"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

sábado, 19 de dezembro de 2015

E mais uma vez é NATAL !!!!!





Há algum tempo, li uma nota na página do cronista da Ilha, Sérgio da Costa, dizendo que, nos dias atuais, o símbolo do Natal já não é mais o Menino que nasce todo ano para trazer ao mundo paz, fé e esperança. Agora o símbolo é Papai Noel, este senhor que tomou conta do Natal, por conta da conotação comercial que estamos dando à data mais importante da cristandade.

Ele tem razão. O Natal transformou-se em uma festa comercial, quando compramos mais, enfeitamos tudo com muita luz, damos presentes e recebemos presentes. Mas o real significado da data vai sendo esquecido. Quando falamos em Natal, lembramos logo de Papai Noel. Mas não deveríamos lembrar do Filho de Deus, que nasceu para dar uma nova oportunidade ao ser humano?

Comemoramos, festamos muito, bebemos muito, comemos muito – quem pode, é claro, porque há quem não tenha o mínimo para comemorar o nascimento do Menino Filho de Deus, a não ser com uma oração – só não festejamos o real motivo da festa.

Estamos nos distanciando do Menino e de seu Pai, estamos transformando o Natal em uma festa cada vez mais igual às outras. Não deveria ser o contrário? Não deveríamos nos aproximar mais da forças que regem nossos destinos, não interessa o nome que lhe demos?

Precisamos pensar nisso. Quando a noite do dia 24 chegar e abraçarmos nossos amigos, nossa família, nossas pessoas queridas, vamos lembrar do nascimento que é a razão da comemoração. Vamos erguer um pensamento em homenagem ao Menino que espera achar um cantinho em nossos corações para nascer mais uma vez. O Menino que significa renovação da vida, significa recomeçar com nova fé e mais esperança.

Precisamos resgatar o verdadeiro Natal. E isso só é possível se resgatarmos a fé e deixarmos o Menino que está para chegar entrar no coração de cada um de nós. Aí, sim, far-se-á o Natal. Porque Natal não é só Papai Noel. Natal não é Papai Noel.
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA


Meus amigos, mais um ano vai chegando ao fim, 2016 já está em nossa porta, 2015 já é quase passado, vamos celebrar a noite de Natal sem esquecer o verdadeiro motivo dessa celebração, vamos pensar no aniversariante, vamos orar pelo Mestre Jesus, o planeta passa por um período de transição muito grande, o que se anuncia para nós não é nada agradável, a espiritualidade vem mostrando pra nós que temos cada vez mais que orar e vigiar, façamos do aprendizado que tivemos em 2015, sabedoria para 2016, vamos cada vez mais procurar nos afinizar com nossos guias, nossos mentores, enfim procurar vibrar sempre em direção ao nosso PAI maior , que tudo sabe e tudo vê, vamos procurar a sintonia com o Mestre Jesus, e não esqueçamos , estamos hoje em um planeta de regeneração e progresso, e só atingiremos o progresso através do trabalho, do amor ao próximo, da gratidão pelas graças alcançadas.
Meus irmãos que todos nós tenhamos um Natal de muita LUZ, PAZ, HARMONIA, FRATERNIDADE E ESPERANÇA, que o Mestre JESUS esteja sempre em nossos corações , e que uma certeza jamais nos falte, "FORA DO AMOR E DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO" !!!


Um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de LUZ !!!


PAZ e BEM !!!!

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

MEDIUNIDADE DE CURA




Boa tarde meus amigos!


Um dos trabalhos mais procurados em casas espíritas nos dias de hoje é o trabalho de cura, cada vez mais as pessoas se voltam para a cura espiritual, depois então da Universidade de São Paulo ter reconhecido a cura pela imposição das mãos, aumentou muito o interesse não só de espíritas, mas também de católicos evangélicos, ou seja, praticantes de todas as religiões.






Mas afinal, O QUE É MEDIUNIDADE DE CURA?


É o tipo de mediunidade em que o médium pratica as chamadas curas espirituais ou cirurgias espirituais. Esses médiuns podem, com a ajuda direta ou indireta dos espíritos, abrir o caminho para aliviar e curar uma pessoa. Dizemos “abrir o caminho” porque ninguém pode curar alguém que não deseje ser curado ou que possua um forte carma que o obrigue a passar pelo estado de doença.


“Médiuns curadores – Os que têm o poder de curar ou de aliviar os males pela imposição das mãos ou pela prece. Esta faculdade não é essencialmente mediúnica, pois todos os verdadeiros crentes a possuem, quer sejam médiuns ou não. Frequentemente não é mais do que a exaltação da potência magnética, fortalecida em caso de necessidade pelo concurso dos Espíritos bons” diz Allan Kardec em O Livro dos Médiuns.


Existem dois tipos principais de mediunidade de cura. A mediunidade de cura passiva e a ativa. Na mediunidade ativa os espíritos podem ser, eles mesmos, os agentes principais da cura, ou podem apenas auxiliar um processo que é conduzido ativamente pelo médium. Por exemplo, casos em que o médium doa seu magnetismo a uma pessoa e há espíritos auxiliando com uma doação extra de energia curativa tem a participação ativa do médium.


A mediunidade de cura ativa e passiva pode ser ainda de dois tipos principais: com intervenções físicas e sem intervenções físicas. No primeiro caso, o médium incorpora um espírito que, utilizando-se de objetos físicos como facas, tesouras, agulhas, pomadas, ervas, e outros tipos de materiais, trata o atendido. A cura sem intervenção física usa apenas a incorporação do espírito com a energia curativa emanando do espírito através do médium. Tanto a intervenção física quanto a não-física podem ser chamadas de cirurgia espiritual. Existem as cirurgias espirituais físicas, com cortes e as psíquicas, ou não-físicas, que são naturalmente sem cortes.


