domingo, 27 de fevereiro de 2011

Mistificação na casa espírita.

Boa tarde amigos,uma das preocupações que tenho com a doutrina é justamente a mistificação que se faz em cima dela, em alguns centros e por alguns trabalhadores.Em algumas ocasiões percebemos que o médium por desconhecimento, vaidade ou seja la o motivo que for, demonstra claramente que as palavras proferidas pela suposta entidade que está ali ao seu lado, são na verdade apenas o pensamento nu e cru do próprio médium, percebemos que não existe entidade comunicante naquele momento. Ai eu vos pergunto : O que fazer para evitar que casos como esse venham a acontecer? Como salvaguardar esse irmão?
"Nada, absolutamente nada, ocorre por acaso. Quem se dedica à mediunidade deve, pois, manter-se vigilante e não ignorar jamais a advertência de Erasto contida no cap. XX, item 230, d´O Livro dos Médiuns: “Melhor será repelir dez verdades do que admitir uma única mentira, uma só teoria falsa”. “As falsas comunicações, que de tempos a tempos ele recebe – afirma Divaldo P. Franco –, são avisos para que não se considere infalível e não se ensoberbeça.” (Moldando o Terceiro Milênio, de Fernando Worm, cap. 7, pág. 62.)"
"A prática espírita, como todos sabemos, não está livre da mistificação, porquanto aprendemos, com o estudo da escala espírita, que existem Espíritos levianos, ignorantes, maliciosos, irrefletidos e zombeteiros, que se metem em tudo e a tudo respondem sem se importarem com a verdade. "Gostam de causar pequenos desgostos e ligeiras alegrias, de intrigar, de induzir maldosamente em erro, por meio de mistificações e de espertezas." (O Livro dos Espíritos, questão no 103.)
Esses Espíritos podem estar desencarnados ou encarnados, o que quer dizer que a mistificação pode ser proveniente do médium, o que não é, porém, muito comum no meio espírita sério.
Allan Kardec assevera que a mistificação é fácil de evitar. Basta, para isso – ensina o Codificador –, não exigir do Espiritismo senão o que ele pode e deve dar, que é a melhoria moral da Humanidade. "Se vocês não se afastarem daí, não serão jamais enganados", advertiu o Espírito de Verdade, que no mesmo passo esclareceu: "Os Espíritos vêm instruí-los e guiá-los no caminho do bem e não no caminho das honras e da fortuna, ou para servirem suas mesquinhas paixões. Se não lhes pedissem jamais nada de fútil ou fora de suas atribuições, não dariam oportunidade alguma aos Espíritos enganadores; donde vocês devem concluir que quem é mistificado tem apenas o que merece." (O Livro dos Médiuns, cap. XXVII, item 303, 1a pergunta.)
Na mesma obra e no mesmo item, o Espírito de Verdade afirma que "Deus permite as mistificações para provar a perseverança dos verdadeiros adeptos e punir os que fazem do Espiritismo um objeto de divertimento". (L.M., cap. XXVII, item 303, 2a pergunta.)
– Além das advertências e recomendações já referidas, Allan Kardec nos fornece seguras orientações a respeito do tema no cap. XXIV, item 268, d' O Livro dos Médiuns, do qual extraímos os apontamentos seguintes:
a) entre os Espíritos, poucos há que têm um nome conhecido na Terra; por isso é que, na maioria das vezes, eles nenhum nome declinam;
b) como os homens, quase sempre, querem saber o nome do comunicante, para os satisfazer o Espírito elevado pode tomar o de alguém que é reverenciado na Terra. Não quer isso dizer que se trata, nesse caso, de uma mistificação ou uma fraude. Seria sim, se o fizesse para nos enganar, mas, quando é para o bem, Deus permite que assim procedam os Espíritos da mesma categoria, porque há entre eles solidariedade e analogia de pensamentos. Ocorre ainda que muitas vezes o Espírito evocado não pode vir, e ele envia então um mandatário, que o representará na reunião;
c) quando Espíritos de baixo padrão moral adotam nomes respeitáveis para nos induzirem ao erro, não é com a permissão dos Espíritos indevidamente nomeados que eles procedem. Os enganadores serão punidos por essa falta. Fique certo, todavia, que, se não fôssemos imperfeitos, não teríamos em torno de nós senão bons Espíritos. Se somos enganados, só de nós mesmos nos devemos queixar;
d) existem pessoas pelas quais os Espíritos superiores se interessam e, quando eles julgam conveniente, as preservam dos ataques da mentira. Contra essas pessoas os enganadores nada podem. Os bons Espíritos se interessam pelos que usam criteriosamente da faculdade de discernir e trabalham seriamente por melhorar-se. Dão a esses suas preferências e os secundam;
e) os Espíritos superiores nenhum outro sinal têm, para se fazerem reconhecer, além da superioridade das suas idéias e da sua linguagem. Os sinais materiais podem ser facilmente imitados. Já os Espíritos inferiores se traem de tantos modos, que seria preciso ser cego para deixar-se iludir. Os Espíritos só enganam os que se deixam enganar;
f) há pessoas que se deixam seduzir por uma linguagem enfática, que apreciam mais as palavras do que as idéias e que, muitas vezes, tomam idéias falsas e vulgares como sublimes. Como podem essas pessoas, que não estão aptas a julgar as obras dos homens, julgar as dos Espíritos?;
g) quando as pessoas são bastante modestas para reconhecerem a sua incapacidade, não se fiam apenas em si; quando, por orgulho, se julgam mais capazes do que o são, trazem consigo a pena da vaidade tola que alimentam. Os mistificadores sabem perfeitamente a quem se dirigem. Há pessoas simples e pouco instruídas mais difíceis de enganar do que outras, que têm finura e saber. Lisonjeando-lhes as paixões, fazem eles do homem o que querem."

