"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

domingo, 30 de junho de 2013

A Ética do Espiritismo.



Bom dia meus irmãos, tomei ciência essa semana de um grupo chamado Grupo Espírita de Estudo de Ética, um grupo de estudos de Divinópolis MG, fui buscar então informações sobre como seriam feitos esses estudos, descobri que eles desde o ano 2000, se dedicam ao estudo da Sistematização do aspecto moral d’O Livro dos Espíritos, achei muito interessante o assunto e resolvi divulgar um pouco aqui através do blog o trabalho que esse grupo desenvolve, quem se interessar em se aprofundar mais no assunto deixe uma mensagem que entro em contato e passo mais do material que consegui.
Sendo assim vamos a uma pequena síntese do trabalho já realizado...

“O Espiritismo é uma alavanca que afasta as
barreiras da cegueira. A preocupação pelas questões morais está inteiramente para ser criada;
discute-se a política que examina os interesses
gerais, discute-se os interesses privados, apaixona-se pelo ataque, ou defesa das personalidades; os sistemas têm seus partidários e seus
detratores; mas as verdades morais, as que são
o pão da alma, o pão da vida, são deixadas na
poeira acumulada pelos séculos.”

J.J. Rousseau

Apresentação

 José Carlos Pereira
(Do Grupo de Cultura Espírita “Prof. Cícero Pereira”–Divinópolis–MG)

Numa demonstração de apreço – acreditamos que pela nossa lide de meio século de estudo e divulgação da Doutrina – fomos solicitados a fazer a apresentação deste trabalho que, para o GEEET– Grupo Espírita de Estudos de Ética, que o empreendeu, foi objeto de especial atenção.
Seu objetivo específico é a contextualização dos textos básicos da moral espírita, o como um código voltado para a universalidade.
Inquestionavelmente, o intento se reveste de elevada significação, pois consubstanciada na Lei Divina ou Natural, esse fundamento do Espiritismo está realmente acima de qualquer variação temporal. A moral é inerente à natureza do Espírito. Atributo ainda latente que precisa ser alcançado através de lúcida consciência. Para isso, é imprescindível que, sem postergação, o espírito se empenhe no seu autoconhecimento, transformando sua potência em ato, sua virtualidade em realidade, pois esse é o determinismo da sua superior destinação: à sua perfeitabilidade. Daí, a evidência de que toda
reflexão e a análise dessa temática, extrapole qualquer pretensão de natureza sectária.
Sobre essa questão, é oportuno reportar-nos às palavras de Allan Kardec, ao esclarecer, na introdução de “O Evangelho Segundo Espiritismo”, o objetivo da obra:
“Se as quatro primeiras partes dos Evangelhos tem sido objeto de discussões, a última – a moral – permanece inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno
em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam suas crenças. Porque nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por
toda parte provocadas pelos dogmas. Se o discutissem, as seitas teriam, aliás, encontrado nele a sua própria condenação, porque a maioria delas se apegaram mais à parte mística do que à parte moral, que exige a reforma de cada um. Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma ponta do véu erguida
sobre a vida futura. É essa a parte que constitui objeto exclusivo desta obra”.
Acresce ainda que o trabalho do GEEET representa o que há de mais essencial nessa fase de transição em que vive a humanidade.
Segundo registra Allan Kardec na “Revista Espírita” de dezembro de 1863, volume 12, página.378-EDICEL, “ O sexto e último período do Espiritismo será o da regeneração social, que abrirá
a era do século vinte”. Essa previsão caracteriza a síntese da Codificação Kardeciana: “O Espiritismo é uma doutrina científica, filosófica de conseqüência moral”.
Apreende-se, pois, que a vivência da concepção moral do Espiritismo em todos os planos da vida, é uma forma de superar o processo do sistema imperante no nosso mundo, onde o arbítrio de uns
poucos aliena a ciência, tecnologia, correntes culturais e filosóficas, assim como seitas religiosas. É o poder econômico, subvertendo, com seu pragmatismo, todos valores éticos, tirando de um imenso contingente humano a sua condição de sujeitos, transformandos, por um processo de desumanização, em párias, em excluídos dos direitos sociais.
Entretanto, a conquista dessa transformação só será alcançada através de uma ação consciente e dinâmica, capaz de superar esse estágio de “prova e expiação”. Essa ação precisa transpor os limites de espaço e do tempo. Deverá ser um estado de espírito, uma conduta. Será na expressão do professor J. Herculano Pires, a pedagogia do contágio, atribuída a Jesus de Nazaré.

