"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

quinta-feira, 28 de março de 2013

Os ANIMAIS TEM ALMA?


Em 12-09-2010 aqui no blog, postei sobre a diferença entre alma e espírito e ao longo de todo esse tempo várias pessoas me questionaram sobre se os "Animais" tem alma, ora se formos nos reportar ao livro dos espíritos encontraremos as respostas para esse questionamento, transcrevo aqui algumas das respostas dos espíritos aos questionamentos de  Kardec e o que ele comentava a respeito...


592. Se comparamos o homem e os animais em relação à inteligência, parece difícil estabelecer a linha de demarcação, porque certos animais têm, nesse terreno, notória superioridade sobre certos homens. Essa linha de demarcação pode ser estabelecida de maneira precisa?
       — Sobre esses assuntos os vossos filósofos não estão muito de acordo.Uns querem que o homem seja um animal, e outros que o animal seja um homem. Estão todos errados. O homem é um ser à parte, que desce, às vezes,muito baixo ou que pode elevar-se muito alto. No físico, o homem é como os animais e menos bem provido que muitos dentre eles; a Natureza lhes deu tudo aquilo que o homem é obrigado a inventar com a sua inteligência para prover às suas necessidades e à sua conservação. Seu corpo se destrói como o dos animais, isto é certo, mas o seu Espírito tem um destino que só ele pode compreender, porque só ele é completamente livre. Pobres homens, que vos rebaixais mais do que os brutos! Não sabeis distinguir-vos deles? Reconhecei o homem pelo pensamento de Deus.
      593. Podemos dizer que os animais só agem por instinto?
      —Ainda nisso há um sistema. É bem verdade que o instinto domina na maioria dos animais; mas não vês que há os que agem por uma vontade determinada? E que têm inteligência, mas ela é limitada.
 Comentário de Kardec:  Além do instinto, não se poderia negar a certos animais a prática de atos combinados que denotam a vontade de agir num sentido determinado e de acordo com as circunstâncias. Há neles, portanto, uma espécie de inteligência mas cujo exercício é mais precisamente concentrado sobre os meios de satisfazer às suas necessidades físicas e proverá sua conservação. Não há entre eles nenhuma criação nenhum melhoramento; qualquer que seja a arte que admiramos em seus trabalhos, aquilo que faziam antigamente é o mesmo que fazem hoje, nem melhor nem pior segundo formas e proposições constantes e invariáveis. Os filhotes separados de sua espécie não deixam de construir o seu ninho de acordo com o mesmo modelo sem terem sido ensinados. Se alguns são suscetíveis de uma certa educação, esse desenvolvimento intelectual, sempre fechado em estreitos limites, é devido à ação do homem sobre uma natureza flexível, pois não fazem nenhum progresso por si mesmos, e esse progresso é efêmero, puramente individual, porque o animal, abandonado a si próprio,  não tarda a voltar aos  limites traçados pela  Natureza.
     594. Os animais têm linguagem?
     — Se pensais numa linguagem formada de palavras e de sílabas, não; mas num meio de se comunicarem entre si, então, sim. Eles se dizem muito mais coisas do que supondes, mas a sua linguagem é limitada, como as próprias idéias, às suas necessidades.
     594 – a) Há animais que não possuem voz; esses não parecem destituídos de linguagem?
     — Compreendem-se por outros meios. Vós, homens, não tendes mais do que a palavra para vos comunicardes? E dos mudos, que dizeis? Os animais, sendo dotados da vida de relação, têm meios de se prevenir e de exprimir as sensações que experimentam. Pensas que os peixes não se entendem? O homem não tem o privilégio da linguagem, mas a dos animais é instintiva e limitada pelo círculo exclusivo das suas necessidades e das suas idéias, enquanto a do homem é perfectível e se presta a todas as concepções da sua inteligência.
Comentário de Kardec: Realmente, os peixes que emigram em massa, bem como as andorinhas, que obedecem ao guia, devem ter meios de se advertir de se entender e de se combinar. Talvez o façam entre si, ou talvez a água seja um veículo que lhes transmita certas vibrações. Seja o que for, é incontestável que eles dispõem de meios para se entenderem, da mesma maneira que todos os animais privados de voz e que realizam trabalhos em comum. Deve-se admirar, diante disso, que os Espíritos possam comunicar-se entre eles sem o recurso da palavra articulada? (Ver item 282.)
     595. Os animais têm livre-arbítrio?
                Não são simples máquinas, como supondes mas sua liberdade de ação é limitada pelas suas necessidades, e não pode ser comparada à do homem. Sendo muito inferiores a este, não têm os mesmos deveres. Sua liberdade é restrita aos atos da vida material.
     596. De onde vem a aptidão de certos animais para imitar a linguagem do homem, e por que essa aptidão se encontra mais entre as aves do que entre os símios, por exemplo, cuja conformação tem mais analogia com a humana?
       — Conformação particular dos órgãos vocais, secundada pelo instinto da imitação. O símio imita os gestos; certos pássaros imitam a voz.     