No caso de um curador utilizar apenas a imposição de mãos para tratar um doente, esse processo não pode ser considerado mediúnico, posto que não há aí uma ação direta de nenhuma entidade, e todo o processo ocorre pela atuação do médium. Isso não significa, contudo, que os espíritos de luz não estejam agindo a partir dos planos espirituais em benefícios do doente, mas não há, neste caso, a ideia da intervenção necessária entre o médium e o espírito. Neste caso, uma pessoa que aplica um passe magnético num centro espírita não está exercendo uma função mediúnica, mas está utilizando um fluido próprio, que integra o potencial curativo do seu organismo e do seu perispírito, e transmitindo a outros.


A transmissão da energia magnética não passa de um indivíduo ao outro apenas pela imposição de mãos, ela também pode ser irradiada pelo olhar, por um gesto, pela simples presença e também a distância, não importa o quão longe esteja o curador do atendido.


Existem indivíduos que tem o dom da cura, e trazem as habilidades de cura de outras existências passadas. Outros curadores, no entanto, podem receber o treinamento adequado e se tornarem curadores. O Reiki é um bom exemplo de técnica de formação de curadores. Qualquer pessoa que passe pela iniciação do primeiro grau do sistema Usui de Cura Natural pode se tornar um curador. Outros, porém, podem não precisar de nenhuma preparação, e já terem sido treinados em vidas passadas, em escolas esotéricas e treinamentos em templos da antiguidade, onde se praticavam os ritos mistérios.


Há um terceiro caso em que um espírito, antes de encarnar, aceita a missão de ser, na Terra, um médium de cura, e para isso ele precisa apenas ser um bom veículo de expressão para que os espíritos de luz trabalhem nele, a fim de levar a cura a milhares de indivíduos e expandir a espiritualidade. Os espíritos que escolhem essa missão na maioria das vezes possuem um débito kármico considerável. Por esse motivo, a providência divina os concede a oportunidade de se tornarem canais de cura dos espíritos superiores, para que assim possam reparar uma parte, ou até mesmo a totalidade do mal que fizeram em vidas passadas.


Dizem que a mediunidade é um karma, e isso está bastante correto. Os médiuns são, muitas vezes, os maiores devedores da espiritualidade. Mas Deus, em sua infinita bondade e sabedoria, concede o instrumento da mediunidade para o resgate destes espíritos no amor e na caridade, seguindo as leis divinas e se tornando um instrumento do plano divino aliviando a dor de milhares ou centenas de milhares de espíritos em estado de sofrimento.


Uma das grandes provações do médium de cura é não se deixar levar pelas tentações do orgulho e da vaidade. Quando o médium começa a ser solicitado, admirado, requisitado, começa a ser muito falado, fica famoso e muitos começam a adorá-lo como um ídolo, seu ego pode atrapalhar sua missão, e há uma grande chance de ele cair, estragar tudo e perder uma valiosíssima oportunidade de redimir seu karma e, o mais importante, ajudar pessoas e participar ativamente da obra de Deus no mundo. Há muitos médiuns de cura que caíram por sua vaidade e perderam a oportunidade de expandir ainda mais seu trabalho. Quando isso ocorre, a plêiade de espíritos que o acompanhavam em sua missão deve procurar outro veículo disponível para o mesmo tipo de trabalho.


Os médiuns de cura mais conhecidos são:


ARIGÓ: Foi o primeiro médium do Dr. Fritz. É um dos médiuns brasileiros mais famosos de todos os tempos. Ganhou notoriedade nacional e internacional graças as suas curas. Arigó era um homem muito humilde, trabalhador e muitos diziam que ele gostava muito de ajudar as pessoas e realizar suas curas. Iniciou seu trabalho mediúnico ainda no início da década de 50. Foi preso pela acusação de exercício ilegal da medicina, mas foi solto graças ao indulto recebido do próprio presidente da república na época Juscelino Kubitschek.


JOÃO BERBEL: Um médium de cura espírita que incorpora as entidades e faz cirurgias espirituais sem cortes.


JOÃO DE DEUS: Médium de Abadiânia que trabalha com cirurgias espirituais há quase 55 anos. É o médium de cura brasileiro mais antigo que ainda está em atividade. Conhecido e aclamado no mundo inteiro por suas curas. Até mesmo a apresentadora celebridade Oprah veio ao Brasil para conhecer “John of God”. Oprah dedicou um programa inteiro demonstrando o trabalho de cura do médium brasileiro. João de Deus é, na atualidade, o médium brasileiro mais conhecido no mundo.


WALDEMAR COELHO: Médium que incorpora diversas entidades de médicos do espaço. Homem muito humilde e de bom coração. Trabalha há mais de 40 anos ajudando na cura de todos que o procuram. Atende na cidade de Leme-SP.


EDSON QUEIROZ: Outro médium muito famoso do Dr. Fritz. Era médico e realizava cirurgias espirituais.


RUBENS FARIA: Também médium do Dr. Fritz. Ficou famoso realizando suas cirurgias espirituais no Rio de Janeiro no final dos anos 90. Ficou também conhecido mundialmente e depois se afastou dos holofotes. Está atualmente atendendo na Europa.


VALENTIM: Um médium também muito humilde, que não sabe ler nem escrever, e mesmo assim atrai multidões. Todas essas pessoas, muitas desenganadas pela Medicina, vem em busca da cura ministrada pelos espíritos que fazem as cirurgias espirituais por seu intermédio. Médium Valentim atende em Gama, no Distrito Federal, e realiza mais de 5000 atendimentos por mês. Valentim incorpora mais de 60 entidades espirituais. Um deles é o Doutor Aguiar, um médico do espaço que em vida passada nasceu na Itália. Aguiar teria desencarnado durante a guerra quando trabalhava na Cruz Vermelha. O médium Valentim reúne seguidores não apenas da doutrina espírita, mas também de outras religiões, como católicos, evangélicos e outras denominações.


