"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis
"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec
"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)?xml:namespace>
Ogum
Beira Mar, o escudo fiel das tormentas e dos bravos navegantes, este Orixá é o
lado masculino da calunga grande, o lado da força nas demandas, cumpridor fiel
da balança da justiça terrena, controla os ventos nas praias soprados por Iansã
e Yemanjá, dosando cada onda quando chega a praia, os búzios deixados em seu
reino (reino este que vem da sétima onda até a areia do mar), são os adereços
deixados por ele, recebe-os de Yemanjá e deposita-os nas areias das praias,
presenteando a todos filhos de fé, por isso peça permissão a Ogum Beira Mar
para retira-los. Foi Ogum quem ensinou aos homens o trabalho com ferro e aço. Seus
instrumentos, além da espada são: alavanca, machado, pá, enxada, faca, etc. Com
os quais ajudou os homens a dominar à natureza e a transformá-la. No sincretismo Ogum é associado a São Jorge, 23 de Abril. Como está sempre ligado ao poder e a força, este Orixá não gosta de Ter suas
ordens desobedecidas. Quando não é atendido fica irado e perde a razão e
castiga àqueles que o desobedeceram, arrependendo-se depois. A cor de Ogum é o vermelho na Umbanda e Azul no Candomblé, mas pode ser
associado ao verde. Sua bebida é a cerveja branca, seu dia da semana é a
terça-feira. Este Orixá foi casado com Iansã, a Orixá dos ventos, que fugiu com Xangô.
Também foi casado com Oxum, a Orixá da água doce, que abandonou Ogum para se
casar com Oxossi, o Orixá das matas. Ogum também é considerado o Senhor dos caminhos. Ele protege as pessoas em
locais perigosos, dominando a rua com o auxílio de Exu, o rei das encruzilhadas
e dos cemitérios (calunga pequena).
História de Ogum Beira Mar
Conta uma lenda que ao chegar a uma aldeia Ogum Beira Mar ficou
furioso. Ele falava com as pessoas, mas ninguém o respondia. Isto aconteceu
sucessivas vezes, e sempre que se dirigia a um morador da aldeia só tinha
silêncio. Ele achou que as pessoas da aldeia estavam zombando dele e num ato de
fúria usou seu poder e matou a todos que ele pensava estarem o humilhando. Um dia ao passar por outra aldeia ele contou a um ancião o ocorrido e este
lhe disse que na aldeia por onde Ogum passara as pessoas, naquela época do ano,
faziam um voto de silêncio por alguns dias. Ao saber disso ele ficou enfurecido consigo e envergonhado, foi em direção
ao mar, parou e fitou seus olhos na sétima onda, e ali jurou proteger os mais
fracos e todos aqueles que estivessem sofrendo injustiças, discriminações e
qualquer tipo de perseguição injusta, após o juramento o mar começou a jogar
conchas nas areias das praias.
Os filhos de Ogum Beira Mar
São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição.
Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são
francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando
vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que
sejam coerentes e precisas. As pessoas de Ogum são práticas e inquiétas, nunca "falam por
trás" de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os
mais fracos.
Salve
meu PAI OGUM, Salve Beira-Mar !!!
Lá no Humaitá Aonde Ogum guerreou Lá em alto Mar Aonde Iemanjá lhe coro-ou O Beira-Mar auê, Beira-Mar O Beira-Mar auê, Beira-Mar (Viva Ogum Beira-Mar) O Beira-Mar auê, Beira-Mar O Beira-Mar auê, Beira-Mar Ogum já jurou bandeira Nos campos do Humaíta Ogum já foi a guerra Vamos todos saravá O Beira-Mar auê, Beira-Mar O Beira-Mar auê, Beira-Mar (Viva Ogum Beira-Mar) O Beira-Mar auê, Beira-Mar O Beira-Mar auê, Beira-Mar
Em 12-09-2010 aqui no blog, postei sobre a diferença entre alma e espírito e ao longo de todo esse tempo várias pessoas me questionaram sobre se os "Animais" tem alma, ora se formos nos reportar ao livro dos espíritos encontraremos as respostas para esse questionamento, transcrevo aqui algumas das respostas dos espíritos aos questionamentos de Kardec e o que ele comentava a respeito...
592. Se comparamos o homem e os animais em relação à inteligência,parece difícil estabelecer a linha de demarcação, porque certos animais têm, nesse terreno, notória superioridade sobre certos homens. Essa linha dedemarcação pode ser estabelecida de maneira precisa?
— Sobre esses assuntos os vossos filósofos não estão muito de acordo.Uns querem que o homem seja um animal, e outros que o animal seja umhomem. Estão todos errados. O homem é um ser à parte, que desce, às vezes,muito baixo ou que pode elevar-se muito alto. No físico, o homem é como os animais e menos bem provido que muitos dentre eles; a Natureza lhes deu tudo aquilo que o homem é obrigado a inventar com a sua inteligência para prover às suas necessidades e à sua conservação. Seu corpo se destrói comoo dos animais, isto é certo, mas o seu Espírito tem um destino que só ele podecompreender, porque só ele é completamente livre. Pobres homens, que vos rebaixais mais do que os brutos! Não sabeis distinguir-vos deles? Reconheceio homem pelo pensamento de Deus.
593. Podemos dizer que os animais só agem por instinto?
—Ainda nisso há um sistema. É bem verdade que o instinto domina na maioria dos animais; mas não vês que há os que agem por uma vontade determinada? E que têm inteligência, mas ela é limitada.
