"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

 



**Capítulo 1: Introdução**

 

Neste primeiro e fascinante capítulo, somos apresentados a um universo ricamente espiritual e envolvente: a Umbanda. Antes de nos aprofundarmos nas práticas que definem a vivência como médium, é fundamental delinear a proposta deste livro, que não é apenas instruir, mas iluminar a jornada daqueles que buscam compreender como se portar em uma casa espírita. Mais do que um guia, esta obra se propõe a ser uma companheira de aprendizado, conexão e autodescoberta.

 

Temos a admitir que entrar numa casa espírita pode ser uma experiência intensa e até um tanto intimidadora. Contudo, ao nos integrarmos nesse ambiente sagrado, descobrimos a essência acolhedora e os laços espirituais que unem aqueles que se afinizam com o trabalho mediúnico. Uma casa espírita, neste contexto, é um espaço consagrado onde a espiritualidade se une ao cotidiano, relegando um papel importante na formação do caráter e no fortalecimento da compreensão sobre o universo espiritual. É o lar onde a energia flui com naturalidade e onde cada um faz parte de um todo harmonioso e apaixonante. Aquelas paredes não apenas ecoam vivências, mas guardam histórias de superação e amor.

 

Quando falamos sobre mediunidade, estamos nos referindo a uma habilidade extraordinária que ultrapassa o entendimento superficial. Mediúnicos são instrumentos que conectam dois mundos — o físico e o espiritual — e facilitam a comunicação entre eles. A mediunidade se apresenta de diversas formas, desde a psicografia, que envolve a escrita espiritual, até a psicofonia, onde as entidades se manifestam através da fala do médium. Cada tipo de mediunidade traz consigo não apenas um dom, mas uma enorme responsabilidade. Temos o dever de respeitar esses dons como parte de um trabalho sério, comprometido com a evolução pessoal e do próximo.

 

O que pretendemos, ao longo deste livro, é desmistificar e esclarecer os caminhos que levam a um trabalho consciente e harmônico. Nuances do cotidiano espiritual, assim como reflexões sobre a conduta, o respeito e a empatia, virão à tona como indispensáveis preparações para vivermos na plenitude os ensinamentos da Umbanda. O leitor será guiado através das particularidades e dos desafios a serem superados, preparando-se para adentrar com respeito e determinação o universo mediúnico.

 

Além disso, neste capítulo inicial, já se constrói a ponte para os ensinamentos que virão, impulsionando cada um a olhar para si mesmo e investigar suas motivações, desejos e expectativas. Ao adentrar na história e na espiritualidade da Umbanda, o leitor é convidado a uma profunda reflexão sobre como a mediunidade pode ser uma poderosa ferramenta de autoconhecimento, crescimento espiritual e auxílio àqueles que buscam no amparo espiritual uma luz em suas vidas.

 

Portanto, que se abram as portas para esse conhecimento revelador, onde o amor ao próximo e a espiritualidade se entrelaçam, e que esta obra possa ser um farol que conduza a cada um na sua jornada luminosa. Vamos juntos descobrir não apenas o que significa ser um médium, mas também como isso toca a alma e transforma vidas.

 

A importância do conhecimento e do respeito dentro de uma casa espírita não pode ser subestimada. Ao ingressar nesse universo, é essencial compreender que estamos lidando com uma dimensão que transcende a compreensão mundana. A falta de preparação e de respeito pode não apenas prejudicar nossa própria evolução, mas também desencadear consequências tangíveis que afetam todo o grupo envolvido. Imagine, por exemplo, um médium que, sem entender a profundidade do ambiente e suas regras, fala inadequadamente em uma sessão. Essa atitude não apenas fere o espírito de comunhão que deve prevalecer, mas também pode provocar desarmonia entre os espíritos e os presentes. É imprescindível que todos estejam cientes de como agir adequadamente neste espaço sagrado.

 

A prática da mediunidade não é uma mera habilidade que se revela em momentos de ânimo ou curiosidade, mas sim um compromisso que exige seriedade, profundo respeito e uma contínua busca por conhecimento. O descuido com esse compromisso pode ser ilustrado através de histórias que muitos médiuns já vivenciaram. Um caso emblemático que circula entre os praticantes é o de um iniciante que, tomado pela euforia de suas primeiras experiências, começou a dar conselhos imprudentes a pessoas fragilizadas, sem compreender que aquela responsabilidade ultrapassava muito suas intenções. A situação gerou desconforto não apenas para a pessoa que buscava ajuda, mas também para os demais membros da casa. Esses episódios ressaltam a importância de se respeitar os protocolos e os aprendizados que permeiam a vida espiritual.

 

Neste livro, vamos explorar diversas práticas e experiências que enriquecem a vivência dentro das casas de Umbanda. O leitor terá a oportunidade de conhecer os caminhos por onde uma energia positiva flui e como essa corrente de amor pode impactar não apenas a vida individual, mas também a coletividade. Nas próximas seções, aprofundaremos experiências práticas que vão desde a meditação e a oração até a participação em cerimônias, e cada uma delas será iluminada por seu significado e pelo espírito que traz a coletividade.

 

Portanto, convido você, leitor, a se preparar para essa jornada de autoconhecimento e desenvolvimento espiritual. Crie um espaço de acolhimento dentro de si mesmo, onde o respeito às práticas espíritas e a sede de aprender possam coexistir em harmonia. Adote uma mentalidade aberta, vista-se de empatia e permita-se mergulhar nos ensinamentos que serão compartilhados. É com a mente aberta e o coração receptivo que você encontrará a riqueza das práticas espirituais e, assim, contribuirá para um ambiente de amor e luz.

 

Especificamente, à medida em que avançamos, será crucial que a prática acompanhe o aprendizado teórico. Cada ensinamento obtido nas páginas deste livro deve ser traduzido em experiências concretas, assim como uma semente que precisa ser regada para florescer. O conhecimento por si só não é suficiente; é nas pequenas ações cotidianas e na vivência espiritual que a sabedoria se torna parte de nós.

 

Por último, este é um convite à reflexão pessoal e espiritual. Pergunte a si mesmo sobre suas realidades, o que o trouxe até aqui, e quais são suas expectativas em relação ao trabalho mediúnico. A autoanálise é um passo essencial que prepara o terreno para o verdadeiro aprendizado e para um crescimento significativo. Nas páginas seguintes, o que se espera é que você, querido leitor, não apenas absorva o conhecimento, mas também se sinta desafiado a vivenciá-lo, a fazer parte de um todo que busca a evolução e o amor.

 

Com isso, sigamos adiante, abraçando os altos e baixos dessa jornada junto às entidades que sempre nos guiarão. Este livro é um canal de conexão, onde não acabaremos com a sabedoria, mas sim fortaleceremos os laços que já existem. Prepare-se, pois uma nova aventura está prestes a começar.

