"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

É NATAL !


" Eis que vos trago uma boa nova de grande alegria: na cidade de David acaba de vos nascer, hoje, o Salvador, que é Cristo, Senhor... Glória a Deus nas alturas , paz na Terra aos homens de boa vontade."
Naquele vos nascer está toda a importância e transcendência do Natal. nasceu para mim. Não se trata de um fato histórico, de caráter genérico, mas de um sucedimento que, particularmente, me diz respeito, me atinge e me afeta.
Realmente, a obra redentora do Nazareno só tem início e eficácia quando individualizada. Enquanto a consideramos difusa e esparsa, abrangendo a generalidade dos homens, nada representa de positivo e concreto. Ver em Jesus o redentor do gênero humano, e encará-lo como o meu redentor pesoal, são coisas diferentes, senão na aparência, nas consequências e nos efeitos.
A redenção , que é obra de educação, tem que partir da parte para o todo, do indivíduo para a coletividade, e não desta para aquele. A transformação social há de ser a soma das transformações pessoais. Por isso, cumpre individuar o Natal, tomando, cada um, aquele acontecimento, em sentido particular e restrito. A "parte", no assunto em apreço, nada tem que esperar do "todo". O indivíduo independe da sociedade nesta magna questão. Ele deve agir por si e para si, pois desta maneira estará contribuindo praticamente para o bem geral e coletivo.
Tratando-se da nossa evolução particular, não devemos esperar ou aguardar que tal operação se ajuste e se amolde ao conjunto, isto é, à evolução da sociedade. "A hora vem e agora é." O nosso momento é tão somente nosso, pois se acha revestido de cunho personalíssimo. Só assim se avança e se evolui de fato, dando com exemplo, impulso certo e seguro no progresso de todos. Enquanto esperamos que o ambiente se modifique e nos possibilite oportunidade de melhor nossas condições espirituais, essa oportunidade nunca chegará. O dia de encenarmos a obra de nossa libertação, indo ao encontro do Redentor, é hoje, está sempre no presente. Não convém contemporizar, de vez que não dependemos senão de nós próprios.
O Natal, pois, que nos deve interessar de modo íntimo e particular, é aquele que se consumará em nós, mediante a nossa vontade e à nossa colaboração; que terá por teatro o recesso dos nossos corações, então repassados daquela humilde simplicidade que a manjedoura de Belém prefigura.
O Estábulo e a manjedoura da cidade de David não devem prestar-se exclusivamente a divagações poéticas ou literárias. Cumpre medita-as como símbolos de certas condições e virtudes, sem o concurso das quais nada conseguiremos no que respeita à nossa espiritualização e ao nosso aperfeiçoamento.
O Espírito encarnado neste orbe não envolverá a esmo nem à mercê do acaso, mas segundo o influxo das energias próprias , orientadas e dirigidas por "Aquele que é o caminho, a verdade e a vida".
Assim, toda a magia do Natal resulta de sua individualização. Cada um deve receber e concentrar em si aquele advento, considerando-o como um caso pessoal.
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Jesus é uma realidade e , ao mesmo tempo, um símbolo. Ele é a Verdade, é a Justiça, é o Amor. Onde estes elementos predominarem, ele aí estará, embora não lhe hajam invocado o nome. De outra sorte, onde medrar hipocrisia, onde imperar a iniquidade e o egoísmo, sob suas multiformes modalidades, ele não se encontrará, ainda que solicitado, louvado e endeusado pela boca dos homens. Jesus não é, como se imagina comumente, o criador de determinada escola, o fundador de certo credo ou seita. Ele é o revelador da Lei Eterna, o expoente máximo da Verdade, o que vale dizer, da Vontade de Deus.
Sua missão não começou em Belém, nem terminou no Calvário. Ele veio para o que era seu e os seus não o reconheceram - conforme acentua João, em seu transcendente evangelho. Jesus é a luz do mundo. Assim como o Sol não ilumina só um hemisfério, mas distribui à Terra todos os seus benefícios, assim o divino Pastor apascenta com igual carinho todas as ovelhas do seu redil. Sobre as ïndias, a China e o Japão, como sobre a Europa e a América paira o espírito do Cristo velando pela obra de redenção humana. Não importa que o desconheçam quanto à denominação. Ele inspirará, por intermédio deste ou daquele, a revelação divina, o Evangelho do Amor. Aqui lhe darão este nome; ali título diverso, toamndo, muitas vezes, o instrumento de que ele se serve, como sendo o próprio autor das doutrinas ministradas. Que importa? Ë ele, sempre ele, o mediador, o Ungido de Deus para intérprete da sua Lei e distribuidor da sua Graça!
Onde há o espírito do Cristo, aío ha liberdade - proclama o intimorato apóstolo da gentilidade. Jesus jamais constrangeu alguém a crer deste ou daquele modo. Tocava o íntimo do indivíduo, procurando, como sábio educador, despertar as energias latentes que ali dormitavam. Remia pela educação, porque educar é por em ação, é agitar os poderes anímicos, dirigindo-os à conquista do bem e do belo, do justo e do verdadeiro, que concretizam o ideal de perfeição, pelo qual anseia a alma cativa e prisioneira da carne.
Jesus nasceu há perto de vinte séculos. Mas o seu antalício, com tudo que com ele se relaciona, reveste-se de perpetuidade. O Natal do Divino Enviado é um fato que se repete todos os dias, foi de ontem, é de hoje, será de amanhã e de sempre. Os que ainda não sentiram em seu interior a influência do espírito do Cristo, ignoram, em realidade, que ele nasceu. Só sabemos das coisas de Jesus por experiência própria. Só após ele haver nascido em nosso coração, é que chegamos a entendê-lo, assimilando, em espírito e verdade, o seu Verbo incomparável. "
Noite de Natal
Não olvides que o Natal é uma festa do céu, para a noite da Terra.
A Estrela de Belém brilhando, além das nuvens..
Vozes angelicais, rompendo as trevas...
E um berço, na manjedoura invalida de sombra, em que o Rei da Luz começou o apostolado Divino, entregando a Boa Nova de Eterna alegria aos pastores de vida singela. Que o afogavam com mãos calejadas e trêmulas...
É por isso que a tua noite de Natal esta povoada de júbilos santos.
Quase sempre, a doce comunhão com aqueles que mais amas...
A árvore simbólica, adornada por dádivas de carinho...
O doce calor do lar, defendendo-te contra a ventania, que reina lá fora...
O bolo festivo....
Os cânticos e as orações, que te recordam a chegada do Redentor...
Entretanto, lembra-te de Jesus e não te detenhas!!
Vives a tua hora de beleza, qual se respirasses num dia maravilhoso de regozijo e esperança, mas, não te esqueças de que milhões de almas choram, anônimas, no agoniado nevoeiro do sofrimento.
São criancinhas esfomeadas, mães desfalecentes, que a dor aprisiona em garras mortíferas, enfermos cansados de abandono e velhinhos torturados pela sede de afeto, a soluçarem de frio!!
Pela memória do Celeste Renovador, que dizes amar, desce do trono doméstico para o vale dos que vagueiam sem rumo, e estende-lhes mãos amigas.
Deixa que o anjo da caridade te guie os passos e oferece algo de tua mesa e de tua fé aos filhos da aflição e sentirás que o orvalho de tua alegria será precioso bálsamo, sobre as lagrimas que encharcam os corações perdidos no infortúnio...
Recorda que o Divino Soberano escolheu a noite para clima Revelador de sua grandeza...
Desce, pois, com a tua lâmpada, à sombra de quantos se debatem entre as chagas da ignorância e da miséria, e, ajudando os que padecem, estarás, junto dele, a exaltar-lhe a mensagem de Amor e Luz.
Meimei - Psicografia de Chico Xavier
Revista o Reformador de 1957
Queridos amigos, que nosso Pai maior possa abençoar cada um de vocês, mas, não esqueçamos quem é o homenageado da noite, salve o MESTRE JESUS, que 2014 traga alegria, felicidade, AMOR, esperança, prosperidade e PAZ !
FELIZ NATAL E UM ANO NOVO MA-RA-VI-LHO-SO PARA TODOS.
Paz e bem !

domingo, 3 de novembro de 2013

Conhecendo um pouco do Espiritismo !




      

Boa tarde meus irmãos!


Paz e bem !


