"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mediunidade


1-INTRODUÇÃO



A doutrina espírita esclarece-nos de que a MEDIUNIDADE NÃO É UM PRIVILÉGIO, sendo apenas uma faculdade com bases no próprio organismo do ser encarnado, em suas interações com o períspirito.


Por ser uma faculdade pertencente a uma fisiologia específica do ser humano, SER MÉDIUM NÃO IMPLICA EM SER MAIS EVOLUÍDO, NEM PORTADOR DE MORAL E ÉTICA ELEVADAS.


Por essa razão, frequentemente encontramos pessoas de moral duvidosa dotadas com expressivas possibilidades mediúnicas, enquanto outras, de conduta irrepreensível, não produzem nenhum tipo de fenômeno.


Na categoria das pessoas de moral duvidosa incluímos todos aqueles de qualquer religião, seita, doutrina, filosofia, ou movimento espiritualista, que utilizam o fenômeno mediúnico para induzirem o próximo, a determinadas atitudes visando seus interesses inconfessáveis: os falsos profetas previstos por Jesus de Nazaré.


Portanto, ninguém é “santo” ou “ escolhido de Deus” simplesmente por ser médium.


2-RESPONSABILIDADE DO MÉDIUM NAS COMUNICAÇÕES:


Comumente o médium se deixa sugestionar pelos Espíritos rebeldes ou menos esclarecidos e sob a sua influência, extravasam no campo físico, suas impressões de desequilíbrio de que o comunicante se faz portador, ALEGANDO SEREM MEROS INSTRUMENTOS NAS MÃOS DOS ESPÍRITOS.


Tal se verifica porque o médium finge ignorar a sua responsabilidade na manifestação mediúnica. Confundindo a natureza do próprio fenômeno de que se faz portador, diz-se mero FANTOCHE dirigido por mãos invisíveis, o que não é verdade, pois MEDIUNIDADE É SINTONIA.


Qualquer que seja o motivo que leva o médium a permitir excessos, sem qualquer controle de sua parte, denota que ele, embora detentor de faculdades mediúnicas, ainda não se compenetrou de suas responsabilidades e não se dedica ao estudo doutrinário e aperfeiçoamento moral, indispensável ao melhor desempenho de sua tarefa.


Apenas a título de exemplo, quanto à conduta do médium em transe de psicofonia, André Luiz nos recomenda, em sua obra CONDUTA ESPÍRITA: “Controlar as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo, quanto possível, respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções, batimento de mãos e pés ou quaisquer gestos violentos”.


3-O ESTADO MENTAL/EMOCIONAL DO MÉDIUM


No exemplo acima citado é compreensível que um espírito desencarnado em desequilíbrio, sugira ao médium: gritos, contorções, batimentos de mãos e pés ou outros gestos violentos, no entanto, cabe ao medianeiro, opor a estas sugestões, atitudes moderadas e equilibradas, as quais, coibindo a violência do comunicante, funcionam à guisa de alerta para o próprio Espírito, facilitando assim o esforço para sua orientação.


Por isso, em uma mesma reunião, com um mesmo Espírito se comunicando através de dois médiuns distintos, pode se verificar o seguinte:


I - O primeiro médium afiniza-se com os desequilíbrios do desencarnado, em decorrência do seu estado íntimo desarmonizado, dando expansão as atitudes intempestivas do espírito, dificultando os recursos esclarecedores que estão sendo disponibilizados ao enfermo espiritual;


II - O segundo médium, espiritualizado, irradia, naturalmente, vibrações de paz e harmonia que envolve beneficamente o comunicante. A tarefa da equipe espiritual e mediúnica é grandemente facilitada pela condição íntima do médium.


Lembremos mais uma vez André Luiz, que diz, em sua obra Desobsessão: “Ainda mesmo um médium absolutamente sonâmbulo, incapaz de guardar lembranças posteriores ao socorro efetuado, semi-desligado de seus implementos físicos, dispõe de recursos para governar os sentidos corpóreos de que o Espírito comunicante se utiliza, capacitando-se, por isso, com o auxílio dos instrutores espirituais, a controlar devidamente as manifestações”.


4-A EDUCAÇÃO MEDIÚNICA CONTINUADA


Mediunidade NÃO SE DESENVOLVE, EDUCA-SE. Esse é o grande escopo no qual se baseia a Doutrina Espírita, para esclarecer o ser humano quanto às suas potencialidades psicobiofísicas.


A proposta de Allan Kardec, e dos espíritos que o orientaram na Codificação, é a de unir TEORIA E PRÁTICA, ou seja, conhecer para poder praticar com segurança.


O LIVRO DOS MÉDIUNS é um verdadeiro manual sobre a mediunidade, e pode ser compreendido por qualquer pessoa, desde que disposto ao estudo sério do fenômeno mediúnico.


5-CONSIDERAÇÕES FINAIS


A mediunidade de incorporação inconsciente ainda existe, mas é raríssima. Na atualidade, não se concebe deixar os iniciantes com a falsa idéia de que, incorporados por um espírito, sua mente se apagará temporariamente.


Terminamos o presente estudo, citamos o mestre Kardec, elucidando-nos quanto à realidade da influência recíproca entre encarnados e desencarnados: “ os espíritos que nos cercam não são passivos: formam uma população essencialmente inquieta, que pensa e age sem cessar, que nos influencia, mal grado nosso, que nos excita e nos dissuade, que nos impulsiona para o bem ou para o mal, o que não nos tira o livre-arbítrio mais que os bons ou maus conselhos que recebemos de nossos semelhantes. Entretanto, quando os Espíritos imperfeitos solicitam alguém a fazer uma coisa má, sabem eles muito bem a quem se dirigem e não vão perder o tempo onde vêem que serão mal recebidos; eles nos excitam conforme as nossas inclinações ou conforme os germens que em homem firme nos princípios do bem não lhes serve de presa”.


Retirado de www.magnifica.com.br/espiritismo/estudos/mecanismos_da_mediunidade.asp (com alterações)





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