"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

domingo, 13 de junho de 2010

O Suicida na visão da Espiritualidade.


O suicida, é um homem sem esperança, porque perdeu a fé... ou a deixou sobrepujar pela ideia, terrivelmente enganadora, de que a morte era o fim libertador!”
        O termo suicídio define um comportamento ou ato que visa a antecipação da própria morte. Essencialmente, ele resulta de um processo em que a dor psicológica intensa, consequência de acontecimentos que tornam a vida dolorosa e/ou insuportável, em que deixam de existir quaisquer soluções que permitam escapar a um processo de introspecção, que deixa como única solução a morte do próprio indivíduo. Este processo desenvolve-se, regra geral, gradualmente num sentido negativo provocando um estado dicotômico em que passam a existir apenas duas soluções possíveis para um problema ou situação: viver ou morrer.
Concorrem para este comportamento fatores psicológicos diversos, entre os quais se destacam a depressão, o abuso de drogas ou álcool, doenças do foro psicológico, tais como esquizofrenia e distúrbio de stress pós-traumático, entre outros.
A Organização Mundial de Saúde estima em 150 milhões os deprimidos do mundo. É de notar que entre os mais acometidos, neste capítulo das depressões, se encontram os pastores evangélicos e os psiquiatras, entre os quais as taxas de suicídio são oito vezes maiores do que no resto da população. Estes números parecem indicar que, na realidade, ninguém salva ninguém e que as religiões ditas salvadoras nem a si mesmas se salvam.
 Segundo a visão do sociólogo Émile Durkheim, podemos falar de três tipos de suicídio:
O egoísta 
É aquele que resultaria de uma individualização excessiva nas sociedades onde a moral se esforça para incutir no indivíduo a ideia do seu grande valor, fazendo com que a sua personalidade se sobreponha à coletiva. O egoísmo é tema estudado nas obras básicas da Doutrina Espírita em diversas oportunidades. Assim, no cap. XI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Emmanuel ensina que o egoísmo é a chaga da Humanidade, o objetivo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir as suas armas, suas forças e sua coragem. Coragem porque é preciso mais coragem para vencer a si mesmo do que para vencer os outros. Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, relaciona o egoísmo à perda de pessoas amadas, à vida de isolamento, às desigualdades sociais, às ingratidões, ao problema da fome e aos laços de família.
  O altruísta 
É aquele praticado nos meios onde o indivíduo deve abrir mão da sua personalidade e ter espírito de abnegação e entrega de si às causas coletivas.
      Por exemplo, o espírito militar, que exige que o indivíduo esteja desinteressado de si mesmo em função da defesa patriótica. Nesse particular a questão n.º 951 de O Livro dos Espíritos comenta que todo o sacrifício feito à custa da sua própria felicidade é um ato soberanamente meritório aos olhos de Deus, porque é a prática da lei da caridade. Ora, a vida sendo o bem terrestre ao qual o homem atribui maior valor, aquele que a renuncia para o bem do seu semelhante não comete um atentado: ele faz um sacrifício. Mas, antes de o cumprir, ele deve refletir se a sua vida não pode ser mais útil que a sua morte.
  O anônimo 
É aquele que ocorre nos meios onde o progresso é e tem que ser rápido, levando a ambições e desejos ilimitados. O dever de progredir tira do homem a capacidade de viver dentro de situações limitadas, tira-lhe a capacidade de resignação e, consequentemente, tem-se o aumento dos descontentes e irrequietos. A doutrina espírita não poderia omitir-se face a este tema e são várias as obras básicas da Codificação que se debruçam sobre a resignação humana.
Suicídio e o livro dos espíritos
944. Tem o homem o direito de dispor da sua vida?
            “Não, só a Deus assiste esse direito. O suicídio voluntário transforma-se numa transgressão desta lei.” 
            944 a) Não é sempre voluntário o suicídio?
            “O louco que se mata não sabe o que faz.” 
            945. Que se deve pensar do suicídio que tem como causa o desgosto da vida?
            Insensatos! Por que não se esforçavam? A existência não lhes teria sido tão pesada.” 
            946. E do suicídio cujo fim é fugir, aquele que o comete, às misérias e às decepções deste mundo?
            “Pobres espíritos, que não têm a coragem de suportar as misérias da existência! Deus ajuda aos que sofrem e não aos que carecem de energia e de coragem. As tribulações da vida são provas ou expiações. Felizes os que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados! Ai, porém daqueles que esperam a salvação do que, na sua impiedade, chamam acaso, ou fortuna! O acaso, ou a fortuna, para me servir da linguagem deles, podem, com efeito, favorecê-los por um momento, mas para lhes fazer sentir mais tarde, cruelmente, a vacuidade dessas palavras.” 
            957. Quais são, em geral, em relação ao estado do Espírito, as consequências do suicídio?
            “Muito diversas são as consequências do suicídio. Não há penas determinadas e, em todos os casos, correspondem sempre às causas que o produziram. Há, porém, uma consequência a que o suicida não pode escapar: é o desapontamento. Mas, a sorte não é a mesma para todos; depende das circunstâncias. Alguns expiam a falta imediatamente, outros em nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam”. (...)
A afinidade que permanece entre o Espírito e o corpo produz, nalguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo no Espírito, que, assim, a seu mau grado, sente os efeitos da decomposição, donde lhe resulta uma sensação cheia de angústias e de horror, estado esse que também pode durar pelo tempo que devia durar a vida que sofreu interrupção. Não é geral este efeito; mas, em caso algum, o suicida fica isento das consequências da sua falta de coragem e, cedo ou tarde, expia, de um modo ou de outro, a culpa em que incorreu.
Assim é que certos Espíritos, que foram muito desgraçados na Terra, disseram ter-se suicidado na existência precedente e submetido voluntariamente a novas provas para tentarem suportá-las com mais resignação. Em alguns verifica-se uma espécie de ligação à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem para mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva interdito. A maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções encontram.
A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de pôr termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram que o suicídio não é uma falta, somente por constituir infração de uma lei moral, consideração de pouco peso para certos indivíduos, mas também um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica, antes o contrário se dá, como no-lo ensinam, não a teoria, porém os fatos que ele nos revela.