Sendo assim meus queridos amigos , vamos pensar bastante na responsabilidade que temos em trabalhar em uma casa espiritualista, somente através do estudo contínuo , com responsabilidade e FÉ estaremos livres de situações como o misticismo e o animismo, estejamos atentos a tudo que está a nossa volta , vamos orar e vigiar para que não venhamos a estar atraídos ou receptivos a irmãos que na verdade nada querem a não ser brincar com o trabalho, que deve ser sério e imparcial.


Fiquem em PAZ !!!



domingo, 6 de fevereiro de 2011

O trabalho começou!


Amigos , o ano começou , e com ele o nosso trabalho no Centro Espiritualista, para isso faço algumas considerações sobre esses laboriosos trabalhadores que se dedicam na seara do PAI a nos ajudar no dia dia da casa, porque à Casa Espírita não basta abrir suas portas ao público para nela simplesmente entrar
quem assim desejar.
É necessário que se desenvolva um trabalho de acolhimento, com valor humano e
atendimento fraternal aos que ali chegam pela primeira vez, para que voltem outras vezes.
Este setor de trabalho é a recepção.
O Centro Espírita, antes de ser dos homens, é dos Espíritos que trabalham sob a
égide do Cristo. Receber com amor aqueles que lhe batem à porta, reconhecendo que ali
chegam enviados pelo Médico das Almas é de fundamental importância. A recepção como
setor de trabalho do Centro Espírita, humanizada e eficiente, conquistará para o Cristo o
companheiro que dele se aproxima, na esperança de ser acolhido com fraternidade.
Lembremos o conselho de Jesus aos seus apóstolos, quando os enviou à propagação
da Boa Nova, dizendo que se não fossem bem recebidos deveriam testemunhar contra os
maus recepcionistas. Ora, os que procuram o Centro Espírita e não são bem recebidos
também irão testemunhar contra ele, sem dúvida e terão dificuldade em aceitar a afirmativa
de que seus membros trabalham em nome do Senhor.
O serviço de recepção na Casa Espírita deve aperfeiçoar-se cada vez mais, não
somente na área técnico-administrativa, qualificando seus colaboradores e dotando-a de
instrumentos racionais que favoreçam um desempenho eficiente dos recepcionistas, mas,
sobretudo, no campo do amor. Amor ao trabalho que se faz e a quem dele se beneficia.
Todos os recursos que a ciência e a tecnologia nos oferecem, devemos deles fazer uso em
nossa Casa, para que, de maneira mais prática, chegue a todos a mensagem da Boa Nova,
clarificada pela lógica da Doutrina Espírita. Nada, no entanto, substitui a vibração humana da
conversação fraterna, o convite indeclinável do sorriso e da atenção amiga àquele que fala e
a força do sentimento de solidariedade expressado no desejo sincero de ajudar a quem se
sente desamparado, abandonado, confuso e desiludido.
Na boa recepção começa a assistência espiritual que a Casa oferece. Os irmãos que
atendem aos que a ela chegam pela primeira vez têm a responsabilidade de informar pelos