Comentário de Kardec: Além do instinto, não se poderia negar a certos animais a prática de atos combinados que denotam a vontade de agir num sentido determinado e de acordo com as circunstâncias. Há neles, portanto, uma espécie de inteligência mas cujo exercício é mais precisamente concentrado sobre os meios de satisfazer às suas necessidades físicas e proverá sua conservação. Não há entre eles nenhuma criação nenhum melhoramento; qualquer que seja a arte que admiramos em seus trabalhos, aquilo que faziam antigamente é o mesmo que fazem hoje, nem melhor nem pior segundo formas e proposições constantes e invariáveis. Os filhotes separados de sua espécie não deixam de construir o seu ninho de acordo com o mesmo modelo semterem sido ensinados. Se alguns são suscetíveis de uma certa educação, esse desenvolvimento intelectual, sempre fechado em estreitos limites, é devido à ação do homem sobre uma natureza flexível, pois não fazem nenhum progresso por si mesmos, e esse progresso é efêmero, puramente individual, porque o animal, abandonado a si próprio,não tarda a voltar aoslimites traçados pelaNatureza.
594. Os animais têm linguagem?
— Se pensais numa linguagem formada de palavras e de sílabas, não;mas num meio de se comunicarem entre si, então, sim. Eles se dizem muitomais coisas do que supondes, mas a sua linguagem é limitada, como aspróprias idéias, às suas necessidades.
594 – a) Há animais que não possuem voz; esses não parecem destituídos de linguagem?
— Compreendem-se por outros meios. Vós, homens, não tendes maisdo que a palavra para vos comunicardes? E dos mudos, que dizeis? Osanimais, sendo dotados da vida de relação, têm meios de se prevenir e deexprimir as sensações que experimentam. Pensas que os peixes não seentendem? O homem não tem o privilégio da linguagem, mas a dos animaisé instintiva e limitada pelo círculo exclusivo das suas necessidades e das suasidéias, enquanto a do homem é perfectível e se presta a todas as concepçõesda sua inteligência.
Comentário de Kardec:Realmente, os peixes que emigram em massa, bem como as andorinhas, que obedecem ao guia, devem ter meios de se advertir de se entender e de se combinar. Talvez o façam entre si, ou talvez a água seja um veículo que lhes transmita certas vibrações. Seja o que for, é incontestável que eles dispõem de meios para se entenderem, da mesma maneira que todos os animais privados de voz e que realizam trabalhos em comum. Deve-se admirar, diante disso, que os Espíritos possam comunicar-se entre eles sem o recurso da palavra articulada? (Ver item 282.)
595. Os animais têm livre-arbítrio?
—Não são simples máquinas, como supondes mas sua liberdade de ação é limitada pelas suas necessidades, e não pode ser comparada à do homem. Sendo muito inferiores a este, não têm os mesmos deveres. Sua liberdade é restrita aos atos da vida material.
596. De onde vem a aptidão de certos animais para imitar a linguagem do homem, e por que essa aptidão se encontra mais entre as aves do que entreos símios, por exemplo, cuja conformação tem mais analogia com a humana?
— Conformação particular dos órgãos vocais, secundada pelo instinto da imitação. O símio imita os gestos; certos pássaros imitam a voz.
597. Pois se os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria?
— Sim, e que sobrevive ao corpo.
597 – a) Esse princípio é uma alma semelhante à do homem?
— É também uma alma, se o quiserdes: isso depende do sentido em que se tome a palavra; mas é inferior à do homem. Há, entre a alma dos animais e a do homem, tanta distância quanto entre a alma do homem e Deus.
598. A alma dos animais conserva após a morte sua individualidade e a consciência de si mesma?
— Sua individualidade, sim, mas não a consciência de si mesma. A vida inteligente permanece em estado latente.
599. A alma dos animais pode escolher a espécie em que prefira encarnar-se?
— Não; ela não tem o livre-arbítrio.
600. A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, fica num estado errante como a do homem após a morte?
— Fica numa espécie de erraticidade, pois não está unida a um corpo.
Mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade; o dos animais não tem a mesma faculdade. É a consciência de si mesmo que constitui o atributo principal do Espírito. O Espírito do animal é classificado, após a morte, pelos Espíritos incumbidos disso e utilizado quase imediatamente; não dispõe de tempo para se pôr em relação com outras criaturas.
601. Os animais seguem uma lei progressiva como os homens?
— Sim, e é por isso que nos mundos superiores onde os homens são mais adiantados, os animais também o são, dispondo de meios de comunicação mais desenvolvidos. São, porém, sempre inferiores e submetidos aos homens, sendo, para estes, servidores inteligentes.
Nada há nisso de extraordinário. Suponhamos os nossos animais de maior inteligência, como o cão, o elefante, o cavalo, dotados de uma conformação apropriada aos trabalhos manuais. O que não poderiam fazer sob a direção do homem?
602. Os animais progridem, como o homem, por sua própria vontade, ou pela força das coisas?
— Pela força das coisas; e é por isso que, para eles, não existe expiação.
603. Nos mundos superiores, os animais conhecem a Deus?
— Não. O homem é um deus para eles, como antigamente os Espíritosforam deuses para os homens.