Para os espíritas, em particular, em particular, o objetivo desse trabalho é propiciar uma percepção lúcida e integral, isto é, a interação das linhas mestras do pensamento doutrinário com a práxis moral, o
que quase sempre nos escapa quando a leitura e o estudo são feitos de forma periférica e mecânica, sem espírito investigador sem senso de criticidade, onde predomina memorização, sem assimilação do
seu verdadeiro conteúdo.
A pesquisa realizada pelo grupo se processou em torno de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”. Sobre esse aspecto e face a possíveis indagações do porquê desse critério não ter se estendido às demais
obras da codificação, cabe-nos relembrar que “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” é o edifício da Doutrina. É o código básico de um novo ciclo da ascensão humana. Todas as demais obras são subsidiárias;
desenvolvimento e desdobramento do núcleo central, como têm assinalado vários estudiosos.
Divinópolis, 2 de Maio de 2000.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Salve São João Batista, Salve Xangô !!!



Olá meus irmãos, ontem 24-06 comemoramos o dia de São João Batista. Era filho de Zacarias e Isabel, e primo de Jesus Cristo. Nasceu com a missão de preparar o caminho para a chegada do Messias. Por esse motivo, a imagem de são João Batista é geralmente apresentada como um menino com um carneirinho no colo, pois foi ele, segundo a Bíblia, que anunciou a chegada do cordeiro de Deus, o Cristo Jesus.

Diz a história bíblica, que na antiga Judéia, as primas Isabel e Maria, mãe de Jesus, estavam grávidas. Como moravam distantes, elas combinaram que a primeira a ganhar bebê anunciaria a novidade acendendo uma fogueira em frente à própria casa. Santa Isabel cumpriu a promessa quando do nascimento de seu filho, João Batista.

É considerado o último dos profetas, e o primeiro apóstolo. Os evangelhos dizem que, ainda no ventre de sua mãe, João percebe a presença do Messias, "estremecendo de alegria" na presença de Maria, quando esta ia visitar a prima Isabel. O evangelho de são Mateus fala das pregações e dos batismos que realizava às margens do rio Jordão, não distante de Jericó. Foi João Batista quem batizou o próprio Cristo.

Crítico da hipocrisia e da imoralidade, João Batista condenou publicamente o fato de o rei ser amante da própria cunhada, Herodôades. Salomé, filha de Herodôades, dançou tão bonito diante de Herodes, que este lhe prometeu o presente que quisesse. A mãe de Salomé aproveitou a oportunidade para se vingar: anunciou que o presente seria a cabeça de João Batista sobre uma badeja. João Batista, juntamente com os profetas Elias e Eliseu, é considerado o protótipo do ideal ascético, e modelo de vida perfeita. Podemos dizer até, que ele, João, seria o próprio Agnus Dei (o Cordeiro de Deus), portador e síntese da tradição judaica mais pura, que ardia entre os Essênios daquela época.

O valor simbólico e filosófico de João Batista, portanto, ultrapassa completamente o dogma católico: João batizava os seus adeptos com água (ou seja, utilizando um símbolo material), mas afirmava que o que viria depois dele "batizaria com fogo", isto é, o Espírito Santo.

