"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

domingo, 18 de julho de 2010

O que é Gordura trans?

Bem amigos, a minha intenção ao criar esse blog, não era somente falar das coisas do espírito, mas aliar a matéria a isso tudo, afinal de contas estamos encarnados não é mesmo?
Atendendo a alguns leitores, que me questionaram a respeito de assuntos do nosso dia dia, começarei a tirar algumas dúvidas de questões que me foram feitas. A primeira é sobre gordura trans , são gorduras vegetais transformadas por meio de um processo químico chamado hidrogenação. Ela se solidifica e passa a se chamar trans. Esse tipo de gordura dá maior durabilidade aos alimentos, deixando-os saborosos, crocantes e sólidos em temperatura ambiente. Essas características diminuem o custo de produção e tornam mais fácil sua conservação

Por que ela é perigosa?
Pesquisas médicas já comprovaram que ela diminui o HDL (colesterol bom) e aumenta o LDL (colesterol ruim), provocando acúmulo de gordura nas artérias. As conseqüências diretas são aterosclerose, desencadeante do processo de infarto. Além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares, sabe-se que a gordura trans eleva a incidência de acidente vascular cerebral (em função do entupimento das artérias cerebrais), câncer de mama, de cólon (intestino grosso) e de próstata. Estudos ainda sem comprovação científica alertam para maior risco de doença de Alzheimer entre as pessoas que consomem grandes quantidades dessa gordura
Como ela pode ser substituída?
- Use óleos naturais não-hidrogenados, como azeite de oliva e de canola
- Use margarina com menos de 2g de gordura saturada por colher de sopa. Entre os ingredientes do produtos, o ideal é que a água seja um deles.
Onde Ela Está?
A quantidade máxima de gordura trans que uma pessoa pode ingerir por dia sem comprometer a saúde é de 1% do total de calorias diárias, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (www.who.int). Confira as porcentagens (em média) de gordura trans em alguns alimentos:
Biscoitos doces 5,76%
Biscoito tipo cracker 7,05%
Pão branco 0,87%
Bolos 2,75%
Batata frita em óleo vegetal 3,11%
Pipoca estourada na panela 35,24%
Milkshake de chocolate 3,57%
Sorvete de baunilha 4,14%
Banha 1,64%
Maionese 2,71%
Margarina 29,42%
Molho italiano para salada 13,8%
*Porcentagens aproximadas dentro do total de gordura presente no produto
Fonte: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e Agência Regulatória de Medicamentos e Alimentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês)

sábado, 17 de julho de 2010

Espiritismo e Ecologia

Antes de mais nada, devemos saber qual o significado do termo Ecologia:



oikos , em grego, quer dizer “casa”, “lugar onde se vive” e logos, também do grego, significa, “estudo de”.
Ecologia, de com a etiologia da palavra pode ser entendida como “o estudo dos organismos em sua casa”, porém a ecologia é muito mais , ela estuda o inter-relacionamento entre os seres vivos e esses com o meio ambiente.
Considerando-se que a ecologia esta relacionada com a biologia de grupos de organismos e com processos funcionais nas terras, oceanos e águas doces é mais acurado dizer-se que ecologia é o estudo da estrutura e funções da natureza (admitindo-se que a humanidade é parte integrante dela), ou ainda: é a ciência do “ambiente vivo” ou simplesmente “da biologia ambiental”.
Pelo que pode-se ver do que foi dito acima em termos de conceituações, o Homem tem-se interessado pela Ecologia de uma forma prática, nada pragmática, desde muito cedo em sua História. Nas sociedades primitivas, cada indivíduo, para sobreviver, precisou ter um conhecimento definido do seu ambiente, isto é, para saber valer-se dele, precisou compreender as forças da Natureza , dos seus diferentes reinos, quer dizer: dos minerais, vegetais e demais animais.
O fruto de suas próprias observações levou esse homem primitivo a observar os astros em seu deslocamento pelo céu, os ventos, a chuva, as variações de temperatura, as correntes marinhas, as marés, as estações do ano, as plantas a serem cultivadas, por exemplo, e assim, empiricamente, mas perfeitamente integrado com tudo o que a natureza se lhe apresentava permitiu que sua trajetória evolutiva se processasse e chegasse onde estamos hoje, quando a Ciência e a Tecnologia contemporânea, já permitiram levar o Homem a explorar espaços e planetas outros que a Terra, tendo há trinta anos atrás, sido-lhe permitido pisar o solo lunar e retornado à Terra, são e salvo.
Só que o descompasso havido ao longo do tempo, levou o nosso planeta à situação em que se encontra em nossos dias, não precisando acrescentar as crises e os problemas que o próprio homem criou, mas que não se preocupou muito em resolvê-los, pelo menos, de forma objetiva e concreta.
Se considerarmos que as crises morais, sociais e filosóficas engendradas pelo Homem vieram refletir-se , de forma inexorável, sobre o meio que o cerca, como podemos esperar, por mais auto-regenerador que seja o Sistema de Gaia, que o Homem encontre um caminho pacífico e obedecendo os princípios básicos da Natureza para resolver tais conflitos?
“A pressão sobre o meio ambiente é, ao mesmo tempo, causa e efeito de tensões políticas e conflitos militares. As nações freqüentemente lutaram para ter ou manter o controle de matérias primas , suprimento de energia, terras, bacias fluviais , passagens marítimas e outros recursos ambientais básicos. Esses conflitos tendem a aumentar à medida que os recursos escasseiam e aumenta a competição por eles”, este trecho é encontrado na página 325 do relatório BRUNDTLAND, de 1988, da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no livro “Nosso Futuro Comum”, vindo corroborar o que foi dito acima.
Se hoje podemos compreender que a religião é a re-ligação do Homem com Deus Criador, reconectar-se com a Teia da Vida significa, dentro da observância da Lei de Evolução, construir e alimentar comunidades sustentáveis nas quais podemos satisfazer nossas necessidades a aspirações, sem diminuirmos as chances das gerações futuras, tentando o homem de todas as formas possíveis minimizar os efeitos, por mais nefastos que sejam, das disputas políticas entre as nações, sobre o meio ambiente .
Por causa disso, precisamos reaprender alguns princípios básicos de Ecologia.
Considerando-se que, basicamente todos os sistemas vivos exibem os mesmos princípios de organização, todas as comunidades são redes organizacionalmente fechadas, mas abertas a fluxos de energia e de recursos.
Por causa disso, o Homem precisa entender que apenas compreender os ciclos da natureza não lhe basta mais; faz-se necessário que ele traga isso para todas as experiências por que passa ao longo de sua vida. Além do princípio da interdependência, isto é, a dependência mútua de todos os processos vivos uns aos outros, que é a natureza de todo relacionamento ecológico que precisa ser igualmente incorporada, há a necessidade de o homem compreender porque determinadas crises ocorrem em certas regiões da Terra, como conseqüência de sua inadequada prática do uso da terra, por exemplo.
Compreender a interdependência ecológica significa compreender o relacionamento das partes com o todo, dos objetos com os relacionamentos, do conteúdo aos padrões.
Em relação ao espiritismo encontramos no livro “O Consolador”, pelo Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, as questões de número 27, 28 e 121, em que se lê:



“Como devemos compreender a Natureza?” e a resposta de Emmanuel foi a seguinte: “A Natureza é sempre o livro divino, onde a mão de Deus escreveu a história de sua sabedoria, livro da vida que constitui a escola de progresso espiritual do homem evoluindo constantemente com o esforço e a dedicação de seus discípulos”.
Em seguida, foi perguntado a Emmanuel:As manifestações de vida dos vários reinos da Natureza, abrangendo o Homem, significam a expressão do Verbo Divino, em escala gradativa nos processos de aperfeiçoamento da Terra? Ao que foi por ele respondido: “Sim em todos os reinos da Natureza palpita a vibração de Deus, como o Verbo Divino da Criação Infinita; e, no quadro sem-fim do trabalho de experiência, todos os princípios, como todos os indivíduos, catalogam os seus valores e aquisições sagradas para a vida imortal.
A pergunta 121 é a seguinte: “O meio Ambiente influi no Espírito?” e Emmanuel responde: “O meio ambiente em que a alma renasceu, muitas vezes constitui a prova expiatória; com poderosas influências sobre a personalidade, faz-se indispensável que o coração esclarecido coopere na sua transformação para o bem, melhorando e elevando as condições materiais e morais de todos os que vivem na sua zona de influência”.
Pelo exposto, podemos ver que a Ecologia à luz do Espiritismo , certamente diz respeito à uma ecologia mais profunda, da consciência ecológica que deve vir do respeito à qualquer forma de preservação da vida, do respeito pela vida, que vem do religare espiritual.
É intenção de Deus de que todos os Seus filhos sejam felizes e, mesmo que nossa Humanidade atual, esteja neste planeta em fase de provas e expiações, com tudo isso nosso Deus, nos deu, por empréstimo um mundo muito belo, como um verdadeiro caleidoscópio de ambientes, com relevo, rios, montanhas, grutas, vales, florestas, cachoeiras, desertos, regiões cobertas de gelo, sendo as temperaturas muito baixas, fatores limitantes para qualquer forma de vida, onde apenas aquelas que possuam as precondicionantes e que foram sofrendo adaptações lentas e progressivas ao longo do tempo geológico, aperfeiçoaram-se de forma a viver em locais muito inóspitos e assim, para todas as demais formas de vida distribuídas pelas diferentes regiões biogeográficas de nosso planeta.
Se a intenção de Deus tivesse sido apreendida ao longo do tempo, sobretudo, no último século, pelos habitantes da Terra, não estaríamos diante dos descalabros que constatamos hoje em dia.
Naturalmente a Terra foi passando por transformações ( algumas quase imperceptíveis, enquanto outras, com características catastróficas) e os agentes naturais da Natureza, foram fazendo o seu trabalho, todos eles regidos pela batuta invisível dos Engenheiros Siderais.
As paisagens foram se sucedendo e com isso, muitas delas foram desaparecendo num lugar e aparecendo outras, em outros locais, e com elas todo o conjunto de formas vivas igualmente passaram pelo mesmo processo, que é sempre de cunho evolutivo, provendo assim, um saneamento de algumas regiões .
Entretanto, o que se apresenta no mundo atual, resguardadas algumas paisagens naturais que o Homem ainda não conseguiu modificar de forma muito indecorosa, o Continente Antártico sendo um desses exemplos, denota a total incúria e desrespeito, sobretudo do Homem contemporâneo, à Natureza que o cerca , sobretudo vindo a desestabilizar os ciclos biogeoquímicos do planeta, destruindo a camada de Ozônio que a protege da incidência muito acentuada dos raios ultra violeta, o efeito estufa, acrescido do lançamento cada vez maior de CO2 e outros gases que aceleram o efeito estufa, da utilização de defensivos agrícolas que, em nome de um melhor rendimento de safras e com conseqüências danosas para todos os sêres vivos, estão poluindo as terras e os rios , e que, por sua vez irão poluir os mares; e o efeito do “El Ninõ e La Niña”,aí também estão como exemplos muito nefastos.
Hoje , sabemos que estamos na iminência de catástrofes ecológicas de conseqüências imprevisíveis, caso o Homem não desperte rápido do seu sonho destrutivo, em nome do progresso e do desenvolvimento, de um condomínio que esta sob nossa responsabilidade e guarda ,mas que pertence a nosso Deus Criador apenas para quadro de nossa evolução e para ver se despertamos e nos religamos às realidades da Criação.