Hoje ainda em pleno ano 2013 DC, ainda existem muitos preconceitos em relação a doutrina espírita, muitos irmãos vem me questionar sobre o que é, como acontecem os fenômenos espíritas, quem é médium, o que acontece em uma casa espírita, se nós espíritas trabalhamos sempre para o mal...enfim , verdadeira enxurrada de questionamentos , que em momento nenhum deixo de explicar na medida do possível e do conhecimento e capacidade de cada um alcançar as respostas, para quem não conhece, nunca leu e ainda acha que tudo é fantasia ou bruxaria, procurei pesquisar um pouco e trouxe algumas instruções que são feitas visando, sobretudo, pessoas que nenhuma noção possuem do Espiritismo, e às quais se quer dar uma ideia sucinta em poucas palavras. Nos grupos ou reuniões espíritas, onde se acham assistentes novatos, ela pode servir utilmente de preâmbulo às sessões, conforme as necessidades.






As pessoas estranhas ao Espiritismo, não compreendendo nem o seu objetivo nem os seus meios, quase sempre fazem dele uma ideia completamente falsa. O que lhes falta, sobretudo, é o conhecimento do princípio, a chave primeira do fenômeno; em falta disto, o que elas veem e ouvem é sem proveito e sem interesse. É fato constatado pela experiência que a simples vista ou o relato dos fenômenos não basta para convencer. Aquele mesmo que testemunha fatos capazes de o confundir, fica mais admirado que convencido; quanto mais extraordinário lhe parece o efeito, tanto mais o suspeita. Um estudo prévio, sério, é o único meio de levar à convicção; muitas vezes mesmo isto basta para mudar inteiramente o curso das ideias. Em todo o caso, ele é indispensável para a inteligência dos mais simples fenômenos. Na falta de uma instrução completa, que não pode ser dada em algumas palavras, um resumo sucinto da lei que rege as manifestações bastará para fazer considerar a coisa sob sua verdadeira luz pelas pessoas ainda não iniciadas. É a primeira baliza que damos na breve instrução a seguir. Todavia, é necessária uma observação prévia.






Em geral os incrédulos são inclinados a suspeitar da boa-fé dos médiuns e supor o emprego de meios fraudulentos. Além de injuriosa em relação a certas pessoas, é preciso, antes de tudo, perguntar qual o interesse que estas poderiam ter em enganar e representar, ou fazer representar uma comédia. A melhor garantia de sinceridade está no desinteresse absoluto, pois onde nada há a ganhar, o charlatanismo não tem razão de ser.






Quanto à realidade dos fenômenos, cada um pode constatá-la, se se colocar em condições favoráveis e se trouxer à observação dos fatos a paciência, a perseverança e a imparcialidade necessárias.






1 – O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais decorrentes dessas relações.






2 – Os Espíritos não são, como muitas vezes os imaginam, seres à parte na Criação; são as almas dos que viveram na Terra ou em outros mundos. As almas ou Espíritos são, pois, uma só e mesma coisa; donde se segue que quem quer que creia na existência da alma, por isso mesmo crê na dos Espíritos.






3 – Geralmente fazem uma ideia muito falsa do estado dos Espíritos; eles não são, como alguns pensam, seres vagos e indefinidos, nem chamas, como fogos-fátuos, nem fantasmas como nos contos de aparições. São seres semelhantes a nós, tendo um corpo como o nosso, mas fluídico e invisível em estado normal.






4 – Quando a alma está unida ao corpo durante a vida, tem um envoltório duplo: um pesado, grosseiro e destrutível, que é o corpo; outro fluídico, leve e indestrutível, chamado perispírito. O perispírito é o laço que une a alma ao corpo; é por seu intermédio que a alma faz o corpo agir e percebe as sensações experimentadas pelo corpo.






5 – A morte é apenas a destruição do envoltório grosseiro; a alma abandona esse envoltório como quem deixa uma roupa usada, ou como a borboleta, que deixa a sua crisálida. Mas conserva o seu corpo fluídico, ou perispírito.






A união da alma, do perispírito e do corpo material constitui o homem; a alma e o perispírito, separados do corpo, constituem o ser chamado Espírito.






6 – A morte do corpo liberta o Espírito do envoltório que o prendia à Terra e o fazia sofrer; uma vez livre desse fardo, tem apenas o seu corpo etéreo, que lhe faculta percorrer o espaço e transpor distâncias com a rapidez do pensamento.






7 – O fluido que compõe o perispírito penetra todos os corpos e os atravessa, como a luz atravessa os corpos transparentes; nenhuma matéria lhe constitui obstáculo. É por isso que os Espíritos penetram em toda parte, nos lugares mais hermeticamente fechados. É uma ideia ridícula crer que entrem por uma pequena abertura, como o buraco de uma fechadura ou o tubo da chaminé.






8 – Os Espíritos povoam o espaço; constituem o mundo invisível que nos rodeia, em meio do qual vivemos, e com o qual estamos em contato incessante.






9 – Os Espíritos têm todas as percepções que tinham na Terra, mas em mais alto grau, porque suas faculdades não são amortecidas pela matéria; têm sensações que nos são desconhecidas; veem e ouvem coisas que os nossos sentidos limitados não nos permitem ver nem ouvir. Para eles não há escuridão, salvo para aqueles cuja punição é ficarem temporariamente nas trevas. Todos os nossos pensamentos repercutem neles e aí leem como num livro aberto, de sorte que aquilo que podemos ocultar a alguém, quando vivo, não o podemos mais, desde que ele é Espírito.






10 – Os Espíritos conservam as afeições sérias que tinham na Terra; sentem prazer em buscar os que os amaram, sobretudo quando atraídos pelo pensamento e pelos sentimentos afetuosos que lhes consagram, ao passo que são indiferentes para os que só lhes votam indiferença.






11 – Os Espíritos podem manifestar-se de muitas maneiras diferentes: pela visão, audição, tato, ruídos, movimentos de corpos, escrita, desenho, música, etc. Manifestam-se por meio de pessoas dotadas de uma aptidão especial para cada gênero de manifestação, e que se distinguem sob o nome de médiuns. É assim que se distinguem os médiuns videntes, falantes, audientes, sensitivos, de efeitos físicos, desenhistas, tiptologistas, escreventes, etc. Entre os médiuns escreventes há numerosas variedades, conforme a natureza das comunicações que são aptos a receber.






12 – Embora invisível para nós em estado normal, o perispírito não deixa de ser matéria etérea. Em certos casos o Espírito pode fazê-lo sofrer uma espécie de modificação molecular, que o torna visível e mesmo tangível; é assim que se produzem as aparições. Esse fenômeno não é mais extraordinário que o do vapor, invisível quando rarefeito, e que se torna visível quando condensado.






Os Espíritos que se tornam visíveis apresentam-se quase sempre sob a aparência que tinham em vida, o que permite sejam reconhecidos.






13 – É com o auxílio de seu perispírito que o Espírito agia sobre o seu corpo vivo; é ainda com esse mesmo fluido que se manifesta, agindo sobre a matéria inerte, produzindo ruídos, movimentos das mesas e outros objetos, que levanta, derruba ou transporta. Esse fenômeno nada tem de surpreendente se se considerar que, entre nós, os mais poderosos motores se acham nos fluidos mais rarefeitos e, mesmo, imponderáveis, como o ar, o vapor e a eletricidade.






É igualmente com o auxílio de seu perispírito que o Espírito faz que os médiuns escrevam, falem e desenhem. Não tendo corpo tangível para agir ostensivamente quando quer manifestar-se, serve-se do corpo do médium, de cujos órgãos se apodera, fazendo-os agir como se fosse seu próprio corpo, e isto pelo eflúvio fluídico, que sobre ele derrama.






14 – É pelo mesmo meio que o Espírito age sobre a mesa, quer para movê-la sem significação determinada, quer para fazê-la dar batidas inteligentes, indicando a letra do alfabeto, para formar palavras e frases, fenômeno designado sob o nome de tiptologia. Aí a mesa não passa de um instrumento, de que ele se






serve, como do lápis para escrever. Dá-lhe uma vitalidade momentânea, pelo fluido com que a penetra, mas não se identifica com ela. As pessoas que, emocionadas, ao verem manifestar-se um ser que lhes é caro, beijam a mesa, cometem um ato ridículo, porque é absolutamente como se beijassem o bastão de que o amigo se serve para dar batidas. Acontece o mesmo com as que dirigem a palavra à mesa, como se o Espírito estivesse encerrado na madeira, ou como se esta se tivesse tornado Espírito.






Quando ocorrem comunicações por esse meio, é preciso imaginar o Espírito, não na mesa, mas ao lado, tal como em vida e como seria visto se, nesse momento, se tornasse visível. Dá-se o mesmo nas comunicações pela escrita; ver-se-ia o Espírito ao lado do médium, dirigindo-lhe a mão ou lhe transmitindo o pensamento por uma corrente fluídica.