João Batista é o único santo, além de Virgem Maria, de quem a liturgia celebra o nascimento para o Céu, celebrando o nascimento segundo a carne. Na comunidade religiosa da igreja católica os missionários de são João batista, ou seja, seus membros (sacerdotes ou leigos) consagram a sua vida a Cristo, através dos votos de castidade, obediência, e pobreza. Numa atitude de acolhimento e de disponibilidade, alicerçados no Cristo da Eucaristia, os missionários de são João Batista devem tornar-se para os homens de hoje sinais do Reino e anunciar os caminhos do senhor, a exemplo do seu padroeiro.

Deste modo, o simbolismo de "Yohanan" (João em hebraico) ganha, com os séculos, uma poderosa força, que a cultivada por várias correntes gnósticas até chegar à idade média, na qual hospitalários e templários, desde a sua origem, invocam João Batista para seu patrono. Assim, são João, o fogo e o solstício de verão, no hemisfério norte, estão indissoluvelmente ligados com uma ação, um trabalho essencialmente transformador, no qual o "Fogo Sagrado" agirá, quer como agente hermético-alquímico, quer como condição necessária para o trabalho, quer como inteligência criadora, criativa e genial, avessa a qualquer Avatar, porque não reconhece poder na Terra superior a Deus.

Anel de ligação entre a antiga e nova aliança (Moises e Jesus, respectivamente), João foi acima de tudo o enviado de Deus, uma testemunha fiel da luz, aquele que anunciou Cristo e O apresentou ao mundo.

A tradição da fogueira nasceu antes do Cristo. Queimar fogueiras, naquela época, significava saudar a chegada do verão, e apenas no século VI, o catolicismo associou as comemorações pagãs ao aniversário de são João Batista. Os portugueses no Século xIII incluíram são Pedro, e Santo Antônio, e no Brasil, a data é celebrada desde 1583.

O Orixá Xangô

Xangô é a divindade que rege o fogo, o trovão, os raios, muito semelhante à Javé, Zeus, Odin e Tupã. Pode, através da sua justiça, dispensar favores, movendo favoravelmente ventos, raios, trovões para nos defender e para ganharmos causas. A sua Lei é como a rocha, dura, justa, cega... Portanto, devemos pensar duas vezes antes de batermos a mão, a cabeça e clamarmos por justiça, pois se a nossa demanda for justa ele nos amparará e se não for aos rigores de sua lei seremos chamados e o seu raio de correção virá para cima de nós mesmos. Então quando nos sentirmos injustiçados, devemos pedir que Xangô nos esclarecesse e se estivermos certos então que ele esclareça a outra parte e se esta não ouvir então não precisamos nem pedir, que a lei de ação e reação é automática e se cumprirá a justiça de Xangô em nossas vidas.
O santuário natural, sagrado, ponto de força e habitat, é no alto de uma pedreira ou na cachoeira. Na pedreira, com Iansã, Xangô nos traz o arrojo, a determinação, a fortaleza, a segurança, a firmeza e a sustentação. Na cachoeira, junto com Oxum, nos purifica, nos energiza, nos dx vida, vigor, saúde e inteligência.
No esoterismo de Umbanda Xangô é o Senhor das Almas, cujo atributo é a sabedoria a fim de exercer a Justiça Divina, aferindo em sua balança todas as almas. Através da manipulação do elemento fogo, Xangô, mais do que fazer cumprir a lei karmica para todos os seres viventes, ilumina o caminho a ser seguido, bem como ajuda a libertar dos grilhões milenares dos enganos que escravizam a consciência.
Os sincretismos deXangô na Umbanda

