"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

sexta-feira, 7 de março de 2025

Capítulo 09 do Livro: Instruções Espiritualistas para Médiuns Iniciantes O trabalho na Umbanda

 



Capítulo 9: Trabalho com Entidades

 

A relação com as entidades espirituais na Umbanda é um aspecto fundamental e reverberante da experiência mediúnica. Estas entidades, que se manifestam de forma diversa e rica, carregam dentro de si uma sabedoria ancestral, um legado de amor incondicional que transcende as barreiras do tempo. Ao reconhecer e valorizar essa conexão, o médium se coloca como um elo imprescindível entre os mundos físico e espiritual, enriquecendo não apenas sua própria trajetória, mas também a de todos aqueles que o rodeiam.

 

Desde tempos imemoriais, as comunidades se reuniam em busca de auxílio, cura e compreensão, e essas entidades sempre estiveram presentes, emanando sua luz e abrindo um caminho de transformação. No contexto da Umbanda, cada espírito tem uma função específica, e essa diversidade é algo a ser celebrado. Quer se trate de um Preto Velho que traz consolo e sabedoria, um caboclo que oferece força e proteção, ou uma criança que dispensa alegria e inocência, cada um possui um papel distinto, mas essencial.

 

O verdadeiro toque dessa união se dá quando o médium entende que o trabalho com essas entidades não é apenas uma troca, mas sim um aprendizado mútuo. O amor que emana delas serve como um guia, guiando as mãos e os corações dos médiuns para que possam conduzir suas atuações com integridade e respeito. A conexão estabelecida vai além do simples ato de ouvir ou fazer pedidos; é um convite ao envolvimento profundo, onde o médium se torna um reflexo da luz que as entidades trazem para este plano.

 

Ao iniciar uma sessão, é fundamental que cada participante tenha em mente a sacralidade desse espaço compartilhado. Cultivar um ambiente onde a gratidão e o respeito florescem é imprescindível. Assim, ao acender a vela, ao oferecer a flor, ou ao entoar uma prece, cada gesto deve ser impregnado de sinceridade, reconhecendo a grandeza das sabedorias que ali se manifestarão. É nesse terreno fértil de amor e dedicação que as entidades se sentem à vontade para se expressar, trazendo consigo mensagens profundas que podem reverberar na alma de quem as recebe.

 

Nos momentos que antecedem a comunicação, é vital para o médium estabelecer uma conexão genuína com seu interior. A meditação, as orações e a entrega às forças maiores são apenas algumas das ferramentas que auxiliarão nessa abertura. Estar em sintonia com as próprias energias, permitindo que o afeto e o respeito dominem seus pensamentos, ajudará a canalizar a essência vibratória que as entidades desejam compartilhar.

 

Porém, como em toda relação rica e complexa, surgirão desafios. É comum que, durante as interações, sentimentos de incerteza ou mesmo desconfiança possam emergir. Nesses instantes, é preciso lembrar que as entidades, mesmo com toda sua sabedoria, também trazem histórias de luta e superação. Assim, acolher cada mensagem não só como um signo a ser decifrado, mas como um convite ao aprendizado coletivo, pode ser a chave para uma vivência mais profunda.

 

À medida que a comunicação avança, a empatia se torna ainda mais essencial. O médium deve escutar não apenas com seus ouvidos, mas com o coração. Cada palavra, cada ensinamento, reverbera com um eco de amor, e essa conexão, quando nutrida, transforma o espaço sagrado em um verdadeiro abrigo para as soluções e respostas que tanto se busca. Essas interações vão além do que se vê à superfície; são profundas trocas de energia, onde as almas se encontram em um estado de plenitude e cura.

 

Assim, ao encerrar a sessão, o médium deve refletir sobre o que foi experimentado e aprendido. Compartilhar essas vivências, as histórias que surgiram, é um ato de união que reafirma a importância de cada participante no ciclo de amor e evolução. Este trabalho não é isolado, mas uma corrente que envolve todos, onde cada influência e experiência permite que a espiritualidade se expanda em ondas de luz e sabedoria.