Quando a mesa se afasta do solo e flutua no espaço sem ponto de apoio, o Espírito não a levanta pela força do braço, mas a envolve e a penetra de uma espécie de atmosfera fluídica, que neutraliza a ação da gravidade, como faz o ar com os balões e papagaios de papel. O fluido de que é penetrada lhe dá momentaneamente uma maior leveza específica. Quando cravada ao solo, está no caso da campânula pneumática, sob a qual se faz o vácuo. São apenas comparações, para mostrar a analogia dos efeitos, e não a similitude absoluta das causas.






Depois disto, compreende-se que ao Espírito não é mais difícil levantar uma pessoa do que erguer uma mesa, transportar um objeto de um a outro lugar ou atirá-lo em qualquer parte. Esses fenômenos são produzidos pela mesma lei.






Quando a mesa persegue alguém, não é o Espírito que corre, pois pode ficar tranquilamente no mesmo lugar, mas lhe dá o impulso por uma corrente fluídica, com o auxílio da qual a faz mover-se à vontade.






Quando as batidas são ouvidas na mesa ou alhures, o Espírito não bate com a mão, nem com um objeto qualquer; dirige um jato de fluido sobre o ponto de onde parte o ruído, produzindo o efeito de um choque elétrico. Modifica o ruído, como se pode modificar os sons produzidos pelo ar.






15 – Por estas poucas palavras pode ver-se que as manifestações espíritas, sejam de que natureza forem, nada têm de sobrenatural ou maravilhoso. São fenômenos que se produzem em virtude da lei que rege as relações entre o mundo visível e o mundo invisível, lei tão natural quanto as da eletricidade, da gravitação, etc. O Espiritismo é a ciência que nos dá a conhecer essa lei, como a mecânica nos dá a conhecer a lei do movimento e a óptica a da luz. Estando na Natureza, as manifestações espíritas se hão produzido em todas as épocas. O conhecimento da lei que as rege explica uma imensidão de problemas olhados como insolúveis. É a chave de uma porção de fenômenos explorados e amplificados pela superstição.






16 – Afastado completamente o maravilhoso, esses fenômenos nada mais têm que repugne à razão, porque vêm tomar lugar ao lado dos outros fenômenos naturais. Nos tempos de ignorância, todos os efeitos cujas causas não eram conhecidas eram reputados sobrenaturais. As descobertas da Ciência têm restringido sucessivamente o círculo do maravilhoso; o conhecimento dessa nova lei vem reduzi-lo a nada. Aqueles, pois, que acusam o Espiritismo de ressuscitar o maravilhoso, provam, por isto mesmo, que falam do que não conhecem.






17 – Uma ideia mais ou menos geral entre pessoas que não conhecem o Espiritismo é crer que os Espíritos, apenas porque estão desprendidos da matéria, devem saber tudo e possuir a soberana sabedoria. Isto é um erro grave. Deixando seu invólucro corporal, não se despojam imediatamente de suas imperfeições; só com o tempo se depuram e se melhoram.






Sendo os Espíritos as almas dos homens, como há homens de todos os graus de saber e de ignorância, de bondade e de malvadez, também os há entre os Espíritos. Existem os que são levianos e brincalhões; os que são mentirosos, velhacos, hipócritas, maus e vingativos; outros, ao contrário, possuem as mais sublimes virtudes e o saber em grau desconhecido na Terra. Essa diversidade na qualidade dos Espíritos é um dos pontos mais importantes a considerar, pois explica a natureza boa ou má das comunicações que se recebem. É preciso que nos empenhemos em as distinguir.






Disto resulta que não basta dirigir-se a um Espírito qualquer para obter uma resposta justa para cada pergunta, pois o Espírito responderá conforme o que sabe e, muitas vezes, dará apenas a sua opinião pessoal, que pode estar certa ou errada. Se for prudente, confessará sua ignorância sobre o que não sabe; se leviano ou mentiroso, responderá a tudo, sem se preocupar com a verdade; se orgulhoso, dará sua ideia como verdade absoluta. É por isto que São João, o Evangelista, diz: Não creiais em todo Espírito; antes, provai se os Espíritos são de Deus.* A experiência prova a sabedoria deste conselho. Seria, pois, imprudência e leviandade aceitar sem controle tudo o que vem dos Espíritos.






Os Espíritos só podem responder sobre o que sabem e, ainda, sobre o que lhes é permitido dizer, porquanto há coisas que não devem revelar, porque ainda não é dado ao homem tudo conhecer.






18 – Reconhece-se a qualidade dos Espíritos por sua linguagem. A dos Espíritos verdadeiramente bons e superiores é sempre digna, nobre, lógica, isenta de toda trivialidade, puerilidade ou contradição; transpira sabedoria, benevolência e modéstia; é concisa e sem palavras inúteis. A dos Espíritos inferiores, ignorantes ou orgulhosos é isenta dessas qualidades; o vazio das ideias aí é quase sempre compensado pela abundância de palavras.






19 – Outro ponto a considerar, igualmente essencial, é que os Espíritos são livres; comunicam-se quando querem e a quem lhes convém e, também, quando podem, pois têm as suas ocupações. Não estão às ordens e ao capricho de quem quer que seja, e a ninguém é dado fazê-los vir contra a sua vontade, nem a dizer o que querem calar. Daí por que ninguém pode afirmar que um Espírito qualquer virá a seu apelo em determinado momento, ou responderá a esta ou àquela pergunta. Dizer o contrário é provar absoluta ignorância dos princípios mais elementares do Espiritismo. Só o charlatanismo tem fontes infalíveis.






20 – Os Espíritos são atraídos pela simpatia, pela similitude dos gostos e dos caracteres, pela intenção que faz desejada a sua presença. Os Espíritos superiores não vão a reuniões fúteis, assim como um cientista da Terra não iria a uma assembleia de jovens estouvados. Diz o simples bom-senso que não pode ser de outro modo; ou, se por vezes aí vão, é para dar um conselho salutar, combater os vícios, tentar reconduzi-los ao bom caminho; se não são ouvidos, retiram-se. Seria fazer uma ideia completamente falsa pensar que Espíritos sérios se comprazem em responder a futilidades, a perguntas ociosas, que não provam afeição nem respeito por eles, nem sincero desejo de instruir-se e, ainda menos, que possam vir dar espetáculo para divertir curiosos. Se não o fizeram em vida, não o farão depois de mortos.






21 – Do que precede, resulta que toda reunião espírita, para ser proveitosa, deve, como primeira condição, ser séria e recolhida; que tudo aí deve passar-se respeitosamente, religiosamente e com dignidade, caso se queira obter o concurso habitual dos Espíritos bons. É preciso não esquecer que se esses mesmos Espíritos aí se tivessem apresentado quando vivos, teriam tido por eles considerações às quais têm ainda mais direito depois da morte.






Em vão alegam a utilidade de certas experiências curiosas, frívolas e divertidas, para converter os incrédulos: o resultado é completamente oposto ao que se espera. O incrédulo, já disposto a zombar das mais sagradas crenças, não pode ver uma coisa séria naquilo de que fazem uma brincadeira; não pode ser levado a respeitar aquilo que não lhe é apresentado de modo respeitável. Assim, reuniões fúteis e levianas, dessas onde não há ordem, nem seriedade, nem recolhimento, ele sempre leva uma impressão má. O que, sobretudo, o pode convencer, é a prova da presença de seres cuja memória lhe é cara; é diante de suas palavras graves e solenes, de revelações íntimas que o vemos empalidecer e






comover-se. Mas, justamente porque deve haver mais respeito, veneração, afeição à pessoa cuja alma se lhe apresenta, ele fica chocado, escandalizado de vê-la comparecer a uma assembleia irreverente, entre mesas que dançam e gracejos de Espíritos levianos. Por mais incrédulo que seja, sua consciência repele essa aliança entre o sério e o frívolo, o religioso e o profano, razão por que tacha tudo de hipocrisia, saindo, muitas vezes, menos convencido do que quando havia entrado.






As reuniões dessa natureza sempre fazem mais mal do que bem, porque afastam da doutrina mais pessoas do que atraem, sem contar que se expõem à crítica dos detratores, que aí acham fundados motivos para a zombaria.






22 – É erro fazer das manifestações físicas uma diversão. Se elas não têm a importância do ensino filosófico, têm sua utilidade, do ponto de vista dos fenômenos, porque são o á-bê-cê da ciência, do qual deram a chave. Embora hoje menos necessárias, ainda ajudam a convicção de certas pessoas. Mas não excluem, absolutamente, a ordem e o comedimento nas reuniões onde se fazem experiências. Se fossem sempre praticadas de maneira conveniente, convenceriam mais facilmente e produziriam, sob todos os aspectos, resultados muito melhores.