 


domingo, 10 de novembro de 2024


 Instruções Espiritualistas para Médiuns Iniciantes

O trabalho na Umbanda

Por Luiz Eduardo de Oliveira Ferreira

ÍNDICE

 

1. Introdução 

2. O que é Mediúnidade? 

3. Preparação para o Trabalho Espiritual 

4. A Ética do Mediúnico 

5. Comportamento em uma Casa Espírita 

6. Trabalhando em uma Maca de Energização 

7. O Trabalho de Passe 

8. Mesa Mediúnica 

9. Trabalho com Entidades 

10. A Importância da Prática 

11. Cuidados e Prevenções 

12. Encerramento do Livro 

A cada semana irei postar uma parte do livro, quem estiver interessado me segue por aqui !!

Seja bem-vindo a esta jornada única e transformadora que se inicia nas páginas de “Instruções Espiritualistas para Médiuns Iniciantes”. É com muito carinho e gratidão que lhe convido a adentrar neste universo repleto de luz, paz e aprendizado. Ao abrir este livro, você não está apenas se deparando com informações; você está se abrindo para um novo horizonte de possibilidades que se entrelaçam entre a espiritualidade e a sua própria essência.

 

Neste primeiro capítulo, iremos desbravar as bases deste conhecimento, trazendo clareza sobre temas que perpassam a mediunidade e o funcionamento nas casas espíritas. Essas instituições não são apenas locais físicos, são verdadeiros recantos de proteção e aprendizado, onde Espíritos e humanos se encontram em um elo profundo de comunicação e evolução. Compreender como se portar nesse ambiente é crucial, pois nós não acessamos apenas informações; nós adentramos em um espaço sagrado de conexão, onde cada gesto, cada palavra e cada silêncio têm um significado profundo. 

Entendemos que a mediunidade muitas vezes é um tema cercado de mistérios e, por vezes, mal-entendidos. Aqui, faremos uma breve introdução sobre essa capacidade intrínseca que cada um de nós pode possuir, independentemente do nosso nível de conhecimento ou experiência. No decorrer deste livro, você terá a oportunidade de se familiarizar com essas práticas, compreender melhor cada etapa e, acima de tudo, se preparar para integrar essas vivências em sua própria trajetória.

 

Uma questão essencial que será nossa constante reflexão é a importância do conhecimento e do respeito. Cada ato, cada pensamento e cada sentimento são magnéticos, repercutindo não apenas em sua vida, mas também em toda a coletividade espiritual. O aprendizado contínuo e o respeito pelas leis que regem as casas espíritas são, sem dúvida, a chave para evitar desarmonias e gerações de energia negativa. Você vai se deparar com exemplos que ilustram a harmonia que se forma quando nos portamos com respeito e com uma mente aberta ao aprender, e as consequências que podem surgir da falta desse acolhimento.

 

Ademais, nós não estamos aqui simplesmente para absorver informações; estamos aqui para experienciar. A vivência é a ponte que nos liga ao aprendizado, e é por meio dela que a teoria se transforma em sabedoria prática. Sugerimos que, ao longo da leitura, você mantenha uma mente propensa para a reflexão e autoanálise. Quais são suas expectativas? Quais suas motivações interiores ao se dedicar a esta prática? Esta autoanálise se tornará um norte em sua caminhada, iluminando o caminho a ser percorrido.

 

Ao longo das páginas que se seguem, você encontrará uma estrutura cuidadosamente elaborada para guiá-lo na sua jornada. Cada capítulo foi projetado para ser um ponto de partida para novas descobertas, unindo teoria e prática, a fim de garantir uma experiência completa e enriquecedora. O convite que fazemos a você é que aproveite cada momento, cada aprendizado, sempre à luz de sua própria prática e contexto. Aborde cada tema com a humildade de um aprendiz e a determinação de um buscador da verdade, pois o caminho que se revela é de importância fundamental para a sua evolução pessoal e espiritual.

 

Ao concluir este primeiro passo, que é apenas o início de uma longa caminhada, deixo-lhe uma mensagem encorajadora: a busca pelo conhecimento espiritual é uma das mais nobres que um ser humano pode empreender. A grandeza de sua jornada está intimamente atrelada ao seu desejo de se conhecer mais profundamente e de se conectar com o divino que habita em você. Aceite este convite, mergulhe sem receios nas páginas seguintes e permita-se ser envolvido por cada ensinamento, cada reflexão e, sobretudo, por cada instante de luz que certamente se iluminará em sua vida.

 

Com muito carinho, Luiz Eduardo de Oliveira Ferreira.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

O que nos ensinou a pandemia?


 

A humanidade, em sua maioria, precisa repensar a vida, desenvolver sua consciência mais lúcida e deixar o estado evolutivo ainda tão identificado com a realidade material. Como exemplo dessa necessidade, vamos refletir sobre uma orientação espiritual que diz: “O que está ocorrendo neste momento faz parte de um processo de regeneração do planeta e reflete a grande necessidade de mudança no estilo da vida humana. O planeta está trabalhando na limpeza que há tanto tempo as profecias falam, não apenas em si, mas nas diversas camadas existenciais ainda tão pouco conhecidas devido à arbitrariedade da maioria em exigir e fixar-se na ilusão de que a vida seja tão somente material”.

A pandemia vai exigir muito de toda a humanidade por algum tempo e sua evolução vai depender da forma como as pessoas vão reagir a ela, podendo, a partir daí, criar uma perspectiva de vida diferente para a maioria. Vamos refletir sobre a mensagem da espiritualidade dentro desse contexto: “A dor é capaz de despertar níveis de amor elevados na humanidade”. Verificamos que isso ocorre, principalmente, quando se trata dos outros e de pessoas próximas de nós. Quando observamos um sofrimento de âmbito planetário como esse, isso se acentua. A espiritualidade diz que “muitas almas tiveram e terão seu desencarne durante a pandemia e isso estava de alguma forma previsto pela maneira como muitos vivem e, assim, criam em seus planos evolutivos essa necessidade”. Para a espiritualidade, “o vírus é uma manifestação real e indicadora do que precisamos mudar”. À medida que vocês sentem medo e acreditam que é o apocalipse chegando, a ação do vírus se fortalece. Quanto mais egoístas e mais apegados aos bens materiais, mais ele se fortalece. Saibam que a grande diferença dele para outros tipos de doença é a velocidade em que ele consegue se alastrar, mas a cura, o controle, a fraternidade e a ressignificação são possíveis.

Venho dizendo há muito tempo: " Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca chegue"

Voltemos aos aspectos da indicação dos orientadores: “Para essa nova era de regeneração planetária, o sofrimento foi a única alternativa viável”. O vírus convida para uma nova perspectiva de vida, para um alinhamento entre o que a alma pede, o que o planeta suplica e o todo manifesta. São tempos de dor, mas também de resistência, de luz e de profundas e urgentes mudanças”. Estamos num período de encontro conosco e de autoconhecimento e podemos despertar uma consciência mais íntima de nós e da vida.

Nesse momento o que devemos fazer?

Precisamos nos integrar mais uns com os outros e não sustentar separatividade. A mensagem da espiritualidade nos esclarece: “Nesse momento há um exército de trabalhadores da luz auxiliando em cada canto de nosso planeta, mas cabe a cada um de nós alimentar o lado que queremos que cresça e que seja útil à vida presente e futura neste orbe”. 