       597. Pois se os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria?
       — Sim, e que sobrevive ao corpo.
       597 – a) Esse princípio é uma alma semelhante à do homem?
       — É também uma alma, se o quiserdes: isso depende do sentido em que se tome a palavra; mas é inferior à do homem. Há, entre a alma dos animais e a do homem, tanta distância quanto entre a alma do homem e Deus.
       598. A alma dos animais conserva após a morte sua individualidade e a consciência de si mesma?
      — Sua individualidade, sim, mas não a consciência de si mesma. A vida inteligente permanece em estado latente.
      599. A alma dos animais pode escolher a espécie em que prefira encarnar-se?
      — Não; ela não tem o livre-arbítrio.
      600. A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, fica num estado errante como a do homem após a morte?
      — Fica numa espécie de erraticidade, pois não está unida a um corpo.
 Mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade; o dos animais não tem a mesma faculdade. É a consciência de si mesmo que constitui o atributo principal do Espírito. O Espírito do animal é classificado, após a morte, pelos Espíritos incumbidos disso e utilizado quase imediatamente; não dispõe de tempo para se pôr em relação com outras criaturas.
      601. Os animais seguem uma lei progressiva como os homens?
      — Sim, e é por isso que nos mundos superiores onde os homens são mais adiantados, os animais também o são, dispondo de meios de comunicação mais desenvolvidos. São, porém, sempre inferiores e submetidos aos homens, sendo, para estes, servidores inteligentes.
      Nada há nisso de extraordinário. Suponhamos os nossos animais de maior inteligência, como o cão, o elefante, o cavalo, dotados de uma conformação apropriada aos trabalhos manuais. O que não poderiam fazer sob a direção do homem?                 
    602. Os animais progridem, como o homem, por sua própria vontade, ou pela força das coisas?
    — Pela força das coisas; e é por isso que, para eles, não existe expiação.
     603. Nos mundos superiores, os animais conhecem a Deus?
     — Não. O homem é um deus para eles, como antigamente os Espíritos foram deuses para os homens.
     604. Os animais, mesmo aperfeiçoados nos mundos superiores, sendo sempre interiores aos homens, disso resultaria que Deus tivesse criado seres intelectuais perpetuamente votados à inferioridade, o que parece em desacordo com a unidade de vistas e de progresso que se assinalam em todas as suas obras?
     — Tudo se encadeia na Natureza por liames que não podeis ainda perceber, e as coisas aparentemente mais disparatadas têm pontos de contato que o homem jamais chegará a compreender no seu estado atual. Pode entrevê-los por um esforço de sua inteligência, mas somente quando essa inteligência tiver atingido todo o seu desenvolvimento e se libertado dos prejuízos do orgulho e da ignorância poderá ver claramente na obra de Deus. Até lá suas idéias limitadas lhe faraó ver as coisas de um ponto de vista mesquinho. Sabei que Deus não pode contradizer-se e que tudo, na Natureza, se harmoniza através de leis gerais que jamais se afastam da sublime sabedoria do Criador.
     604 – a) A inteligência é, assim, uma propriedade comum, um ponto de encontro entre a alma dos animais e a do homem?
     — Sim, mas os animais não têm senão a inteligência da vida material; nos homens, a inteligência produz a vida moral.
     605. Se considerarmos todos os pontos de contato existentes entre o homem e os animais, não poderíamos pensar que o homem possui duas almas: a alma animal e a alma espírita e que, se ele não tivesse esta última, poderia viver só como os animais? Dizendo de outra maneira: o animal é um ser semelhante ao homem, menos a alma espírita? Disso resultaria que os bons e os maus instintos do homem seriam o efeito da predominância de uma ou outra dessas duas almas?
      — Não, o homem não tem duas almas, mas o corpo tem os seus instintos,que resultam da sensação dos órgãos. Não há no homem senão uma dupla natureza: a natureza animal e a espiritual. Pelo seu corpo, ele participa da natureza dos animais e dos seus instintos; pela sua alma, participa da natureza dos Espíritos.
       605 – a) Assim, alem das suas próprias imperfeições, de que o Espírito deve despojar-se, deve ele lutar contra a influência da matéria?
       — Sim, quanto mais inferior é ele, mais apertados são os laços entre o Espírito e a matéria. Não o vedes? Não, o homem não tem. duas almas; a  alma é sempre única, um ser único. A alma do animal e a do homem são distintas entre si, de tal maneira que a de um não pode animar o corpo criado para o outro. Mas se o homem não possui uma alma animal, que por suas paixões o coloque no nível dos animais, tem o seu corpo que o rebaixa freqüentemente a esse nível, porque o seu corpo é um ser dotado de vitalidade, que tem instintos, mas ininteligentes e limitados ao interesse de sua conservação
