrespeitamos estamos nos desrespeitando também.

domingo, 4 de abril de 2010

100 anos do grande Chico Xavier ...

No seu modo de entender, como se situa o Espiritismo no Brasil?







Chico Xavier:

- Desde muito, os instrutores desencarnados nos ensinam, por via mediúnica, que o Espiritismo no Brasil é realmente a Doutrina Codificada por Allan Kardec, restaurando os ensinamentos de Jesus, em sua simplicidade e clareza. Enquanto em muitos países diferentes do nosso, a prática espírita se resume a observações puramente científicas e a técnicas mediúnicas, entre nós, brasileiros, o assunto assume características diversas, compreendendo-se que o reconhecimento da imortalidade da alma faz-se acompanhar de conseqüências morais a que não nos será lícito fugir. Aprendemos com Allan Kardec que a Doutrina Espírita é a presença espiritual de Nosso Senhor Jesus Cristo na Terra, conclamando-nos à vivência real dos seus ensinamentos de luz e amor.

Em razão disso, o Espiritismo no Brasil é a caridade em ação com a fé raciocinada baseando-lhe as iniciativas e movimentos. Consultemos o acervo das instituições assistenciais do Espiritismo Cristão, espalhadas no Brasil inteiro e observemos a difusão das obras de Allan Kardec, em todo o nosso País, com a supervisão e o devotamento da Federação Espírita Brasileira e ser-nos-á fácil reconhecer em nosso desenvolvimento coletivo a presença do Espiritismo em sua legítima expressão, a definir-se como sendo o retorno das criaturas ao Cristianismo simples e puro.






(Do livro de Elias Barbosa, No Mundo de Chico Xavier, editado pelo Instituto de Difusão Espírita, de Araras, SP)