Todos os acontecimentos, sejam do passado ou os atuais, estão dentro de uma ordem divina e perfeita, apesar de não a compreendermos. E como agentes vivos da criação a retratar o Criador por meio de nossas energias, pela forma como pensamos e como manifestamos nossos sentimentos, essas forças influenciadoras da vida vão afetar de forma decisiva e definir as características de nossas existências. A pandemia será superada, mas sua intensidade, extensão e duração de dor, serão fruto do desejo, da decisão e das atitudes individuais perante ela.

Atitudes que devemos ter nesses tempos...

        Tomem banho de sol, todos os dias pela manhã, por pelo menos 15 minutos;

         Bebam bastante água, ela é o solvente universal fundamental para a manutenção do corpo; 

        Vibrem amor para as células;   

         Incorporem atitudes que sustentem a saúde: alegria, paz, trabalho, música, dança, ginástica, perdão, esperança, fé, limpeza, amor, beleza e harmonia.


Tenhamos fidelidade à lei! Paz e Bem !!


segunda-feira, 29 de março de 2021

Terceiro Milênio Os Tempos são Chegados

 


Bom dia amigos !!! Paz e Bem !!

          Os tempos marcados por Deus são chegados, dizem-nos de todas as partes, onde os grandes acontecimentos vão se cumprir para a regeneração da Humanidade. Em que sentido é preciso entender estas palavras proféticas?
          Para os incrédulos, elas não têm nenhuma importância; aos seus olhos, não é senão a expressão de uma crença pueril sem fundamento; para a maioria dos crentes, ela têm alguma coisa de mística e de sobrenatural que Ihes parece ser precursoras do transtorno das leis da Natureza. Estas duas interpretações são igualmente errôneas: a primeira naquilo que implica a negação da Providência, e que os fatos cumpridos provam a verdade dessas palavras; a segunda, naquilo que estas não anunciam a perturbação das leis da Natureza, mas seu cumprimento.
          Procuremos, pois, o sentido mais racional.
          Tudo é harmonia na obra da criação, tudo revela uma previdência que não se desmente nem nas menores coisas nem nas maiores; devemos, pois, de inicio descartar toda a ideia de capricho irreconciliável com a sabedoria divina; em segundo lugar, se nossa época está marcada para o cumprimento de certas coisas, é que elas têm sua razão de ser na marcha geral do conjunto.
          Isto posto, diremos que o nosso globo, como tudo o que existe, está submetido à lei do progresso. Ele progride fisicamente pela transformação dos elementos que o compõem, e moralmente pela depuração dos Espíritos, encarnados e desencarnados, que o povoam. Estes dois progressos se seguem e caminham paralelamente, porque a perfeição da habitação está em relação com a do habitante. Fisicamente, o globo sofreu transformações, constatadas pela ciência, e que, sucessivamente, o tomaram habitável para seres cada vez mais aperfeiçoados; moralmente, a Humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes. Ao mesmo tempo que a melhora do globo se opera, sob o império das forças materiais, os homens nisso concorrem pelos esforços de sua inteligência; eles saneiam as regiões insalubres, tornam as comunicações mais fáceis e a terra mais produtiva.
          Esse duplo progresso se realiza de duas maneiras: uma lenta, gradual e insensível; a outra por mudanças mais bruscas, em cada uma das quais se opera um movimento ascensional mais rápido que marca, por caracteres marcantes, os períodos progressivos da Humanidade. Esses movimentos, subordinados nos detalhes ao livre arbítrio dos homens, são, de alguma sorte, fatais em seu conjunto, porque estão submetidos à leis, como aqueles que se operam na germinação, crescimento e maturidade das plantas, tendo em vista que o objetivo da Humanidade é o progresso, não obstante a marcha retardatária de algumas individualidades; por isso, o movimento progressivo é algumas vezes parcial, quer dizer, limitado a uma raça ou a uma nação, outras vezes geral. O progresso da Humanidade se efetua, pois, em virtude de uma lei; ora, como todas as leis da Natureza são a obra eterna da sabedoria e da presciência divinas, tudo o que é o efeito dessas leis é o resultado da vontade de Deus, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável. Portanto, quando a Humanidade está amadurecida para transpor um degrau, pode-se dizer que os tempos marcados por Deus são chegados, como se pode dizer também que em tal época chegaram pela maturidade os frutos e a colheita.
          Do fato de que o movimento progressivo da Humanidade é inevitável, porque está na Natureza, não se segue que Deus a isto seja indiferente, e que, depois de ter estabelecido as leis, tenha entrado na inação, deixando as coisas irem inteiramente sozinhas. Suas leis são eternas e imutáveis, sem dúvida, mas porque sua própria vontade é eterna e constante, e que seu pensamento anima todas as coisas sem interrupção; seu pensamento, que penetra tudo, esforça inteligente e permanente que mantém tudo na harmonia; que esse pensamento cessasse um único instante de agir, e o Universo seria como um relógio sem pêndulo regulador. Deus vela, pois, incessantemente pela execução de suas leis, e os Espíritos que povoam o espaço são seus ministros encarregados dos detalhes, segundo as atribuições que tocam ao seu grau de adiantamento.
          O Universo é, ao mesmo tempo, um mecanismo incomensurável conduzido por um número não menos incomensurável de inteligências, um imenso governo onde cada ser inteligente tem sua parte de ação sob o olhar do soberano Senhor, cuja vontade única mantém por toda a parte a unidade. Sob o domínio dessa vasta força reguladora tudo se move, tudo funciona numa ordem perfeita, o que nos parece perturbações são os movimentos parciais e isolados que não nos parecem irregulares senão porque nossa visão é circunscrita. Se pudéssemos abarcar-lhe o conjunto, veríamos que essas irregularidades não são senão aparentes e que se harmonizam no todo.
          A previsão dos movimentos progressivos da Humanidade nada tem de surpreendente entre os seres desmaterializados que veem o objetivo para onde tendem todas as coisas, dos quais alguns possuem o pensamento direto de Deus, e que julgam, nos movimentos parciais, o tempo pelo qual poderá se cumprir um movimento geral, como se julga antes o tempo que é preciso a uma árvore, para dar frutos, como os astrônomos calculam a época de um fenômeno astronômico pelo tempo que é preciso a um astro para cumprir sua revolução.
          Mas todos aqueles que anunciam esses fenômenos, os autores de almanaques que predizem os eclipses e as marés, certamente eles mesmos não estão no estado de fazer os cálculos necessários não são senão os ecos; assim ocorre com os Espíritos secundários cuia visão é limitada, e que não fazem senão repetir o que aprouve aos Espíritos superiores Ihes revelar.
          A Humanidade realizou, até este dia. incontestáveis progressos; os homens, por sua inteligência, chegaram a resultados que jamais tinham atingido com relação às ciências, às artes e ao bem-estar material; resta-lhes, ainda, um imenso progresso a realizar: é o de fazer reinar entre eles a caridade, a fraternidade e a solidariedade, para assegurar o seu bem-estar moral. Não o podiam nem com suas crenças, nem com suas instituições antiquadas, restos de uma outra época, boas em uma certa época, suficientes para um estado transitório, mas que, tendo dado o que elas comportam, seriam um atraso hoje. Tal uma criança é estimulada por móveis, impotentes quando vem a idade madura. Não é mais somente o desenvolvimento da inteligência que é necessário aos homens, é a elevação do sentimento, e para isto é preciso destruir tudo o que poderia superexcitar neles o egoísmo e o orgulho.
          Tal é o período onde vão entrar doravante, e que marcará as fases principais da Humanidade. Esta fase que se elabora neste momento, é o complemento necessário do estado precedente, como a idade viril é o complemento da juventude; ela podia, pois, ser prevista e predita antecipadamente, e é por isto que se diz que os tempos marcados por Deus são chegados.