 Comentário de Kardec: O Espírito, encarnando-se no corpo do homem, transmite-lhe o principio intelectual e moral que o torna superior aos animais. As duas naturezas existentes no homem oferecem ás suas paixões duas fontes diversas: umas provêm dos instintos da natureza, outras das impurezas do Espírito encarnado, que simpatiza em maior ou menor proporção com a grosseria dos apetites animais. O Espírito, ao se purificar, liberta-se pouco a pouco da influência da matéria. Sob essa influência, ele se aproxima dos brutos; liberto dessa influência, eleva-se ao seu verdadeiro destino.
       606. De onde tiram os animais o princípio inteligente que constitui a espécie particular de alma de que são dotados?
      — Do elemento inteligente universal.
      606 – a) A inteligência do homem e a dos animais emanam, portanto, de um princípio único?
      — Sem nenhuma dúvida; mas no homem ela passou por uma elaboração que a eleva sobre a dos brutos.
      607. Ficou dito que a alma do homem, em sua origem, assemelha-se ao estado de infância da vida corpórea, que a sua inteligência apenas desponta e que ela ensaia para a vida. (Ver item 190.) Onde cumpre o Espírito essa primeira fase?
      — Numa série de existências que precedem o período que chamais de Humanidade.
      607. A) Parece, assim, que a alma teria sido o princípio inteligente dos seres inferiores da criação?
      — Não dissemos que tudo se encadeia na Natureza e tende à unidade?               
É nesses seres, que estais longe de conhecer inteiramente, que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e ensaia para a vida,como dissemos. É, de certa maneira, um trabalho preparatório, como o de germinação, em seguida ao qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. É então que começa para ele o período de humanidade, e com este a consciência do seu futuro, a distinção do berne do mal e a responsabilidade dos seus atos. Corno depois do período da infância vem o da adolescência, depois a juventude, e por fim a idade madura. Nada há de resto, nessa origem, que deva humilhar o homem. Os grandes gênios sentem-se humilhados por terem sido fetos informes no ventre materno? Se alguma coisa deve humilhá-los é a sua inferioridade perante Deus e sua impotência para sondar a profundeza de seus desígnios e a sabedoria das leis que regulam a harmonia do Universo. Reconhecei a grandeza de Deus nessa admirável harmonia que faz a solidariedade de todas as coisas na Natureza. Crer que Deus pudesse ter feito qualquer coisa sem objetivo e criar seres inteligentes sem futuro seria blasfemar contra a sua bondade, que se estende sobre todas as suas criaturas.
     607 – b) Esse período de humanidade começa sobre a nossa Terra?
     - A Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana. O período de humanidade começa, em geral, nos mundos ainda mais inferiores. Essa, entretanto, não é uma regra absoluta e poderia acontecer que um Espírito, desde o seu início humano, esteja apto a viver na Terra. Esse caso não é freqüente e seria antes uma exceção.
      608.0 Espírito do homem, após a morte, tem consciência das existências que precederam, para ele, o período de humanidade?
      Não, porque não é senão desse período que começa para ele a vida de Espírito, e é mesmo difícil que se lembre de suas primeiras existências como homem, exatamente como o homem não se lembra mais dos primeiros tempos de sua infância, e ainda menos do tempo que passou no ventre materno. Eis porque os Espíritos vos dizem que não sabem como começaram. (Ver item 78.)
      609. O Espírito, tendo entrado no período da humanidade, conserva os traços do que havia sido precedentemente, ou seja, do estado em que se encontrava no período que se poderia chamar anti-humano?
      Isso depende da distância que separa os dois períodos e do progresso realizado. Durante algumas gerações, ele pode conservar um reflexo mais ou menos pronunciado do estado primitivo, porque nada na Natureza se faz por transição brusca; há sempre anéis que ligam as extremidades da cadeia do  seres e dos acontecimentos. Mas esses traços desaparecem com o desenvolvimento do livre-arbítrio. Os primeiros progressos se realçam lentamente, porque não são ainda secundados pela vontade, mas seguem uma progressão mais rápida à medida que o Espírito adquire consciência mais perfeita de si mesmo.
       610. Os Espíritos que disseram que o homem é um ser à parte na ordem da criação enganaram-se, então?
-                     Não, mas a questão não havia sido desenvolvida e há coisas que não podem vir senão a seu tempo. O homem é, de fato, um ser à parte porque tem faculdades que o distinguem de todos os outros e tem outro destino A espécie humana é a que Deus escolheu para a encarnação dos seres que o podem conhecer.
Bom sendo assim meus irmãos aproveitem e leiam o post do dia 19-06-2011 onde pergunto: necessitamos nos nutrir de carne?
Bem meus irmãos espero que tenham gostado e que essa breve explicação possa aguçar em vocês a necessidade de ler , pesquisar e aprender sempre mais.
Fiquem em PAZ e bem !!




