“A
homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns
círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características,
por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura
do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos
psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é
perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação”
(Xavier) Espírito Emmanuel
Deus criou espíritos e estes não tem sexo. Então, tanto podemos encarnar
em um corpo masculino como feminino. Quando estamos encarnados,
interpretamos papéis, como artistas num filme ou novela. Um homem, por
exemplo, não É homem, ele ESTÁ interpretando o papel de homem, porque
veste um corpo masculino. Assim ocorre em relação à mulher. Na próxima
encarnação não sabemos em que sexo reencarnaremos. Portanto, os filhos
não SÃO nossos filhos, eles ESTÃO nossos filhos. Eles são, na verdade,
filhos de Deus assim como todos nós.
Tema
que ainda gera muita polêmica em nosso meio, surgindo naturais
divergências de opiniões quando esse assunto entra em pauta. Mas
intransigência, intolerância e falta de compreensão é o que se vê na
maioria das pessoas que não conseguem vislumbrar que existe o outro lado
da moeda. Falta a muitos a capacidade de ver nessas pessoas irmãos em
doloroso estágio evolutivo.
Opinião de Kardec
Em janeiro de 1866, na Revista Espírita, quando analisa o assunto “As mulheres têm uma alma?”, ele diz o seguinte:
(...)
As almas ou Espíritos não têm sexo. As afeições que as une nada têm
de carnal, e, por isto mesmo, são mais duráveis, porque são fundadas
sobre uma simpatia real, e não são subordinadas às vicissitudes da
matéria.
(...)
Os sexos não existem senão no organismo; são necessários à
reprodução dos seres materiais; mas os Espíritos, sendo a criação de
Deus, não se reproduzem uns pelos outros, é por isto que os sexos seriam
inúteis no mundo espiritual.
Os Espíritos progridem pelo trabalho que realizam e as provas que
têm que suportar, como o operário em sua arte pelo trabalho que faz.
Essas provas e esses trabalhos variam segundo a sua posição social. Os
Espíritos devendo progredir em tudo e adquirir todos os conhecimentos,
cada um é chamado a concorrer aos diversos trabalhos e a suportar os
diferentes gêneros de provas; é por isto que renascem alternativamente
como ricos ou pobres, senhores ou servidores operários do pensamento ou
da matéria.
Assim se encontra fundado, sobre as próprias leis da Natureza, o
princípio da igualdade, uma vez que o grande da véspera pode ser o
pequeno do dia de amanhã, e reciprocamente. Deste princípio decorre o da
fraternidade, uma vez que, nas relações sociais, reencontramos antigos
conhecimentos, e que no infeliz que nos estende a mão pode se encontrar
um parente ou um amigo.
É no mesmo objetivo que os Espíritos se encarnam nos diferentes
sexos; tal que foi um homem poderá renascer mulher, e tal que foi mulher
poderá renascer homem, a fim de cumprir os deveres de cada uma dessas
posições, e delas suportar as provas.
(...)
Agora vem o principal do texto, que fala exatamente do assunto que estamos tratando:
Se essa influência repercute da vida corpórea à vida espiritual,
ocorre o mesmo quando o Espírito passa da vida espiritual à vida
corpórea. Numa nova encarnação, ele trará o caráter e as inclinações que
tinha como Espírito; se for avançado, fará um homem avançado; se for
atrasado, fará um homem atrasado. Mudando de sexo, poderá, pois, sob
essa impressão e em sua nova encarnação, conservar os gostos, as
tendências e o caráter inerentes ao sexo que acaba de deixar. Assim se
explicam certas anomalias aparentes que se notam no caráter de certos
homens e de certas mulheres. (RE 1866, pp. 3-4).
Algumas opiniões sobreesse assunto:
Drauzio Varella:
“... O espectro da sexualidade humana é amplo e de alta complexidade,
no entanto, vai dos heterossexuais empedernidos aos que não têm o mínimo
interesse pelo sexo oposto. Entre os dois extremos, em gradações
variadas entre a hetero e a homossexualidade, oscilam os menos
ortodoxos”.