KLEBER ARAN: O mais famoso médium do Dr. Fritz da atualidade. Um médium humilde, também terapeuta holístico, que atende principalmente em alguns estados do nordeste do Brasil e mais recentemente em São Paulo. Médium muito aclamado pelas massas, já participou de vários programas de TV. Médium Aran atende uma média de 1000 pessoas em seus dias de atendimento.






Sendo assim meus irmãos, tenhamos a consciência de que a cura vem de dentro de nós, a auto cura é o melhor caminho, compreendermos que temos a necessidade de mudança, que temos a necessidade de fazer o quanto antes algo que possa nos ajudar a diminuir um pouco nossas dores, nossas mazelas, trabalhando pelo irmão necessitado estaremos colocando em prática um dos ensinamentos do Mestre, “Olhar o outro como a ti mesmo”.


Vamos começar a diminuir esse karma, vamos fazer com que a natureza conspire a nosso favor, a lei de causa efeito é real, portanto quanto mais praticarmos a caridade, maior será a possibilidade de nos afastarmos daquilo que nos faz tão mal.


Paz e Bem !!!




segunda-feira, 31 de agosto de 2015

"AMAI OS VOSSOS INIMIGOS"



"Amai os vossos inimigos, fazei o bem àqueles que vos odeiam e orai por aqueles que vos perseguem e caluniam”. (O Evangelho segundo O Espiritismo-Capítulo VII).

Paz e bem, amigos venho mais uma vez colocar um assunto interessante mais muito debatido e até não aceito por alguns, como amar os nossos inimigos?

Amar os inimigos assim como nos fala o Evangelho de Jesus nos parece uma coisa inalcançável. Quando ele nos disse para Amar os nossos inimigos, sabia a dificuldade que teríamos até conseguirmos aceitar e vivenciar isso. Para desenvolver em nosso ser as potencialidades que nos leve a exercer o sublime dom de amar é preciso entendermos o que Jesus quis nos ensinar com este divino preceito.

O evangelho nos fala que é muito diferente o amor que dedicamos a um amigo, já que este amor é todo ternura e confiança, e, com nossos inimigos, não podemos ter a mesma confiança e apreço que temos para com os amigos. O Evangelho assim nos fala: "Não pretendeu Jesus, assim falando, que cada um de nós tenha com seu inimigo a ternura que dispensa a um irmão ou amigo, pois esta pressupõe confiança. Ora, ninguém pode depositar confiança em uma pessoa sabendo que esta lhe quer mal, ninguém pode ter expansões de amizade sabendo que ela é capaz de abusar dessa situação".

Afinal de contas, por que consideramos alguém como nosso inimigo? Qual o papel que ele desempenha em nossas vidas? Por que não conseguimos amar certas pessoas ou pelo menos tolerá-las? Pela nossa vivência espiritual, podemos inferir que o inimigo de hoje é aquele que ontem prejudicamos e amá-lo pode significar tentar buscar uma postura diferente em relação a ele. É tentar compreendê-lo e ter por ele tolerância. Mesmo quando, de alguma forma, somos atingidos pelos atos prejudiciais deles.

Pela reencarnação temos a oportunidade de nos ajustar à lei divina e aprender a ter para com o semelhante o respeito e amor que queremos para nós. Através dela, Deus nos mostra que sempre encontraremos uma porta aberta para corrigir o rumo de nossa caminhada e aprender a conviver adequadamente com aqueles a quem prejudicamos no passado. O inimigo que nos aparece do nada, aquela pessoa com a qual não conseguimos estabelecer nenhum laço de simpatia, está relacionada com nossos enganos passados. Antes de reencarnarmos, nós mesmos podemos ter pedido a oportunidade de nos reconciliarmos com ela.

Jesus já nos advertia: "Reconciliai-vos com vosso inimigo enquanto estás a caminho". É preciso que tenhamos coragem de romper nossas limitações, de domar nosso orgulho e nosso ego exagerado. Se não nos reconciliarmos o quanto antes com nossos desafetos, não conseguiremos nunca usufruir a paz e a fraternidade verdadeiras. O ódio deixa a pessoa estagnada e escravizada aquele de quem não gosta. Existem espíritos que ficam muitos séculos estacionados, presos ao ódio, arquitetando planos de vingança contra seus desafetos, sem se darem conta de que assim agindo, permanecem onde estão, parados, perdendo um valioso tempo de seu despertar espiritual.

Além disso, o ódio que devota a seus inimigos pode não atingi-los mais, pois, se eles tiverem ultrapassado suas fases negativas, e conseguido romper a cadeia do mal pelo mal, os sentimentos de ódio de que são alvos já não os prejudicam mais. É preciso muita força de vontade e coragem, desenvolvida pela fé e a certeza de que precisamos evoluir e nos libertarmos das amarras do ódio e do desejo de vingança, para que consigamos sopitar em nós os sentimentos negativos em relação aos nossos inimigos. Não é uma tarefa fácil, porque, mesmo já tendo alcançado um certo grau de evolução, ainda nos enredamos nos sentimentos negativos que geram a mágoa e a vingança e, embora inconscientemente, podemos nos sentir "recompensados” com o mal que atinge nossos desafetos.

Somos seres sujeitos às instabilidades do ego e embora aspiremos melhorar moralmente, temos ainda uma forte ligação com o nosso lado inferior. Refletindo sobre o ódio, vemos que ele está relacionado às nossas imperfeições, ao nosso egoísmo e orgulho extremos. Quando nos libertarmos disso tudo, com o pensamento direcionado ao bem e ao amor, com certeza, nos sentiremos mais fortalecidos e prontos a praticar a máxima ensinada por Jesus, quando nos exortou ao perdão e ao esquecimento das ofensas.