23 – Sem dúvida estas explicações são muito incompletas e, necessariamente, podem provocar numerosas perguntas. Mas não se deve perder de vista que isto não é um curso de Espiritismo. Tais quais são, bastam para mostrar a base sobre a qual ele repousa, o caráter das manifestações e o grau de confiança que podem inspirar, conforme as circunstâncias.






Quanto à utilidade das manifestações, ela é imensa, por suas consequências. Mas, ainda que só tivessem como resultado dar a conhecer uma nova lei da Natureza, demonstrar materialmente a existência da alma e a sua imortalidade, já seria muito, porque abriria uma larga via à filosofia.

Bom espero ter colaborado um pouco com mais esse post , para enriquecimento de cada um de vós!
Obrigado, fiquem em PAZ !














Livro: Revista Espírita: Jornal de Estudos Psicológicos – Ano VII, 1864






(nº 4 – abril de 1864)






Allan Kardec






FEB - Federação Espírita Brasileira








segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O que é ser Feliz?



Bom dia meus irmãos! Paz e Bem !


Muitos amigos me perguntam o que é ser feliz?


Existe uma diferença entre ser feliz e estar feliz, a felicidade é algo muito pessoal, é algo que não podemos medir, muitas vezes choramos de alegria, e sorrimos de tristeza , então o que é ser feliz?


Uma privilegiada cabeça brasileira, ao analisar a questão, separou a felicidade em dois tempos: o tempo vertical e o tempo horizontal. O tempo vertical é o momento intenso, vibrante, de uma realização. Pode ser a conquista de um título num campeonato, o ter passado no vestibular, o primeiro encontro amoroso, o nascimento de um filho. Nesse tempo vertical, a pessoa está feliz. É um momento especial, mas passageiro. Assim, pode-se estar atravessando intensas dores, graves problemas e estar feliz em alguns momentos: pelo diploma conquistado pelo filho, pelo emprego tão aguardado que se anuncia, pela viagem sonhada que se concretiza.


O tempo horizontal é o do dia a dia. Assim, a paixão, o ideal do amor eterno que faz a pessoa desejar estar com o outro é o tempo vertical, de estar feliz. No relacionamento a dois, na rotina em que, por vezes, se transforma o casamento, há um desgaste natural. Nesse momento, é que entra o diálogo, a tolerância, a renúncia, o cultivo da ternura, sem o que o amor esfria, até virar indiferença. Nesse momento a pessoa pode ser feliz. Feliz se tiver a capacidade de romper a rotina: inventar um programa, sair com amigos, ir ao teatro. Inventar e reinventar cada dia. Feliz se tiver a sabedoria para descomplicar as questões, acolher os limites, compreender e superar dificuldades. Dessa forma, podemos estar felizes no dia que ganhamos uma promoção, um aumento de salário compensador. Podemos estar felizes quando nosso filho volta ao lar, depois de longa viagem ou alguém muito querido nos visita. São momentos intensos, vibrantes.


O ser feliz é o estado prolongado, sempre recriado e alimentado. É a sabedoria de viver. A felicidade, pois, é uma conquista. Podemos sorvê-la, em grande dose em um momento, em um dia e estarmos felizes. Podemos sorvê-la em gotas homeopáticas, a cada dia, e sermos felizes. Podemos, pois, escolher, como desejamos a nossa felicidade: em tempo vertical ou em tempo horizontal.


Desejamos estar felizes ou ser felizes?


* * *
Sendo assim meus irmãos, lembremos que a felicidade não é um direito de cada um de nós , é sim um dever pois o PAI jamais colocaria um filho seu aqui para sofrer, o sofrimento é uma forma de crescimento, evolução, vamos procurar tirar alegria dos pequenos momentos , vamos agradecer por estarmos encarnados pois essa é uma das maiores dádivas que um espírito pode receber, a chance de poder resgatar e cumprir carmas do passado!


Tenham todos uma grande semana !


Paz e bem !






(Base do texto, extraído do livro Dialética da felicidade (3 tomos), de Pedro Demo, 2001 e na apresentação do livro Momentos de felicidade, pelo Espírito Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal).




segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Nos bastidores de uma reunião Espírita !

Amigos Paz e bem !
Estou postando hoje aqui para vocês um vídeo que achei muito interessante dos bastidores do que acontece em uma reunião espírita, não do nosso lado, mas sim do lado espiritual, esse vídeo relata todo o cuidado que a espiritualidade tem com cada um dos consulentes que frequentam a casa , percebam que nós somos tratados do momento que entramos na casa e que o trabalho continua mesmo quando vamos embora, meus irmãos o sucesso do nosso encarne depende apenas de nós, temos que nos reformar, procurar fazer diferente, não julgar, olhar o outro como a nós mesmos, e principalmente termos a certeza de que fora da caridade não há salvação !
Espero que gostem !
Fiquem em PAZ !

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A hierarquia na casa Espírita.




Bom dia queridos irmãos!

Paz e bem !

Uma reflexão, para nós espíritas, se faz necessária sobre um tema relevante e atual. Como deve ser a organização de uma casa espírita? Se a legislação humana prescreve a necessidade de estatuto social, cargos, funções, formação de um conselho e assembleias para as deliberações da sociedade, o que prescreve a legislação divina?

Alguns acham que a casa espírita se assemelha a uma empresa. Entendem que, para o seu bom funcionamento, apesar de não possuir acionistas, não visar ao lucro, deve ter presidente, diretores, gerentes, coordenadores, supervisores, e uma linha hierárquica bem definida, com ordens sendo proferidas pelos cargos superiores e sendo obedecidas plenamente pelos cargos inferiores ou subalternos. Pensam que assim fica preservada a harmonia da mesma pela imposição de uma disciplina rígida e inquestionável a ser respeitada à risca. Argumentam que sem isso não se tem trabalho de equipe.

Alguns acham que a casa espírita é como qualquer clube, agremiação, ONG, enfim, como qualquer associação de pessoas reunidas num mesmo ideal e defendendo os mesmos interesses, como os clubes esportivos, as associações de profissionais, os sindicatos etc. Argumentam que os cargos, a hierarquia e a política são fundamentais. Não se vive sem isso. Fica bem na fita aquele que fizer um melhor marketing pessoal, aquele que vender melhor a sua imagem. Pode até ser eleito presidente! Não importa se essa imagem é verdadeira ou não. O que importa é que as pessoas se convençam que ele é “O Cara”.

Alguns acham que a casa espírita, por ser uma associação de pessoas com ideal religioso, deve funcionar como a maioria das instituições religiosas do planeta Terra. Argumentam que assim deve ser. Castas bem definidas de sacerdotes, noviços, líderes religiosos máximos, crentes, adeptos, seguidores fiéis ou simplesmente simpatizantes, e naturalmente com uma estrutura hierárquica mais rígida ainda. Com a disciplina e obediência cegas beirando as raias da irracionalidade. Tudo para preservar, acima de tudo e de todos, a instituição religiosa, sua hierarquia e sua tradição.

Mas como organizar uma casa espírita atendendo à legislação divina? O que ela prescreve? O que os Espíritos superiores nos aconselham e ensinam sobre a sua organização?

Nosso querido Mestre Jesus alerta os apóstolos: “Sabeis que os príncipes das nações as dominam e que os grandes os tratam com império. – Assim não deve ser entre vós; ao contrário, aquele que quiser tornar-se o maior, seja vosso servo; - e, aquele que quiser ser o primeiro entre vós seja vosso escravo”.

Kardec esclarece outro sábio ensinamento de Jesus: "Será o maior no reino dos céus aquele que se humilhar e se fizer pequeno como uma criança, isto é, que nenhuma pretensão alimentar à superioridade ou à infalibilidade”. E complementa mais adiante: “Não procureis, pois, na Terra, os primeiros lugares, nem vos colocar acima dos outros, se não quiserdes ser obrigados a descer. Buscai, ao contrário, o lugar mais humilde e mais modesto, porquanto Deus saberá dar-vos um mais elevado no céu, se o merecerdes” .

Emmanuel, no livro “Seara dos Médiuns”, sabiamente apresenta ponderações sobre a organização do Espiritismo, nos ensinando:

”Todos estamos concordes em que a Doutrina Espírita revive agora o Cristianismo puro; no entanto, há muita gente que lhe estranha a organização, sem os chamados valores nobiliárquicos que assinalam a maioria das instituições terrestres.

A força de se iludirem com a idolatria, que sempre nos custa caro, muitos companheiros, menos vigilantes, desejariam condecorar trabalhadores da Nova Revelação, criando galerias para o relevo pessoal. E, se pudessem determinar o rumo das coisas, no consenso opinativo, de certo que há muito estaríamos mobilizando doutrinadores chefes e médiuns-titulares, com as nossas casas de serviço perdendo tempo em mesuras e rapapés”.