          Neste tempo, não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a uma região, a um povo, a uma raça; é um movimento universal que se opera no sentido do progresso moral. Uma nova ordem de coisas tende a se estabelecer, e os homens que lhe são os mais opostos nela trabalham com o seu desconhecimento; a geração futura, desembaraçada das escórias do velho mundo e formada de elementos mais depurados, achar-se-á animada de idéias e de sentimentos diferentes da geração presente que se vai a passos de gigante. O velho mundo estará morto, e viverá na história, como hoje os tempos da Idade Média, com seus costumes bárbaros e suas crenças supersticiosas.
          De resto, cada um sabe que a ordem das coisas atuais deixa a desejar; depois de ver, de alguma sorte, esgotar o bem-estar material, que é o produto da inteligência, chega-se a compreender que o complemento desse bem-estar não pode estar senão no desenvolvimento moral. Quanto mais se avança, mais se sente o que falta, sem, no entanto, poder ainda defini-lo claramente: é o efeito do trabalho intimo que se opera para a regeneração; têm-se desejos, aspirações que são como o pressentimento de um estado melhor.
          Mas uma mudança tão radical, quanto a que se elabora, não pode se realizar sem comoção; a luta inevitável entre as ideias, e quem diz luta, diz alternativa de sucesso e de revés; no entanto, como as ideias novas são as do progresso, e que o progresso está nas leis da Natureza, elas não podem deixar de se impor sobre as ideias retrógradas. Forçosamente, desse conflito, surgirão as perturbações temporárias, até que o terreno seja desobstruído dos obstáculos que se opõem ao estabelecimento de um novo edifício social. Da luta das ideias é que surgirão os graves acontecimentos anunciados, e não cataclismos, ou catástrofes puramente materiais. Os cataclismos gerais eram a consequência do estado de formação da Terra; hoje, não são mais as entranhas do globo que se agitam, são as da Humanidade.
          A Humanidade é um ser coletivo em que se operam as mesmas revoluções morais que em cada ser individual, com esta diferença de que umas se cumprem de ano em ano, e as outras de século em século. Que sejam acompanhadas, em suas evoluções através do tempo, e ver-se-á a vida das diversas raças marcadas por períodos que dão a cada época uma fisionomia particular.
          Ao lado dos movimentos parciais, há um movimento geral que dá o impulso à Humanidade inteira; mas o progresso de cada parte do conjunto é relativo ao seu grau de adiantamento. Tal será uma família composta de vários filhos dos quais o mais jovem está no berço e o primogênito com a idade de dez anos, por exemplo. Em dez anos, o primogênito terá vinte anos e será um homem; o mais jovem terá dez anos e, embora mais avançado, será ainda uma criança; mas, a seu turno, tornar-se-á um homem. Assim é com as diferentes frações da Humanidade; os mais atrasados avançam, mas não saberão, de um pulo, alcançar o nível dos mais avançados.
          A Humanidade, tornada adulta, tem novas necessidades, aspirações mais largas, mais elevadas; compreende o vazio das ideias das quais foi embalada, a insuficiência de suas instituições para a sua felicidade; ela não encontra mais, no estado das coisas, as satisfações legitimas para as quais se sente chamada; por isso ela sacode coeiros, e se lança impelida por uma força irresistível, para as margens desconhecidas, para descoberta de novos horizontes menos limitados. E é no momento em que ela se encontra muito pobremente em sua esfera material, onde a vida intelectual transborda, onde o sentimento da espiritualidade desabrocha, quantos homens, pretensos filósofos, esperam encher o vazio por doutrinas do niilismo e do materialismo! Estranha aberração! Esses mesmos homens que pretendem impeli-la para a frente, se esforçam por circunscrevê-la no circulo estreito da matéria; de onde ela aspira sair; e lhe fecham o aspecto da vida infinita, e lhe dizem, em lhe mostrando o túmulo: Nec plus ultra!
          A marcha progressiva da Humanidade se opera de duas maneiras, como o dissemos: uma gradual, lenta, insensível, se se consideram as épocas próximas, que não se traduz por melhorias sucessivas nos costumes, nas leis, nos usos, e não se percebe que, com o tempo, como as mudanças que as correntes d'água trazem à superfície do globo; o outro, por um movimento relativamente brusco, rápido, semelhante ao de uma torrente rompendo seus diques, que lhe faz transpor em alguns anos o espaço que ela teria séculos para percorrer. E então um cataclismo moral que engole, em alguns instantes, as instituições do passado, e ao qual sucede uma nova ordem de coisas, que se assenta pouco a pouco, à medida que a calma se restabelece, e se torna definitiva.
          Àquele que vive bastante tempo para abarcar as duas vertentes da nova fase, parece que um mundo novo tenha saído das ruínas do antigo; o caráter, os costumes, os usos, tudo está mudado; é que, com efeito, homens novos, ou melhor, regenerados, surgiram; as ideias trazidas pela geração que se extingue de o lugar às ideias novas na geração que se educa.
          É a um desses períodos de transformação, ou, querendo-se, de crescimento moral, que chegou a Humanidade. Da adolescência ela passa à idade viril; o passado não pode mais bastar para suas novas aspirações, suas novas necessidades; não pode ser mais conduzida pelos mesmos meios; não se paga mais com ilusões e prestígios: é preciso, à sua razão, amadurecer os alimentos mais substanciais. O presente é muito efêmero; ela sente que seu destino é mais vasto e que a vida corpórea é muito restrita para encerrá-la toda inteira; por isso ela mergulha seus olhares no passado e no futuro, a fim de ali descobrir o mistério de sua existência e ali haurir uma consoladora segurança.
          Quem meditou sobre o Espiritismo e suas consequências, e não o circunscreveu à produção de alguns fenômenos, compreende que ele abre à Humanidade um caminho novo, e lhe desenrola os horizontes do infinito; iniciando-o nos mistérios do mundo invisível, mostra-lhe seu verdadeiro papel na criação, papel perpetuamente ativo, tanto no estado espiritual como no estado corpóreo. O homem não caminha mais às cegas: ele sabe de onde vem, para onde vai e porque está sobre a Terra. O futuro se lhe mostra em sua realidade, livre dos preconceitos da ignorância e da superstição; não é mais uma vaga esperança: é uma verdade palpável, tão certa para ele quanto a sucessão do dia e da noite. Sabe que o seu ser não está limitado a alguns instantes de uma existência cuja duração está submetida ao capricho do acaso; que a vida espiritual não é interrompida pela morte; que ele já viveu, reviverá ainda, e que de tudo aquilo que adquire em perfeição pelo trabalho, nada está perdido; encontra em suas existências anteriores a razão daquilo que é hoje, e daquilo que se faz hoje, pode concluir o que será um dia.
          Com o pensamento de que a atividade e a cooperação individuais à obra geral da civilização são limitados à vida presente, que nada se foi e que nada será, que faz ao homem o progresso ulterior da Humanidade? Que lhe importa que no futuro os povos sejam melhor governados, mais felizes, mais esclarecidos, melhores uns para os outros? Uma vez que disso não deve retirar nenhum fruto, esse progresso não está perdido para ele? De que lhe serve trabalhar por aqueles que virão depois dele, se não deve jamais conhecê-los, e se são seres novos que pouco depois reentrarão, eles mesmos, no nada? Sob o império da negação do futuro individual, tudo, forçosamente diminuiria às mesquinhas proporções do momento e da personalidade
