"Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões". ...Leon Denis

"O espiritismo é toda uma ciência, é toda uma filosofia.Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição,submeter-se a um estudo sério e persuadir-se que mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando" Allan Kardec

"Se a religião recusa caminhar com a ciência, a ciência avança sozinha."... (Allan Kardec)

sábado, 29 de maio de 2010

Espiritismo ou Espiritualismo? - São doutrinas diferentes?

Frequentemente sou abordado por pessoas que questionam acerca das diferenças entre Espiritismo e Espiritualismo. Perguntam, ainda, se ambas as doutrinas não seriam a mesma coisa.
Importante frisar que essa confusão não acontece apenas nos meios não-religiosos. Ela é muito freqüente entre os espiritualistas que em sua maioria não conhecem as bases filosóficas da doutrina à qual pertencem.
Obviamente, não é à toa que tal fenômeno ocorre. São fatores históricos que geraram tais confusões que, aliás, parecem ser de senso-comum, uma vez observada a naturalidade com que muitos afirmam que todo culto afro-católico é uma doutrina espírita, o que não é verdade. Kardec, quando elaborou o prefácio da obra viga mestra (O Livro dos Espíritos), afirmou que para coisas novas deveriam existir palavras novas. Foi aí que definiu a palavra Espiritismo e Espíritas (ou espiritistas) para diferenciar a Doutrina e seus seguidores das de outros movimentos religiosos.
Quem estuda as obras kardequianas e segue tal doutrina é Espírita. Simples assim. Não existe a palavra kardecismo, visto que Kardec não fundou nada, a Doutrina não é dele, mas sim dos Espíritos. Ele contribuiu com suas colocações lúcidas e organizou as informações vindas do Plano Mais Alto.
Espiritualismo é a doutrina ou sistema que admite a presença, no homem e no mundo em geral, do elemento espiritual. Desse modo, a maior parte das religiões são espiritualistas, uma vez que crêem na existência da dualidade corpo e alma. O Espiritualismo é o oposto do materialismo, que afirma não existir nada além da matéria. Espiritismo, contudo, significa Doutrina dos Espíritos. Ou seja, há um parentesco significativo entre ambas, mas não são a mesma coisa. Aliás, posso afirmar que elas apresentam práticas bastante diferentes.
Resumindo: todo Espírita é Espiritualista, mas nem todo Espiritualista é Espírita.

domingo, 16 de maio de 2010

Você conhece a NEUROTEOLOGIA?


Também conhecida como Bioteologia ou Neurociência Espiritual é o estudo da base neural da espiritualidade e emoção religiosa. A meta da Neuroteologia está em descobrir os processos cognitivos que produzem experiências espirituais ou religiosas e relacioná-las com padrões de atividade no cérebro, como elas evoluíram nos humanos, e os benefícios dessas experiências.
No início do séc. XX a psiquiatria e a psicologia viam os estudos com as experiências religiosas com indiferença e remeteram as experiências místicas para o quarto escuro do inconsciente, isto é, experiência mística seria o mesmo que desvio mental ou doença mental. Hoje, com as descobertas da neuroteologia, a religião e a fé deixam o quarto escuro do inconsciente preconceituoso de outrora para fazer parte das experiências neurológicas e psicológicas, que apontam para uma interação entre espiritualidade e o cérebro, daí podermos considerar a neuroteologia como uma aproximação da biologia com a fé.



Na década de 90 foi feita uma pesquisa pelo Instituto Gallup, que apurou o seguinte: 53% dos americanos adultos admitiram terem vivenciado um momento súbito de despertar espiritual. No Brasil, o Instituto Vox Populi apurou em uma pesquisa que 99% da população compartilham a crença em Deus. Pelos resultados podemos concluir que as experiências transcendentais não se limitam apenas aos círculos religiosos.


As pesquisas neuroteológicas foram iniciadas nos anos 70 pelo psiquiatra e antropólogo Eugene d’Aquili (já desencarnado). No início da década de 90 d’Aquili se juntou ao radiologista Andrew Newberg, da Universidade da Pensilvânia, que aos 35 anos tornou-se uma das principais figuras da emergente ciência da neuroteologia, que explora as ligações entre espiritualidade e o cérebro.


O radiologista Andrew Newberg submeteu a exames tomográficos o cérebro de budistas tibetanos mergulhados em profunda meditação e um grupo de freiras franciscanas, que rezavam fervorosamente durante 45 minutos.


O resultado da pesquisa mostrou que as imagens do lobo parietal superior acusavam uma queda na atividade dessa região, que chegava a ficar bloqueada no momento mais intenso, isto é, no momento que o meditador experimenta a sensação de iluminação religiosa. O mais interessante é que essa área do cérebro proporciona ao homem o senso de orientação no espaço e no tempo. Isso levou os pesquisadores a concluírem que, privados de impulsos elétricos, os neurônios do lobo parietal desligariam os mecanismos das funções visuais e motoras do organismo. Isso levou Newberg a dizer: “O sentimento de unicidade parece paralisar os receptores sensórios da região parietal”. Exatamente por isso, o cérebro não consegue traçar fronteiras e por isso percebe o “eu” como um ente expandido, ilimitado e unido a todas as coisas. As imagens dos lobos temporais, na região do “cérebro emocional”, também conhecida como sistema límbico, indicam uma atividade intensa dessas áreas durante as experiências contemplativas.