“... Não existem, desse modo, médiuns maiores ou médiuns menores, favorecendo, entre nós, a constituição de prerrogativas e castas...”

“... Sustentar a ideia espírita, indene de qualquer imaginária fidalguia para aqueles que a servem, é dever para todos nós...”

No livro “Nosso Lar”, capítulo 9, André Luiz relata como foi a atuação do governador frente às exigências descabidas de mesas lautas, bebidas excitantes, dilatando velhos vícios terrenos de alguns moradores da cidade espiritual. Amorosamente e com muita paciência e perseverança convidou instrutores de uma esfera muito elevada para instrução de todos. Organizaram-se assembleias numerosas. O Governador, porém, jamais castigou alguém. Convocava os adversários da medida ao palácio e expunha-lhes, paternalmente, os projetos e finalidades do regime alimentar da cidade que estava governando. Prosseguiram as reuniões, providências e atividades, durante trinta anos consecutivos, sem desaminar. Após 21 anos de estudos e conversações fraternas, aderiu o Ministério da Elevação. Somente depois de muitos estudos e muito diálogo fraterno, o governador tomou medidas mais enérgicas, devido à recalcitrância e impertinência desses Espíritos, tendo suportado tudo isso amorosamente por 30 anos consecutivos. Se nós tivéssemos 10% da elevação espiritual do governador de Nosso Lar, debateríamos amorosamente as divergências de entendimento que surgem em nossas casas espíritas por pelo menos três anos consecutivos. Quem sabe um dia, quando evoluirmos, chegaremos lá.

Na primeira comunidade cristã, a Casa do Caminho, Pedro, Paulo, Tiago e os demais seguidores do Cristo também tiveram divergências de entendimento sobre as leis de Deus. Na obra “Paulo e Estevão” de Emmanuel é relatado, em seu capítulo cinco – “Lutas pelo Evangelho” (6) –, o debate sobre a necessidade ou não da circuncisão dos gentios para se converterem ao Evangelho de Jesus. Após vários dias de reunião em assembleia, com conversações fraternas, discursos e ponderações, chegou-se a uma conclusão sobre o tema. Todos atuaram de forma fraterna, solidária, respeitando o direito de expressar, de cada um, e ouviram e ponderaram as ideias expostas. Por que Pedro, que era considerado o líder dos apóstolos, não baixou um decreto, uma ordem, uma determinação sobre o tema, a ser seguida por todos? Por que não decidiu sozinho? Porque sabia que o verdadeiro amor cristão está alicerçado na humildade e não na hierarquia. Porque respeitava profundamente e intensamente cada um dos irmãos e irmãs da comunidade cristã, independente de possuírem entendimentos divergentes sobre o Evangelho. Porque conhecia, respeitava e praticava com fervor o ensinamento do Divino Mestre Jesus: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”.

Em contrapartida, vamos relembrar um pouco algumas citações das obras espíritas sobre a organização social dos grupos de Espíritos inferiores, umbralinos, trevosos, obsessores etc...., que se vinculam pela comunhão no egoísmo, orgulho, vaidade, soberba, altivez, pretensão, revolta e toda ampla variedade de pensamentos e atos contrários às Leis de Deus.

No livro “Libertação” de André Luiz, em seu primeiro capítulo, o Ministro Flácus, ensinando sobre essas organizações de desencarnados, esclarece:

“Frustrados em suas aspirações de vaidoso domínio no domicílio celestial, homens e mulheres de todos os climas e de todas as civilizações, depois da morte, esbarram nessa região em que se prolongam as atividades terrenas elegem o instinto de soberania sobre a Terra por única felicidade digna do impulso de conquistar. Rebelados filhos da Providência, tentam desacreditar a grandeza divina, estimulando o poder autocrático da inteligência insubmissa e orgulhosa e buscam preservar os círculos terrestres para a dilatação indefinida do ódio e da revolta, da vaidade e da criminalidade, como se o Planeta, em sua expressão inferior, lhes fosse paraíso único, ainda não integralmente submetido a seus caprichos, em vista da permanente discórdia reinante entre eles mesmos. É que, confinados ao berço escabroso da ignorância em que o medo e a maldade, com inquietudes e perseguições recíprocas, lhes consomem as forças e lhes inutilizam o tempo, não se apercebem da situação dolorosa em que se acham.

Fora do amor verdadeiro, toda união é temporária e a guerra será sempre o estado natural daqueles que perseveram na posição de indisciplina.

Um reino espiritual, dividido e atormentado, cerca a experiência humana, em todas as direções, intentando dilatar o domínio permanente da tirania e da força...”

Na sequência, em seu segundo capítulo, do mesmo livro, o Instrutor Gúbio tece mais comentários sobre essas organizações:

“... O obje­tivo essencial de tais exércitos sombrios é a conservação do primitivismo mental da criatura hu­mana, a fim de que o Planeta permaneça, tanto quanto possível, sob seu jugo tirânico...”

“...O Instrutor Gúbio, fitando em nós o olhar percuciente e calmo, ponderou:

— Entenderam, agora, como é compreensível a opção de certos Espíritos pela casa escura do crime, depois do túmulo, qual ocorre a milhões de entidades encarnadas que, em plena harmonia com a natureza terrestre, estimam viver no domicílio da enfermidade? Atitudes mentais enraizadas não se modificam facilmente. O rei que governa milhares, o condutor que se acostumou a traçar fér­reas diretrizes, o homem que se habituou a dobrar caracteres alheios, quando não dispõem de prin­cípios santificantes, no terreno idealístico, para se alimentarem intimamente na tarefa a que se con­sagram, não se transformam em servidores humil­des de um momento para outro, só porque se desfizeram da carga de células materiais...”

No livro “Os Mensageiros”, em seu capítulo 20, quando André Luiz está visitando as defesas das muralhas de Nosso Lar, o administrador Alfredo esclarece:

“ ... As organizações de nossos irmãos consagrados ao mal são vastíssimas. Não admitam a hipótese de serem todos eles, ignorantes ou inconscientes. A maioria se constitui de perversos e criminosos. São entidades verdadeiramente diabólicas. Não tenham disso qualquer dúvida...”

“... Querem dominar antes de se dominarem, exigem antes de dar e entram em perene conflito com o espírito divino da lei. Estabelecido o duelo entre a fantasia deles e a verdade do Pai, resistem às corrigendas do Senhor e transformam-se, esses desventurados, em verdadeiros gênios da sombra, até que, um dia, se decidam a novos rumos.

Intrigado com as profundas observações, perguntei:

— Mas, como explicar as bases de semelhante atitude? Na Terra, compreendemos certos enganos, mas aqui...

O generoso interlocutor não me deixou terminar e prosseguiu:

— Na Crosta, nossos irmãos menos felizes lutam pela dominação econômica, pelas paixões desordenadas, pela hegemonia de falsos princípios. Nestas zonas imediatas à mente terrestre, temos tudo isso em identidade de condições. Entre as entidades perversas e ignorantes, há cooperativas para o mal, sistemas econômicos de natureza feudalista, baixa exploração de certas forças da Natureza, vaidades tirânicas, difusão de mentiras, escravização dos que se enfraquecem pela invigilância, doloroso cativeiro dos Espíritos falidos e imprevidentes, paixões talvez mais desordenadas que as da Terra, inquietações sentimentais, terríveis desequilíbrios da mente, angustiosos desvios do sentimento. Em todo o lugar, meu amigo, as quedas espirituais, perante o Senhor, são sempre as mesmas, embora variem de intensidade e coloração.”

No livro “Aconteceu na Casa Espírita”, Nora, a autora espiritual, nos relata na psicografia de Emanuel Cristiano, em seu quinto capítulo, a técnica de Júlio César, o líder dos obsessores. Ele oferece favores e cargos aos obsessores, e estimula a vaidade da médium para que esta acreditasse em sua superioridade perante os demais médiuns da casa espírita.

“... Júlio César acompanhou o trabalho de Maria Souza (médium) durante várias semanas, fazendo com que casos semelhantes a estes fossem repetidos (casos de cura); para isso oferecia cargos, favores e retribuições aos obsessores, provocando nela a certeza de que finalmente havia desenvolvido a faculdade de cura...”

Mais adiante, no oitavo capítulo, “Cedendo à Tentação”, após a infiltração dos obsessores no pensamento dos trabalhadores da casa espírita, é relatada pelo Espírito Nora a característica da perturbação que se instalou:

“... Não faltavam, porém, os invigilantes perturbando o serviço. Sequiosos por cargos, disputavam a organização das entrevistas, quais representantes do orgulho em uma empresa do mundo. Esqueceram que os candidatos a comandar o trabalho do bem devem, primeiramente, se esforçar por comandarem a si mesmos...”