          Mas, ao contrário, que amplitude dá ao pensamento do homem a certeza da perpetuidade do ser espiritual ! que orça, que coragem não retira dali contra as vicissitudes da vida material! O que de mais racional, de mais grandioso, de mais digno do Criador que esta lei segundo à qual a vida espiritual e a vida corpórea não são senão dois modos de existência que se alternam para a realização do progresso o que de mais justo e de mais consolador do que a ideia dos mesmos seres progredindo sem cessar, primeiro através das gerações de um mesmo mundo, e em seguida de mundo em mundo, até a perfeição sem solução de continuidade! Todas as ações têm então um objetivo porque, trabalhando por todos, trabalha-se para si, e reciprocamente de sorte que nem o progresso individual nem o progresso geral jamais são estéreis; aproveita às gerações e às individualidades futuras, que não são outras senão as gerações e as individualidades passadas chegadas a um mais alto grau de adiantamento.
          A vida espiritual é a vida normal e eterna do Espirito, e a encarnação não é senão uma forma temporária de sua existência. Salvo a veste exterior, há pois, identidade entre os encarnados e os desencarnados; são as mesmas individualidades sob dois aspectos diferentes, pertencendo tanto ao mundo visível, quanto ao mundo invisível, se reencontrando seja num, seja no outro, concorrendo num e no outro ao mesmo objetivo, por meios apropriados à sua situação.
          Dessa lei decorre a da perpetuidade das relações entre os seres a morte não os separa, e não põe fim às suas relações simpáticas nem aos seus deveres recíprocos. Dai a solidariedade de todos para cada um, e de cada um para todos; dai também a fraternidade. Os homens não viverão felizes sobre a Terra senão quando esses dois sentimentos tiverem entrado em seus corações e em seus costumes porque, então, a eles sujeitarão suas leis e sua instituições. Estará ai um dos principais resultados da transformação que ali se opera.
          Mas como conciliar os deveres da solidariedade e da fraternidade com a crença de que a morte torna para sempre os homens estranhos uns aos outros? Pela lei da perpetuidade das relações que ligam todos os seres, o Espiritismo funda esse duplo principio sobre as próprias leis da Natureza; disso não faz só um dever, mas uma
necessidade. Pela da pluralidade das existências, o homem se prende ao que se fez e ao que se fará, aos homens do passado e aos do futuro; ele não pode mais dizer que não tem mais nada de comum com aqueles que morrem, uma vez que uns e os outros se reencontram sem cessar, neste mundo e no outro, para subirem juntos a escala do progresso e se prestarem um mútuo apoio. A fraternidade não está mais circunscrita a alguns indivíduos que o acaso reuniu durante a duração efêmera da vida; ela é perpétua como a vida do Espirito, universal como a Humanidade, que constitui uma grande família da qual todos os membros são solidários uns com os outros, qualquer que seja a época na qual viveram.
          Tais são as ideias que ressaltam do Espiritismo, e que suscitará, entre todos os homens, quando estiver universalmente difundido, compreendido, ensinado. Com o Espiritismo a fraternidade, sinônimo da caridade pregada pelo Cristo, não é mais uma vã palavra; ela tem a sua razão de ser. Do sentimento da fraternidade nascem o da reciprocidade e dos deveres sociais, de homem a homem, de povo a povo, de raça a raça; desses dois sentimentos bem compreendidos sairão, forçosamente, as instituições mais proveitosas ao bem-estar de todos.
          A fraternidade deve ser a pedra angular da nova ordem social; mas não há fraternidade real, sólida e efetiva se não estiver apoiada sobre uma base inabalável; essa base é a fé; não a fé de tais ou tais dogmas particulares que mudam com o tempo e os povos e se lançam pedras, porque, anatematizando-se, entretêm o antagonismo; mas a fé nos princípios fundamentais que todo o mundo pode aceitar Deus, a a/ma, o futuro, O PROGRESSO INDIVIDUAL, INDEFINIDO, A PERPETUIDADE DAS RELAÇÕES ENTRE OS SERES. Quando todos os homens estiverem convencidos de que Deus é o mesmo para todos, que esse Deus, soberanamente justo e bom, nada pode querer de injusto, que o mal vem dos homens e não dele, se olharão como filhos de um mesmo pai e se estenderão a mão. É esta fé que o Espiritismo dá, e que será doravante o pivô sobre o qual se moverá o gênero humano, quaisquer que sejam suas maneiras de adorá-lo e suas crenças particulares, que o Espiritismo respeita, mas da qual não tem que se ocupar. Só dessa fé pode sair o verdadeiro progresso moral, porque só ela dá uma sanção lógica aos direitos legítimos e aos deveres; sem ela, o direito é aquele que dá a força; o dever, um código humano imposto pelo constrangimento. Sem ela, o que é o homem? um pouco de matéria que se desfaz, um ser efêmero que não faz senso passar; o próprio gênio o uma centelha que brilha um instante para se apagar para sempre; certamente, não há ali de que se isentar muito aos seus próprios olhos. Com um tal pensamento, onde estão realmente os direitos e os deveres? qual é o objetivo do progresso? Sozinha, esta fé faz sentir ao homem sua dignidade pela perpetuidade e o progresso do seu ser. Não num futuro mesquinho e circunscrito à personalidade, mas grandioso e esplêndido; seu pensamento se eleva acima da Terra; sente-se crescer pensando que tem seu papel no Universo e que esse Universo é seu domínio que poderá um dia percorrer, e que a morte dele não fará uma nulidade, ou um ser inútil a si mesmo e aos outros.
          O progresso intelectual realizado até este dia. nas mas vastas proporções, é um grande passo, e marca a primeira fase da Humanidade, mas sozinho é impotente para regenerá-la; enquanto o homem for dominado pelo orgulho e pelo egoísmo, utilizará sua inteligência e seus conhecimentos em proveito de suas paixões e de seus interesses pessoais; é por isso que os aplica ao aperfeiçoamento dos meios de prejudicar aos outros e de se entre destruírem. Só o progresso moral pode assegurar a felicidade dos homens sobre a Terra, colocando um freio às más paixões; só ele pode fazer reinar entre eles a concórdia, a paz, a fraternidade. Será ele que abaixará as barreiras dos povos, que fará tombar os preconceitos de casta, e calar os antagonismos de seitas, ensinando aos homens a se olharem como irmãos, chamados para se entre ajudarem e não viverem às expensas uns dos outros. Será ainda o progresso moral, secundado aqui pelo progresso da inteligência, que confundirá os homens numa mesma crença, estabelecida sobre as verdades eternas, não sujeitas à discussão e, por isto mesmo, aceitas por todos. A unidade de crença será o laço mais poderoso, o mais sólido fundamento da fraternidade universal, quebrado em todos os tempos pelos antagonismos religiosos que dividem os povos e as famílias, que fazem ver no próximo inimigos que é preciso fugir, combater, exterminar, em lugar de irmãos que é preciso amar.
          Um tal estado de coisas supõe uma mudança radical nos sentimentos das massas, um progresso geral que não poderia se realizar senão saindo do circulo das ideias estreitas e terra-a-terra que fomentam o egoísmo. Em diversas épocas, homens de elite procuraram conduzir a Humanidade nesse caminho; mas a Humanidade, embora muito jovem, permaneceu surda, e seus ensinos foram como a boa semente caída sobre a pedra. Hoje, ela está madura para levar seus olhares mais alto do que ela não o fez, para assimilar as ideias mais amplas e compreender o que não tinha compreendido. A geração que desaparece levará com ela seus preconceitos e seus erros; a geração que se levanta, temperada numa fonte mais depurada, imbuída de ideias mais sadias, imprimirá ao mundo o movimento ascensional no sentido do progresso moral, que deve marcar a nova fase da Humanidade. Esta fase já se revela por sinais inequívocos, por tentativas de reformas úteis, pelas ideias grandes e generosas que vêm à luz e que começam a encontrar ecos. Assim é que se vê se fundar uma multidão de instituições protetoras, civilizadoras e emancipadoras, sob o impulso e pela iniciativa de homens evidentemente predestinados à obra da regeneração; que as leis penais se impregnam cada dia de um sentimento mais humano. Os preconceitos de raça se enfraquecem, os povos começam a se olhar como os membros de uma grande família; pela uniformidade e a facilidade dos meios de transação, suprimem as barreiras que os dividiam de todas as partes do mundo, se reúnem em comícios universais pelos torneios pacíficos da inteligência. Mas falta a essas reformas uma base para se desenvolver, se completar e se consolidar, uma predisposição moral mais geral para frutificar e se fazer aceitas pelas massas. Este não é menos um sinal característico do tempo, o prelúdio daquilo que se realizará sobre uma mais vasta escala, à medida que o terreno se tornar mais propicio.
