domingo, 30 de junho de 2013

A Ética do Espiritismo.



Bom dia meus irmãos, tomei ciência essa semana de um grupo chamado Grupo Espírita de Estudo de Ética, um grupo de estudos de Divinópolis MG, fui buscar então informações sobre como seriam feitos esses estudos, descobri que eles desde o ano 2000, se dedicam ao estudo da Sistematização do aspecto moral d’O Livro dos Espíritos, achei muito interessante o assunto e resolvi divulgar um pouco aqui através do blog o trabalho que esse grupo desenvolve, quem se interessar em se aprofundar mais no assunto deixe uma mensagem que entro em contato e passo mais do material que consegui.
Sendo assim vamos a uma pequena síntese do trabalho já realizado...

“O Espiritismo é uma alavanca que afasta as
barreiras da cegueira. A preocupação pelas questões morais está inteiramente para ser criada;
discute-se a política que examina os interesses
gerais, discute-se os interesses privados, apaixona-se pelo ataque, ou defesa das personalidades; os sistemas têm seus partidários e seus
detratores; mas as verdades morais, as que são
o pão da alma, o pão da vida, são deixadas na
poeira acumulada pelos séculos.”

J.J. Rousseau

Apresentação

 José Carlos Pereira
(Do Grupo de Cultura Espírita “Prof. Cícero Pereira”–Divinópolis–MG)

Numa demonstração de apreço – acreditamos que pela nossa lide de meio século de estudo e divulgação da Doutrina – fomos solicitados a fazer a apresentação deste trabalho que, para o GEEET– Grupo Espírita de Estudos de Ética, que o empreendeu, foi objeto de especial atenção.
Seu objetivo específico é a contextualização dos textos básicos da moral espírita, o como um código voltado para a universalidade.
Inquestionavelmente, o intento se reveste de elevada significação, pois consubstanciada na Lei Divina ou Natural, esse fundamento do Espiritismo está realmente acima de qualquer variação temporal. A moral é inerente à natureza do Espírito. Atributo ainda latente que precisa ser alcançado através de lúcida consciência. Para isso, é imprescindível que, sem postergação, o espírito se empenhe no seu autoconhecimento, transformando sua potência em ato, sua virtualidade em realidade, pois esse é o determinismo da sua superior destinação: à sua perfeitabilidade. Daí, a evidência de que toda
reflexão e a análise dessa temática, extrapole qualquer pretensão de natureza sectária.
Sobre essa questão, é oportuno reportar-nos às palavras de Allan Kardec, ao esclarecer, na introdução de “O Evangelho Segundo Espiritismo”, o objetivo da obra:
“Se as quatro primeiras partes dos Evangelhos tem sido objeto de discussões, a última – a moral – permanece inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno
em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam suas crenças. Porque nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por
toda parte provocadas pelos dogmas. Se o discutissem, as seitas teriam, aliás, encontrado nele a sua própria condenação, porque a maioria delas se apegaram mais à parte mística do que à parte moral, que exige a reforma de cada um. Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma ponta do véu erguida
sobre a vida futura. É essa a parte que constitui objeto exclusivo desta obra”.
Acresce ainda que o trabalho do GEEET representa o que há de mais essencial nessa fase de transição em que vive a humanidade.
Segundo registra Allan Kardec na “Revista Espírita” de dezembro de 1863, volume 12, página.378-EDICEL, “ O sexto e último período do Espiritismo será o da regeneração social, que abrirá
a era do século vinte”. Essa previsão caracteriza a síntese da Codificação Kardeciana: “O Espiritismo é uma doutrina científica, filosófica de conseqüência moral”.
Apreende-se, pois, que a vivência da concepção moral do Espiritismo em todos os planos da vida, é uma forma de superar o processo do sistema imperante no nosso mundo, onde o arbítrio de uns
poucos aliena a ciência, tecnologia, correntes culturais e filosóficas, assim como seitas religiosas. É o poder econômico, subvertendo, com seu pragmatismo, todos valores éticos, tirando de um imenso contingente humano a sua condição de sujeitos, transformandos, por um processo de desumanização, em párias, em excluídos dos direitos sociais.
Entretanto, a conquista dessa transformação só será alcançada através de uma ação consciente e dinâmica, capaz de superar esse estágio de “prova e expiação”. Essa ação precisa transpor os limites de espaço e do tempo. Deverá ser um estado de espírito, uma conduta. Será na expressão do professor J. Herculano Pires, a pedagogia do contágio, atribuída a Jesus de Nazaré.

Para os espíritas, em particular, em particular, o objetivo desse trabalho é propiciar uma percepção lúcida e integral, isto é, a interação das linhas mestras do pensamento doutrinário com a práxis moral, o
que quase sempre nos escapa quando a leitura e o estudo são feitos de forma periférica e mecânica, sem espírito investigador sem senso de criticidade, onde predomina memorização, sem assimilação do
seu verdadeiro conteúdo.
A pesquisa realizada pelo grupo se processou em torno de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”. Sobre esse aspecto e face a possíveis indagações do porquê desse critério não ter se estendido às demais
obras da codificação, cabe-nos relembrar que “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” é o edifício da Doutrina. É o código básico de um novo ciclo da ascensão humana. Todas as demais obras são subsidiárias;
desenvolvimento e desdobramento do núcleo central, como têm assinalado vários estudiosos.
Divinópolis, 2 de Maio de 2000.

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