terça-feira, 24 de abril de 2012

Homossexualismo na visão Espiritualista.




“A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação” 
(Xavier) Espírito Emmanuel

Deus criou espíritos e estes não tem sexo. Então, tanto podemos encarnar em um corpo masculino como feminino. Quando estamos encarnados, interpretamos papéis, como artistas num filme ou novela. Um homem, por exemplo, não É homem, ele ESTÁ interpretando o papel de homem, porque veste um corpo masculino. Assim ocorre em relação à mulher. Na próxima encarnação não sabemos em que sexo reencarnaremos. Portanto, os filhos não SÃO nossos filhos, eles ESTÃO nossos filhos. Eles são, na verdade, filhos de Deus assim como todos nós.
Tema que ainda gera muita polêmica em nosso meio, surgindo naturais divergências de opiniões quando esse assunto entra em pauta. Mas intransigência, intolerância e falta de compreensão é o que se vê na maioria das pessoas que não conseguem vislumbrar que existe o outro lado da moeda. Falta a muitos a capacidade de ver nessas pessoas irmãos em doloroso estágio evolutivo.

Opinião de Kardec
Em janeiro de 1866, na Revista Espírita, quando analisa o assunto “As mulheres têm uma alma?”, ele diz o seguinte:
(...)
As almas ou Espíritos não têm sexo. As afeições que as une nada têm de carnal, e, por isto mesmo, são mais duráveis, porque são fundadas sobre uma simpatia real, e não são subordinadas às vicissitudes da matéria.
(...)
Os sexos não existem senão no organismo; são necessários à reprodução dos seres materiais; mas os Espíritos, sendo a criação de Deus, não se reproduzem uns pelos outros, é por isto que os sexos seriam inúteis no mundo espiritual.
Os Espíritos progridem pelo trabalho que realizam e as provas que têm que suportar, como o operário em sua arte pelo trabalho que faz. Essas provas e esses trabalhos variam segundo a sua posição social. Os Espíritos devendo progredir em tudo e adquirir todos os conhecimentos, cada um é chamado a concorrer aos diversos trabalhos e a suportar os diferentes gêneros de provas; é por isto que renascem alternativamente como ricos ou pobres, senhores ou servidores operários do pensamento ou da matéria.
Assim se encontra fundado, sobre as próprias leis da Natureza, o princípio da igualdade, uma vez que o grande da véspera pode ser o pequeno do dia de amanhã, e reciprocamente. Deste princípio decorre o da fraternidade, uma vez que, nas relações sociais, reencontramos antigos conhecimentos, e que no infeliz que nos estende a mão pode se encontrar um parente ou um amigo.
É no mesmo objetivo que os Espíritos se encarnam nos diferentes sexos; tal que foi um homem poderá renascer mulher, e tal que foi mulher poderá renascer homem, a fim de cumprir os deveres de cada uma dessas posições, e delas suportar as provas.
(...)
Agora vem o principal do texto, que fala exatamente do assunto que estamos tratando:  
Se essa influência repercute da vida corpórea à vida espiritual, ocorre o mesmo quando o Espírito passa da vida espiritual à vida corpórea. Numa nova encarnação, ele trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito; se for avançado, fará um homem avançado; se for atrasado, fará um homem atrasado. Mudando de sexo, poderá, pois, sob essa impressão e em sua nova encarnação, conservar os gostos, as tendências e o caráter inerentes ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes que se notam no caráter de certos homens e de certas mulheres. (RE 1866, pp. 3-4).
Algumas opiniões sobreesse assunto:

Drauzio Varella: “... O espectro da sexualidade humana é amplo e de alta complexidade, no entanto, vai dos heterossexuais empedernidos aos que não têm o mínimo interesse pelo sexo oposto. Entre os dois extremos, em gradações variadas entre a hetero e a homossexualidade, oscilam os menos ortodoxos”.