O que esperar?


Mahatma Gandhi disse certa vez: “Nós precisamos ser a mudança que nós queremos ver no mundo”.


De certa forma é a constatação do que foi dito acima com relação à pergunta de número 29 feita ao Espírito Emmanuel, mas sobretudo em sua resposta, no que tange a própria transformação do Homem para o bem , melhorando e elevando as condições materiais e morais de todos aqueles que vivem em sua esfera de interferência.
E essência do que Gandhi quis dizer foi que, antes que o homem deseje modificar o mundo , ele deve, antes de mais nada, começar por modificar-se a si próprio.
Essa modificação se realiza em dois sentidos: de dentro para fora, isto é, em seus próprios pensamentos, em suas palavras e em suas ações, em relação a ele mesmo e projetando isso para o seu mundo exterior, e, por sua vez, recebendo dele todas as informações necessárias para se engrandecer em conhecimentos, em experiências , sobretudo se modificar para melhor e, por conseguinte, SER aquilo que queremos para o nosso mundo, para o meio, com todo o seu conjunto de funções e de estruturas, mas admitindo que não é a sua vontade pessoal que deve imperar , mas sim o bem estar da humanidade, dotada da mesma paz, equilíbrio e auto-conhecimento que ele próprio.
Através da Educação , que é uma espécie de jornada para dentro do próprio “eu”, certamente o desejado equilíbrio, necessário para que haja uma ação mais efetiva do homem em busca da sua própria evolução, se dará através da busca do equilíbrio saudável dos elementos no ambiente global e que também se aplicam ao equilíbrio saudável das forças que constituem os sistemas políticos. Em outras palavras, é através do auto-conhecimento consciente e disciplinado que poderá o homem chegar ao cerne deste processo, que é eminentemente educativo.
Al Gore disse em seu livro “O Equilíbrio da Terra”, de 1992, “que não surpreende que tenhamos nos tornado tão desconcertados com o mundo natural - e é incrível que ainda sintamos alguma conexão com nós mesmos. Acostumamo-nos com a idéia de um mundo sem futuro. As engenhocas de distração estão gradualmente destruindo a ecologia interior da experiência humana. O essencial para esta ecologia é o equilíbrio entre o respeito pelo passado e a fé no futuro, entre a crença no indivíduo e um compromisso com a comunidade, entre o nosso amor pelo mundo e o nosso medo de perdê-lo. Um equilíbrio, em outras palavras, do qual o ambientalismo espiritual depende”.

V - BIBLIOGRAFIA
• ARAÚJO, H.L. - “ALGUÉM VELA POR VOCE”, ALIANÇA DA FRATERNIDADE. 1995.
• XAVIER,F.C. ( EMMANUEL).- “O CONSOLADOR”, FEB, 1940.
• NOSSO FUTURO COMUM. RELATÓRIO DA COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. ED. DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. 1988
• ODUM,E.P.- FUNDAMENTALS OF ECOLOGY. 2nd. EDITION. 1959
• PLANETA -” MEDITAÇÃO. - VAMOS SALVAR A TERRA?” . número 13. 1999.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Em algum lugar do passado....