Fomos criados para a felicidade, apesar de vivenciá-la de uma forma relativa no mundo conturbado em que vivemos. Mas, para encontrá-la, é preciso que nossa consciência esteja tranquila, em paz com tudo o que nos é destinado. À medida que avançamos em nosso crescimento espiritual mais nos sentimos cobrados por ela, que não nos deixa viver em paz enquanto não resolvermos a situação originada pelos atos infelizes que praticamos contra nossos desafetos. Ninguém consegue fugir da própria consciência, e, quando entendermos isso, compreenderemos que, mesmo não amando ainda os inimigos como Jesus nos exortou a amá-los, não podemos deixar que em nosso coração se abrigue sentimentos de ódio e aversão em relação a eles.

Somos guiados por leis divinas perfeitas e não podemos julgar o comportamento de ninguém. Precisamos é nos conscientizar de nossos atos, para que enxerguemos os defeitos que nos recusamos a ver em nós e que, muitas vezes, tentamos encontrar no semelhante. É preciso entender que somos seres únicos e que temos nossas próprias conquistas e lutas e que necessitamos desenvolver e manter a capacidade de perdoar para que lancemos em nosso ser as sementes que brotarão como amor e compaixão pelo próximo. Quem não consegue perdoar, não pode amar. Para termos condição de perdoar a quem nos fez mal é preciso à capacidade de compreender que todos nós possuímos latente o gérmen do bem.

Quando passamos por uma grande adversidade é que nos tornamos conscientes de quão pequeno somos por abrigarmos ainda sentimentos tão contrários ao amor. Quando compreendermos que a vida material é tão efêmera, é que vamos começar a entender o ensinamento de Jesus, que nos ensina a amar ao próximo como a nós mesmos. No fundo, somos todos iguais e almejamos o melhor. E o melhor para mim tem que ser o melhor para o outro. O amor é a força capaz de modificar nossas vidas e pode transformar um inimigo em um amigo. Só nos libertaremos do ciclo do ódio com sentimentos contrários a ele. Os sentimentos libertadores do perdão e do amor, por sua própria natureza, conseguem a força redentora de transformar tudo.

O mal só existe devido à ignorância que ainda habita em nosso ser. A partir do momento em que começamos a nos inteirar da verdade, a nossa compreensão sobre a vida se dilata e começamos a abrigar em nós sentimentos de compaixão e caridade para com todos indistintamente. Quando formos Espíritos iluminados pelo conhecimento das verdades divinas compreenderemos que o amor vibra num sentido único, o que significa que amar a si mesmo e ao próximo é o mesmo que amar a Deus. Afinal de contas tudo se resume numa palavra só: AMOR.


“Fora do Amor não há salvação”

Paz e Bem!



sexta-feira, 17 de julho de 2015

A Irmã Dor na nossa Evolução..



Bom dia amigos , Paz e Bem !
 No post de hoje, vamos falar um pouco a respeito de um assunto que muitos irmãos tem nos questionados , o que é e por que da dor, o  Espiritismo nos ensina que a dor é um poderoso meio de aprendizado. A dor nos obriga a parar e ver o que está acontecendo. Essa compreensão da dor como meio de reajuste nos faz mais fortes, por percebermos que tudo tem razão de ser, que tudo compete para o nosso crescimento espiritual. Embora ainda não saibamos lidar com a dor com a serenidade ideal, ao menos conseguimos manter firme a confiança de que tudo passa, de que é preciso alterar a rota, retomar o caminho reto e evitar novos desvios.
Alguns grandes nomes do Espiritismo elevaram a dor num altar de glórias, pintaram a dor como grande salvadora da humanidade renitente. Eu sei, e você também sabe, que se não fosse pela dor teríamos aprendido muito pouco. Se não sentíssemos dor não mudaríamos nossos hábitos, não modificaríamos nossas condutas, não regeneraríamos nossos pensamentos e intenções.
Mas acho que essa ênfase que se dá ao instituto da dor é demais, é exagero, é ultrapassada. Pois nem o catolicismo não enfatiza mais a resignação e o conformismo com a dor.
Se é preciso dizer que a dor é muitas vezes necessária, que seja como esclarecimento, não mais em tom de consolo choroso, sorriso triste com a voz embargada e os olhos represando lágrimas.
Qualquer pessoa com um mínimo de poder de observação sabe que a Lei de atração é uma lei tão digna de credibilidade e passível de ser comprovada quanto a Lei de causa e efeito. Atraímos aquilo que ocupa o nosso pensamento como um padrão. Somos o que pensamos. Se vivermos bendizendo a dor, é lógico que atrairemos mais e mais dor. Isso pode até ser positivo para o nosso desenvolvimento, para a nossa reforma íntima. Se estivermos preparados para aprender e tirar proveito de todas as situações de dor, quanto mais dor, mais oportunidades.
Mas pra isso é preciso estar preparado, é preciso não só saber, mas sentir a condição positiva da dor. Isso acontece quando nos comprometemos, através do trabalho, com a espiritualidade. Por nossos pensamentos, palavras e ações, nos tornamos merecedores eventuais dos seus préstimos. Esses favores dos amigos espirituais se apresentam de maneira bem diversa do que esperaríamos.  São aquelas coisas que aparentemente “dão errado” sem que entendamos os motivos. São maneiras que a espiritualidade encontra de “acomodar” as coisas para que nos preparemos para novas provas. Se estamos empenhados em nossa reforma íntima, e ansiamos por chances de melhoramento interno, nada mais natural que conquistarmos novas provas para nosso aprendizado e vitória pessoal.

