Foi Deus que nos criou. A marca do Criador está inserida no âmago do nosso ser.
Debalde, alguns proclamam-se ateus, divulgando por todos os meios ao seu alcance ideias materialistas, indo na contramão do desenvolvimento espiritual tanto seu como dos que consegue contaminar.
O sentimento religioso é inerente ao ser humano. Pode o homem, por ação do livre-arbítrio, abafá-lo por algum tempo mas jamais ad eternum.
A fé tem a ver com esse sentimento inato e mais íntimo de cada um. Todavia ela não é automática. Para desenvolver-se precisa, como todas as virtudes, de exercício e determinação.
Ela está atrelada à caridade, impulsionando o homem na direção da solidariedade.
Está vinculada à razão para ser forte como a rocha, sincera, raciocinada, inabalável, não se deixando abalar com falácias e armadilhas tão comuns no mundo atual.
Como um campo, ela é cultivável pela boa-vontade, pelos bons propósitos, pela busca da reforma íntima.
Nossa programação reencarnatória inclui o lado da fé, que precisa ser buscada e aprimorada no dia-a-dia contrapondo-se ao desânimo, à preguiça, ao desencanto, à desesperança, à irresignação, à impaciência.
No mundo conturbado de hoje, como anda nossa fé? É estável ou vacila?
A fé diferencia no potencial, de criatura para criatura, porque somos herdeiros de nossas próprias obras.
Quem já nasce com fé vigorosa é porque a conquistou no passado, esforçou-se na sua direção, acreditando e confiando em Deus e nas suas leis imutáveis, que visam o nosso bem.
Quem a tem fraca, vacilante, instável, é convidado a desenvolvê-la agora, investindo nela para seu bem-estar espiritual.
No aspecto do estudo, os livros básicos da Doutrina Espírita, em especial “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, contribuem sobremaneira nesse sentido.
No campo do exercício e da vivência, a oração e a vigilância são indispensáveis para não nos deixarmos tomar de assalto pelas imperfeições morais que comprometem a sintonia da mente e os valores dos bons sentimentos.
A prece sincera, que parte do coração e é entendida pela razão, estabelece ligações espirituais positivas, encoranjando o ser humano a perseverar no bom caminho e dando-lhe forças, que secundam as suas, nesse desiderato.
Ela tem o dom de proporcionar bem-estar e auxiliar os benfeitores espirituais a afastarem más influências, pela interação magnética benéfica que estabelece entre os dois planos da vida, tanto a quem ora como a quem ela é dirigida.
Quem não busca a felicidade? Quem não procura seu bem-estar espiritual?
Entrentanto isso tudo não será alcançado de graça, requerendo ação enérgica de nossa parte.
Qual o modelo? – Jesus.
Qual o roteiro? – Seus ensinamentos.
Qual a estratégia? – A fé raciocinada.
Nossa passagem pelo mundo material é efêmera, fugaz, transitória. A vida espiritual, sabemos, é a definitiva.
O bem-estar que almejamos de verdade é aquele que tanto nos ampare no presente como nos acompanhe no futuro.
Para isso, investir na pureza de coração e no equilíbrio da mente é fundamental.
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