No sincretismo associou-se  a Xangô das Pedreiras a São Jerônimo, aquele que amansa o leão e que tem o poder da escrita e o livro onde escreve na pedra suas leis e seus julgamentos. Protetor dos intelectuais, dos magistrados. Já na cachoeira o sincretismo foi com são João Batista, por causa do batismo de Jesus, de lavar a cabeça na água doce para se purificar. Com o poder do fogo deXangô é queimado, destruído tudo o que é de ruim e ocorre a transmutação trazendo tudo o que é de bom, todo o bem possível, de acordo com o nosso merecimento. Isso é o que pedimos nas fogueiras do mês de junho.
Alguns dizem que São Judas Tadeu, por ter um livro na mão também pode sincretizar com Xangô ou que tem uma linha espiritual que atua nas correntes deXangô. Assim, Tudo o que é ligado a trabalhos e pedidos de estudos, a cabeça, papéis, entregamos a linha deXangô.  Xangô é o grande Rei, poderoso, autoritário, porém que tem compaixão e é justo. Xangô tem autoridade, é valente, mas tem um grande e bom coração.

O seu machado é o símbolo da imparcialidade. É uma divindade da vida, representado pelo fogo ardente e por essa razão não tem afinidade com a morte e nem com os outros orixás que se ligam à morte.

Xangô, sincretizado com São João Batista, é também o patrono da linha do oriente, na qual se manifestam espíritos mestres em ciência ocultas, astrologia, quiromancia, numerologia, cartomancia. Por este motivo, a linha dos ciganos vêm trabalhar nesta irradiação.



Características dos Filhos de Xangô

É muito fácil reconhecer um filho de Xangô apenas por sua estrutura física, pois seu corpo é sempre muito forte, com uma quantidade razoável de gordura, apontando a sua tendência à obesidade; mas a sua boa constituição óssea suporta o seu físico avantajado.

Com forte dose de energia e autoestima, os filhos de Xangô têm consciência de que são importantes e respeitáveis, portanto quando emitem sua opinião é para encerrar definitivamente o assunto. Sua postura é sempre nobre, com a dignidade de um rei. Sempre andam acompanhados de grandes comitivas; embora nunca esteja só, a solidão é um de seus estigmas.


Conscientemente são incapazes de serem injustos com alguém, mas certo egoísmo faz parte de seu arquétipo. São extremamente austeros , portanto não é por acaso que Xangô dança alujá com a mão fechada. Gostam do poder e do saber, que são os grandes objetos de sua vaidade.

Os filhos de Xangô são obstinados, agem com estratégia e conseguem o que querem. Tudo que fazem marca de alguma forma sua presença; fazem questão de viver ao lado de muita gente e têm pavor de ser esquecido, pois, sempre presentes na memória de todos, sabem que continuarão vivos após a sua ‘retirada estratégica’.

O Filho de Xangô é, por excelência, calmo e muito ponderado. Costuma pesar os fatos com muito cuidado, procurando sempre pôr panos quentes em qualquer disputa. Só toma decisões depois de pesar e analisar todos os ângulos dos problemas apresentados, procurando ser o mais justo possível. Dedica-se de corpo e alma a tudo o que se propõe a fazer, mas desilude-se com muita facilidade também. É sonhador por excelência, acha sempre que tudo dará certo, deixando-se levar, com muita frequências, pela ilusão e pelo sonho. Sempre procura apresentar seus propósitos e planos de maneira mais bonita, mais enfeitada, o mais claro possível, sem observar o que há de viável neles. Nunca procura ver se há realismo no que se propõe a fazer. Os Filhos de Xangô são capazes, geralmente, de grandes sacrifícios, mas aborrecem-se profundamente se algo que programaram não dá certo.

Não admitem mudanças de programação, não só quando dependem deles a realização do plano programado. Costumam ficar roendo muito o que lhes acontece, ou o que não se realizou com queriam. Separam, com muita freqüência, a realidade de si, levando seus pensamentos para altas esferas. Por serem muito honestos, magoam-se com muita facilidade pela ingratidão das pessoas, achando que todo o mundo tem obrigação de ser honesto e preciso em suas decisões. 
Meus amigos, por tudo isso eu não poderia deixar de saudar esse orixá , Salve meu PAI Xangô, pois sou mais um de seus filhos !
Salve São João Batista !!!