De qualquer modo, é um erro pensar que a dor é necessáriaPodemos trabalhar com amor, com boa vontade, sem precisar do estímulo da dor. E esse negócio de bendizer a dor e agradecer pela dor me parece uma distorção. Que sejamos corajosos quando ela se apresente, que a aceitemos e a superemos com firmeza. Mas sem criar muita intimidade com ela…
Lembremos sempre que o PAI não pune, não julga, ele oportuniza e disciplina, sejamos aqueles que o PAI pode contar,  pode contar para elevar a energia no ambiente que estamos, sejamos para todos que convivem conosco exemplo de harmonia , perseverança, esperança, amor e Fé !
Tenham todos muita PAZ!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

A Transição Planetária , das Provas e Expiações a Regeneração.




"Meus filhos:

Que Jesus nos abençoe

A sociedade terrena vive, na atualidade, um grave momento mediúnico no qual, de forma inconsciente, dá-se o intercâmbio entre as duas esferas da vida. Entidades assinaladas pelo ódio, pelo ressentimento, e tomadas de amargura cobram daqueles algozes de ontem o pesado ônus da aflição que lhes tenham proporcionado. Espíritos nobres, voltados ao ideal de elevação humana sincronizam com as potências espirituais na edificação de um mundo melhor. As obsessões campeiam de forma pandêmica, confundindo-se com os transtornos psicopatológicos que trazem os processos afligentes e degenerativos.

Sucede que a Terra vivencia, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração.

Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, e da decadência das conquistas da civilização e da cultura...

Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta terrestre não apenas como látego mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do corpo, com o propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos.

Fala-se sobre a tragédia do cotidiano com razão.

As ameaças de natureza sísmica, a cada momento tornam-se realidade tanto de um lado como de outro do planeta. O crime campeia a solta e a floração da juventude entrega-se, com exceções compreensíveis, ao abastardamento do caráter, às licenças morais e à agressividade.

Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado.

Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade.

Aos médiuns cabe a grande tarefa de ser ponte entre as dores e as consolações. Aos dialogadores cabe a honrosa tarefa de ser, cada um deles, psicoterapeutas de desencarnados, contribuindo para a saúde geral. Enquanto os médiuns se entregam ao benefício caridoso com os irmãos em agonia, também têm as suas dores diminuídas, o seu fardo de provas amenizadas, as suas aflições contornadas, porque o amor é o grande mensageiro da misericórdia que dilui todos os impedimentos ao progresso – é o sol da vida, meus filhos, que dissolve a névoa da ignorância e que apaga a noite da impiedade.

Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era.

As vossas existências não aconteceram ao acaso, foram programadas.

Antes de mergulhardes na neblina carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmastes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares.

O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantando a sinfonia gloriosa da solidariedade.

Dai-vos as mãos!

Que as diferenças opinativas sejam limadas e os ideais de concordância sejam praticados. Que, quaisquer pontos de objeção tornem‑se secundários diante das metas a alcançar.

Sabemos das vossas dores, porque também passamos pela Terra e compreendemos que a névoa da matéria empana o discernimento e, muitas vezes, dificulta a lógica necessária para a ação correta. Mas ficais atentos: tendes compromissos com Jesus...

Não é a primeira vez que vos comprometestes enganando, enganado-vos. Mas esta é a oportunidade final, optativa para a glória da imortalidade ou para a anestesia da ilusão.

Ser espírita é encontrar o tesouro da sabedoria.

Reconhecemos que na luta cotidiana, na disputa social e econômica, financeira e humana do ganha-pão, esvai-se o entusiasmo, diminui a alegria do serviço, mas se permanecerdes fiéis, orando com as antenas direcionadas ao Pai Todo-Amor, não vos faltarão a inspiração, o apoio, as forças morais para vos defenderdes das agressões do mal que muitas vezes vos alcança.

Tende coragem, meus filhos, unidos, porque somos os trabalhadores da última hora, e o nosso será o salário igual ao do jornaleiro do primeiro momento.

Cantemos a alegria de servir e, ao sairmos daqui, levemos impresso no relicário da alma tudo aquilo que ocorreu em nossa reunião de santas intenções: as dores mais variadas, os rebeldes, os ignorantes, os aflitos, os infelizes, e também a palavra gentil dos amigos que velam por todos nós.

Confiando em nosso Senhor Jesus Cristo, que nos delegou a honra de falar em Seu nome, e em Seu nome ensinar, curar, levantar o ânimo e construir um mundo novo, rogamos a Ele, nosso divino Benfeitor, que a todos nos abençoe e nos dê a Sua paz.

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra."

Mensagem psicofônica de Bezerra de Menezes (espírito) transmitida por Divaldo Franco

(13.11.2010 – Los Angeles)

segunda-feira, 16 de março de 2015

ALERTA DE DIVALDO PARA DIRIGENTES E TRABALHADORES DAS CASAS ESPÍRITAS





A Trilogia de Joanna de Ângelis(Espiritizar,Qualificar e Humanizar)Novos Rumos para o Centro Espírita-LEAL Editora. Sinopse


Pode parecer um absurdo espiritizar o Centro Espírita e um tanto paradoxal. No entanto, há Centro Espírita que só tem o rótulo, mas não tem espiritismo. Vamos por partes, porque é muito delicado.


Fui convidado a proferir uma conferência em um Centro Espírita no sul do país. Normalmente, quando recebo convite, não atendo, porque pode ser entusiasmo da pessoa. No segundo convite eu digo: “para o ano, volte a escrever.” Isso é para ver se a pessoa está mesmo interessada. Para o ano a pessoa volta a escrever e eu digo: “para o ano, na programação, nós vamos agendar.”


E, naquela Casa, fui postergando por um período de seis a oito anos, por falta de tempo, até que o presidente insistiu tanto que fiquei constrangido e dei um jeito.


Disse-lhe, na carta: “mande-me as datas que lhe são ideais e eu escolherei aquela compatível com minha programação.” Estabelecemos a data e por seis meses correspondemo-nos e tudo foi muito bem.