604. Os animais, mesmo aperfeiçoados nos mundos superiores, sendo sempre interiores aos homens, disso resultaria que Deus tivesse criado seres intelectuais perpetuamente votados à inferioridade, o que parece em desacordo com a unidade de vistas e de progresso que se assinalam em todas as suas obras?
— Tudo se encadeia na Natureza por liames que não podeis aindaperceber, e as coisas aparentemente mais disparatadas têm pontos de contatoque o homem jamais chegará a compreender no seu estado atual. Pode entrevê-los por um esforço de sua inteligência, mas somente quando essa inteligênciativer atingido todo o seu desenvolvimento e se libertado dos prejuízos doorgulho e da ignorância poderá ver claramente na obra de Deus. Até lá suasidéias limitadas lhe faraó ver as coisas de um ponto de vista mesquinho.Sabei que Deus não pode contradizer-se e que tudo, na Natureza, se harmonizaatravés de leis gerais que jamais se afastam da sublime sabedoria do Criador.
604 – a) A inteligência é, assim, uma propriedade comum, um ponto de encontro entre a alma dos animais e a do homem?
— Sim, mas os animais não têm senão a inteligência da vida material;nos homens, a inteligência produz a vida moral.
605. Se considerarmos todos os pontos de contato existentes entre o homem e os animais, não poderíamos pensar que o homem possui duas almas: a alma animal e a alma espírita e que, se ele não tivesse esta última, poderia viver só como os animais? Dizendo de outra maneira: o animal é um ser semelhante ao homem, menos a alma espírita? Disso resultaria que os bons e os maus instintos do homem seriam o efeito da predominância de uma ou outra dessas duas almas?
— Não, o homem não tem duas almas, mas o corpo tem os seus instintos,que resultam da sensação dos órgãos. Não há no homem senão uma dupla natureza: a natureza animal e a espiritual. Pelo seu corpo, ele participa da natureza dos animais e dos seus instintos; pela sua alma, participa da natureza dos Espíritos.
605 – a) Assim, alem das suas próprias imperfeições, de que o Espíritodeve despojar-se, deve ele lutar contra a influência da matéria?
— Sim, quanto mais inferior é ele, mais apertados são os laços entre o Espírito e a matéria. Não o vedes? Não, o homem não tem. duas almas; aalma é sempre única, um ser único. A alma do animal e a do homem sãodistintas entre si, de tal maneira que a de um não pode animar o corpo criadopara o outro. Mas se o homem não possui uma alma animal, que por suaspaixões o coloque no nível dos animais, tem o seu corpo que o rebaixafreqüentemente a esse nível, porque o seu corpo é um ser dotado de vitalidade,que tem instintos, mas ininteligentes e limitados ao interesse de suaconservação
Comentário de Kardec: O Espírito, encarnando-se no corpo do homem, transmite-lhe o principio intelectual e moral que o torna superior aos animais. As duas naturezas existentes no homem oferecem ás suas paixões duas fontes diversas: umas provêm dos instintos da natureza, outras das impurezas do Espírito encarnado, que simpatiza em maior ou menor proporção com a grosseria dos apetites animais. O Espírito, ao se purificar, liberta-se pouco a pouco da influência da matéria. Sob essa influência, ele se aproxima dos brutos; liberto dessa influência, eleva-se ao seu verdadeiro destino.
606. De onde tiram os animais o princípio inteligente que constitui a espécie particular de alma de que são dotados?
— Do elemento inteligente universal.
606 – a) A inteligência do homem e a dos animais emanam, portanto, de um princípio único?
— Sem nenhuma dúvida; mas no homem ela passou por uma elaboração que a eleva sobre a dos brutos.
607. Ficou dito que a alma do homem, em sua origem, assemelha-se ao estado de infância da vida corpórea, que a sua inteligência apenas desponta e que ela ensaia para a vida. (Ver item 190.) Onde cumpre o Espírito essa primeira fase?
— Numa série de existências que precedem o período que chamais de Humanidade.
607. A) Parece, assim, que a alma teria sido o princípio inteligente dos seres inferiores da criação?
— Não dissemos que tudo se encadeia na Natureza e tende à unidade?
É nesses seres, que estais longe de conhecer inteiramente, que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e ensaia para a vida,como dissemos. É, de certa maneira, um trabalho preparatório, como o de germinação, em seguida ao qual o princípio inteligente sofre umatransformação e se torna Espírito. É então que começa para ele o período dehumanidade, e com este a consciência do seu futuro, a distinção do berne domal e a responsabilidade dos seus atos. Corno depois do período da infânciavem o da adolescência, depois a juventude, e por fim a idade madura. Nadahá de resto, nessa origem, que deva humilhar o homem. Os grandes gêniossentem-se humilhados por terem sido fetos informes no ventre materno? Sealguma coisa deve humilhá-los é a sua inferioridade perante Deus e suaimpotência para sondar a profundeza de seus desígnios e a sabedoria dasleis que regulam a harmonia do Universo. Reconhecei a grandeza de Deusnessa admirável harmonia que faz a solidariedade de todas as coisas naNatureza. Crer que Deus pudesse ter feitoqualquer coisa sem objetivo e criarseres inteligentes sem futuro seria blasfemar contra a sua bondade, que seestende sobre todas as suas criaturas.
607 – b) Esse período de humanidade começa sobre a nossa Terra?
- A Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana.O período de humanidade começa, em geral, nos mundos ainda maisinferiores. Essa, entretanto, não é uma regra absoluta e poderia acontecerque um Espírito, desde o seu início humano, esteja apto a viver na Terra.Esse caso não é freqüente e seria antes uma exceção.