sábado, 23 de março de 2013

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS (Visão espirita)






Alguns espíritas recusam-se a autorizar, em vida, a doação de seus próprios órgãos após o desencarne, alegando que Chico Xavier não era favorável aos transplantes. Isso não é verdade! É preciso esclarecer que Chico Xavier quando afirmou "a minha mediunidade, a minha vida, dediquei à minha família, aos meus amigos, ao povo. A minha morte é minha. Eu tenho este direito. Ninguém pode mexer em meu corpo; ele deve ir para a mãe Terra", fez porque quando ainda encarnado Chico recebeu várias propostas (inoportunas) para que seu cérebro fosse estudado após sua desencarnação. Daí o compreensível receio de que seu corpo fosse profanado nesse sentido; depois pela sua idade, Chico não poderia doar seus órgãos; e se pudesse, o receptor dos órgãos, talvez fosse idolatrado.
Em entrevista à TV Tupi em agosto de 1964, Francisco Cândido Xavier comenta que o transplante de órgãos, na opinião dos Espíritos sábios é um problema da ciência muito legítimo, muito natural e deve ser levado adiante. Os Espíritos, segundo Chico Xavier - não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis naturais. Pois é muito natural que, ao nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com proveito.
A doação de órgãos para transplantes é perfeitamente legítima. Divaldo Franco certifica: “se a misericórdia divina nos confere uma organização física sadia, é justo e válido, depois de nos havermos utilizado desse patrimônio, oferecê-lo, graças as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia, aos que vieram em carência a fim de continuarem a jornada. Não há, também, reflexos traumatizantes ou inibidores no corpo espiritual, em contrapartida à mutilação do corpo físico. O doador de olhos não retornará cego ao Além. Se assim fosse, que seria daqueles que têm o corpo consumido pelo fogo ou desintegrado numa explosão?”
COMO SABER SE UMA PESSOA ESTÁ REALMENTE MORTA PARA PODER RETIRAR O CORAÇÃO? Marlene Nobre, médica espírita explica: “há diferença entre morte cerebral e morte encefálica. Na morte cerebral, ainda há uma estrutura cerebral funcionando, como o tronco cerebral ou tronco encefálico. Neste caso, o eletroencefalograma confirma este funcionamento. Então, este é o estado em que ficam as pessoas que estão em coma vegetativo, quer dizer, ainda não estão mortas. Na morte encefálica, porém, nenhuma estrutura do cérebro está em funcionamento. A morte encefálica é a morte dos hemisférios cerebrais e do tronco encefálico onde se localizam os centros vitais do ser humano. O médico precisa esperar a morte encefálica para fazer o transplante. Nela o coração ainda bate, mas há completo silêncio do encéfalo. Nenhuma estrutura do sistema nervoso dá sinal de vida. O eletroencefalograma está plano, isoelétrico. Uma observação: Para que ocorra o transplante de coração, este precisa estar batendo. Se ele parar não volta o funcionamento, e não servirá para transplante. Já no transplante de rim, fígado e outros isso não é necessário.”

E OS PROFISSIONAIS QUE ANTECIPAM A MORTE DO DOADOR? Se existem, estes estão plantando, e os que doam estão aproveitando a ocasião para diminuir débitos, caso não se revolte e queira vingar-se do assassino.
POR QUE EM ALGUNS CASOS HÁ REJEIÇÃO? Talvez ainda não fosse o momento azado e sua prova ainda não tivesse acabado. Mas André Luiz considera a rejeição como um problema claramente compreensível, pois o órgão do corpo espiritual (perispírito) do doador está presente no receptor. O órgão perispiritual provoca os elementos da defensiva do corpo, que os recursos imunológicos em futuro próximo, naturalmente, vão suster ou coibir. André Luiz explica que quando a célula é retirada da sua estrutura formadora, no corpo humano, indo laboratorialmente para outro ambiente energético, ela perde o comando mental que a orientava e passa, dessa forma, a individualizar-se; ao ser implantada em outro organismo (por transplante, por exemplo), tenderá a adaptar-se ao novo comando (espiritual) que a revitalizará e a seguir coordenará sua trajetória.
O TRANSPLANTE NÃO AFETA O ESPÍRITO DO DOADOR? Os Espíritos afirmaram a Kardec que o desligamento do corpo físico é um processo altamente especializado e que pode demorar minutos, horas, dias, meses. Embora com a morte física não haja mais qualquer vitalidade no corpo, ainda assim há casos em que o Espírito, cuja vida foi toda material, sensual, fica jungido aos despojos, pela afinidade dada por ele à matéria. Todavia, recordemos de situação que ocorre todos os dias nas grandes cidades: a prática da necrópsia, exigida por força da Lei, nos casos de morte violenta ou sem causa determinada: abre-se o cadáver, da região external até o baixo ventre, expondo-se-lhe as vísceras tóracoabdominais. Não se pode perder de vista a questão do mérito individual. Estaria o destino dos Espíritos desencarnados à mercê da decisão dos homens em retirar-lhes os órgãos para transplante, em cremar-lhes o corpo ou em retalhar-lhes as vísceras por ocasião da necrópsia?! O bom senso e a razão gritam que isso não é possível, porquanto seria admitir a justiça do acaso e o acaso não existe! Resumindo: a doação de órgãos para transplantes não afetará o espírito do doador, exceto se acreditarmos ser injusta a Lei de Deus e estarmos no Orbe à deriva da Sua Vontade. Lembremos que nos Estatutos do Pai não há espaço para a injustiça e o transplante de órgãos (façanha da ciência humana) é valiosa oportunidade dentre tantas outras colocadas à nossa disposição para o exercício da amor. Mas, só devemos doar se sentirmos preparados para isso. Não podemos esquecer que se hoje somos potenciais doadores, amanhã, poderemos ser ou nossos familiares e amigos potenciais receptores.


FONTE BIBLIOGRÁFICA:
GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

sábado, 16 de março de 2013

É chegada a hora da Regeneração?