No dia marcado cheguei à cidade e fui a uma bela instituição. Edifício monumental. Uma grande sala. Quando cheguei à porta, fui recebido por uma comissão muito gentil e estabeleceu-se o seguinte diálogo:


- Senhor Divaldo, o Presidente pede desculpas por não ter podido vir receber o Senhor.


Eu disse: “é muito natural, não há problema.”


- Aqui está o Vice-Presidente, o Secretário, o Tesoureiro, e nós desejamos recebê-lo, porque o nosso Presidente está, no prédio vizinho, fazendo cromoterapia.


- “Eu não sabia que ele era cromoterapeuta,” falei. “Ele é profissional, naturalmente?”


- “Não! Ele é espírita”, responderam-me.


- Deixe-me ver: ele é o Presidente do Centro e é o presidente da cromoterapia? Ele me convidou para vir aqui durante oito anos. Marcou a data e foi fazer a cromoterapia!


- É porque a cromoterapia é muito importante. Está salvando milhares de vida.


- Que graça! Eu sempre pensei que o Espiritismo está salvando milhões de vidas.


Será esta a imagem de um Centro Espírita? Em absoluto. O Centro Espírita não tem que se envolver com nenhuma terapia alternativa. É até um desrespeito, porque o cromoterapeuta é alguém que estudou. Ele tem sua clínica e o Centro Espírita não se pode transformar numa clínica alternativa. É lugar de transformação moral do indivíduo, onde se viaja ao cerne do problema para arrancá-lo. Se transformarmos um Centro Espírita em uma clínica, para lá vão pessoas aturdidas. Qualquer coisa esdrúxula que anunciemos no jornal haverá uma massa incontável que adere por necessidade de pedir socorro.


Mas o Espiritismo não ilude, não mente e nem posterga a ação, porque ele é herança de Jesus. E Jesus, com todo o amor, dizia a verdade. Seja o nosso falar: sim, sim, não, não, conforme Ele o fazia. Não iremos dizer de forma grotesca ou agressiva, mas iremos dizer de uma forma verdadeira. É melhor, às vezes, perder o amigo agora porque não conivimos e o termos depois, do que o apoiarmos e o perdermos em definitivo, quando ele notar a nossa fraude.


Então, Joanna de Ângelis manda


ESPIRITIZAR.


Tenho ouvido oradores em casas Espíritas apresentarem temas maravilhosos, mas que não são nada espíritas. Temas que podem narrar no Rotary, na Maçonaria, no Lions, numa reunião social. Na Casa Espírita pode-se abordar qualquer tema, à luz do Espiritismo. Fazer as conotações espíritas.


Se aconteceu uma tragédia na cidade vamos examiná-la, à luz do Espiritismo. Está no momento da clonagem. Vamos falar sobre clonagem, à luz da Doutrina Espírita. Está nos noticiários a corrupção. Vamos falar sobre a corrupção e a terapia Espírita.


Infelizmente não está ocorrendo isso. Convida-se, às vezes, oradores admiráveis, fascinantes, porém, totalmente deslocados. Palestras que se pode ouvir em qualquer lugar.


Na Casa Espírita vão as pessoas atormentadas, buscando consolação, com a alma despedaçada pela morte de seres queridos e, se ouvem uma coisa que nada tem a ver com a proposta da Doutrina Espírita, saem desoladas. Agindo assim, estaremos fraudando a proposta do Espiritismo.


Temos visto congressos espíritas - não é crítica, é análise – em que se aborda Terapia pela dança. É uma maravilha. Mas não num congresso espírita. Vamos fazer isso num congresso de Yoga, que respeitamos muito, ou num congresso de psicoterapia e então coloquemos música, metais, cristais, mas não num congresso espírita.


Ah! É porque nossos irmãos estão doentes, justificam. Nesse caso, falemos das causas das doenças. Das causas anteriores das aflições. Das causas atuais das aflições.


A terapia da dança podemos encontrar em qualquer setor do mundo social, respeitável e nobre. Mas quando vamos à Casa Espírita, esperamos encontrar a proposta espírita.


O Centro Espírita tem que ser o lugar de Doutrina Espírita.


Daí o Centro Espírita tem que ser espiritizado. É a proposta de Joanna de Ângelis.


A segunda vertente de sua proposta é


QUALIFICAR.






Vivemos hoje a época da qualidade total. Qualificação é indispensável. Nós, às vezes vamos à Casa Espírita com nossos hábitos ancestrais, o que é natural. Mas o fato de entrarmos na Casa Espírita não muda nossa existência. Levamos a nossa qualificação muitas vezes empírica, singela, e vamos exercer certas funções para as quais não estamos qualificados.


Vemos, por exemplo, um literato, que não entende absolutamente de contabilidade, sendo o tesoureiro do Centro. Vamos ver o indivíduo aplicando a terapia dos passes, mas que, de maneira nenhuma se preparou para isso. Vamos ver no atendimento fraterno uma pessoa que tem muito bom coração, mas não tem o menor tato psicológico.


Temos que qualificar-nos.


O que é qualificar? É adquirir características essenciais, típicas das finalidades que vamos exercer na vida prática.


Se eu, por exemplo, quero dedicar-me ao atendimento fraterno, devo fazer um curso. Por isso, os Centros Espíritas devem estar vinculados ao chamado movimento organizado, porque as nossas Casas Federativas dispõem de equipes para nos esclarecer, para nos informar, para ministrar cursos.


Quando vemos, por exemplo, a Federação Espírita do Paraná (FEP), oferecer-nos o jornal Mundo Espírita por um preço irrisório, que muitos ainda não pagam, chegar às nossas mãos todo o mês, com pontualidade, trazendo-nos mensagens libertadoras de consciência, comovo-me com esse trabalho.