          Um sinal não menos característico do período em que entramos, é a reação evidente que se opera no sentido das ideias espiritualistas, uma repulsa instintiva se manifesta contra as ideias materialistas, cujos representantes se tornam menos numerosos ou menos absolutos. O espirito de incredulidade que tinha se apoderado das massas, ignorantes ou esclarecidas, e lhe tinha feito rejeitar, com a forma, o próprio fundo de toda crença, parece Ter tido um sono ao sair do qual experimenta a necessidade de respirar um ar mais vivificante. Involuntariamente, onde o vazio se fez, procura-se alguma coisa, um ponto de apoio, uma esperança.
          Neste grande movimento regenerador, o Espiritismo tem um papel considerável, não o Espiritismo ridículo inventado por uma critica zombeteira, mas o Espiritismo filosófico, tal como o compreende quem se dá ao trabalho de procurar a amêndoa sob a casca. Pelas provas que ele traz das verdades fundamentais, ele enche o vazio que a incredulidade faz nas ideias e nas crenças; pela certeza que dá de um futuro conforme a justiça de Deus, e que a mais severa razão pode admitir, tempera as amarguras da vida e previne os funestos efeitos do desespero.
          Fazendo conhecer novas leis da Natureza, dá a chave de fenômenos incompreendidos e de problemas insolúveis até este dia. e mata ao mesmo tempo a incredulidade e a superstição. Para ele, não há nem sobrenatural nem maravilhoso; tudo se cumpre no mundo em virtude de leis imutáveis. Longe de substituir um exclusivismo por um outro, se coloca como campeão absoluto da liberdade de consciência, combate o fanatismo sob todas as formas, e o corta em sua raiz proclamando a salvação para todos os homens de bem, e a possibilidade, para os mais imperfeitos, de chegar, pelos seus esforços, a expiação e a reparação, à perfeição, única que conduz à suprema felicidade. Em lugar de desencorajar o fraco, encoraja-o mostrando-lhe o objetivo que pode alcançar.
          Ele não diz: Fora do Espiritismo não há salvação, mas com o Cristo: Fora da caridade não há salvação, principio de união, de tolerância, que unirá os homens num comum sentimento de fraternidade, em lugar de dividi-los em seitas inimigas. Por este outro principio: Não há fé inabalável senão aquela que pode olhara razão face a face em todas as épocas da Humanidade, destrói o império da fé cega que anula a razão, da obediência passiva que embrutece; ele emancipa a inteligência do homem e levanta seu moral.
          Consequentemente, com ele não se impõe; ele diz o que é, o que quer, o que dá, e espera que se venha a ele livremente, voluntariamente; quer ser aceito pela razão e não pela força. Ele respeita todas as crenças sinceras, e não combate senão a incredulidade, o egoísmo, o orgulho e a hipocrisia, que são as chagas da sociedade, e os mais sérios obstáculos ao progresso moral; mas não lança anátema a ninguém, nem mesmo aos seus inimigos, porque está convencido de que o caminho do bem está aberto aos mais imperfeitos, e que, cedo ou tarde, nele entrarão.
          Se se supõe a maioria dos homens imbuídos desse sentimento, podem-se facilmente se figurar as modificações que trarão nas relações sociais: caridade, fraternidade, benevolência para todos, tolerância para todas as crenças, tal será a sua divisa. É o objetivo para o qual tende, evidentemente, a Humanidade, o objeto de suas aspirações, de seus desejos, sem que ela se dê muita conta dos meios de realizá-los; ela ensaia, tateia, mas é detida por resistências ativas ou pela força da inércia dos preconceitos, das crenças estacionárias e refratárias ao progresso. São essas resistências que é preciso vencer, e isto será obra da nova geração; seguindo-se o curso atual das coisas, reconhece-se que tudo parece predestinado a lhe abrirá caminho; terá para ele a dupla força do número e das ideias, e além disto a experiência do passado.
          A nova geração caminhará, pois, para a realização de todas as ideias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento ao qual tiver chegado. O Espiritismo caminhando no mesmo objetivo, e realizando seus fins , encontrar-se-ão sob o mesmo terreno , não como concorrentes, mas como auxiliares se prestando um mútuo apoio. Os homens progressistas encontrarão nas ideias espiritas uma possante alavanca, e o Espiritismo encontrará nos homens novos espíritos dispostos a acolhê-lo. Neste estado de coisas, que poderão fazer aqueles que quiserem se colocar como obstáculo?
          Não é o Espiritismo que cria a renovação social, é a maturidade da Humanidade que faz dessa renovação uma necessidade. Por seu poder moralizador, por suas tendências progressivas, pela amplitude de seus objetivos, pela generalidade das questões que abarca, o Espiritismo está, mais do que qualquer outra doutrina, apto a secundar o movimento regenerador; é por isto que é dele contemporâneo; veio no momento em que poderia ser útil, porque para ele também os tempos estão chegados; mais cedo, teria encontrado obstáculos insuperáveis; teria inevitavelmente sucumbido, porque os homens, satisfeitos com o que tinham, não sentiam a necessidade daquilo que ele traz. Hoje, nascido com o movimento das idéias que agitam, encontra o terreno preparado para recebê-lo; os espíritos, as da dúvida e da incerteza, assustados com o abismo que se cava diante deles, o acolhem como uma ancora de salvação e uma suprema consolação.
          Dizendo que a Humanidade está madura para a regeneração, isto não quer dizer que todos os indivíduos o estão no mesmo grau, mas muitos têm, por intuição, o germe das ideias novas que as circunstancias farão eclodir; então, mostrar-se-ão mais avançados do que se supunha, e seguirão com diligência o impulso da maioria.
          Há deles, no entanto, que são essencialmente refratários, mesmo entre os mais inteligentes, e que, seguramente, não se juntarão jamais, pelo menos nesta existência, uns de boa-fé, por convicção; os outros por interesse. Aqueles cujos interesses materiais estão ligados ao estado presente das coisas, e que não estão bastante avançados para disso fazer abnegação, que o bem geral toca menos que o de sua pessoa, não podem ver sem apreensão o menor movimento reformador; a verdade é para eles uma questão secundária, ou, melhor dizendo, a verdade está inteiramente naquilo que não Ihes cause nenhuma perturbação; todas as ideias progressistas são, aos seus olhos, ideias subversivas, é porque Ihes devotam um ódio implacável e Ihes fazem uma guerra obstinada. Muito inteligentes por não verem no Espiritismo um auxiliar dessas ideias e os elementos da transformação que temem porque não se sentem à sua altura, se esforçam por abatê-lo; se o julgassem sem valor e sem importância, não se preocupariam com ele. Já dissemos em outro lugar: "Quanto mais uma ideia é grande, mais encontra ela adversários, e pode se medir sua importância pela violência dos ataques dos quais é objeto."
          O número dos retardatários é ainda grande, sem dúvida, mas o que podem contra a onda que cresce, senão nela lançar algumas pedras? Esta onda é a regeneração que se ergue, ao passo que eles desaparecem com a geração que se vai cada dia a grandes passos. Até lá defenderão o terreno palmo a palmo; há, pois, uma luta inevitável, mas uma luta desigual, porque é a do passado decrépito que cai em farrapos, contra o futuro juvenil; da estagnação contra o progresso; da criatura contra a vontade de Deus, porque os tempos marcados para ele estão chegados.
ALLAN KARDEC