Chico Xavier:
em resposta às perguntas: como encara o espiritismo o problema da
homossexualidade? Qual a melhor atitude da sociedade frente a essa
ocorrência?
- “Acreditamos que o tempo e a compreensão humana traçarão normas
sociais susceptíveis de tranqüilizar quantos se vinculam a semelhante
segmento da comunidade, assegurando-se-lhes a benção do trabalho com o
respeito devido a todos os filhos de Deus (...) Até que isso se
concretize, não vejo qualquer motivo para críticas destrutivas e
sarcasmos incompreensíveis para com os nossos irmãos e irmãs portadores
de tendências homossexuais, a nosso ver claramente iguais às tendências
heterossexuais que assinalam a maioria das criaturas humanas”.
“Em minhas noções de dignidade do espírito, não consigo entender por
que razão esse ou aquele preconceito social impedirá certo número de
pessoas de trabalhar e de serem úteis à vida comunitária, unicamente
pelo fato de haverem trazido do berço características psicológicas e
fisiológicas diferentes da maioria. (...) Nunca vi mães e pais,
conscientes da elevada missão que a Divina Providência lhes delega,
desprezarem um filho porque haja nascido cego ou mutilado. Seria humana e
justa a nossa conduta em padrões de menosprezo e desconsideração,
perante os nossos irmãos que nascem com dificuldades psicológicas?”.
(www.espirito.org.br, texto de Luiz Almeida intitulado:
Homossexualidade).
Divaldo Pereira Franco,
psicografando Joana de Angelis diz: Outro fator que merece análise é o
da identidade sexual. Há jovens que logo definem e aceitam a sua
natureza essencial, masculina ou feminina. Nessa oportunidade surgem os
conflitos mais fortes do transexualismo e do homossexualismo, alguns
deles como resultado de fatores genéticos, trabalhados pelo Espírito na
constituição do corpo através da reencarnação, que se utilizou do
perispírito para a modelagem da forma orgânica, outros como efeito da
conduta familiar ou social, e, outros mais, ainda, pela necessidade de
ser trabalhada a sexualidade como diretriz preponderante para a
aquisição de recursos mais elevados e difíceis de conquistados.
Quando
essa identidade sexual é prematura, o adolescente sofre de um efeito
apenas biológico, sem preparação psicológica para o comportamento algo
estressante. Quando atrasada, reações igualmente psicológicas podem
levar a uma hostilidade ao próprio corpo como ao dos outros.
A
identificação sexual do indivíduo equilibrado faz-se definir quando se
harmonizam a expressão biológica – anatômica – com a psicológica,
expressando-se de forma natural e progressiva, sem os choques da
incerteza ou da incapacidade comportamental diante da realidade do
fenômeno sexual. (Adolescência e Vida, Divaldo P. Franco, pp. 70-71).
Bom amigos poderíamos ficar aqui relatando centenas de opiniões abalizadas de grandes homens sejam da ciência ou espiritualistas, mas a verdade é que o espírito é único e eterno, não tem sexo, o preconceito o esteriótipo é coisa do encarnado,temos que procurar olhar para o outro como se estivéssemos olhando para um espelho, olhar o outro como olhamos para nós mesmos, desejar ao outro aquilo que queremos para nós.
Meus irmãos procuremos buscar o quanto antes nossa reforma íntima, não é simples , não é fácil, mas, temos que começar a tentar mudar , deixar o homem velho de lado e colocar o homem novo pra fora, esse assunto está longe de estar esgotado, continuarei pesquisando e em breve falaremos um pouco mais sobre ele.
Fiquem em PAZ !!!
L. Eduardo, meu querido. Tinha muita curiosidade sobre esse assunto. Talvez por conta do tabu que a sociedade o transformou. Enfim. No ano passado, a Irmã que dá aula de Ensino Religioso em minha escola, disse-nos que, segundo o catolicismo, o homossexualismo não é pecado, mas a prática homossexual sim. O que ela quis dizer é que sentir atração pelo mesmo sexo não é pecado, mas a prática, o sexo homossexual sim.