608.0 Espírito do homem, após a morte, tem consciência das existências que precederam, para ele, o período de humanidade?
- Não, porque não é senão desse período que começa para ele a vidade Espírito, e é mesmo difícil que se lembre de suas primeiras existênciascomo homem, exatamente como o homem não se lembra mais dos primeirostempos de sua infância, e ainda menos do tempo que passou no ventre materno.Eis porque os Espíritos vos dizem que não sabem como começaram. (Ver item 78.)
609. O Espírito, tendo entrado no período da humanidade, conserva os traços do que havia sido precedentemente, ou seja, do estado em que se encontrava no período que se poderia chamar anti-humano?
- Isso depende da distância que separa os dois períodos e do progresso realizado. Durante algumas gerações, ele pode conservar um reflexo mais oumenos pronunciado do estado primitivo, porque nada na Natureza se faz por transição brusca; há sempre anéis que ligam as extremidades da cadeia doseres e dos acontecimentos. Mas esses traços desaparecem com o desenvolvimento do livre-arbítrio. Os primeiros progressos se realçam lentamente, porque não são ainda secundados pela vontade, mas seguemuma progressão mais rápida à medida que o Espírito adquire consciênciamais perfeita de si mesmo.
610. Os Espíritos que disseram que o homem é um ser à parte na ordem da criação enganaram-se, então?
-Não, mas a questão não havia sido desenvolvida e há coisas que não podem vir senão a seu tempo. O homem é, de fato, um ser à parte porque temfaculdades que o distinguem de todos os outros e tem outro destino A espécie humana é a que Deus escolheu para a encarnação dos seres que o podemconhecer.
Bom sendo assim meus irmãos aproveitem e leiam o post do dia 19-06-2011 onde pergunto: necessitamos nos nutrir de carne?
Bem meus irmãos espero que tenham gostado e que essa breve explicação possa aguçar em vocês a necessidade de ler , pesquisar e aprender sempre mais.
Alguns espíritas
recusam-se a autorizar, em vida, a doação de seus próprios órgãos após o
desencarne, alegando que Chico Xavier não era favorável aos transplantes. Isso
não é verdade! É preciso esclarecer que Chico Xavier quando afirmou "a
minha mediunidade, a minha vida, dediquei à minha família, aos meus amigos, ao
povo. A minha morte é minha. Eu tenho este direito. Ninguém pode mexer em meu corpo; ele deve ir
para a mãe Terra", fez porque quando ainda encarnado Chico recebeu várias
propostas (inoportunas) para que seu cérebro fosse estudado após sua
desencarnação. Daí o compreensível receio de que seu corpo fosse profanado
nesse sentido; depois pela sua idade, Chico não poderia doar seus órgãos; e se
pudesse, o receptor dos órgãos, talvez fosse idolatrado. Em entrevista à TV Tupi em agosto de 1964,
Francisco Cândido Xavier comenta que o transplante de órgãos, na opinião dos
Espíritos sábios é um problema da ciência muito legítimo, muito natural e deve
ser levado adiante. Os Espíritos, segundo Chico Xavier - não acreditam que o
transplante de órgãos seja contrário às leis naturais. Pois é muito natural
que, ao nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos
prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com
proveito. A doação de órgãos para transplantes é
perfeitamente legítima. Divaldo Franco certifica: “se a misericórdia divina nos
confere uma organização física sadia, é justo e válido, depois de nos havermos
utilizado desse patrimônio, oferecê-lo, graças as conquistas valiosas da
ciência e da tecnologia, aos que vieram em carência a fim de continuarem a
jornada. Não há, também, reflexos traumatizantes ou inibidores no corpo
espiritual, em contrapartida à mutilação do corpo físico. O doador de olhos não
retornará cego ao Além. Se assim fosse, que seria daqueles que têm o corpo
consumido pelo fogo ou desintegrado numa explosão?” COMO SABER SE UMA PESSOA ESTÁ REALMENTE MORTA PARA
PODER RETIRAR O CORAÇÃO? Marlene Nobre, médica espírita explica: “há diferença
entre morte cerebral e morte encefálica. Na morte cerebral, ainda há uma
estrutura cerebral funcionando, como o tronco cerebral ou tronco encefálico.
Neste caso, o eletroencefalograma confirma este funcionamento. Então, este é o
estado em que ficam as pessoas que estão em coma vegetativo, quer dizer, ainda
não estão mortas. Na morte encefálica, porém, nenhuma estrutura do cérebro está
em funcionamento. A morte encefálica é a morte dos hemisférios cerebrais e do
tronco encefálico onde se localizam os centros vitais do ser humano. O médico
precisa esperar a morte encefálica para fazer o transplante. Nela o coração
ainda bate, mas há completo silêncio do encéfalo. Nenhuma estrutura do sistema
nervoso dá sinal de vida. O eletroencefalograma está plano, isoelétrico. Uma
observação: Para que ocorra o transplante de coração, este precisa estar
batendo. Se ele parar não volta o funcionamento, e não servirá para
transplante. Já no transplante de rim, fígado e outros isso não é necessário.”
E OS PROFISSIONAIS QUE ANTECIPAM A MORTE DO DOADOR?