 Fonte: Revista Espírita - Ano 1866 Outubro

sexta-feira, 26 de março de 2021

A Pandemia e a Renovação planetária !!

 


Com tantas informações controversas nesta época de pandemia, uma que desperta muito interesse é sobre a transição planetária e a regeneração da humanidade.

Fazendo minhas reflexões  com alguns amigos , uma questão suscitou muitas opiniões. Está claro que estamos passando pela tão falada “Transição Planetária”?  Então quer dizer que, assim que essa pandemia terminar, nós vivenciaremos uma época de felicidade e de plenitude?

Como saber? 

 Encontrei a resposta no  livro ‘A Gênese’, de Allan Kardec, cap 27:

“Para que os homens sejam felizes na Terra, é preciso que ela seja povoada apenas por bons Espíritos encarnados e desencarnados, que queiram apenas o Bem.

É para se pensar. Será que todo mundo que está aqui neste planeta vive regido pela aspiração de apenas fazer coisas boas pelos melhores motivos? Parece que será preciso pesquisar mais.

Vamos lá: em primeiro lugar o que é Transição Planetária?

A resposta do livro ‘Transição Planetária’, do espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo Franco, é a seguinte: “Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam …”

E voltando ao livro ‘A Gênese’, de Allan Kardec – A geração nova, Cap. XVIII, itens 27 e 28: “… A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares…”

Bem, como vemos essa transição já se iniciou há muito tempo na espiritualidade.

Uma ação de encarnações em massa trouxe um grande contingente de espíritos imperfeitos à Terra, provocando, como resultado, profundas mudanças. Essa massa de espíritos imperfeitos transformou completamente a sociedade em seus valores, fundamentos econômicos, movimentos culturais e, fundamentalmente, na ordem familiar.

Eles reencarnaram para que tivessem uma oportunidade para se melhorarem, em busca de um aperfeiçoamento pessoal que lhes possibilitasse evoluir de seus estados de imperfeição e sofrimentos.

Contudo, o resultado final da ação desse grupo causou uma total alteração do planeta. E ele foi, então, marcado profundamente pelas aflições, sofrimentos interiores e vícios que esses espíritos portavam e que não conseguiram superar.

Em função desse contingente de espíritos não ter conseguido cumprir as suas missões, temos o início da Transição Planetária, pois era necessária uma completa renovação.

Esse movimento para a transição consistiu em um programa de preparação de um grande número de espíritos bons e evoluídos para virem à Terra, para que começassem a preparar as bases para a renovação da população.

O mundo estava na condição de expiações e provas. Nesse estágio, os habitantes têm que suportar as agruras da matéria e das intempéries, além de embates de toda ordem com os outros seres humanos. Ele começa, então, a progredir paulatinamente para um mundo de regeneração.

É importante esclarecer que  alterações poderão ocorrer ,mas essas alterações não se dão de forma abrupta nem generalizada. Ou seja, muitos espíritos ainda devem viver sob o corretivo das provas para resgatarem as suas faltas.

A marcha desse movimento de transição, entretanto, está agora sendo percebida de forma mais evidente, em função do nível médio de espiritualização dos habitantes do planeta.

Mas a condição de um apego maior à matéria trouxe a oportunidade para o surgimento de uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus extremamente voraz em sua capacidade de infectar. E não existe uma forma eficiente para o seu controle, a não ser o isolamento.

Além disso, esta pandemia está fazendo todos ficarem face a face com a morte, trazendo a percepção da morte física como uma possibilidade iminente.

E essa perspectiva está fazendo o medo e o pânico se alastrarem por todas as sociedades com o mesmo furor e com a mesma velocidade com que o vírus se espalha.

Precisamos ter o entendimento que muitos acontecimentos dolorosos, infelizmente, ainda se abaterão sobre a humanidade. A pandemia que se arrasta mundo afora é, em outras palavras, mais um elemento na evolução da Transição Planetária que vai trazer a regeneração dos habitantes da Terra.

Então o que se fazer para poder participar dessa renovação planetária?

Podemos dizer que isso pode ser feito ao promover a modificação nas nossas disposições morais.

Isto significa resistir aos elementos e influências que liberam a ação dos instintos mais primitivos, causando, assim, danos ao próximo.

Além disso, é importante que se desenvolva o hábito de orar. Porque é a oração, feita com o mais profundo da alma, que consegue estabelecer uma conexão segura com os espíritos elevados, com Jesus e com Deus.