A mídia divulgou, no final de setembro, que alguns pacientes que aguardavam transplante de coração, no Rio de Janeiro, tiveram suas cirurgias suspensas com a aplicação de células tronco no coração. As células tronco são as células mais primitivas de origem embrionária capazes de gerar, potencialmente, qualquer tecido do organismo.
Observe-se que as conquistas estão em todas as áreas. Não é só na medicina. Tudo está evoluindo muito rapidamente, trazendo mais conforto e qualidade de vida ao habitante do planeta. Menos dor física, longevidade ampliada, conforto material cada vez maior, tecnologia fascinante – especialmente na área de comunicação e informática, entre outras inúmeras conquistas.
Já é a aurora do mundo de regeneração, promovendo o progresso do planeta. E mesmo as noções de ética, justiça, fraternidade alcançam patamares antes nunca alcançados. O aparente caos que se verifica na atualidade apenas demonstra o desespero dos que estacionaram, dos que se recusam a aceitar a força do bem e da dignidade. Estes serão vencidos pela força inevitável do progresso que se apresenta irresistível, pois que fruto do amadurecimento moral e intelectual.
Se o progresso material espanta-nos, diariamente, e o aprimoramento apresenta-se mais lento, isto indica que falta-nos apenas a decisão individual de ser melhor, de vencer as tendências inferiores, de lutar por ser melhor a cada dia, de respeitar o semelhante e seus direitos, etc.
Quando poderíamos imaginar, por exemplo, ao tempo de Kardec e mesmo até poucos anos do século passado, o potencial da Internet? Quando poderíamos imaginar que discos magnéticos poderiam armazenar imagens, sons e movimentos, transformando-se em arquivos úteis e poderosos para uso ágil? Quem poderia imaginar a existência dos celulares, entre outras facilidades?
Falta-nos somente a decisão pessoal de efetivamente mudar para melhor. Aprimorar o sentimento, os relacionamentos, reconhecer nossa condição de seres espirituais usando temporariamente corpos carnais. O conhecimento espírita já está à disposição e o simples fato da imortalidade já deve nos provocar mudanças de comportamento. Havendo adesão a essa decisão pessoal de determinação, coragem, fé e trabalho, pronto, instala-se o Mundo de Regeneração.
Desde o dia 18 de abril de 2010 já vivemos aqui na Terra o Mundo de Regeneração. A confirmação chegou até o plano físico em mensagem de Bezerra de Menezes, pela psicofonia de Divaldo Franco, no encerramento do 3º Congresso Espírita Brasileiro em Brasilia (DF), no mesmo dia.
Desde o final do século 20 o Apocalipse é um tema atual. Porém, com o agravamento dos processos climáticos e geológicos e ainda a proclamada nova data para o “fim do mundo” —dezembro de 2012—, tivemos o trabalho de pesquisar nas obras psicografadas pelo nosso querido Chico Xavier para ver se encontrávamos algo a respeito.
Qual nossa surpresa, porém, ao descobrir que nosso querido Bezerra de Menezes, através do confiável médium Divaldo Franco, ratificou o que nossos guias espirituais já diziam —o novo Ciclo de Regeneração realmente começou. E, segundo Emmanuel, na obra “Plantão de Respostas“, deve estar completamente instaurado até meados deste século.
Estamos, portanto, em um período de transição entre o Mundo de Expiação e Provas e o Mundo de Regeneração. Ainda passaremos grandes tribulações físicas e morais. Mas todas elas serão remédios para nossas doenças morais, e evitarão que bilhões de espíritos sejam exilados. Com esta nova visão, restauramos o aspecto Consolador do Espiritismo e somos capazes de compreender com mais clareza o comportamento que nos cabe diante do novo Mundo de Regeneração.
Leia a seguir a íntegra da mensagem de Bezerra de Menezes:
“Estamos agora em um novo período. Estes dias assinalam uma data muito especial: a data da mudança do Mundo de Provas e Expiações para Mundo de Regeneração.
A grande noite que se abatia sobre a Terra lentamente cede lugar ao amanhecer de bênçãos. Retroceder não mais é possível.
Firmastes, filhas e filhos da alma, um compromisso com Jesus antes de mergulhares na indumentária carnal, de servi-lo com abnegação e devotamento. Prometestes que lhe serieis fiel, mesmo que vos fosse exigido o sacrifício.
Alargando-se os horizontes deste amanhecer que viaja para a plenitude do dia, exultemos juntos, os Espíritos desencarnados e vós outros que transitais pelo mundo de sombras. Mas além do júbilo que a todos nos domina, tenhamos em mente as graves responsabilidades que nos exornam a existência no corpo ou fora dele.
Deveremos reviver os dias inolvidáveis da época do martirológio. Seremos convidados não somente ao aplauso, ao entusiasmo, ao júbilo, mas também ao testemunho, o testemunho silencioso nas paisagens internas da alma, o testemunho por amor àqueles que não nos amam, o testemunho de abnegação no sentido de ajudar aqueles ainda se comprazem em gerar dificuldades tentando inutilmente obstaculizar a marcha do progresso.
Iniciada a grande transição, chegaremos ao clímax e na razão direta em que o planeta experimenta as suas mudanças físicas, geológicas, as mudanças morais serão inadiáveis.
Que sejamos nós aqueles Espíritos espíritas que demonstremos a grandeza do amor de Jesus em nossas vidas. Que outros reclamem, que outros se queixem, que outros deblaterem —que nós outros guardemos, nos refolhos da alma, o compromisso de amar e amar sempre, trazendo Jesus de volta com toda a pujança daqueles dias que vão longe e que estão muito perto.
Jesus, filhas e filhos queridos, espera por nós!
Que seja o nosso escudo o Amor, as nossas ferramentas, o Amor, e a nossa vida, um Hino de Amor, são os votos que formulamos os Espíritos Espíritas aqui presentes e que me sugeriram representá-los diante de vós.
Com muito carinho o servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra
Muita Paz, filhas e filhos do coração.


domingo, 10 de março de 2013

Crianças Diamante




Estas crianças são previstas como sendo o próximo grupo de crianças depois das Crianças Arco-Íris.