Se existem, estes estão plantando, e os que doam estão aproveitando a ocasião
para diminuir débitos, caso não se revolte e queira vingar-se do assassino. POR QUE EM ALGUNS CASOS HÁ REJEIÇÃO? Talvez ainda
não fosse o momento azado e sua prova ainda não tivesse acabado. Mas André Luiz
considera a rejeição como um problema claramente compreensível, pois o órgão do
corpo espiritual (perispírito) do doador está presente no receptor. O órgão
perispiritual provoca os elementos da defensiva do corpo, que os recursos
imunológicos em futuro próximo, naturalmente, vão suster ou coibir. André Luiz
explica que quando a célula é retirada da sua estrutura formadora, no corpo
humano, indo laboratorialmente para outro ambiente energético, ela perde o
comando mental que a orientava e passa, dessa forma, a individualizar-se; ao
ser implantada em outro organismo (por transplante, por exemplo), tenderá a
adaptar-se ao novo comando (espiritual) que a revitalizará e a seguir
coordenará sua trajetória. O TRANSPLANTE NÃO AFETA O ESPÍRITO DO DOADOR? Os
Espíritos afirmaram a Kardec que o desligamento do corpo físico é um processo
altamente especializado e que pode demorar minutos, horas, dias, meses. Embora
com a morte física não haja mais qualquer vitalidade no corpo, ainda assim há
casos em que o Espírito, cuja vida foi toda material, sensual, fica jungido aos
despojos, pela afinidade dada por ele à matéria. Todavia, recordemos de
situação que ocorre todos os dias nas grandes cidades: a prática da necrópsia,
exigida por força da Lei, nos casos de morte violenta ou sem causa determinada:
abre-se o cadáver, da região external até o baixo ventre, expondo-se-lhe as
vísceras tóracoabdominais. Não se pode perder de vista a questão do mérito
individual. Estaria o destino dos Espíritos desencarnados à mercê da decisão
dos homens em retirar-lhes os órgãos para transplante, em cremar-lhes o corpo
ou em retalhar-lhes as vísceras por ocasião da necrópsia?! O bom senso e a
razão gritam que isso não é possível, porquanto seria admitir a justiça do
acaso e o acaso não existe! Resumindo: a doação de órgãos para transplantes não
afetará o espírito do doador, exceto se acreditarmos ser injusta a Lei de Deus
e estarmos no Orbe à deriva da Sua Vontade. Lembremos que nos Estatutos do Pai
não há espaço para a injustiça e o transplante de órgãos (façanha da ciência
humana) é valiosa oportunidade dentre tantas outras colocadas à nossa
disposição para o exercício da amor. Mas, só devemos doar se sentirmos
preparados para isso. Não podemos esquecer que se hoje somos potenciais
doadores, amanhã, poderemos ser ou nossos familiares e amigos potenciais
receptores.
A mídia divulgou, no
final de setembro, que alguns pacientes que aguardavam transplante de coração,
no Rio de Janeiro, tiveram suas cirurgias suspensas com a aplicação de células
tronco no coração. Ascélulastronco são ascélulasmais primitivas de origem embrionária
capazes de gerar, potencialmente, qualquer tecido do organismo. Observe-se que as conquistas estão em todas as áreas. Não é só na
medicina. Tudo está evoluindo muito rapidamente, trazendo mais conforto e
qualidade de vida ao habitante do planeta. Menos dor física, longevidade
ampliada, conforto material cada vez maior, tecnologia fascinante –
especialmente na área de comunicação e informática, entre outras inúmeras
conquistas. Já é a aurora do mundo de regeneração, promovendo o progresso do
planeta. E mesmo as noções de ética, justiça, fraternidade alcançam patamares
antes nunca alcançados. O aparente caos que se verifica na atualidade apenas
demonstra o desespero dos que estacionaram, dos que se recusam a aceitar a
força do bem e da dignidade. Estes serão vencidos pela força inevitável do
progresso que se apresenta irresistível, pois que fruto do amadurecimento moral
e intelectual. Se o progresso material espanta-nos, diariamente, e o
aprimoramento apresenta-se mais lento, isto indica que falta-nos apenas a
decisão individual de ser melhor, de vencer as tendências inferiores, de lutar
por ser melhor a cada dia, de respeitar o semelhante e seus direitos, etc. Quando poderíamos imaginar, por exemplo, ao tempo de Kardec e
mesmo até poucos anos do século passado, o potencial da Internet? Quando
poderíamos imaginar que discos magnéticos poderiam armazenar imagens, sons e
movimentos, transformando-se em arquivos úteis e poderosos para uso ágil? Quem
poderia imaginar a existência dos celulares, entre outras facilidades? Falta-nos somente a decisão pessoal de efetivamente mudar para
melhor. Aprimorar o sentimento, os relacionamentos, reconhecer nossa condição
de seres espirituais usando temporariamente corpos carnais. O conhecimento
espírita já está à disposição e o simples fato da imortalidade já deve nos
provocar mudanças de comportamento. Havendo adesão a essa decisão pessoal de
determinação, coragem, fé e trabalho, pronto, instala-se o Mundo de
Regeneração.
Desde o dia 18 de abril de 2010 já vivemos aqui na Terra o
Mundo de Regeneração. A confirmação chegou até o plano físico em mensagem de
Bezerra de Menezes, pela psicofonia de Divaldo Franco, no encerramento do 3º
Congresso Espírita Brasileiro em Brasilia (DF), no mesmo dia.