No livro “Os Mensageiros”, no seu vigésimo sexto capítulo, quando André Luiz está visitando um dos Postos de Socorro de Campo de Paz, comenta sobre a organização:

“... Notei que o trabalho no Posto se desenvolvia em ambiente da mais bela camaradagem não obstante o respeito natural às noções de hierarquia...”

Ismália recebia senhoras em atitude maternal. Alfredo recebia a todos com espírito de solidariedade e imenso afeto, sem o menor gesto de impaciência ou irritação. O clima era de concórdia. Tudo respirava ordem e compreensão, bondade e harmonia. A atitude paterna do administrador do Posto de Socorro, expressa em energia e amizade, organização e entendimento, atraía André Luiz com força.

Fica claro que a hierarquia estabelecida refere-se às especialidades das funções de cada colaborador do posto de serviços, hierarquia apenas com foco organizacional, para a harmonia do desempenho de um serviço coletivo. O ambiente é caracterizado pela mais bela camaradagem. O ideal predominante é o de servir ao Mestre Jesus. Não há espaço para disputas de cargos e atuação política. A conquista do poder e o domínio sobre os outros não faz parte dos valores desses benfeitores.

O nosso querido Francisco Cândido Xavier, o maior exemplo de atuação de um verdadeiro espírita, serviu durante diversos anos em um centro em Uberaba. Após quatorze anos de atividade, a casa espírita havia crescido, ocupando quase um quarteirão. Não havia mais espaço para o servidor humilde de Jesus. Chico se afastou e fundou uma nova casa espírita. Com estrutura menor, com menos participantes, mas com o amor e a humildade que caracterizam os verdadeiros seguidores do Mestre Divino. De vez em quando ele comentava:

“... Em casa que muito cresce o amor desaparece...”

O que será que Chico constatou? Será que a casa espírita havia perdido a pureza e a simplicidade do início quando era um pequeno núcleo de fraternidade e solidariedade? Será que o tamanho e a estrutura da mesma induziam os colaboradores a posturas menos humildes, com hierarquia, cargos, disputas de poder e vaidades pessoais?

O Professor Herculano Pires, que nas palavras de Emmanuel, é “o metro que melhor mediu Kardec”, em seu livro “O Centro Espírita”, cap. III, faz a seguinte ponderação sobre a organização de uma casa espírita:

“... Mas, acima de tudo e antes de tudo: humildade. Porque Espiritismo sem humildade é água poluída, cheia dos germes da pretensão, da vaidade, do orgulho que atraem os Espíritos inferiores. Um presidente de Centro não é o Presidente da República e um doutrinador não é um sábio. Pelo contrário, são criaturas necessitadas que estão aprendendo a arte difícil de servir e não a de baixar decretos, dar ordens e humilhar os outros em público. Sem humildade que gera e sustenta o amor ao próximo, nem o estudo pode dar frutos...”

Como sabemos, somos todos médiuns, variando apena o tipo de mediunidade que cada um possui e o grau de sensibilidade de cada médium, em especial aqueles que desempenham alguma tarefa dentro de uma casa espírita. Relembrando um relevante ensinamento de Emmanuel, no longínquo ano de 1.937, em sua obra intitulada “Emmanuel”, no capítulo XI, “Mensagens aos Médiuns”, na qual ele apresenta diversas ponderações aos médiuns, para relembrar sobre o passado espiritual destes:

“... O seu pretérito, muitas vezes, se encontra enodoado de graves deslizes e de erros clamorosos. Quase sempre, são Espíritos que tombaram dos cumes sociais, pelos abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência, e que regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor do grande número de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude. São almas arrependidas que procuram arrebanhar todas as felicidades que perderam, reorganizando, com sacrifícios, tudo quanto esfacelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de criminosa insânia...”

Reforçando este sábio conceito ensinado por Emmanuel, temos no livro “Aconteceu na Casa Espírita” a mesma afirmação. Castro, o presidente do Centro Espírita sob ataque obsessivo, recebendo instruções do dirigente espiritual, que lhe relembra a necessidade de humildade e sacrifício em sua atuação, é informado de que também já participou, no passado, das “hostes infernais”.

“... se queres saber, tu mesmo já fizeste parte das ‘hostes infernais’! Quem de nós, peregrinando pelos caminhos da ignorância, não contribuímos para entravar o progresso?”

Mais adiante, na mesma obra literária, após o arrependimento de seus atos, Júlio César, o obsessor chefe, é conduzido a nova reencarnação em família espírita, para reparar o mal praticado. Com aproximadamente 50 anos de idade física, portador do dom da mediunidade, assumirá a presidência da Casa Espírita que tanto ele perseguiu, para tentar reparar o mal praticado.

Vale para todos nós, com raríssimas exceções, um importante alerta. Quando faltar a humildade em nossa atuação, lembremo-nos de que não somos seres angélicos repletos de virtudes que assumimos, nesta encarnação, cargos importantes, devido à nossa elevação espiritual. Somos, sim, seres milenares envolvidos, em diversas encarnações, em grandes faltas perante as Leis Divinas, aos quais, pela bondade infinita de Deus, foram concedidas oportunidades de resgate e expiação dessas faltas, atuando em funções transitórias de caráter religioso nas casas espíritas.

Por tudo que foi exposto acima, por todas as ponderações de Espíritos bondosos nas citações da literatura espírita, neste artigo, creio que é de grande utilidade para todos nós repensarmos o centro espírita e as nossas posturas e atuações nessas instituições.

Antes de considerarmos a casa espírita como uma empresa, um clube, uma agremiação, uma ONG, ou uma associação de pessoas com ideal religioso, antes de estabelecermos hierarquias e estruturas de poder, disciplinas e obediências cegas, idolatria de médiuns e dirigentes, lembremo-nos que um centro espírita é, acima de tudo, um núcleo de amor, fraternidade e solidariedade. É um núcleo de consolo para almas adoentadas como as nossas, que buscam o reequilíbrio através do exemplo e da vivência do amor cristão verdadeiro. É um núcleo de estudos da doutrina espírita, no qual podem e devem participar pessoas que desejam realmente, do fundo do coração, conhecer as Leis de Deus. Livres de dogmatismos, preconceitos, tradições, secularização, sincretismos e misticismos. Pessoas que desejam estudar com o divino direito de questionar constantemente, analisando à luz da razão e do bom senso, deduzindo livremente os preceitos, debatendo ideias, e, não, aceitando e concordando cegamente.

Enquanto o amor, a fraternidade, a solidariedade nas relações não constituírem a essência primordial da atuação de todos nós, acima de qualquer hierarquia na casa espírita, enquanto não dominarmos nossas inclinações inferiores, que nos conduzem às posturas de orgulho, vaidade e prepotência, não estaremos servindo adequadamente ao Mestre Jesus, e consequentemente falhando, mais uma vez, nessas provações de caráter religioso.

A quem muito foi dado muito será pedido, nos ensinou o Divino Mestre. Naturalmente, recebemos todo o ensino e treinamento necessários, antes de encarnar, para atuarmos com amor e fidelidade aos preceitos do Cristo. Vale lembrar outro sábio ensinamento de Emmanuel a todos nós que abraçamos a Doutrina Espírita:

“... Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e simplicidade, para que não colabores, sem perceber, nos vícios da ignorância e nos crimes do pensamento...

... Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo.

E a Doutrina do Cristo é a doutrina do aperfeiçoamento moral em todos os mundos. Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá em que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas” .

Bom amigos , espero ter podido esclarecer mais um pouco à respeito do nosso trabalho e da nossa responsabilidade perante a espiritualidade.
Fiquem em PAZ !