As crianças diamante também estão reencarnando pela primeira vez na Terra. Já existem poucas nascidas mas a energia da Terra precisa subir para uma frequência mais alta para conseguir acomodar uma massa crítica de crianças diamante. Muitos adultos precisam evoluir para serem pais deste próximo grupo de crianças.

As crianças diamante incorporam inteiramente a Luz Divina. Elas estarão confortáveis com a comunicação telepática, possuirão poder de materialização e telecinese. Elas nunca experimentaram a densidade da Terra e não tem o conceito de raiva, ódio, medo, cobiça e separação. Elas não são familiarizadas com os dramas dos relacionamentos humanos. As crianças diamante não conseguem cooperar com a dor, o sofrimento e o drama das energias da Velha Terra. Elas vão se atrair pelas frequências mais altas do Puro Amor Divino e da Pura Luz. Nós começaremos a descobrir mais sobre estas crianças no futuro.

"As crianças diamante não carregam nada com elas, não se apegam a nada, tudo flui nelas como água, como o ar, elas não vem com nada para limpar. Sua vibração é tão alta que automaticamente transcende completamente a densidade e a negatividade. Elas podem "transcender", elas são capazes de transcender. Elas possuem o código do DNA que permite aqueles que estão prontos para transcender a ilusão deste mundo.

Muitos dos curadores deste planeta carregam este código de DNA diamante e podem portanto acordar as pessoas instantaneamente. Vocês podem remover instantaneamente o véu e trazer alguns (que estão prontos e querendo e que estejam alinhados com seu caminho e propósito de vida nesta época para o bem maior) para retornar ao conhecimento completo e ao ato de relembrar apesar do processo ser feito através do "tempo" e em alinhamento com o Divino. (O tempo divino)

Frutas frescas, vegetais, nozes e sementes.

As crianças diamante tem muita sensibilidade em relação à dieta, organicamente são mais do tipo "que se alimentam de prana" e não é normal comer através de suas bocas como nós fazemos. Elas tem vários problemas digestivos, de absorção ou drenagem etc... acham difícil processar alimentos e as energias da terceira dimensão em geral, negatividade é como veneno para eles. Elas precisam de ar puro para respirar e água pura para beber. Elas possuem a sabedoria do Universo Perfeito.

Recentemente eu encontrei uma adolescente diamante que disse que o mundo é como uma bateria com muitas camadas que mantém este mundo vivo e com o tempo nós quebramos e destruímos as camadas desta bateria e são as crianças diamante que providenciarão a sabedoria para ajudar a "reconstruir esta bateria".

Muitas destas crianças diamante mais velhas (não há muitas) tem tido dificuldade de existir neste mundo com poucos recursos para se reconstruírem e para ajudá-las a manter o equilíbrio e se manterem centradas. Elas centelham em perfeição em sua habilidade de acender a sua luz / brilhar no mundo.

A energia diamante é completamente fluida, brilhante, de amor e de sabedoria.

A massa crítica de crianças diamante está vindo agora e muitas delas terão diagnósticos errôneos devido à incapacidade da maioria para entender quem elas são. Muitas serão diagnosticadas como autistas e criarão a mudança no planeta necessária para ganhar a nossa atenção.

Não seremos mais capazes de ignorar estas mudanças e as qualidades das nossas crianças. Elas precisarão de simplicidade e facilidade em suas casas e vidas. Elas experimentarão numerosas doenças enquanto procuram cooperar e limpar a energia.

Vocês podem ver como estas crianças se tornam cansadas pelas suas olheiras embaixo de seus olhos, a letargia e a necessidade de ficar em casa recusando-se de ficar em lugares públicos com muito barulho e negatividade (inconsciência). Transmutar as energias do planeta sem descanso e sem os cuidados para repor as energias e manutenção das mesmas pode resultar em sintomas semelhantes aos da gripe e vômitos.

As crianças diamante brilham com a luz e a verdade e passarão por períodos de ficar sem sono com períodos de ter muito sono. Seus pais precisarão ter flexibilidade com seus ritmos para conseguir ajudá-las. Elas pertencem à dimensão sem o conceito de tempo e portanto podem criar dificuldades enquanto se integram a um mundo que ainda opera pelo tempo do relógio.

·      
FONTE: Diamond Children (The New Earth Children Centre)

domingo, 3 de março de 2013

Você conhece uma criança ÍNDIGO?