ResponderExcluirQuem sou eu para julgar o próximo, seja positiva ou negativamente?! Agora, uma amiga minha diz que a pessoa não tem culpa de sentir atração, se ela sente atração não tem problema o sexo seja hétero ou homossexual.
Então?! O que fazer, pensar e dizer?!
Abraços, meu querido!
Este comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirÉ um assunto que precisa de mais cuidado, atenção e debates, pois já vivemos uma realidade confusa e que nos cobra a perfeição e onde não cabe mais tanto preconceito (na minha opinião). Neste momento se cria as diversidades e justamente onde damos de cara com amigos "diferentes" apenas por terem opiniões e desejos considerados "anormais". E o que é anormal? É anormal acordar todos os dias pela manhã e sentir felicidade, integridade e inteiro com um parceiro do mesmo sexo? E o que dizemos dos héteros que acordam obrigados a se olharem apenas por compartilharem filhos e negócios?!
ResponderExcluirÉ meio controverso e não faz o menor sentido. Se o amor existe entre almas que se reencontram e se completam... Assim digo também de pessoas com grande diferença de idade, cuja necessidade está em partilhar as idéias, sentimentos e o mesmo sentimento reconhecido de coração para coração... Não entendo muito bem quando se coloca limites para o amor. Ainda que seja de sexo diferente, que seja por raça, etc. O que julgamos é a promiscuidade e a falta de sensibilidade e respeito ao próprio sentimento, pelo seu próprio e como ser humano. O que acho mais triste é uma pessoa estar dentro do "grupo" em questão e não se dar o devido valor. Estou a favor da amizade, parceria, união. O tempo que vivemos permiti-nos raciocinar com mais seriedade e meditar sobre nossos desejos mais íntimos... O que estamos fazendo com nós mesmos e o que cobramos do outro, se não nos olhamos no espelho!!? SERÁ QUE SOMOS ASSIM TÃO CERTINHOS!??? Será que nossos desejos mais secretos não seriam tão piores !?
Isso nos faz pesquisar nossas fragilidades e raciocinar sem pre julgamento. O que é certo e o que é errado??? SErá que estamos do lado do bem? E você, de que lado está????
Valeu Edu. Adorei a matéria.
Zel, meu amor, você é exatamente uma "MÃE"!!! Tem uma capacidade de falar e defender seu ponto de vista de uma maneira doce e direta ao mesmo tempo!!! Sua opinião me fez refletir muito!!! Muito mesmo!!! É verdade!!! Será que somos tão certinhos assim?! Concordo!!!
ResponderExcluirSeu comentário me fez refletir por uma questão posta nesse texto de Dudu, onde ele diz que o espírito não tem sexo. Eu não sou homem, João Pedro; eu estou homem, estou João Pedro! Logo, o amor verdadeiro deve ultrapassar essas barreiras que, acredito eu, só devem existir para nós desse mundo material preso aos pecados e defeitos!!!
Beijos, Zel, beijos, Dudu!!! Gostei demais da matéria e dos comentários!!!
João Pedro, se fôssemos dar vasão ao que pensamos e sentimos, ficaríamos num bate papo eterno nos comentários do Edu... kkkk
ResponderExcluirAcho que a ídeia é justamente essa, provocar e criar reflexões. Senão a nossa doutrina não nos proporcionaria o questionamento. O meu coração ama apenas, independente do olhar humano. Homens e mulheres foram divididos por características apenas, mas não poderemos esquecer dos homens que habitam um corpo de mulher e vice versa
. Na minha opinião o que precisamos é adquirir características dos dois sexos para que haja o equilíbrio.
Dudu, será que poderia escrever sobre a diferença de idade no amor, na visão do espiritismo. Eu penso como a zel, não se ama a idade e sim a alma, e se o amor existe entre almas que se reencontram a questão da idade pra mim não faz diferença. Mas eu queria saber um pouco a visão espírita de Alan Cardec, de chico Xavier... existe relatos a respeito?
ResponderExcluirVou pesquisar Luciana e assim que tiver algo concreto posto no blog ok? Um abraço !
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