Do livro "O QUE É O ESPIRITISMO":



Cap. V - Não consigo explicar a mim mesmo como pode o homem aproveitar da experiência adquirida em suas anteriores existências, quando não se lembra delas, pois que, desde que lhe falta essa reminiscência, cada existência é para ele qual se fora à primeira; deste modo, está sempre a recomeçar.
Suponhamos que cada dia, ao despertar, perdemos a memória de tudo quanto fizemos no dia anterior; quando chegássemos aos setenta anos, não estaríamos mais adiantados do que aos dez; ao passo que recordando as nossas faltas, inaptidões e punições que disso nos provieram, esforçar-nos-emos por evitá-las.
Para me servir da comparação que fizestes do homem, na Terra, com o aluno de um colégio, eu não compreendo como este poderia aproveitar as lições da quarta classe, não se lembrando do que aprendeu na anterior.
Essas soluções de continuidade na vida do Espírito interrompem todas as relações e fazem dele, de alguma sorte, uma entidade nova; do que podemos concluir que os nossos pensamentos morrem com cada uma das nossas existências, para renascer em outra, sem consciência do que fomos; é uma espécie de aniquilamento.
A.K. - De pergunta em pergunta, levar-me-eis a fazer um curso completo de Espiritismo; todas as objeções que apresentais são naturais em quem ainda nada conhece, mas que, mediante estudo sério, pode encontrar-lhes respostas muito mais explícitas do que as que posso dar em sumária explicação que, por certo, deve sempre ir provocando novas questões.
Tudo se encadeia no Espiritismo, e, quando se toma o conjunto, vê-se que seus princípios emanam uns dos outros, servindo-se mutuamente de apoio; e, então, o que parecia uma anomalia, contrária à justiça e à sabedoria de Deus, se torna natural e vem confirmar essa justiça e essa sabedoria. Tal é o problema do esquecimento do passado, que se prende a outras questões de não menor importância e, por isso, não farei aqui senão tocar levemente o assunto.
Se cada uma de suas existências um véu esconde o passado do Espírito, com isso nada perde ele das suas aquisições, apenas esquece o modo por que as conquistou.
Servindo-me ainda da comparação supra com o aluno, direi que pouco importa saber onde, como, com que professores ele estudou as matérias de uma classe, uma vez que saiba, quando passa para a classe seguinte. Se os castigos o tornaram laborioso e dócil, que lhe importa saber quando foi castigado por preguiçoso e insubordinado?
É assim que, reencarnando, o homem traz por intuição e como idéias inatas, o que adquiriu em ciência e moralidade. Digo em moralidade porque, se no curso de uma existência ele se melhorou, se soube tirar proveito das lições da experiência, se tornará melhor quando voltar; seu Espírito, amadurecido na escola do sofrimento e do trabalho, terá mais firmeza; longe de ter de recomeçar tudo, ele possui um fundo que vai sempre crescendo e sobre o qual se apóia para fazer maiores conquistas.
A segunda parte de vossa objeção, relativa ao aniquilamento do pensamento, não tem base mais segura, porque esse olvido só se dá durante a vida corporal; uma vez terminada ela, o Espírito recobra a lembrança do seu passado; então poderá julgar do caminho que seguiu e do que lhe resta ainda fazer; de modo que não há essa solução de continuidade em sua vida espiritual, que é a vida normal do Espírito. Esse esquecimento temporário é um benefício da Providência; a experiência só se adquire, muitas vezes, por provas rudes e terríveis expiações, cuja recordação seria muito penosa e viria aumentar as angústias e tribulações da vida presente.
Se os sofrimentos da vida parecem longos, que seria se a eles se juntasse à lembrança do passado?
Vós, por exemplo, meu amigo, sois hoje um homem de bem, mas talvez devais isso aos rudes castigos que recebestes pelos malefícios que hoje vos repugnariam à consciência; ser-vos-ia agradável a lembrança de ter sido outrora enforcado por vossa maldade? Não vos perseguiria a vergonha de saber que o mundo não ignorava o mal que tínheis feito? Que vos importa o que fizestes e o que sofrestes para expiar, quando hoje sois um homem estimável? Aos olhos do mundo, sois um homem novo, e aos olhos de Deus um Espírito reabilitado. Livre da reminiscência de um passado importuno, viveis com mais liberdade; é para vós um novo ponto de partida; vossas dívidas anteriores estão pagas, cumprindo-vos ter cuidado de não contrair outras.
Quantos homens desejariam assim poder, durante a vida, lançar um véu sobre os seus primeiros anos! Quantos, ao chegar ao termo de sua carreira, não têm dito: "Se eu tivesse de recomeçar, não faria mais o que fiz!".
Pois bem, o que eles não podem fazer nesta mesma vida, fá-lo-ão em outra; em uma nova existência, seu Espírito trará, em estado de intuição, as boas resoluções que tiver tomado. É assim que se efetua gradualmente o progresso da humanidade.
Suponhamos ainda - o que é um caso muito comum - que, em vossas relações, em vossa família mesmo se encontre um indivíduo que vos deu outrora muitos motivos de queixa, que talvez vos arruinou, ou desonrou em outra existência, e que, Espírito arrependido, veio encarnar-se em vosso meio, ligar-se a vós pelos laços de família, a fim de reparar suas faltas para convosco, por seu devotamento e afeição; não vos acharíeis mutuamente na mais embaraçosa posição, se ambos vos lembrásseis de vossas passadas inimizades? Em vez de se extinguirem, os ódios se eternizariam.
Disso resulta que a reminiscência do passado perturbaria as relações sociais e seria um tropeço ao progresso. Quereis uma prova?
Supondo que um indivíduo condenado às galés tome a firme resolução de tornar-se um homem de bem, que acontece quando ele termina o cumprimento da pena? A sociedade o repele, e essa repulsa o lança de novo aos braços do vício. Se, porém, todos desconhecessem os seus antecedentes, ele seria bem acolhido; e, se ele mesmo os esquecesse, poderia ser honesto e andar de cabeça erguida, em vez de ser obrigado a curvá-la sob o peso da vergonha do que não pode olvidar.
Isto está em perfeita concordância com a doutrina dos Espíritos, a respeito dos mundos superiores ao nosso planeta, nos quais, só reinando o bem, a lembrança do passado nada tem de penosa; eis por que seus habitantes se recordam da sua existência precedente, como nós nos recordamos hoje do que ontem fizemos.
Quanto à lembrança do que fizeram em mundos inferiores, ela produz neles a impressão de um mau sonho. (Páginas 114 a 117).