Cada vez mais, nos dias tumultuados que ainda vão se seguir, é fundamental promover a paz interior e ser capaz de asserenar os sentidos para, assim, evitar a ansiedade que turba o pensamento.

É preciso, portanto, promover o bem, agir no bem e buscar formas de levar esse bem ao maior número possível de pessoas. Pois é assim que se desenvolve o amor.

Viveremos a transição em meio a dores, a convulsões sociais e políticas, a guerras e pandemias, a desencarnações coletivas. Mas esse movimento é necessário e, por certo, o melhor que poderia acontecer.

Somos todos filhos de um Pai de imenso amor e bondade e Ele sempre, tenha a certeza, sempre estará proporcionando o melhor para nós.

Fiquem em PAZ !!!!





sábado, 7 de março de 2020

Coronavírus, Visão Espiritual !!



Feliz Novo Ano amigos, PAZ & BEM !!!!


Mais uma vez venho me desculpar pois já estou bem atrasado no que diz respeito ao ano que se inicia, mais enfim vamos lá, iniciamos este ano com a notícia de uma epidemia causada pelo coronavírus, um grupo de vírus já conhecido desde 1960 e que provoca doenças que vão de infecções leves a moderadas até as mais graves, como a pneumonia, e que podem levar à morte.






O vírus foi detectado inicialmente na China, em Wuran. Seu período de incubação é de 2 a 14 dias e apresenta como principais sintomas coriza, dor de garganta, febre, tosse e falta de ar. A transmissão acontece por meio de tosse ou espirro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.






Desde dezembro do ano passado, quando surgiram os primeiros casos na cidade chinesa de Wuhan, 600 pessoas morreram e o número de infectados já soma 30 mil casos. Cidades são isoladas, aeroportos fiscalizados, mercado financeiro e turismo sofrem as consequências pelo medo do avanço da doença e o mundo, enfim, realmente se assusta, pois vários locais já foram atingidos.


A Organização Mundial da Saúde declarou estado de emergência global, advertindo também para a solidariedade entre os países.


Inicialmente, o espiritismo explica que as doenças fazem parte das provas e das vicissitudes da vida terrena. “Nos mundos mais adiantados, o organismo humano, mais depurado e menos material, não está sujeito às mesmas enfermidades”.


As condições de vida são muito diferentes da Terra. Também, “nos mundos felizes, as relações entre os povos são sempre amigáveis e nunca são perturbadas pela ambição de escravizar o vizinho, nem pela guerra”. Ora, em resumo, o mal ali não se faz presente, não havendo expiações.






Isso significa que na Terra ainda vivemos uma infância espiritual de muitos contrários. “Tendes necessidade do mal para sentir o bem. Da noite para admirar a luz, da doença para apreciar a saúde”, nos ensinam os espíritos superiores.





É claro que uma epidemia assusta, preocupa, mas é interessante que se tenha esses conceitos espirituais em evidência antes de se arriscar a fazer qualquer observação, pois Deus, em sua perfeição e misericórdia, atua através de leis também perfeitas e misericordiosas para que o progresso seja atingido em toda sua Criação. Por isso não há acasos.

O aprendizado é lento e mas contínuo. “Temos, assim, de nos resignar às consequências do meio onde nos coloca a nossa inferioridade, até que mereçamos passar a outro. Isso, no entanto, não é de molde a impedir que, esperando que tal se dê, façamos o que de nós depende para melhorar as nossas condições atuais. Se, porém, malgrado aos nossos esforços, não o conseguirmos, o espiritismo nos ensina a suportar com resignação os nossos passageiros males”, esclarece o espiritismo.

Explica a doutrina espírita que, no intervalo de suas existências corporais, os Espíritos se encontram no estado de erraticidade e formam a população espiritual ambiente da Terra. Pelas mortes e pelos nascimentos, as duas populações, terrestre e espiritual, deságuam incessantemente uma na outra. Há, pois, diariamente, emigrações do mundo corpóreo para o mundo espiritual e imigrações deste para aquele: é o estado normal.


Em certas épocas, determinadas pela sabedoria divina, essas emigrações e imigrações se operam por massas mais ou menos consideráveis, em virtude das grandes revoluções que lhes ocasionam a partida simultânea em quantidades enormes, logo substituídas por equivalentes quantidades de encarnações. (...) Chegadas e partidas coletivas são meios providenciais de renovar a população corporal do globo. Na destruição de grande número de corpos nada mais há do que rompimento de vestiduras; nenhum Espírito perece; eles apenas mudam de ambiente; em vez de partirem isoladamente, partem em grupos, essa a única diferença, visto que, ou por uma causa ou por outra, fatalmente têm que partir, cedo ou tarde.



As renovações rápidas apressam o progresso social. Sem as emigrações e imigrações que de tempos a tempos lhe vêm dar violento impulso, só com extrema lentidão esse progresso se realizaria.



É de notar­-se que todas as grandes calamidades que dizimam as populações são sempre seguidas de uma era de progresso de ordem física, intelectual, ou moral e, por conseguinte, no estado social das nações que as experimentam.

No livro Evolução em dois mundos, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, no capítulo 40, “Invasão microbiana”, pergunta-se ainvasão microbiana está vinculada a causas espiri­tuais? A resposta: “Excetuados os quadros infecciosos pelos quais se res­ponsabiliza a ausência da higiene comum, as depressões criadas em nós por nós mesmos, nos domínios do abuso de nossas forças, seja adulterando as trocas vitais do cosmo orgânico pela rendição ao desequilíbrio, seja estabelecendo perturbações em prejuízo dos outros, plasmam nos tecidos fisiopsicossomáticos que nos constituem o veículo de expressão determinados cam­pos de rutura na harmonia celular”.



Isso quer dizer que nossos desajustamentos nos tornam passíveis de invasão microbiana, e dificultam a regeneração natural das células, instalando-se assim a doença, pela de­sarmonia causada por nossas escolhas – conscientes ou não, de agora ou de ontem.



E continua a resposta: “Geralmente, quase todos os processos de doenças surgem como fenô­menos secundários sobre as zonas de predisposição enfermiça que formamos em nosso próprio corpo, pelo desequilíbrio de nossas forças mentais a gerarem ruturas ou soluções de conti­nuidade nos pontos de interação entre o corpo espiritual e o veí­culo físico, pelas quais se insinua o assalto microbiano a que se­jamos mais particularmente inclinados”.



E aqui entra também, ainda conforme a resposta, a importância da transformação moral para uma vida realmente saudável. “Amparo aos outros cria amparo a nós próprios, motivo por que os princípios de Jesus, desterrando de nós animalidade e orgulho, vaidade e cobiça, crueldade e avareza, e exortando-nos à simplicidade e à humildade, à fraternidade sem limites e ao perdão incondicional, estabelecem, quando observados, a imu­nologia perfeita em nossa vida interior, fortalecendo-nos o po­der da mente na autodefensiva contra todos os elementos des­truidores e degradantes que nos cercam e articulando-nos as possibilidades imprescindíveis à evolução para Deus.”
Bom amigos espero ter podido colaborar um pouco esclarecendo sobre esse problema que nos aflige !
Fiquem Bem !!!
Muita Luz a todos !!!