gestos, sentimentos e palavras, que a casa é de todos os homens de boa vontade,
desejosos em confraternizar, aprender e trabalhar na Seara do Senhor. O irmão
recepcionado sem alarido, mas com alegria, respeito e atenção, sente-se confiante,
admitindo que procurou o lugar certo para o esclarecimento que busca a respeito dos
“problemas do ser, do destino e da dor” que o angustiam.
Sabemos que os Espíritos da Seara do Cristo, no desempenho de sua tarefa de
amparo aos necessitados, encaminham das ruas, dos bares, dos ambientes de serviços
tumultuados, dos lares em desequilíbrio, os irmãos atormentados e seus atormentadores
desencarnados, todos necessitados de orientação, de solidariedade e de amor, para as
organizações religiosas mais próximas, na esperança de que ali sejam auxiliados nas suas
dificuldades.
O Centro Espírita, por motivos que muito bem conhecemos, é sempre o templo ideal para
esse atendimento, pois trabalha com certeza do internacionalismo do mundo visível como o
do invisível.
Há urgência, portanto, de se qualificar trabalhadores dispostos ao exercício dessa
tarefa básica no Centro Espírita, para que ele não venha ser somente um templo a mais na
Terra, erguido somente com paredes de tijolos, como tantas que ainda existem, e sim um
santuário do mundo espiritual na Terra, revestido com argamassa da fraternidade e
sustentado pelas colunas do amor dos corações daqueles que nele trabalham.
Os irmãos encarregados desse mister serão aqueles que já detêm um razoável
conhecimento do Espiritismo, estão integrados na instituição, são conhecedores de suas
diretrizes, normas administrativas e de suas atividades.
Seu perfil deve ser traçado como alguém simpático, atencioso e verboso suficiente
para manter um diálogo objetivo e esclarecedor com o visitante. Não é necessário dar aula
de Espiritismo, nem de psicologia, nem analisar profundamente o seu problema, isto é tarefa
do entrevistador. Recepcioná-lo carinhosamente e encaminhá-lo com segurança ao setor da
instituição pertinente ao caso, oferecendo-lhe as informações preliminares que necessite. É
oportuno lembrar que o recepcionista irá se deparar com uma diversidade muito grande de
irmãos com os mais diferentes problemas e interesses. A variação vai desde aquele que
revela o seu tormento no olhar e no falar, até àquele que simplesmente deseja assistir a
reunião pública e depois tomar um passe. São necessárias, portanto, ao recepcionista, muita
sensibilidade para uma rápida detectação do quadro apresentado pelo visitante e maturidade
suficiente para tomar decisões com amor, inteligência e energia, visto que a manutenção da
ordem e da disciplina nas adjacências da entrada principal do Centro estará a seu cargo.
Cremos que assim agindo estaremos recebendo bem aos que Jesus nos envia,
preservando a boa imagem da Sua Casa e divulgando a Sua Mensagem, o Espiritismo, de uma forma eficiente e fraterna.

Fonte consultada: Revista Internacional de Espiritismo