Chico Xavier: em resposta às perguntas: como encara o espiritismo o problema da homossexualidade? Qual a melhor atitude da sociedade frente a essa ocorrência?
- “Acreditamos que o tempo e a compreensão humana traçarão normas sociais susceptíveis de tranqüilizar quantos se vinculam a semelhante segmento da comunidade, assegurando-se-lhes a benção do trabalho com o respeito devido a todos os filhos de Deus (...) Até que isso se concretize, não vejo qualquer motivo para críticas destrutivas e sarcasmos incompreensíveis para com os nossos irmãos e irmãs portadores de tendências homossexuais, a nosso ver claramente iguais às tendências heterossexuais que assinalam a maioria das criaturas humanas”.
“Em minhas noções de dignidade do espírito, não consigo entender por que razão esse ou aquele preconceito social impedirá certo número de pessoas de trabalhar e de serem úteis à vida comunitária, unicamente pelo fato de haverem trazido do berço características psicológicas e fisiológicas diferentes da maioria. (...) Nunca vi mães e pais, conscientes da elevada missão que a Divina Providência lhes delega, desprezarem um filho porque haja nascido cego ou mutilado. Seria humana e justa a nossa conduta em padrões de menosprezo e desconsideração, perante os nossos irmãos que nascem com dificuldades psicológicas?”. (www.espirito.org.br, texto de Luiz Almeida intitulado: Homossexualidade).

Divaldo Pereira Franco, psicografando Joana de Angelis diz: Outro fator que merece análise é o da identidade sexual. Há jovens que logo definem e aceitam a sua natureza essencial, masculina ou feminina. Nessa oportunidade surgem os conflitos mais fortes do transexualismo e do homossexualismo, alguns deles como resultado de fatores genéticos, trabalhados pelo Espírito na constituição do corpo através da reencarnação, que se utilizou do perispírito para a modelagem da forma orgânica, outros como efeito da conduta familiar ou social, e, outros mais, ainda, pela necessidade de ser trabalhada a sexualidade como diretriz preponderante para a aquisição de recursos mais elevados e difíceis de conquistados.
Quando essa identidade sexual é prematura, o adolescente sofre de um efeito apenas biológico, sem preparação psicológica para o comportamento algo estressante. Quando atrasada, reações igualmente psicológicas podem levar a uma hostilidade ao próprio corpo como ao dos outros.
A identificação sexual do indivíduo equilibrado faz-se definir quando se harmonizam a expressão biológica – anatômica – com a psicológica, expressando-se de forma natural e progressiva, sem os choques da incerteza ou da incapacidade comportamental diante da realidade do fenômeno sexual. (Adolescência e Vida, Divaldo P. Franco, pp. 70-71).

Bom amigos poderíamos ficar aqui relatando centenas de opiniões abalizadas de grandes  homens sejam da ciência ou espiritualistas,  mas a verdade é que o espírito é único e eterno, não tem sexo, o preconceito o esteriótipo é coisa do encarnado,temos que procurar olhar para o outro como se estivéssemos olhando para um espelho,  olhar o outro como olhamos para nós mesmos, desejar ao outro aquilo que queremos para nós.
Meus irmãos procuremos buscar o quanto antes nossa reforma íntima, não é simples , não é fácil, mas, temos que começar a tentar mudar , deixar o homem velho de lado e colocar o homem novo pra fora, esse assunto está longe de estar esgotado, continuarei pesquisando e em breve falaremos um pouco mais sobre ele.
Fiquem em PAZ !!!  

   




 

8 comentários:

  1. L. Eduardo, meu querido. Tinha muita curiosidade sobre esse assunto. Talvez por conta do tabu que a sociedade o transformou. Enfim. No ano passado, a Irmã que dá aula de Ensino Religioso em minha escola, disse-nos que, segundo o catolicismo, o homossexualismo não é pecado, mas a prática homossexual sim. O que ela quis dizer é que sentir atração pelo mesmo sexo não é pecado, mas a prática, o sexo homossexual sim.
    Quem sou eu para julgar o próximo, seja positiva ou negativamente?! Agora, uma amiga minha diz que a pessoa não tem culpa de sentir atração, se ela sente atração não tem problema o sexo seja hétero ou homossexual.
    Então?! O que fazer, pensar e dizer?!
    Abraços, meu querido!