Para ratificar essas experiências Michael Persinger, da Universidade Laurentian, em Sudbury, no Canadá, inventou uma engenhoca (um capacete) que, através de estímulos elétricos na base do sistema límbico, pode provocar alucinações ou a sensação de estar fora do corpo e o senso do divino.


Os resultados dos testes foram apresentados no livro “Why God Won’t Go Away: Brain Science and the Biology of Belief” (Por que Deus não vai embora: a ciência do cérebro e a biologia da fé”), ainda sem tradução no Brasil.


Allan Kardec esclarece que “a Ciência e a Religião são duas alavancas da inteligência humana” porque “uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral.” Daí conclui que: “Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de idéias provém apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à intolerância.”


Entre as causas de conflito está o reducionismo (“tendência que consiste em reduzir os fenômenos complexos a seus componentes mais simples e a considerar estes últimos como mais importantes que o fenômenos observados”) que é um dos principais argumentos do materialismo; ora, o Espiritismo é o antípoda do materialismo.


O Livro dos Espíritos na questão 367 aborda o tema materialismo e mostra o erro do reducionismo científico:


“Unindo-se ao corpo, o Espírito se identifica com a matéria?


- A matéria é apenas o envoltório do Espírito, como o vestuário o é do corpo. Unindo-se a este, o Espírito conserva os atributos da natureza espiritual.”


O atributo essencial do ser humano é sem dúvida a inteligência, mas a causa da inteligência não reside no cérebro humano, mas sim no ser espiritual que sobrevive ao corpo físico.


A neuroteologia na verdade levantou apenas uma ponta do véu, pois a matéria é como um “vidro muito opaco” que embaça a visão dos cientistas reducionistas. Kardec, comentando a questão 368, esclarece que: “Pode-se comparar a ação que a matéria grosseira exerce sobre o Espírito a de um charco lodoso sobre um corpo nele mergulhado, ao qual tira a liberdade dos movimentos.”


Na questão 369 Kardec pergunta: “O livre exercício das faculdades da alma está subordinado ao desenvolvimento dos órgãos?” E os Espíritos respondem com sabedoria: “Os órgãos são os instrumentos da manifestação das faculdades da alma, manifestação que se acha subordinação ao desenvolvimento e ao grau de perfeição dos órgãos, como a excelência de um trabalho o está à da ferramenta própria à sua execução.”


Bem sabemos que a ciência sempre tentou encerrar o Espírito no cérebro, como se ele fosse um prisioneiro, para dissecá-lo e provar que o cérebro é a causa de tudo, mas o Espírito sempre escapa do reducionismo cientificista ileso.


Kardec, conhecedor das idéias de Franz Josef Gall (1758-1828), médico alemão e anatomista renomado e também fundador da frenologia (“que liga cada função mental a uma zona do cérebro”), pergunta aos Espíritos: “Da influência dos órgãos se pode inferir a existência de uma relação entre o desenvolvimento dos do cérebro e o das faculdades morais e intelectuais?” A resposta não deixa margens para dúvidas: “Não confundais o efeito com a causa. O Espírito dispõe sempre das faculdades que lhe são próprias. Ora, não são os órgãos que dão as faculdades, e sim estas que impulsionam o desenvolvimento dos órgãos.”


Não devemos confundir “alhos com bugalhos!” O Espírito é a causa e o cérebro a conseqüência.


Bibliografia:


1. Revista Superinteressante, edição 168, setembro de 2001, págs 98 e 99)


2. Revista Superinteressante, edição 179, agosto de 2002, págs. 58, 59, 60 e 62


3. O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec, 110ª edição, tradução de Guillon Ribeiro, 3/1995, FEB, cap. I, págs. 57 e 58, Aliança da Ciência e da Religião.


4. Grande Enciclopédia Larousse Cultural, Nova Cultural, 1998, volume 20, pág. 4952.


5. O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, 30ª edição, tradução de Guillon Ribeiro, 1967, FEB, questões 367, 368, 369 e 370.