Conclusão


Era de se esperar que, com o avanço da civilização, o homem tomasse consciência das verdades imutáveis e da razão por que estamos a viver, neste mundo, uma vida material. Isto não acontece no entanto, verificando-se a incidência de taxas de suicídio tanto mais elevadas, quanto mais evoluídas são as comunidades!
Este fato denuncia-nos que, na sua maioria, a causa está no afastamento de Deus da vida humana, na quebra do sentido e da necessidade de aperfeiçoamento e ainda no desconhecimento de que o sofrimento é o melhor meio que temos ao nosso alcance, para obtermos cada vez mais elevação espiritual, preferindo fazer com que o desânimo predomine, apoderando-se da vontade e conduzindo  o homem à tresloucada resolução do suicídio, na esperança de que assim acabará tudo, deixando de sofrer, deleitando-se nesta enganosa libertação.
Como os homens estão enganados! E a surpresa não se fará esperar e será dolorosa, angustiante, porque em breve verificarão que a “morte”  não é o fim absoluto, mas apenas o fim de uma etapa da vida... como se fosse o fim de um ato, da infinita cena da vida, que, para cada um, será uma comédia ou uma tragédia e esta o será sempre, para todos aqueles que recorram ao suicídio.
Amigos para maiores informações baixe no nosso blog o livro memórias de um suicida e tire suas dúvidas.
Deixe um comentário para que possamos dar outros esclarecimentos.
Obrigado!



3 comentários:

Adriana Ribeiro nunes disse...

Gostei da postagem, muito esclarecedora!!!! Parabéns!!!

Adriana Ribeiro nunes disse...

Em um momento de desespero e inseguranças, onde td parece difícile sem saída, é necessário lembrar q Deus ñ abandona nenhum de seus filhos.O sofrimento é um momento, uma fase, um aprendizado... Não há mal q dure, por isso é necessário perseverança, determinação, e muita fé!
Fiquem c Deus.

Beto Ribeiro disse...

Fala Dudu!!!!

Muito bom o post e o livro indicado.
Sabe... todas as sextas-feiras quando estamos trabalhando, fico muito feliz em saber que, estão alí espíritos em plena recuperação, e o mais interessante é que são as turmas de alunos que estão sendo preparadas para reencarnação, provenientes de suicídios.
Então entendo que a nossa parte nesse trabalho, é muito importante na doação de carinho, segurança e paz, no que nos é concedido a transmití-los.
E acredito, que os que tiverem a oportunidade de ler este livro indicado, irão entender um pouco mais da importância de Maria de Nazaré, mãe terrena de Jesus, e saberão dividir um pouco melhor a religão da religosidade.
Você está sempre fazendo a sua parte, e por sinal muito bem.

Parabéns amigão!!!

Fique com Deus.

Beijo no coração.

Beto.