Desde o final do século 20 o Apocalipse é um tema atual.
Porém, com o agravamento dos processos climáticos e geológicos e ainda a proclamada
nova data para o “fim do mundo” —dezembro de 2012—, tivemos o trabalho de
pesquisar nas obras psicografadas pelo nosso querido Chico Xavier para ver se
encontrávamos algo a respeito.
Qual nossa surpresa, porém, ao
descobrir que nosso querido Bezerra de Menezes, através do confiável médium
Divaldo Franco, ratificou o que nossos guias espirituais já diziam —o novo
Ciclo de Regeneração realmente começou. E, segundo Emmanuel, na obra “Plantão de Respostas“, deve estar completamente instaurado
até meados deste século.
Estamos,
portanto, em um período de transição entre o Mundo de Expiação e Provas e o
Mundo de Regeneração.Ainda
passaremos grandes tribulações físicas e morais. Mas todas elas serão remédios
para nossas doenças morais, e evitarão que bilhões de espíritos sejam exilados.
Com esta nova visão, restauramos o aspecto Consolador do Espiritismo e somos
capazes de compreender com mais clareza o comportamento que nos cabe diante do
novo Mundo de Regeneração.
Leia a seguir a íntegra da mensagem de Bezerra de Menezes:
“Estamos
agora em um novo período. Estes dias assinalam uma data muito especial: a data
da mudança do Mundo de Provas e Expiações para Mundo de Regeneração.
A
grande noite que se abatia sobre a Terra lentamente cede lugar ao amanhecer de
bênçãos. Retroceder não mais é possível.
Firmastes,
filhas e filhos da alma, um compromisso com Jesus antes de mergulhares na
indumentária carnal, de servi-lo com abnegação e devotamento. Prometestes que
lhe serieis fiel, mesmo que vos fosse exigido o sacrifício.
Alargando-se
os horizontes deste amanhecer que viaja para a plenitude do dia, exultemos
juntos, os Espíritos desencarnados e vós outros que transitais pelo mundo de
sombras. Mas além do júbilo que a todos nos domina, tenhamos em mente as graves
responsabilidades que nos exornam a existência no corpo ou fora dele.
Deveremos
reviver os dias inolvidáveis da época do martirológio. Seremos convidados não
somente ao aplauso, ao entusiasmo, ao júbilo, mas também ao testemunho, o
testemunho silencioso nas paisagens internas da alma, o testemunho por amor
àqueles que não nos amam, o testemunho de abnegação no sentido de ajudar
aqueles ainda se comprazem em gerar dificuldades tentando inutilmente
obstaculizar a marcha do progresso.
Iniciada
a grande transição, chegaremos ao clímax e na razão direta em que o planeta
experimenta as suas mudanças físicas, geológicas, as mudanças morais serão
inadiáveis.
Que
sejamos nós aqueles Espíritos espíritas que demonstremos a grandeza do amor de
Jesus em nossas vidas. Que outros reclamem, que outros se queixem, que outros
deblaterem —que nós outros guardemos, nos refolhos da alma, o compromisso de
amar e amar sempre, trazendo Jesus de volta com toda a pujança daqueles dias
que vão longe e que estão muito perto.
Jesus,
filhas e filhos queridos, espera por nós!
Que
seja o nosso escudo o Amor, as nossas ferramentas, o Amor, e a nossa vida, um
Hino de Amor, são os votos que formulamos os Espíritos Espíritas aqui presentes
e que me sugeriram representá-los diante de vós.
Com
muito carinho o servidor humílimo e paternal de sempre,
Estas crianças são previstas como sendo o próximo grupo de crianças
depois das Crianças Arco-Íris.
As crianças diamante também estão reencarnando pela primeira vez na Terra. Já
existem poucas nascidas mas a energia da Terra precisa subir para uma
frequência mais alta para conseguir acomodar uma massa crítica de crianças
diamante. Muitos adultos precisam evoluir para serem pais deste próximo grupo
de crianças.
As crianças diamante incorporam inteiramente a Luz Divina. Elas estarão confortáveis
com a comunicação telepática, possuirão poder de materialização e telecinese.
Elas nunca experimentaram a densidade da Terra e não tem o conceito de raiva,
ódio, medo, cobiça e separação. Elas não são familiarizadas com os dramas dos
relacionamentos humanos. As crianças diamante não conseguem cooperar com a dor,
o sofrimento e o drama das energias da Velha Terra. Elas vão se atrair pelas
frequências mais altas do Puro Amor Divino e da Pura Luz. Nós começaremos a
descobrir mais sobre estas crianças no futuro.
"As crianças diamante não carregam nada com elas, não se apegam a nada,
tudo flui nelas como água, como o ar, elas não vem com nada para limpar. Sua
vibração é tão alta que automaticamente transcende completamente a densidade e
a negatividade. Elas podem "transcender", elas são capazes de
transcender. Elas possuem o código do DNA que permite aqueles que estão prontos
para transcender a ilusão deste mundo.
Muitos dos curadores deste planeta carregam este código de DNA diamante e podem
portanto acordar as pessoas instantaneamente. Vocês podem remover
instantaneamente o véu e trazer alguns (que estão prontos e querendo e que
estejam alinhados com seu caminho e propósito de vida nesta época para o bem
maior) para retornar ao conhecimento completo e ao ato de relembrar apesar do
processo ser feito através do "tempo" e em alinhamento com o Divino.