Uma das novidades dessa primeira década do terceiro milênio é o anúncio de uma geração de crianças chamada "índigo". Há ainda uma outra classificação, a das crianças "cristal". A onda veio dos Estados Unidos a partir de um livro de Lee Carroll e Jan Tober The Indigo Children, the new kids have arrived, publicado no Brasil, pela Editora Butterfly, sob o título de Crianças Índigo.
Entre tantas, é uma temática incluída nessa corrente híbrida de pensamentos chamada New Age (Nova Era), que mistura orientalismos, misticismos vários, espiritualismo ocidental, psicologismos vagos, e, às vezes, Espiritismo, na sua forma norte-americana de spiritualism. O que caracteriza o pensamento New Age é justamente o anúncio de novos tempos para a humanidade, de maior espiritualidade, de aumento de consciência, de iluminação coletiva.
Como não existe uma filosofia consistente e unificadora para esse movimento, nele se abrigam todos os tipos de reflexões e propostas, desde algumas razoavelmente sensatas e certas músicas bonitas e relaxantes, até idéias místicas, mesmo supersticiosas. O que falta é justamente um eixo de racionalidade e o que sobra, para atrapalhar, é o mercado em torno do tema.
Temos hoje uma indústria de espiritualidade light, que vende em pílulas de livros de auto-ajuda, um conforto inconsistente, uma religiosidade descomprometida, porque muito superficial e feita para consumo rápido e descartável. Essa tendência se tornou de tal forma predominante - porque dá dinheiro - que ela contagia inclusive as grandes religiões e afeta em cheio o mercado editorial espírita.
O leitor-consumidor quer leituiras rápidas, fáceis, que possam dar receitas prontas e flexíveis para dar alívio às suas múltiplas angústias. Nada que comprometa muito, nada que o faça raciocinar em demasia, nada que o obrigue a tomar atitudes éticas mais firmes. A espiritualidade também se tornou produto de mercado.
A questão das crianças índigo se insere nesse contexto. Segundo os autores que trabalham o tema, há crianças especiais nascendo no mundo para preparar a Nova Era, suas auras azuis justificam o nome de crianças índigo. São questionadoras, contestadoras, corajosas para construir um novo mundo. Mas há também as crianças cristais, essas mais evoluídas ainda, que são introspectivas, sensíveis, iluministas.
Segundo os autores, esses seres precisam de atenção especial, de uma nova educação e de espaço para se desenvolverem livrementes.
A questão, tanto com o movimento da Nova Era quanto com esse tema específico das crianças índigo, é que há algumas verdades intuídas em meio a uma grande confusão de conceitos e incoerências perigosas.
Já no século 19 o Espiritismo anunciava novos tempos para a humanidade e dizia que a mudança se daria, sobretudo, pela encarnação de Espíritos mais conscientes, que já viriam aptos a construir e a vivenciar um novo mundo.
Há também um postulado adotado por Allan Kardec que, conforme se dá o progresso dos mundos, o período de infância vai ficando mais curto e os Espíritos reencarnam cada vez mais lúcidos e rapidamente amadurecem dentro dos propósitos que os trouxeram à nova existência.
Entretanto, uma das características do pensamento espírita é o despojamento de toda e qualquer linguagem mística e mítica, uma certa racionalização da espiritualidade, dentro de um entendimento lógico do mundo e da vida. Se uma nova geração está surgindo - e certamente está, pois basta conviver com as crianças atuais, para observar a sua vivacidade, a sua capacidade de desenvolvimento e a sua sensibilidade - é um fato natural, faz parte da lei do progresso coletivo e é inclusive parcialmente explicável pela maior quantidade de estímulos que as crianças recebem hoje desde cedo.
O perigo de classificarmos essas crianças é considerá-las seres privilegiados - pois o pior é que apenas algumas crianças são tidas como índigo ou cristal -, criando castas, de que os pais se orgulham e sobre as quais projetam seus desejos de grandeza. A identificação de possíveis crianças especiais é altamente problemática e mesmo prejudicial, porque suscita discriminações, classificações desvantajosas para outras, que não sejam assim consideradas, e para elas próprias, proporcionando um estímulo à vaidade.
Na obra de Lee Carroll e Jan Tober, há problemas ainda maiores. É que a identificação de tais crianças baseia-se em critérios muito subjetivos e mesmo errôneos. Vemos crianças consideradas índigo estapeando o rosto da mãe, sendo prepotentes, humilhando e agredindo outras pessoas, inclusive seus pais. Ora, segundo qualquer avaliação sensata, tais tendências não revelam um espírito superior. Pode ser até um ser desenvolvido intelectualmente, mas o orgulho e a arrogância mostram um déficit moral, que os pais têm a responsabilidade de ajudar a corrigir, com amor e diálogo, é claro, sem repressões e punições.
Outros critérios apontados - como os citados por Tereza Guerra, no livro dela: Crianças Índigo - Uma geração de ponte com outras dimensões, publicado pela Editora Madras - carecem completamente de qualquer cientificidade e de qualquer possibilidade de comprovação. São pseudocientíficos. Vejamos três desses critérios. Diz a autora, Tereza: "Esses indivíduos são, simplesmente, novas expressões com características que vocês não possuem:
1. Uma vibração mais elevada;
2. Uma organização que invalida certos atributos provenientes dos astros que, habitualmente, afetam os humanos;
3. Um dispositivo biológico específico, que lhes permite manejar melhor as impurezas fabricadas pelos próprios humanos do planeta".
Já conseguiram algum meio de medir a elevação da vibração de cada um? E que organização e dispositivo biológico são esses? Alguma mutação genética, comprovada? Estamos diante de uma geração de mutantes, superiores a nós? Como se vê, são afirmativas gratuitas, inconsistentes e problemáticas.
Essa discussão mostra muito bem por que insistimos em falar em uma Pedagogia Espírita, termo criado por J. Herculano Pires, e não em uma Pedagogia Espiritualisdta ou Nova Pedagogia ou Pedagogia do Amor - como algumas pessoas sugerem no sentido de descaracterizá-la de um suposto aspecto sectário. Quem compreende bem o Espiritismo sabe que ele tem um caráter universalista e não se fecha em fanatismo e sectarismo. E o que faz parte principalmente de sua proposta é o método de abordagem da realidade, de maneira científica, racional, sem abdicar da visão espiritual. Ou seja, Kardec nos indica critérios de tocar o real, de maneira a termos mais segurança em nosso modo de conhecer.
Assim, a pedagogia espírita é uma pedagogia que assume a reencarnação, a espiritualidade como dimensão real e necessária do ser humano, mas não abandona o eixo da racionalidade científica, desenvolvido na história do Ocidente, desde a civilização grega. Não podemos nos lançar a um misticismo medieval, deixando de lado as âncoras da pesquisa e da razão.
Portanto, dentro dessa abordagem, podemos afirmar que a pedagogia espírita trabalha com um critério democrático, racional, de considerar todas as crianças iguais e, ao mesmo tempo, singulares, rejeitando classificações restritivas ou discriminatórias.
Todas as crianças são iguais, essencialmente divinas, espíritos em evolução, com infinitas potencialidades a serem desenvolvidas. Todas precisam de amor, diálogo, educação libertadora, que permita seu pleno desabrochar. Todas devem ser respeitadas e ajudadas a cumprir seu destino evolutivo.
Todas as crianças são únicas, cada uma tem seu histórico reencarnatório, cada uma traz talentos específicos a serem trabalhados na presente existência, cada uma está num degrau diferente de evolução espiritual - que é difícil avaliar, pois não há métodos de medir evolução espiritual a não ser observar o exemplo de um ser humano ao longo de sua existência e, ainda assim, muitos se enganam nessa avaliação, tomando falsos profetas por missionários.
Cabe-nos observar atentamente cada indivíduo, conhecer de perto suas tendências e jamais abdicar da função de educar, o que não significa modelar de fora, mas ajudar o ser a se autoconstruir.
Bibliografia:

*Dora Incontri é pedagoga, professora universitária, escritora, diretora da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita e colabora no movimento espírita de Sâo Paulo.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Da indiferença à compaixão




A vida moderna se desenrola em um ritmo vertiginoso.
A todo instante, surgem novidades nos mais diversos setores do conhecimento humano.
As pessoas colecionam centenas de amigos virtuais, que podem ser contatados sem sair de casa.
Por força dessas inovações, as notícias correm o mundo em questão de segundos.
As novidades mórbidas é que costumam empolgar as massas.
De outro lado, impera a sensação da necessidade de ser rápido e aproveitar muito, para não perder algo importante.
Ocorre que esse regime de urgência e negatividade tende a gerar relacionamentos superficiais.
Quem tem centenas de amigos virtuais não costuma conviver com eles, não percebe suas reais necessidades.
Tem a sensação de ser bem relacionado, quando é um solitário.
Outro subproduto da vida moderna é a tendência à indiferença.
O corre-corre dificulta que se preste atenção no semelhante.
As notícias ruins inspiram o sentimento de ser necessário precaver-se contra a exploração e o abuso.
Para não sofrer, a criatura opta por anestesiar seu sentir.
Se há muitos políticos corruptos, ela deixa de prestar atenção nas ocorrências da vida pública do país.
Como há bastante violência, procura nem notar o que ocorre a sua volta.
Por ser evidente a má fé de alguns, afasta-se de muitos.
Contudo, esse distanciamento do semelhante é artificial e deletério.
O ser humano é gregário por natureza e precisa conviver para se sentir pleno.
Sempre há o risco de se ferir e se decepcionar, sem que isso constitua razão para abdicar da essência da vida.
Convém ser cauteloso, mas tal não pode significar renúncia ao contato social.
Uma boa técnica para conviver de forma saudável em um mundo imperfeito consiste na compaixão.
Ela é um dos sentimentos humanos mais nobres e se expressa como solidariedade.
Implica participar do sofrimento do próximo, de forma dinâmica.
Não se trata apenas de lamentar a dor alheia, de sofrer junto e nem de considerá-lo um infeliz.
Ser compassivo pressupõe tomar-se do ardente desejo de auxiliar o semelhante a livrar-se do sofrimento.
Justamente por seu vigor, a compaixão inspira a adoção de medidas para melhorar o mundo em que se vive.
O compassivo não quer e nem consegue ser feliz sozinho.
Ele não é um pessimista que acha que o mundo está perdido e nada resta para fazer.
Acredita no bem e ama o progresso e por isso age com firmeza.
Não violenta consciências, mas faz o que pode para que a Humanidade se renove.
A compaixão é um sinal de sabedoria de quem compreende a fragilidade da imensa maioria dos homens.
Entretanto, à semelhança do Cristo, não os despreza, mas os auxilia e instrui.
Pense nisso.