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  4. É um assunto que precisa de mais cuidado, atenção e debates, pois já vivemos uma realidade confusa e que nos cobra a perfeição e onde não cabe mais tanto preconceito (na minha opinião). Neste momento se cria as diversidades e justamente onde damos de cara com amigos "diferentes" apenas por terem opiniões e desejos considerados "anormais". E o que é anormal? É anormal acordar todos os dias pela manhã e sentir felicidade, integridade e inteiro com um parceiro do mesmo sexo? E o que dizemos dos héteros que acordam obrigados a se olharem apenas por compartilharem filhos e negócios?!
    É meio controverso e não faz o menor sentido. Se o amor existe entre almas que se reencontram e se completam... Assim digo também de pessoas com grande diferença de idade, cuja necessidade está em partilhar as idéias, sentimentos e o mesmo sentimento reconhecido de coração para coração... Não entendo muito bem quando se coloca limites para o amor. Ainda que seja de sexo diferente, que seja por raça, etc. O que julgamos é a promiscuidade e a falta de sensibilidade e respeito ao próprio sentimento, pelo seu próprio e como ser humano. O que acho mais triste é uma pessoa estar dentro do "grupo" em questão e não se dar o devido valor. Estou a favor da amizade, parceria, união. O tempo que vivemos permiti-nos raciocinar com mais seriedade e meditar sobre nossos desejos mais íntimos... O que estamos fazendo com nós mesmos e o que cobramos do outro, se não nos olhamos no espelho!!? SERÁ QUE SOMOS ASSIM TÃO CERTINHOS!??? Será que nossos desejos mais secretos não seriam tão piores !?
    Isso nos faz pesquisar nossas fragilidades e raciocinar sem pre julgamento. O que é certo e o que é errado??? SErá que estamos do lado do bem? E você, de que lado está????
    Valeu Edu. Adorei a matéria.

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  5. Zel, meu amor, você é exatamente uma "MÃE"!!! Tem uma capacidade de falar e defender seu ponto de vista de uma maneira doce e direta ao mesmo tempo!!! Sua opinião me fez refletir muito!!! Muito mesmo!!! É verdade!!! Será que somos tão certinhos assim?! Concordo!!!
    Seu comentário me fez refletir por uma questão posta nesse texto de Dudu, onde ele diz que o espírito não tem sexo. Eu não sou homem, João Pedro; eu estou homem, estou João Pedro! Logo, o amor verdadeiro deve ultrapassar essas barreiras que, acredito eu, só devem existir para nós desse mundo material preso aos pecados e defeitos!!!
    Beijos, Zel, beijos, Dudu!!! Gostei demais da matéria e dos comentários!!!

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  6. João Pedro, se fôssemos dar vasão ao que pensamos e sentimos, ficaríamos num bate papo eterno nos comentários do Edu... kkkk
    Acho que a ídeia é justamente essa, provocar e criar reflexões. Senão a nossa doutrina não nos proporcionaria o questionamento. O meu coração ama apenas, independente do olhar humano. Homens e mulheres foram divididos por características apenas, mas não poderemos esquecer dos homens que habitam um corpo de mulher e vice versa
    . Na minha opinião o que precisamos é adquirir características dos dois sexos para que haja o equilíbrio.

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  7. Dudu, será que poderia escrever sobre a diferença de idade no amor, na visão do espiritismo. Eu penso como a zel, não se ama a idade e sim a alma, e se o amor existe entre almas que se reencontram a questão da idade pra mim não faz diferença. Mas eu queria saber um pouco a visão espírita de Alan Cardec, de chico Xavier... existe relatos a respeito?

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  8. Vou pesquisar Luciana e assim que tiver algo concreto posto no blog ok? Um abraço !

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