Bibliografias:

“Seara dos Médiuns”, p. 103, “Mediunidade e Privilégios”, FEB, 6ª. Edição.
“Nosso Lar”, pp. 54-58, André Luiz, FEB, 45ª Edição.
“Paulo e Estevão”, Cap. 5, Emmanuel, FEB, 45ª Edição.
Evangelho de João, 13:35, citado em “Fonte Viva”, Lição 15, p. 43, Emmanuel, FEB, 20ª. Edição.
“Libertação”, Cap. 01 e 02, André Luiz, pp. 19,31, 14ª Edição, FEB.
“Os Mensageiros”, Cap. 20, pp. 109 e 110, André Luiz, FEB, 21 ª Edição.
“Aconteceu na Casa Espírita”, Cap. 05, “Estimulando a Vaidade”, p. 47, Editora do Centro Espírita Allan Kardec, 2ª. Edição.
“Aconteceu na Casa Espírita”, Cap. 08, “Cedendo a Tentação”, p. 80, Editora do Centro Espírita Allan Kardec, 2ª. Edição.
“Os Mensageiros”, Cap. 26, pp. 109 e 110, André Luiz, FEB, 21 ª Edição.
“As vidas de Chico Xavier”, de Marcel Souto Maior, Cap. “A vida desapropriada”, p. 208, Editora Planeta do Brasil Ltda., 2ª. Edição.
“O Centro Espírita”, Prof. J. Herculano Pires, Cap. III, “O Centro e a Comunidade”, p. 26, Editora Paideia Ltda., 2ª. Edição.
“Emmanuel”, de Emmanuel, Cap. XI, p. 66, “Quem são os médiuns em sua generalidade”, FEB, 14ª. Edição.
“Aconteceu na Casa Espírita”, Cap. 09, “Entre Mensagens e Críticas”, p. 89, Editora do Centro Espírita Allan Kardec, 2ª. Edição.
“Aconteceu na Casa Espírita”, Cap. 16, “Socorrendo o Vencido”, p. 164, Editora do Centro Espírita Allan Kardec, 2ª. Edição.
“Religião dos Espíritos”, pp. 227 e 229, Edição FEB.



domingo, 15 de setembro de 2013

Alzheimer Uma doença Espiritual !



Boa tarde amigos !
Paz e bem !
Me perguntam muito à respeito de algumas doenças , o que nos diz a literatura é que antes de atingir o corpo físico, as doenças atingem primeiro o espírito, sabemos que para que isso aconteça, somos nós que abrimos a guarda, baixamos nossa faixa vibratória permitindo que os miasmas possam nos atingir, e muitas das vezes eles aparecem na forma de doenças.
O que estou relatando abaixo diz respeito ao Alzeheimer  doença degenerativa atualmente incurável mas que possui tratamento. O tratamento permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e sua família. Foi descrita, pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome, sendo assim vejamos...
Américo Marques Canhoto, médico especialista,  casado, pai de quatro filhos. Nasceu em Castelo de Mação, Santarém, Portugal. Médico da família desde 1978.
Atualmente, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto – Estado de São Paulo. Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia pacientes que se diziam indicados por um médico : Dr. Eduardo Monteiro.
Procurando por  este colega de profissão, descobriu que esse médico era um espírito, que lhe informou:
Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento do espírito.
Queremos dividir com os leitores um pouco de algumas das observações pessoais a respeito dessa moléstia, fundamentadas em casos de consultório e na vida familiar –  dois casos na família. Achamos importante também analisar o problema dos ‘cuidadores’ do doente (família).
Além de trazer à discussão o problema da precocidade com que as coisas acontecem no momento atual. Será que as projeções estatísticas de alguns anos atrás valem para hoje? Serão confiáveis como sempre foram? Se tudo está mais precoce, o que impede de doenças com possibilidade de surgirem lá pelos 65 anos de idade apareçam lá pela casa dos 50 ou até menos?
Alerta
- É incalculável o número de pessoas de todas as idades (até crianças) que já apresentam alterações de memória recente e de déficit de atenção (primeira fase da doença de Alzheimer). Lógico que os motivos são o estilo de vida atual, estresse crônico, distúrbios do sono, medicamentos, estimulantes como a cafeína e outros etc. Mas, quem garante que nosso estilo de vida vai mudar? Então, quanto tempo o organismo suportará antes de começar a degenerar? É possível que em breve tenhamos jovens com Alzheimer?
Alguns traços de personalidade das pessoas portadoras de Alzheimer
- Em nossa experiência, temos observado algumas características que se repetem:
a) Costumam ser muito focadas em si mesmas.
b) Vivem em função das suas necessidades e das pessoas com as quais criam um processo de co-  dependência e até de simbiose.
c) Seus objetivos de vida são limitados (em se tratando de evolução).
d) São de poucos amigos.
e) Gostam de viver isoladas.
f) Não ousam mudar.
g) Conservadoras até o limite.
h) Sua dieta é sempre a mesma.
i) Criam para si uma rotina de ‘ratinho de laboratório’.
j) São muito metódicas.
k) Costumam apresentar pensamentos circulares e idéias repetitivas bem antes da doença se caracterizar.
l) Cultivam manias e desenvolvem TOC (transtorno obsessivo compulsivo) com frequência.
m) Teimosas, desconfiadas, não gostam de pensar.
n) Leitura os enfastia.
o) Não são chegadas em ajudar o próximo.
p) Avessas á prática de atividades físicas.
q) Facilmente entram em depressão.
r) Agressivas contidas.
s) Lidam mal com as frustrações que sempre tentam camuflar.
t) Não se engajam.
u) Apresentam distúrbios da sexualidade como impotência precoce e frigidez.
v) Bloqueadas na afetividade e na sexualidade. Algumas têm dificuldades em manifestar carinho, para elas um abraço, um beijo, um afago requer um esforço sobre-humano.
Gatilhos que costumam desencadear o processo:
- Na atualidade a parcela da população que corre mais risco, são os que se aposentam – especialmente os que se aposentam cedo e não criam objetivos de vida de troca interativa em seqüência. Isolam-se.
Adoram TV porque não os obriga a raciocinar, pois não gostam de pensar para não precisar fazer escolhas ou mudanças. Avarentos de afeto e carentes de trocas afetivas quando não podem vampirizar os parentes, deprimem-se escancarando as portas para a degeneração fisiológica e principalmente para os processos obsessivos. Nessa situação degeneram com incrível rapidez, de uma hora para outra.