 

Em cada encontro, que se cultive a consciência de que trabalhar com as entidades é uma jornada de amor, respeito e aprendizado. Ao seguir nesse caminho, o médium torna-se não só um canal, mas um verdadeiro aliado no processo de transformação espiritual que emanará à comunidade, aos consulentes e, acima de tudo, a si mesmo. Que cada passo e cada prece reverberem com a profunda gratidão por aquelas almas que, com suas lições e amores, iluminam o nosso percurso e nos ensinam que a verdadeira essência está na entrega mútua e no respeito à vida e ao universo que nos cerca.

 

A relação com as entidades espirituais na Umbanda é muito mais do que um simples envolvimento; é uma dança sagrada que entrelaça os mundos visível e invisível. Cada entidade traz consigo um legado recheado de experiências, força e sabedoria, numa entrega que possibilita aos médiuns e aos consulentes uma vivência diáfana e transformadora. Ao iniciar esse contato, o médium se torna não apenas um emissor de mensagens, mas, sobretudo, um aprendiz das lições que essas almas iluminadas têm a oferecer.

 

As entidades que habitam o universo da Umbanda são multifacetadas e carregadas de significados. Cada uma possui características singulares e um propósito próprio, refletindo a diversidade do ser humano em suas mais variadas formas e histórias. Por exemplo, o Preto Velho, com sua energia terna e acolhedora, não apenas traz consolo, mas também ensina o valor da sabedoria e da paciência. Ele nos lembra que as dificuldades podem ser superadas com amor e perseverança. Já os Caboclos, com suas raízes ligadas à força da natureza, encarnam a coragem e a defesa das verdadeiras essências, protegendo aqueles que se encontram em vulnerabilidade. As Crianças, com sua pureza e alegria, nos convidam a redescobrir o riso e a leveza da vida, despertando em nós a necessidade de brincar e sonhar.

 

É na interação com esses seres que nos tornamos canais de cura e ensinamento. Para isso, a preparação e a entrega são fundamentais. Ao riscar o ponto e oferecer as flores, cada ato deve ser impregnado de sinceridade. Ao entoar as preces, a energia que transcende as palavras evoca uma conexão mais profunda. O mediador deve entender que, nesse espaço sagrado, um coração aberto e atento é mais eloquente do que qualquer palavra. A harmonia criada pelo grupo também desempenha um papel crucial. É um elo onde cada um vibra numa frequência que engloba amor, respeito e compaixão, criando um terreno fértil para a manifestação espiritual.

 

Enquanto nos entregamos a essa conexão, questões podem surgir. É natural que, diante do desconhecido, sentimentos variados se façam presentes. A dúvida e a insegurança são aspectos que devem ser tratados com carinho. Nesses momentos, o médium precisa recordar que a vulnerabilidade é uma parte do processo; acolher esses sentimentos permite que uma nova compreensão emerja, e que a luz das entidades possa iluminar até os pensamentos mais escuros. A jornada não é apenas sobre receber mensagens, mas sobre entender o seu significado mais profundo e o papel transformador que cada interação pode ter em nossas vidas.

 

A comunicação, então, não deve ser pautada apenas em palavras. As emoções e as intenções que fervilham em cada interação impõe um novo nível de entendimento. Por isso, o médium deve se permitir sentir e, assim, escutar não apenas com os ouvidos, mas com a alma. A paciência e a empatia são os guias que nos convidam a perceber um rico arco de significados subjacentes em cada mensagem. Cada ligação estabelecida se torna um ato de amor, onde a energia se combina, transformando o ambiente num vale de sabedoria e compaixão.

 

Ao final de uma sessão, essa habilidade de refletir e compartilhar as experiências vividas é um movimento de união. Contar as histórias que surgiram, as sensações que tocaram cada um dos participantes, torna-se um exercício de coletividade. Cada olhar ou palavra expressa um aprendizado que reverbera muito além do tempo de uma sessão, estendendo-se à vida cotidiana e à forma como nos relacionamos com nós mesmos e com aqueles que nos cercam.