(O tempo divino)
Frutas frescas, vegetais, nozes e sementes.
As crianças diamante tem muita sensibilidade em relação à dieta, organicamente
são mais do tipo "que se alimentam de prana" e não é normal comer
através de suas bocas como nós fazemos. Elas tem vários problemas digestivos,
de absorção ou drenagem etc... acham difícil processar alimentos e as energias
da terceira dimensão em geral, negatividade é como veneno para eles. Elas
precisam de ar puro para respirar e água pura para beber. Elas possuem a
sabedoria do Universo Perfeito.
Recentemente eu encontrei uma adolescente diamante que disse que o mundo é como
uma bateria com muitas camadas que mantém este mundo vivo e com o tempo nós
quebramos e destruímos as camadas desta bateria e são as crianças diamante que
providenciarão a sabedoria para ajudar a "reconstruir esta bateria".
Muitas destas crianças diamante mais velhas (não há muitas) tem tido
dificuldade de existir neste mundo com poucos recursos para se reconstruírem e
para ajudá-las a manter o equilíbrio e se manterem centradas. Elas centelham em
perfeição em sua habilidade de acender a sua luz / brilhar no mundo.
A energia diamante é completamente fluida, brilhante, de amor e de sabedoria.
A massa crítica de crianças diamante está vindo agora e muitas delas terão
diagnósticos errôneos devido à incapacidade da maioria para entender quem elas
são. Muitas serão diagnosticadas como autistas e criarão a mudança no planeta
necessária para ganhar a nossa atenção.
Não seremos mais capazes de ignorar estas mudanças e as qualidades das nossas
crianças. Elas precisarão de simplicidade e facilidade em suas casas e vidas.
Elas experimentarão numerosas doenças enquanto procuram cooperar e limpar a
energia.
Vocês podem ver como estas crianças se tornam cansadas pelas suas olheiras
embaixo de seus olhos, a letargia e a necessidade de ficar em casa recusando-se
de ficar em lugares públicos com muito barulho e negatividade (inconsciência).
Transmutar as energias do planeta sem descanso e sem os cuidados para repor as
energias e manutenção das mesmas pode resultar em sintomas semelhantes aos da
gripe e vômitos.
As crianças diamante brilham com a luz e a verdade e passarão por períodos de
ficar sem sono com períodos de ter muito sono. Seus pais precisarão ter flexibilidade
com seus ritmos para conseguir ajudá-las. Elas pertencem à dimensão sem o
conceito de tempo e portanto podem criar dificuldades enquanto se integram a um
mundo que ainda opera pelo tempo do relógio.
·
FONTE: Diamond
Children (The New Earth Children Centre)
Uma das novidades dessa primeira década do terceiro milênio é o anúncio de uma geração de crianças chamada "índigo". Há ainda uma outra classificação, a das crianças "cristal". A onda veio dos Estados Unidos a partir de um livro de Lee Carroll e Jan Tober The Indigo Children, the new kids have arrived, publicado no Brasil, pela Editora Butterfly, sob o título de Crianças Índigo.
Entre tantas, é uma temática incluída nessa corrente híbrida de pensamentos chamada New Age (Nova Era), que mistura orientalismos, misticismos vários, espiritualismo ocidental, psicologismos vagos, e, às vezes, Espiritismo, na sua forma norte-americana de spiritualism. O que caracteriza o pensamento New Age é justamente o anúncio de novos tempos para a humanidade, de maior espiritualidade, de aumento de consciência, de iluminação coletiva.
Como não existe uma filosofia consistente e unificadora para esse movimento, nele se abrigam todos os tipos de reflexões e propostas, desde algumas razoavelmente sensatas e certas músicas bonitas e relaxantes, até idéias místicas, mesmo supersticiosas. O que falta é justamente um eixo de racionalidade e o que sobra, para atrapalhar, é o mercado em torno do tema.
Temos hoje uma indústria de espiritualidade light, que vende em pílulas de livros de auto-ajuda, um conforto inconsistente, uma religiosidade descomprometida, porque muito superficial e feita para consumo rápido e descartável. Essa tendência se tornou de tal forma predominante - porque dá dinheiro - que ela contagia inclusive as grandes religiões e afeta em cheio o mercado editorial espírita.
O leitor-consumidor quer leituiras rápidas, fáceis, que possam dar receitas prontas e flexíveis para dar alívio às suas múltiplas angústias. Nada que comprometa muito, nada que o faça raciocinar em demasia, nada que o obrigue a tomar atitudes éticas mais firmes. A espiritualidade também se tornou produto de mercado.
A questão das crianças índigo se insere nesse contexto. Segundo os autores que trabalham o tema, há crianças especiais nascendo no mundo para preparar a Nova Era, suas auras azuis justificam o nome de crianças índigo. São questionadoras, contestadoras, corajosas para construir um novo mundo. Mas há também as crianças cristais, essas mais evoluídas ainda, que são introspectivas, sensíveis, iluministas.
Segundo os autores, esses seres precisam de atenção especial, de uma nova educação e de espaço para se desenvolverem livrementes.
A questão, tanto com o movimento da Nova Era quanto com esse tema específico das crianças índigo, é que há algumas verdades intuídas em meio a uma grande confusão de conceitos e incoerências perigosas.
Já no século 19 o Espiritismo anunciava novos tempos para a humanidade e dizia que a mudança se daria, sobretudo, pela encarnação de Espíritos mais conscientes, que já viriam aptos a construir e a vivenciar um novo mundo.