Alzheimer e mediunidade
- No decorrer do processo os laços fluídicos ficam tão flexíveis que eles falam com pessoas que não enxergamos nem sentimos. Chegam a transmitirem o que dizem os desencarnados ou são usados de forma direta para comunicações.
Esta condição fluídica permite que acessem com facilidade o filme das vidas passadas (bem mais a última) – muitas vezes nesses momentos, nos nomeiam e nos tratam como se fossemos outras pessoas que viveram com eles na última existência e nos relatam o que ‘fizemos’ juntos, caso tenhamos vivido próximos na última existência. Vale aqui uma ressalva, esse fato ocorre em muitos doentes terminais e em algumas pessoas durante processos febris.
Obsessão
- É bem comum que a doença insidiosamente se instale através de um processo arquitetado por obsessores, pois os que costumam apresentar essa doença não são muito adeptos da ajuda ao próximo e do amor incondicional; daí ficam vulneráveis às vinganças e retaliações. É raro que bons tarefeiros a serviço do Cristo transformem-se em Alzheimer. Mas, quem é ou quais são os alvos do processo obsessivo? O doente ou a família?
Alzheimer – o umbral para os ainda encarnados
- O medo de dormir reflete, dentre outras coisas, as companhias espirituais nada agradáveis. Os ‘cuidadores’ desses pacientes tem mil histórias a contar e muitos depoimentos a fazer. Esse assunto merece muitos comentários.
O espírito volta para a vitrine
- Tal e qual o espírito que reencarna; pois na infância nosso espírito está na vitrine, já que ainda não sofreu a ação da educação formal. Esse tipo de doença libera toda a nossa real condição que, perde as contenções da personalidade formal e mostra sua verdadeira condição: nua e crua.
Para quê? Quem pode se beneficiar com isso? Serão os familiares mais atentos? Os profissionais da saúde?
Como médica, tive um caso curioso, nosso paciente se beneficiava na parte cognitiva com a medicação específica mas, tivemos que suspendê-la, pois, ele que antes parecia um ‘docinho de coco’, com o evoluir da doença, mostrou sua personalidade agressiva e manifestava-se de tal forma que chegou a ser expulso de uma clínica especializada pois do nada agredia os outros internos – na decisão de consenso optou-se por manter as tradicionais ‘camisas de força’ (remédios que todos conhecem).
Os cuidadores
- Mesmo com medo de ter que ‘cuidar de uma antiga criança mal educada’ como se tornam os portadores dessa doença; ela não deixa de ser uma oportunidade ímpar de desenvolvermos qualidades espirituais a ‘toque de caixa’. Feliz de quem encara essa tarefa sem dia sem noite, sem férias. Pena que algumas pessoas não sejam capazes de suportar tal tarefa com calma – Quem se arrisca a encarar com bom humor e realizar o que for possível ajudando a esse irmão? Serão os cuidadores vítimas ou felizardos? O que isso tem a ver com o passado? Cada qual que decida…
Quantos cuidadores se tornarão doentes?
- Alerta: ‘Cuidadores’ costumam não aprender nada e, repetem a lição para os outros, tornam-se ferramentas de aprendizado.
O que é possível aprender como cuidador?  Paciência, tolerância, aceitação, dedicação incondicional ao próximo, desprendimento, humildade, inteligência, capacidade de decidir por si e pelo outro. Amor.
Para o ‘cuidador’ é diferente o Alzheimer rico do pobre?
- O que mais se vê é o pobre sendo cuidado pela família e o rico sendo cuidado por terceiros. Quem ganha o que e quanto? Terceirizar tem algum mérito? Tornar-se doente de Alzheimer na classe média é uma loteria; por quem ou onde seremos ‘cuidados’?
Cuidador ou responsável?
- Tal e qual na infância temos pais ou responsáveis, neste caso vale a mesma analogia.
O que o cuidador ganha ou perde?
- Vale a pena abdicar de uma tarefa de vida para cuidar de uma pessoa que tudo fez para ficar nessa condição de necessitado? – Quem ou o que dita os valores? Quem ganha ou perde o que? Em qual condições? – Na dúvida chame Jesus, Ele explica tudo muito bem…
O problema da obsessão
- Quem obsidia quem? Cuidador e doente são antigos obsessores um do outro – não é preciso recuar muito no tempo, pois mesmo nesta existência, com um pouco de honestidade dá para analisar o processo em andamento; na dúvida basta analisar as relações familiares, como as coisas ocorreram.
Não foi possível? – não importa; basta que hoje, no decorrer do processo da doença, avaliemos o que nos diz o doente nas suas ‘crises de mediunidade’: você fez isso ou aquilo, agora vai ver! – preste muita atenção em tudo que o doente diz, pois aí, pode estar a chave para entendermos a relação entre o passado e o presente.
Quem ganha e quem perde a briga? O doente parece estar em situação desfavorável, pois aparentemente perdeu a capacidade de arquitetar, decidir – mas, quem sabe ele abriu mão disso, para tornar-se simples instrumento de outros desencarnados que estão em melhores condições de azucrinar a vida do inimigo (alianças e conchavos) – Quem sabe?
A dieta influencia
- Os portadores da doença costumam ter hábitos de alimentação sem muita variação centrada em carboidratos e alimentos industrializados.
Descuidam-se no uso de frutas, verduras e legumes frescos, além de alimentos ricos em ômega3 e ômega6, devem consumir mais peixe e gorduras de origem vegetal (castanha do Pará, nozes, coco, azeite de oliva extra virgem, óleo de semente de gergelim).
Estudos recentes mostram que até os processos depressivos podem ser atenuados ou evitados pela mudança de dieta.
Doença silenciosa?
- Nem tanto, pois avisos é que não faltam, desde a infância analisando e estudando as características da criança, é possível diagnosticar boa parte dos problemas que se apresentarão para serem resolvidos durante a atual existência, até o problema da doença de Alzheimer.
Dia após dia, fase após fase o quadro do que nos espera no futuro vai ficando claro.
Fique esperto: Evangelize-se (no sentido de praticar não de apenas conhecer) para não precisar voltar a usar fraldas.
O mal de Alzheimer é hereditário? Pode ser transmitido?
- Sim pode, mas não de forma passiva inscrito no DNA, e sim, pelo aprendizado e pela cópia de modelos de comportamento. Lógico que pode ser contagioso; mas pela convivência descuidada fruto de uma educação sem Evangelização.
Remédios resolvem?
- Ajudar até que ajudam; mas resolver é impossível, ilógico e cruel se, possível fosse – pois, nem todos tem acesso a todos os recursos ao mesmo tempo.
Remédios usados sem a contrapartida da reforma no pensar, sentir e agir podem causar terríveis problemas de atraso evolutivo individual e coletivo; pois apenas abrandam os efeitos sem mexer nas causas. Tapam o sol com a peneira.
Remédios previnem?
- Claro que não – apenas adiam o inexorável.
Quanto a isso, até os cientistas mais agnósticos concordam.
Um dos mais eficazes remédios já inventados foram os grupos de apoio á terceira idade. A convivência saudável e as atividades que possam ser feitas em grupo geram um fluxo de energia curativa.
A doença de Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento do espírito que se torna solitário por opção. O interesse pelos amigos é um bom remédio.
Qual a vacina?
- Desde que saibamos separar a vacina ativa da passiva.
O ato de nos vacinarmos contra a doença de Alzheimer é o de estudar as características de personalidade, caráter e comportamento dos que a vivenciam, para que não as repitamos.
A melhor e mais eficiente delas é o estudo, o desenvolvimento da inteligência, da criatividade e a prática da caridade. Seguir ao pé da letra o recado que nos deixou o Espírito da Verdade:
‘Amai-vos e instruí-vos’.
Quer evitar tornar-se um Alzheimer?
Torne sua vida produtiva, pratique sem cessar o perdão e a caridade com muito esforço e inteligência.
Espero mais uma vez ter podido ajudar um pouco , deixem seus comentários para que possamos trocar algumas idéias.
Fiquem em PAZ !
PS: Artigo.: Alzheimer: É Possível Evitar
Por.: Dr. Américo Marques Canhoto (Casado, pai de quatro filhos. Nasceu em Castelo de Mação, Santarém, Portugal. Médico da família, clinica desde o ano de 1978. Hoje, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto, Estado de São Paulo. Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia pacientes indicados pelo doutor Eduardo Monteiro.
Depois descobriu que esse médico era um espírito.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013



Caros amigos Paz e bem !
Mais uma vez estamos aqui para dar alguns esclarecimentos em relação a assuntos que norteia nosso trabalho na casa espírita, vamos falar de um chakra pouco conhecido mas muito importante:

Pois bem, apresento-lhes o Chakra Umeral.
Todos devem conhecer, ou pelo menos ouvido falar dos 7 chakras principais ou Magnos: Básico, Esplênico, Umbilical ou Plexo Solar, Cardíaco, Laríngeo, Frontal e Coronário.  Como já disse, estes são os principais mas não os únicos chakras que possuímos. Existe uma série de outros chakras, como por exemplo nos pés, joelhos, mãos,…e entre eles o pouco conhecido Umeral.  Desenvolvido apenas em algumas pessoas, situa-se no terço médio do omoplata esquerdo e, desenvolve a capacidade do paciente estar em contato com vibrações mais sutis e filtra essas energias.
É ligado ao corpo físico através do correspondente Plexo Solar, e deste para os membros superiores (braços, antebraços e mãos).
Em equilíbrio tem a cor azul celeste. Quando estamos enfraquecidos a cor predominante é o amarelo.
É um chakra extremamente importante para avaliarmos se estamos com algum problema espiritual.
Ele mantém a nossa individualidade e depende do desenvolvimento do chakra do plexo solar, ou seja, da proteção do baço. Rege todas as energias que habitam o nosso espaço e as organiza.
Ele também processa as energias do ambiente e, filtra as energias densas que transitam no nosso campo energético. Quanto mais percebermos e desenvolvermos as nossas qualidades vibratórias, mais estaremos trabalhando o chakra umeral.
Basicamente esse chakra se desarmoniza por três fatores:
1) Vivência de padrões pessimistas, negativos e derrotistas. Por exemplo: “tudo na vida para mim é difícil”, ou “esse tipo de coisa só acontece comigo”, “eu não mereço isso”, “eu não tenho capacidade para realizar essa tarefa”, etc.
2) Quando a pessoa está tão desarmonizada (buracos áuricos), que acaba ficando exposta, vulnerável à energia dos ambientes ou pessoas com que se encontra, em que haja uma vibração não muito boa.
3) Por energias intrusas ou espíritos obsessores. Uma desarmonia espiritual pode estar relacionada com o chakra Coronário que é por onde recebemos a energia cósmica ou com o Umeral que conta o grau de vulnerabilidade que o paciente está em relação a energias negativas.
É através da união deste chakra com os chakras Laríngeo, Coronário, Plexo Solar e Básico, que se permitem e proporcionam as ligações por fios, chamadas popularmente de incorporações.
Ele trabalha a proteção psíquica e é o responsável por toda relação mediúnica entre os planos Físico e Espiritual:
1 – Básico – obsessões sexuais e possessões;
2 – Esplênico – vampiros;
3 – Umbilical – sofredores e obsessores;
4 – Cardíaco – passistas (mentores) e efeitos físicos;
5 – Laríngeo – mentores, por psicofonia;
6 – Umeral – mentores por psicografia automática.
7 – Os chakras Frontal e Coronário não permitem a incorporação de entidades espirituais, mas têm outras capacidades características, como vidência direta ou mental, visão astral, clarividência, etc.
Bom , espero mais uma vez ter podido esclarecer um pouquinho assuntos que norteiam nosso dia a dia.
Fiquem em Paz !