Se ligarmos o rádio, aí está um programa de orientação espírita, o Momento Espírita, já transmitido por uma cadeia de rádios em várias cidades do País. Seria interessante se cada um dos senhores, nas suas cidades, entrassem em contato com a FEP e, ao invés de fazer programa de rádio sem nenhuma habilidade, sem qualificação, colocassem o programa que é transmitido em Curitiba, que é de excelente qualidade, narrado por pessoa qualificada, desde a voz, uma voz agradável, muito bem empostada. É uma mensagem muito bem trabalhada, apresentando várias conotações para o enriquecimento das pessoas espíritas e não espíritas.


Muitas pessoas confundem qualificação com elitismo. E as pessoas dizem: “está elitizando!”.


Minha mãe era analfabeta e eu dialogava com ela. Qualificamo-la. Ela tornou-se uma excelente bordadeira, uma excelente cozinheira. Conheço tanta gente instruída que não sabe enfiar a linha na agulha e que não sabe pregar um botão.


Daí, meus amigos, qualificar não é elitizar, não é intelectualizar. É equipar de recursos para fazer bem aquilo que gostaria de fazer. Evitar o aventureirismo.


HUMANIZAR


- Humanizar é fazer com que nós, de vez em quando, tornemos à nossa simplicidade, ao nosso bom humor, ao nosso lado humano. A vida nos impõe rotinas e, quando menos esperamos, estamos fazendo aquilo rotineiramente, sem emoção. Nós nos transformamos em máquinas.






Visitei uma instituição e uma senhora me disse assim: “Ah! Irmão Divaldo, não aguento mais. Estou cansada de fazer caridade. Eu não aguento mais, é tanto pobre. Eu disse: “minha filha, então deixe”. Ela: “O Senhor está me mandando deixar de fazer a caridade?” Eu disse: “Não, eu estou mandando você descansar, porque a caridade está lhe fazendo mal. Já imaginou a caridade fazer mal a quem a faz? Algo não está funcionando! Ou você está exibindo-se sem o sentido de caridade, me perdoe a franqueza, pois quero lhe ajudar, ou você está saturada. Faça uma pausa”.


Ela: “o que será dos pobres?” Eu: “Minha filha, eles são filhos de Deus. Antes de você chegar Deus já tomava conta. Você está só dando uma mãozinha para você, não para eles, porque, afinal, isso aqui nem é caridade, é paternalismo. Você está mantendo muita gente na miséria, que já podia estar libertada, porque você me disse que já atendeu a avó, a filha e agora está atendendo a neta.


Como é que você conseguiu manter na miséria três gerações? Que a avó e a filha fossem pobres necessitadas, é aceitável, mas a neta já teríamos que libertar da miséria de qualquer jeito. Colocando-a na escola, equipando-a, arranjando-lhe trabalho. Isso não é caridade. Está lá no Evangelho: “Transformai as vossas esmolas em salário”.


Então, repouse um pouco. É uma rotina. Você quer abarcar um número de pessoas que você não pode abraçar. Diminua. Faça com qualidade e procure fazer em profundidade. Faça o bem.


Nós não podemos salvar o mundo e perder a nossa alma. A tese é de Jesus Cristo: “Que vos adianta salvar o mundo e perder-se a si mesmo!” Nós não estamos aqui para salvar o mundo. Estamos aqui para salvar-nos e ajudar o mundo para que cada um nele se salve.


Então, humanizar é neste sentido. É esta proposta de voltarmos a ser gente. Não ficarmos nos considerando muito importantes. O Presidente do Centro, o dono do Centro, o super-médium, a pessoa mais formidável do século. Voltarmos às nossas origens. A simplicidade de coração, a afabilidade, a doçura (textos do Evangelho Segundo o Espiritismo), a cordialidade, o bom trato. Se o doente é insistente, se o pobre é impertinente, nós estamos ali porque queremos. Não foi o pobre que pediu para nós irmos lá. Nós é que nos oferecemos. Então temos a escusa de estarmos cansados, de estarmos irritados. “Eu também tenho problemas”. Então vá resolver seus problemas. Não os traga para a Casa Espírita.


E notem que esta tríade está perfeitamente de acordo com o pensamento kardequiano: trabalho, solidariedade e tolerância.


Qual é o trabalho? ESPIRITIZAR-SE. O trabalho de adquirir o conhecimento espírita, de perseverar no estudo. Minha mãe era analfabeta. Eu lia para ela, estudava, comentava. Ela acompanhava. Aprendeu a Doutrina Espírita dentro dos seus limites.






Solidariedade.


QUALIFICAR-SE, para servir melhor, para ser mais solidário.






Tolerância: ser mais HUMANO. Quando somos mais humanos, somos tolerantes. E esta tríade não é propriamente de Allan Kardec. Ele a tirou de Pestalozzi, seu professor, que tinha como base educacional três palavras: trabalho, solidariedade e perseverança.


Allan Kardec, que foi seu discípulo, tomou a tríade e adaptou-a, substituindo perseverança por tolerância.


Assim, o Centro Espírita é a nossa oficina. Quando nós entramos na Casa Espírita devemos sentir os eflúvios do amor, da fraternidade. Não é o lugar dos conflitos, das picuinhas, das nossa dificuldades, das nossas diferenças, que nós as temos, mas das nossas identidades, das nossas compreensões, do nosso esforço para sermos melhor.


Daí a nova proposta do Centro Espírita: voltar às bases do pensamento de Allan Kardec. Reviver o trabalho, a solidariedade e a tolerância. Sermos realmente irmãos. Esta é a nossa família ampliada. Se entre aqueles com os quais compartimos ideias, que são perfeitamente consentâneas com as nossas, nós temos dificuldades de relacionamento, como é que iremos nos relacionar com o mundo agressivo, com a sociedade que não nos aceita, com aqueles que nos hostilizam, com aqueles que nos perseguem? A PAZ SEJA COM TODOS...