 

Portanto, trabalhar com entidades é abraçar uma jornada rica e vibrante. Cada passo se transforma em um aprendizado profundo, onde luz e amor dançam juntos, tecendo laços árduos de união e transformação. Que os médiuns e consultores sempre tenham em mente que essa relação exige respeito e responsabilidade, abrindo-se ao amor que as entidades compartilham com todos. Cada encontro, uma nova oportunidade de aquecer o coração, de tocar as almas e de promover a verdadeira evolução espiritual.

 

As práticas de interação e comunicação com entidades espirituais na Umbanda são profundamente significativas e requerem uma abordagem respeitosa e envolvente. Para que essa comunicação se estabeleça com clareza, o mediador precisa cultivar um ambiente propício, que ressoe com compaixão e entendimento. A primeira tarefa importante para o médium é a criação de um estado vibracional elevado, que pode ser alcançado por meio de práticas de meditação e oração. Esses momentos de silêncio interior preparam o coração e a mente para receber as mensagens que virão.

 

Um dos passos mais essenciais para uma comunicação eficaz é o reconhecimento da presença das entidades. Ao iniciar a sessão, o médium deve acender uma vela, não apenas como um símbolo de luz, mas também como um convite à manifestação daqueles que desejam compartilhar seu amor e sabedoria. A vela é um elo, uma ligação entre os planos; sua chama os une em um espaço sagrado onde as energias podem circular livremente.

 

O próximo passo é o silêncio respeitoso. Durante esses momentos, tanto os médiuns quanto os consulentes são convidados a escutar os sussurros das entidades. A intuição desempenha um papel crucial aqui, pois os sentimentos e sensações que emergem podem ser sinais significativos. Mudanças sutis na temperatura, a movimentação do ar ou mesmo uma leve sensação de desconforto podem indicar a presença de um espírito desejando se comunicar. O médium, portanto, deve estar atento a esses detalhes, utilizando sua capacidade sensitiva para decifrar o que está além das palavras.

 

A comunicação não deve ser unidirecional. Este é um espaço onde o diálogo é necessário. Os consulentes também devem ser incentivados a fazer perguntas, a expressar suas próprias necessidades e compreender que suas dúvidas são bem-vindas. Esses momentos contribuem para um ambiente de acolhimento nas interações. Quando os médiuns estão em sintonia com as suas próprias emoções e energias, eles também se tornam mais habilitados para canalizar as mensagens pertinentes.

 

Durante a sessão, é fundamental que o médium mantenha um estado de discernimento e integridade. Cada mensagem recebida deve ser tratada com o devido respeito e cuidado. Não se trata apenas de transmitir um recado, mas sim de honrar a energia da entidade que se manifestou. O médium deve refletir sobre a essência da mensagem, interpretando-a de maneira que ressoe com a realidade dos consulentes, levando em conta seus sentimentos e desafios.

 

Quando o contato se solidifica, a entrega se transforma em um espaço de aprendizado. O médium poderá perceber que cada entidade tem seu estilo de comunicação, suas particularidades, e isso se refletirá na forma como a mensagem é transmitida. O Preto Velho, por exemplo, traz ensinamentos sábios com um tom suave, enquanto um Caboclo poderá ser mais direto, instigando ao autoconhecimento através de desafios. Nesse sentido, reconhecer a linha de atuação de cada entidade é crucial para auxiliar aqueles que buscam apoio.

 

Por fim, ao encerrar a sessão, o ato de compartilhar reflexões e vivências deve ser encorajado. Esse momento de partilha é igualmente importante, pois a troca de experiências amplia a conexão entre todos os presentes, reforçando o sentimento de comunidade e acolhimento. Cada feedback recebido não apenas encerra a comunicação com as entidades de forma respeitosa, mas também abre espaço para novas compreensões e aprendizagens que ecoarão ao longo do tempo.