Do "LIVRO DOS ESPÍRITOS", Parte 2a, Cap VII:


392. Por que perde o Espírito encarnado a lembrança do seu passado?
"Não pode o homem, nem deve, saber tudo. Deus assim o quer em sua sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, como quem, sem transição, saísse do escuro para o claro. Esquecido de seu passado ele é mais senhor de si".
393. Como pode o homem ser responsável por atos e resgatar faltas de que se não lembra? Como pode aproveitar da experiência de vidas de que se esqueceu? Concebe-se que as tribulações da existência lhe servissem de lição, se se recordasse do que as tenha podido ocasionar. Desde que, porém, disso não se recorda, cada existência é, para ele, como se fosse a primeira e eis que então está sempre a recomeçar. Como conciliar isto com a justiça de Deus?
"Em cada nova existência, o homem dispõe de mais inteligência e melhor pode distinguir o bem do mal. Onde o seu mérito, se se lembrasse de todo o passado? Quando o Espírito volta à vida anterior (a vida espírita), diante dos olhos se lhe estende toda a sua vida pretérita. Vê as faltas que cometeu e que deram causa ao seu sofrer, assim como de que modo as teria evitado. Reconhece justa a situação em que se acha e busca então uma existência capaz de reparar a que vem de transcorrer".
"Escolhe provas análogas às de que não soube aproveitar, ou as lutas que considere apropriadas ao seu adiantamento e pede a Espíritos que lhe são superiores que o ajudem na nova empresa que sobre si toma, ciente de que o Espírito, que lhe for dado por guia nessa outra existência, esforçará pelo levar a reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das em que incorreu. Tendes essa intuição no pensamento, no desejo criminoso que freqüentemente vos assalta e a que instintivamente resistis, atribuindo, as mais das vezes, essa resistência aos princípios que recebestes de vossos pais, quando é a voz da consciência que vos fala. Essa voz, que é a lembrança do passado, vos adverte para não recairdes nas faltas de que já vos fizestes culpados. Em a nova existência, se sofre com coragem aquelas provas, e resiste, o Espírito se eleva e ascende na hierarquia dos Espíritos, ao voltar para o meio deles".
Não temos, é certo, durante a vida corpórea, lembrança exata do que fomos e do que fizemos em anteriores existências; mas temos de tudo isso a intuição, sendo as nossas tendências instintivas uma reminiscência do passado. E a nossa consciência, que é o desejo que experimentamos de não reincidir nas faltas já cometidas, nos concita à resistência àqueles pendores.
394. (...) No esquecimento das existências anteriormente transcorridas, sobretudo quando foram amarguradas, não há qualquer coisa de providencial e que revela a sabedoria divina? Nos mundos superiores, quando o recordá-las já não constitui pesadelo, é que as vidas desgraçadas se apresentam à memória. Nos mundos inferiores, a lembrança de todas as que se tenham sofrido não agravaria as infelicidades presentes? Concluamos, pois, daí que tudo o que Deus fez é perfeito e que não nos toca criticar-lhe as obras, nem lhe ensinar como deveria ter regulado o Universo.
Gravíssimos inconvenientes teria nos lembrarmos das nossas individualidades anteriores. Em certos casos, humilhar-nos-ia sobremaneira. Em outros nos exaltaria o orgulho, peando-nos, em conseqüência, o livre-arbítrio. Para nos melhorarmos, dá-nos Deus exatamente o que nos é necessário e basta: a voz da consciência e os pendores instintivos. Priva-nos do que nos prejudicaria.
Acrescentemos que, se nos recordássemos dos nossos precedentes atos pessoais, igualmente nos recordaríamos dos outros homens, do que resultariam talvez os mais desastrosos efeitos para as relações sociais. Nem sempre podendo honrar-nos do nosso passado, melhor é que sobre ele um véu seja lançado. Isto concorda perfeitamente com a doutrina dos Espíritos acerca dos mundos superiores a Terra. Nesses mundos, onde só reina o bem, a reminiscência do passado nada tem de dolorosa. Tal a razão por que neles as criaturas se lembram da sua anterior existência, como nos lembramos do que fizemos na véspera. Quanto à estada em mundos inferiores, não passa, então, como já dissemos, de mau sonho.
395. Podemos ter algumas revelações a respeito de nossas vidas anteriores?
"Nem sempre. Contudo, muitos sabem o que foram e o que faziam. Se se lhes permitisse dizê-lo abertamente, extraordinárias revelações fariam sobre o passado".
396. Algumas pessoas julgam ter vaga recordação de um passado desconhecido, que se lhes apresenta como a imagem fugitiva de um sonho, que em vão se tenta reter. Não há nisso simples ilusão?
"Algumas vezes, é uma impressão real; mas também, freqüentemente, não passa de mera ilusão, contra a qual precisa o homem pôr-se em guarda, porquanto pode ser efeito de superexcitada imaginação".