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Diferenças Mediúnicas entre Umbanda e Kardecismo




Boa tarde amigos, que nosso Pai maior dê a cada um de vocês um ano de muita PAZ, LUZ , Esperança, harmonia e muita Fé !!!


Bom começando os trabalhos de 2015, vou procurar esclarecer um pouco duas linhas diferentes de trabalho em determinados centros espíritas.




No livro “Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de Um Preto-Velho” – W. W. da Matta e Silva, há um relato de Pai Ernesto de Moçambique sobre a diferença entre a mediunidade da “mesa kardecista” e a mediunidade de Umbanda :


“Pergunta : Existe alguma diferença entre a mediunidade da mesa kardecista e a mediunidade de Umbanda?


Resposta : “Sim! A mediunidade no chamado espiritismo de mesa é acentuadamente mental, as comunicações são quase telepáticas, predominantemente inspirativas, isto e’, os espíritos atuam mais sobre a mente dos médiuns, pois a atividade do espiritismo se processa mais no plano mental. Espiritismo de mesa não tem a missão de atuar no baixo astral contra os elementos de magia negra, como acontece com a Umbanda. Ele é quase exclusivamente doutrinário, mostrando aos homens o caminho a ser seguido a fim de se elevarem verticalmente a Deus. Sua doutrina fundamenta-se principalmente na reencarnação e na Lei da Causa e do Efeito. Abre a porta, mostra o caminho iluminado e aconselha o homem a percorre-lo a fim de alcançar a sua libertação dos renascimentos dolorosos em mundos de sofrimentos, como é o nosso atualmente, candidatando-se à vivência em mundos melhores. Em virtude disso, a defesa do médium kardecista reside quase exclusivamente na sua conduta moral e elevação dos sentimentos, portanto os espíritos da mesa kardecista, após cumprirem suas tarefas benfeitoras, devem atender outras obrigações inadiáveis.

É da tradição espirita kardecista que os espíritos manifestem-se pelo pensamento, cabendo aos médiuns transmitirem as idéia com o seu próprio vocabulário e não as configurações dos espíritos comunicantes.


Em face do habitual cerceamento mediúnico junto às mesas kardecistas, os espíritos tem de se limitar ao intercâmbio mais mental e menos fenomênico, isto é, mais idéias e menos personalidade. Qualquer coação ou advertência contraria no exercício da mediunidade reduz-lhe a passividade mediúnica e desperta a condição anímica. Por esta razão há muito animismo na corrente kardecista.


A faculdade mediúnica do médium de Umbanda é muito diferente da do médium kardecista, considerando-se que um dos principais trabalhos da Umbanda ( Não o único entende bem ) é atuar no baixo astral, submundo das energias degradantes e fonte primaria da vida.


Os médiuns de Umbanda lidam com toda a sorte de tropeços, ciladas, mistificações, magias e demandas contra espíritos sumamente poderosos e cruéis, que manipulam as forcas ocultas negativas com sabedoria. Em consequência o seu desenvolvimento obedece a uma técnica especifica diferente da dos médiuns kardecistas. Para se resguardar das vibrações e ataques das chamadas falanges negras, ele tem de valer-se dos elementos da natureza, como seja: banhos de ervas, perfumes, defumações, oferendas nos diversos reinos da natureza, fonte original dos Orixás ,Guias e Protetores, como meios de defesa e limpeza da aura física e psíquica, para poder estar em condições de desempenhar a sua tarefa, sem embargo da indispensável proteção dos seus Guias e Protetores espirituais, em virtude de participarem de trabalhos mediúnicos que ferem profundamente a ação dos espíritos das falanges negras, isto e’, do mal que os perseguem, sempre procurando tirar uma desforra.


Por isso a proteção dos filhos de Terreiro é constituída por verdadeiras tropas de choque comandadas pelos experimentados Orixás, conhecedores das manhas e astucias dos magos negros. Sua atuação é permanente na crosta da Terra e vigiam atentamente os médiuns contra investidas adversas, certos de que ainda é muito precária a defesa guarnecida pela evocação de pensamentos ou de conduta moral superior, ainda bastante rara entre as melhores criaturas. Os Chefes de Legião, Falanges, Sub-falanges, Grupamentos e Protetores, também assumem pesados deveres e responsabilidade de segurança e proteção de seus médiuns. É um compromisso de serviço de fidelidade mutua, porem, de maior responsabilidades dos Chefes de Terreiro.


Dai as descargas fluídicas que se processam nos Terreiros, após certos trabalhos, com a colaboração das falanges do mar e da cachoeira, defumação dos médiuns e do ambiente e dando de beber a todos água fluidificada. Espirito que encarna com o compromisso de mediunidade de Umbanda, recebe no espaço, na preparação de sua reencarnação, nos seus plexos nervosos ou chacras, um acréscimo de energia vital eletromagnética necessária para que ele possa suportar a pesada tarefa que irá desempenhar.


Na corrente kardecista, isto não é necessário, em virtude de não ter de enfrentar trabalhos de magia negra, como acontece na Umbanda, e mesmo permitir aos guias atuarem-lhe mais fortemente nas regiões dos plexos, assumindo o domínio do corpo físico e plastificando suas principais características. Enato vemos caboclos e pretos-velhos revelarem-se nos Terreiros com linguagem deturpada para melhor compreensão da massa humilde, assim como as crianças, encarnando suas maneiras infantis para melhor aceitação das mesmas. “


Sendo assim meus amigos espero nesse primeiro post de 2015, ter podido esclarecer um pouco as diferenças em relação aos diversos trabalhos que um médium pode desempenhar em sua casa espírita, mas tenham a certeza que o estudo da doutrina é primordial para qualquer tipo de trabalho, seja no mental ou no físico.


Paz e Bem !!!