 

Assim, a interação e comunicação com as entidades na Umbanda é uma prática rica que vai além de mensagens, é uma vivência de respeito, amor e aprendizado mútuo. Que cada sessão seja um passo firme rumo à transformação, onde a luz das entidades se expanda e ressoe nas almas que se reúnem em busca de consolo e compreensão.

 

Cada encontro no trabalho com as entidades espirituais demanda uma reflexão cuidadosa sobre a relação ética e a responsabilidade envolvidas. É imprescindível que os médiuns compreendam que esse vínculo vai além de um simples contato; trata-se de uma ligação sagrada, onde cada ato e cada palavra têm peso significativo. A entrega ao trabalho mediúnico é acompanhada de um compromisso carinhoso em criar um espaço seguro e acolhedor, onde as entidades possam se expressar livremente, sem restrições.

 

A ética na prática mediúnica se compõe de princípios fundamentais como respeito, integridade e amor. Ao receber uma entidade, o médium deve estar atento não apenas à mensagem que é transmitida, mas também à energia que ela traz consigo. Cada espírito tem sua própria história, suas dores e alegrias. Portanto, ao interagir com eles, é crucial que o médium se coloque em um lugar de escuta ativa. Essa responsabilidade se estende também aos consulentes, que devem ser tratados com empatia e compreensão. O ato de limpar e purificar o ambiente e as energias que nele circulam é um passo vital para facilitar essa comunicação.

 

É fundamental recordar que, durante as sessões, os médiuns não estão apenas transmitindo informações, mas também iluminando caminhos. A comunicação deve sempre ser pautada no amor e na integridade, refletindo a grandiosidade do universo espiritual que se manifesta. Mensagens recebidas nas sessões são dons preciosos que devem ser encarados com reverência. Além disso, as diretrizes práticas que asseguram um tratamento respeitoso e amoroso às entidades precisam ser seguidas com atenção — seja ao acender uma vela, ao oferecer flores ou ao falar durante a comunicação.

 

A maneira como se lida com situações desafiadoras que podem surgir durante os encontros é também um importante ponto de reflexão. O médium pode, em alguns momentos, se deparar com entidades que trazem dores ou angústias. Nesses casos, a habilidade de acolher com amor e compaixão é vital. As dificuldades que emergem não devem ser evitadas, mas sim tratadas como oportunidades para aprendizado mútuo. Fazer a pergunta “O que podemos aprender aqui?” pode abrir um espaço diáfano de diálogo e compreensão.

 

Ao final de cada sessão, o momento de compartilhamento e reflexão em grupo se revela um aspecto essencial dessa jornada. Contar as histórias que surgiram, os sentimentos que foram despertados e as lições apreendidas vai além do contato individual; transforma-se em um ensinamento coletivo, prático e enriquecedor. Essa troca nutre o espírito de comunidade, permitindo que todos cresçam juntos, sempre imersos em uma viagem de autoconhecimento e de luz.

 

Em suma, o trabalho com entidades espirituais na Umbanda é um caminho que exige não apenas habilidades mediúnicas, mas também um profundo comprometimento ético. Que cada médium sempre busque atuar com amor e respeito, criando um ambiente propício para que as entidades possam se manifestar, proporcionando consolo e ensinamento a todos que tiverem a sorte de cruzar seu caminho. E assim, nesse elo sagrado, que as vozes das entidades continuem a ressoar, guiando médiuns e consulentes em um florescer espiritual sempre renovado.

3 comentários:

Janaína Nery disse...

Sou muito grata pela oportunidade de sentir a energia das entidades através do trabalho mediúnico na umbanda. Cada passo de superação do medo e insegurança, é fruto do amor e amparo que recebo dos meus mentores e guias espirituais que me estimulam a seguir confiantes na minha melhora íntima e na ajuda ao próximo. Todo dia, agradeço por esse despertamento mesmo com todas as dificuldades que surgem.

LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA FERREIRA disse...

Siga sempre em frente, acredite e persevere....Obrigado Jana !!

Ricardo disse...

Esses companheiros espirituais são amigos da primeira hora.