397. Nas existências corpóreas de natureza mais elevada do que a nossa, é mais clara a lembrança das anteriores?
"Sim, à medida que o corpo se torna menos material, com mais exatidão o homem se lembra do seu passado. Esta lembrança, os que habitam os mundos de ordem superior a têm mais nítida".
398. Sendo os pendores instintivos uma reminiscência do seu passado, dar-se-á que, pelo estudo desses pendores, seja possível ao homem conhecer as faltas que cometeu?
"Até certo ponto, assim é. Preciso se torna, porém, levar em conta a melhora que se possa ter operado no Espírito e as resoluções que ele haja tomado na erraticidade. Pode suceder que a existência atual seja muito melhor que a precedente".
a) Poderá também ser pior, isto é, poderá o Espírito cometer, numa existência, faltas que não praticou na precedente?
"Depende do seu adiantamento. Se não souber triunfar das provas, possivelmente será arrastado a novas faltas, conseqüentes, então, da posição que escolheu. Mas, em geral, estas faltas denotam mais um estacionamento que uma retrogradação, porquanto o Espírito é suscetível de se adiantar ou de parar, nunca, porém, de retroceder". 399. Sendo as vicissitudes da vida corporal expiação das faltas do passado e, ao mesmo tempo, provas com vistas ao futuro, seguir-se-á que da natureza de tais vicissitudes se possa deduzir de que gênero foi à existência anterior?
"Muito amiúde é isso possível, por que cada um é punido naquilo por onde pecou. Entretanto, não há que tirar daí uma regra absoluta. As tendências instintivas constituem indício mais seguro, visto que as provas por que passa o Espírito o são, tanto pelo que respeita ao passado, quanto pelo que toca ao futuro".
Chegado ao termo que a Providência lhe assinou à vida na erraticidade, o próprio Espírito escolhe as provas a que deseja submeter-se para apressar o seu adiantamento, isto é, escolhe meios de adiantar-se e tais provas estão sempre em relação com as faltas que lhe cumpre expiar. Se delas triunfa, eleva-se; se sucumbe, tem que recomeçar.
O Espírito goza sempre do livre-arbítrio. Em virtude dessa liberdade é que escolhe, quando desencarnado, as provas da vida corporal e que, quando encarnado, decide fazer ou não uma coisa e procede à escolha entre o bem e o mal. Negar ao homem o livre-arbítrio fora reduzi-lo à condição de máquina.
Mergulhado na vida corpórea, perde o Espírito, momentaneamente, a lembrança de suas existências anteriores, como se um véu as cobrisse. Todavia, conserva algumas vezes vaga consciência dessas vidas, que, mesmo em certas circunstâncias, lhe podem ser reveladas. Esta revelação, porém, só os Espíritos superiores espontaneamente lha fazem, com um fim útil, nunca para a vã curiosidade.
As existências futuras, essas em nenhum caso podem ser reveladas, pela razão de que dependem do modo por que o Espírito se sairá da existência atual e da escolha que ulteriormente faça.
O Esquecimento das faltas praticadas não constitui obstáculo à melhoria do Espírito, porquanto, se é certo que este não se lembra delas com precisão, não menos certo é que a circunstância de as ter conhecido na erraticidade e de haver desejado repará-las o guia por intuição e lhe dá a idéia de resistir ao mal, idéia que é a voz da consciência, tendo a secundá-la os Espíritos superiores que o assistem, se atende às boas inspirações que lhe dão.
O homem não conhece os atos que praticou em suas existências pretéritas, mas pode sempre saber qual o gênero das faltas de que se tornou culpado e qual o cunho predominante do seu caráter. Bastará então julgar do que foi, não pelo que é, sim, pelas suas tendências.
As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro. Depuram-nos e elevam-nos, se as suportamos resignados e sem murmurar.
A natureza dessas vicissitudes e das provas que sofremos também nos podem esclarecer acerca do que fomos e do que fizemos, do mesmo modo que neste mundo julgamos dos atos de um culpado pelo castigo que lhe inflige a lei. Assim, o orgulhoso será castigado no seu orgulho, mediante a humilhação de uma existência subalterna; o mau-rico, o avarento, pela miséria; o que foi cruel para com os outros, pelas crueldades que sofrerá; o tirano, pela escravidão; o mau filho, pela ingratidão de seus filhos; o preguiçoso, por um trabalho forçado etc. (Páginas 214 a 220).
Portanto caros amigos , não inporta quem fomos , o que importa na verdade é quem somos , o que fazemos e o que faremos pra valorizar cada dia a dádiva do reencarne , dádiva essa que nos foi concedida por nosso PAI maior, valorizemos o fato de poder aqui estar para mais uma vez cumprir com nossas obrigações para com os irmãos necessitados e para com nós mesmos.
Fiquem em PAZ !!!

domingo, 11 de julho de 2010

Para onde vamos? - Que tal o UMBRAL???