Há também um postulado adotado por Allan Kardec que, conforme se dá o progresso dos mundos, o período de infância vai ficando mais curto e os Espíritos reencarnam cada vez mais lúcidos e rapidamente amadurecem dentro dos propósitos que os trouxeram à nova existência.
Entretanto, uma das características do pensamento espírita é o despojamento de toda e qualquer linguagem mística e mítica, uma certa racionalização da espiritualidade, dentro de um entendimento lógico do mundo e da vida. Se uma nova geração está surgindo - e certamente está, pois basta conviver com as crianças atuais, para observar a sua vivacidade, a sua capacidade de desenvolvimento e a sua sensibilidade - é um fato natural, faz parte da lei do progresso coletivo e é inclusive parcialmente explicável pela maior quantidade de estímulos que as crianças recebem hoje desde cedo.
O perigo de classificarmos essas crianças é considerá-las seres privilegiados - pois o pior é que apenas algumas crianças são tidas como índigo ou cristal -, criando castas, de que os pais se orgulham e sobre as quais projetam seus desejos de grandeza. A identificação de possíveis crianças especiais é altamente problemática e mesmo prejudicial, porque suscita discriminações, classificações desvantajosas para outras, que não sejam assim consideradas, e para elas próprias, proporcionando um estímulo à vaidade.
Na obra de Lee Carroll e Jan Tober, há problemas ainda maiores. É que a identificação de tais crianças baseia-se em critérios muito subjetivos e mesmo errôneos. Vemos crianças consideradas índigo estapeando o rosto da mãe, sendo prepotentes, humilhando e agredindo outras pessoas, inclusive seus pais. Ora, segundo qualquer avaliação sensata, tais tendências não revelam um espírito superior. Pode ser até um ser desenvolvido intelectualmente, mas o orgulho e a arrogância mostram um déficit moral, que os pais têm a responsabilidade de ajudar a corrigir, com amor e diálogo, é claro, sem repressões e punições.
Outros critérios apontados - como os citados por Tereza Guerra, no livro dela: Crianças Índigo - Uma geração de ponte com outras dimensões, publicado pela Editora Madras - carecem completamente de qualquer cientificidade e de qualquer possibilidade de comprovação. São pseudocientíficos. Vejamos três desses critérios. Diz a autora, Tereza: "Esses indivíduos são, simplesmente, novas expressões com características que vocês não possuem: 1. Uma vibração mais elevada; 2. Uma organização que invalida certos atributos provenientes dos astros que, habitualmente, afetam os humanos; 3. Um dispositivo biológico específico, que lhes permite manejar melhor as impurezas fabricadas pelos próprios humanos do planeta".
Já conseguiram algum meio de medir a elevação da vibração de cada um? E que organização e dispositivo biológico são esses? Alguma mutação genética, comprovada? Estamos diante de uma geração de mutantes, superiores a nós? Como se vê, são afirmativas gratuitas, inconsistentes e problemáticas.
Essa discussão mostra muito bem por que insistimos em falar em uma Pedagogia Espírita, termo criado por J. Herculano Pires, e não em uma Pedagogia Espiritualisdta ou Nova Pedagogia ou Pedagogia do Amor - como algumas pessoas sugerem no sentido de descaracterizá-la de um suposto aspecto sectário. Quem compreende bem o Espiritismo sabe que ele tem um caráter universalista e não se fecha em fanatismo e sectarismo. E o que faz parte principalmente de sua proposta é o método de abordagem da realidade, de maneira científica, racional, sem abdicar da visão espiritual. Ou seja, Kardec nos indica critérios de tocar o real, de maneira a termos mais segurança em nosso modo de conhecer.
Assim, a pedagogia espírita é uma pedagogia que assume a reencarnação, a espiritualidade como dimensão real e necessária do ser humano, mas não abandona o eixo da racionalidade científica, desenvolvido na história do Ocidente, desde a civilização grega. Não podemos nos lançar a um misticismo medieval, deixando de lado as âncoras da pesquisa e da razão.
Portanto, dentro dessa abordagem, podemos afirmar que a pedagogia espírita trabalha com um critério democrático, racional, de considerar todas as crianças iguais e, ao mesmo tempo, singulares, rejeitando classificações restritivas ou discriminatórias.
Todas as crianças são iguais, essencialmente divinas, espíritos em evolução, com infinitas potencialidades a serem desenvolvidas. Todas precisam de amor, diálogo, educação libertadora, que permita seu pleno desabrochar. Todas devem ser respeitadas e ajudadas a cumprir seu destino evolutivo.
Todas as crianças são únicas, cada uma tem seu histórico reencarnatório, cada uma traz talentos específicos a serem trabalhados na presente existência, cada uma está num degrau diferente de evolução espiritual - que é difícil avaliar, pois não há métodos de medir evolução espiritual a não ser observar o exemplo de um ser humano ao longo de sua existência e, ainda assim, muitos se enganam nessa avaliação, tomando falsos profetas por missionários.
Cabe-nos observar atentamente cada indivíduo, conhecer de perto suas tendências e jamais abdicar da função de educar, o que não significa modelar de fora, mas ajudar o ser a se autoconstruir.
Bibliografia:
*Dora Incontri é pedagoga, professora universitária, escritora, diretora da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita e colabora no movimento espírita de Sâo Paulo.