Boa noite !!!
Segundo o Novo Aurélio a palavra “umbral” foi tomada do espanhol e significa soleira, limiar, entrada, ou seja, a faixa mínima de piso que se acha entre as laterais de uma porta, portão ou passagem e serve de limite entre um cômodo e outro numa construção.

Em 1943, André Luiz, o médico que se tornou conhecido psicografando livros pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, trouxe a público o significado dado à palavra na colônia espiritual “Nosso Lar”, onde passou a viver alguns anos depois de seu desencarne.

Em seu livro também chamado “Nosso Lar”, ele conta como ouviu falar do Umbral pela primeira vez, quando o enfermeiro Lísias lhe dava as primeiras informações sobre a colônia e descreveu-o como região onde existe grande perturbação e sofrimento e para a qual a colônia dedicava atenção especial. 
No Umbral, tudo o que está fora de nós é conseqüência do que está dentro. Tudo o que existe em nosso mundo pessoal e nos acontece é reflexo do que trazemos na consciência. Assim, o Umbral nada mais é que uma faixa de freqüência vibratória a que se ligam os espíritos desequilibrados, cujos interesses, desejos, pensamentos e sentimentos se afinizam. É uma “região” energética onde os afins se encontram e vivem, onde podem dar vazão aos seus instintos, onde convivem com o que lhes é característico, para que um dia, cansados de tanto insistirem contra o fluxo de amor e luz do universo, entreguem-se aos espíritos em missão de resgate, que estão sempre
por lá em trabalhos de assistência.
No livro "O Abismo", de R. A. Ranieri, orientado por André Luiz, vamos encontrar uma descrição dramática dos espíritos que vivem ligados ao subsolo do planeta, em condições terríveis de degradação moral e perispiritual.
No livro "O Céu e o Inferno", de Allan Kardec, encontramos também diversos relatos de espíritos desencarnados que se apresentam pela psicofonia e descrevem as condições em que se encontram no mundo espiritual. Ali, além do relato de vários espíritos perturbados, vamos também encontrar relatos de espíritos relativamente felizes, alguns apenas algumas horas após o seu desencarne, demonstrando que céu e inferno são condições espirituais íntimas, alcançadas por merecimento, que acompanham o espírito onde quer que ele esteja e se mantêm e intensificam pela sintonia com outros espíritos nas mesmas condições.
Apesar de toda perturbação e desequilíbrio dos espíritos que vivem no Umbral, não devemos nos iludir. Existe muita disciplina, organização e hierarquia nos ambientes umbralinos. É o que nos mostra, por exemplo, o espírito Ângelo Inácio, pela psicografia de Robson Pinheiro, em seu livro "Tambores de Angola", e o espírito Nora, pela psicografia de Emanuel Cristiano, em seu livro "Aconteceu na Casa Espírita". Vemos ali o quanto esses espíritos podem ser inteligentes, organizados, determinados e displinados em suas práticas negativas, criando instituições, métodos, exércitos e até cidades inteiras para servir aos seus propósitos.
É preciso que compreendamos que todos nós já estamos vivendo numa dessas “camadas” de Umbral que envolvem a Terra e que todos nós criamos o nosso próprio Umbral particular sempre que contrariamos as leis divinas universais, as quais podem ser resumidas numa única expressão: Fé no amor !
Mas o Umbral não é um mundo só de desencarnados. Muitos projetores conscientes (encarnados que fazem projeções astrais conscientes) narram passagens por regiões escuras e densas, semelhantes às descrições de André Luiz em "Nosso Lar".
Todos os encarnados desprendem-se do corpo físico durante o sono e circulam pelo mundo espiritual. Esse é um fenômeno absolutamente natural e inerente a todo espírito encarnado. Uma grande parte continua a dormir em espírito, logo acima de onde está descansando o corpo físico. Outros limitam-se a passear inconscientes pelo próprio quarto ou casa, repetindo, mecanicamente, o que fazem todos os dias durante a vigília. E há os que saem de casa e vão além.
Dentre estes, uma pequena parte procura manter uma conduta ética elevada, 24h por dia, tentando sempre melhorar-se como pessoa, buscando sempre ajudar e crescer e, muitas vezes, é levada ao Umbral em missão de resgate ou assistência, trabalhando com espíritos mais preparados, doando suas energias pelo bem de outros espíritos.
O Umbral está em todo lugar e em lugar nenhum, pois está dentro de quem o cria para si mesmo e acompanha o seu criador para onde quer que ele vá.
Toda vez que nos deixamos levar por impulsos de raiva, agressividade, ganância, inveja, ciúmes, egoísmo, orgulho, arrogância, preguiça, estamos acessando uma faixa mais densa desse Umbral. Toda vez que julgamos, criticamos ou condenamos os outros, estamos nos revestindo energeticamente de emanações típicas do Umbral. Toda vez que desejamos o mal de alguém, que nos deprimimos, que nos revoltamos ou entristecemos, criamos um portal automático de comunicação com o Umbral. Toda vez que nos entregamos aos vícios, à exploração dos outros, aos desejos de vingança, aos preconceitos, criamos ligações com mentes que vibram na mesma faixa doentia e estão sintonizadas com o Umbral.
O Umbral só existe porque nós mesmos o criamos, e só continuará existindo enquanto nós mesmos insistirmos em mantê-lo com nossos desequilíbrios.
É por essa razão que Jesus nos aconselha a vigiar e orar, indicando que, para termos paz de espírito e equilíbrio, é necessário estarmos sempre atentos aos próprios impulsos e ligados a mentes iluminadas que possam nos inspirar sentimentos e pensamentos elevados.
Por isso é importante que não vejamos o Umbral como um lugar a ser evitado ou uma idéia a não ser comentada, mas como desequilíbrio espiritual temporário de espíritos como nós que, muitas vezes, só precisam de um pouco de atenção e orientação para se recuperarem e voltarem ao curso sadio de suas vidas.
É comum encontrarmos médiuns e doutrinadores que têm medo ou aversão ao trabalho com espíritos do Umbral, evitando atendê-los, ignorando-os friamente ou tratando-os como criminosos sem salvação que não merecem qualquer compaixão ou respeito. Estas pessoas esquecem-se de um dos preceitos básicos da espiritualidade: a caridade.
É preciso estender a mão espiritual a estas entidades para que possam sair dessa sintonia e possam também colaborar com o trabalho gigantesco de resgate a ser feito nas regiões umbralinas. Além de retirar espíritos dessa sintonia, os trabalhos de desobsessão e orientação a desencarnados de grupos mediúnicos bem orientados, equilibrados, livres de preconceitos, prestam um grande serviço à própria humanidade terrena, na medida em que recuperam muitos obsessores e assediadores que lá vivem e se ocupam de perseguir espíritos encarnados.
Os habitantes do Umbral não são nossos inimigos, mas espíritos que precisam de compreensão e ajuda. Não são irrecuperáveis, mas perderam o rumo do crescimento espiritual. Não estão abandonados por Deus, mas não sabem disso e desistem de procurar orientação. Não são diferentes de nós, mas tão semelhantes que vivem lado a lado conosco, todos os dias, observando nossos atos, analisando nossos pensamentos, vigiando nossos sentimentos, prestando atenção às nossas atitudes.
Por isso queridos amigos, todos nós de uma forma ou de outra passaremos por essa zona de evolução, para aprender, resgatar , perdoar, primeiro a nós mesmos , depois aos nossos irmãos e ai  quem sabe receber a dádiva do resgate , e se for de nosso merecimento reencarnar para continuar a minimizar  nossos karmas e nesse planeta de provas e expiações procurar cada vez mais trabalhar em nome de nosso querido mestre "JESUS". 






sexta-feira, 2 de julho de 2010

Caminhando na luz irmãos!!!


Amigos boa noite!
Não fiquemos tristes, o futebol é alegria , é união , é uma maneira de cada um de nós estravassarmos nossas iras, angústias ,mágoas, perdemos ? No jogo sim na vida nunca !
Hoje é sexta-feira e essa hora (21.30h), eu deveria estar trabalhando na ajuda de alguns amigos ,  sendo assim resolvi colocar aqui algumas idéias já que não estou trabalhando em prol da caridade (graças ao nosso futebol) ,vamos trabalhar de outra maneira, na vida nada acontece por acaso , não podemos jamais perder a esperança de que dias melhores virão, bom, esperança é, genericamente falando, toda a tendência para com o bem futuro e possível, mas incerto,   é a expectação de algo superior e perfeito. A esperança diz respeito à nossa transcendência, à nossa comunhão com o Ser supremo. Por que, mesmo nas situações mais difíceis, há sempre a expectativa de possuir o bem desejado? Alguns mesmos chegam a dizer que "a esperança é a última que morre".
Já a  caridade , está mais ligada a uma ação concreta. Ela é presente, é uma prática. Enquanto a primeira diz respeito ao futuro, esta diz respeito ao presente, à ação. Nesse sentido, podemos diferenciar os atos de caridade da caridade propriamente dita, ou seja, podemos perfeitamente auxiliar o próximo, sem que esse sentimento faça parte de nosso passivo espiritual.
Ja a  fé, mãe da esperança e da caridade, é filha do sentimento e da razão. Quer dizer, a fé, ao ser movida pelo livre-arbítrio, tem o suporte do sentimento e da razão, que lhe dão garantia de obter o esperado, desde que aja caritativamente. Nesse sentido, o Espírito Emmanuel diz-nos: "A fé é guardar no coração a certeza iluminada de Deus, com todos os valores da razão tocados pelo perfume do sentimento".
A esperança e a caridade, como vimos, são filhas da fé. Esta deve velar pelas filhas que tem. Para isso, convém construir a base do edifício em fundações sólidas. A nossa fé tem de ser mais forte do que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, porque a fé que não afronta o ridículo dos homens não é a verdadeira fé. Além disso, para que a fé seja proveitosa, deve ser ativa, ou seja, não se deve entorpecer.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.