A Escolha dos Pais

Bom dia amigos!
No dia 25-04 coloquei um post sobre Reencarnação a pedidos de alguns colegas que muitas dúvidas tinham sobre o assunto, bom essa semana algumas indagações foram feitas em como seria possível o espírito que vai reencarnar escolher seus pais , qual seria a preparação para esse espírito ,enfim , várias colocações que Ricardo Di Bernardi em seu livro "GESTAÇÃO, SUBLIME INTERCÂMBIO" fala e expõe com muita clareza esse tema, vou tentar resumir aqui um pouco de como a literatura trata esse assunto , no sentido de esclarecer mais uma vez que o merecimento da reencarnação é para que possamos retornar a esse plano de provas e expiações   e saldar as dívidas que contraímos e que ainda não conseguimos saldar em encarnes anteriores.Espero que gostem!
A Escolha dos Pais


"A paternidade e a maternidade são sempre decorrentes de vínculos pretéritos. O triângulo constituído por pai, mãe e filho sempre resulta de uma continuidade necessária para todos os envolvidos na nova constelação familiar, onde, também, irmãos e parentes próximos são normalmente ligações de encarnações anteriores. Nossas dívidas se fazem, muitas vezes, dentro do núcleo familiar e retornamos para corrigir as distorções antigas no mesmo meio".

"Nossos filhos são espíritos. São espíritos com os quais já mantivemos antes importantes vínculos. Com relação à natureza destes vínculos, poderemos classificá-los em vínculos de afeto e de desafeto. Muitas vezes, as dificuldades vivenciadas por duas pessoas geraram entre elas um ódio mútuo ou outra ligação fortemente estreitada pelas energias deletérias de sentimentos inferiores. São os vínculos criados pelo desafeto do passado".

"Uma vez estabelecida a troca recíproca das vibrações desestruturantes, cria-se um elo magnético que prenderá mutuamente os dois indivíduos. Não só o amor, mas também o ódio, une as pessoas. Uma união no sentido de dependência energética que, em alguns casos, chega a conseqüências extremas. Espíritos ligados um ao outro requerem uma situação de terapêutica, que muitas vezes só encontra solução adequada pela anestesia do passado, apagando-se temporariamente as lembranças perturbadoras através de nova encarnação".

"Mas, a reencarnação se tornará realmente eficaz, na função educadora, mantendo os dois envolvidos próximos, criando-se condições para que haja um vínculo de amor entre ambos. Ao renascerem sob o mesmo teto, no templo do lar, pelo instituto divino da reencarnação, anestesiados pela sábia lei do esquecimento do passado, eles aprenderão a se perdoar e se amar".

"Aquele bebê rosado (ou cor de chocolate, conforme o caso), que agora o pai ou a mãe abraçam ou acariciam emocionados, muitas vezes é uma vítima sua no passado, que agora receberá a atenção e os cuidados que lhe eram justamente devidos. Pai e mãe podem se enternecer perante a figura doce, suave de um bebê. A lei da encarnação propiciou condições para que neste instante vítima e algozes se abracem, chorem de emoção e passem a desenvolver uma nova experiência: a experiência do amor".

"Em determinadas reencarnações, pai e mãe é que foram as vítimas e o espírito, que agora desce ao berço, o algoz do passado. Outras vezes, o desentendimento maior se fazia entre dois do triângulo familiar e o terceiro se constituía no elemento de aproximação entre ambos. As circunstâncias são absolutamente peculiares a cada caso, mas só pelo instituto da reencarnação e o véu do esquecimento do passado podemos compreender a máxima cristã de amar os inimigos".

"No entanto, muitas encarnações se fazem novamente como continuidade de vínculos afetivos pretéritos. Podemos subdividir as situações de ligações afetivas anteriores em dois grupos: os afetos harmônicos e os desarmônicos".

"Analisemos inicialmente as situações de afeto harmônico. Espíritos afins, apresentando interesses comuns, semelhança de vibrações energéticas, auras que se sintonizam suave e facilmente. Antigos parentes, velhos conhecidos desta ou de outra encarnações, que retornam ao convívio, a fim de receber o amparo necessário para serem reconduzidos à tarefa maior da sua evolução. Os lares também recebem, portanto, espíritos afins que ampliarão os liames da amizade, fortificando as uniões anteriores".

"A terceira situação mencionada é aquela em que a escolha dos pais é efetuada visando a corrigir um distúrbio na área afetiva: um afeto desarmônico. Vinculações anteriores, neste caso, foram estabelecidas não pelo ódio, mas por um afeto egoisticamente criado. Situações onde duas pessoas mantiveram uniões, lesando uma terceira no seu equilíbrio emotivo. Foram situações de ligações extraconjugais de longa duração e de aparente estabilidade".

"Duas pessoas que, embora tenham assumido compromissos com terceiros, passam a conviver sexualmente durante uma existência em detrimento do equilíbrio afetivo de seus parceiros programados. Cria-se entre a dupla uma interdependência energética, onde ambos reciprocamente se alimentam das energias sexuais do novo parceiro, estabelecendo um vínculo que carece de uma reestruturação em nível de valores espirituais mais de acordo com a lei universal".

"O plano espiritual programa, através das entidades encarregadas deste setor, uma reencarnação onde se deverá mudar o padrão energético-afetivo estabelecido entre os dois personagens em questão. A solução mais freqüentemente utilizada é a manutenção da união entre ambos, mas não uma união conjugal. Reencarnam como pai e filha ou mãe e filho".

"A sabedoria da lei universal encontra na reencarnação o lenitivo do esquecimento para a manutenção do vínculo afetivo em moldes não lesivos aos envolvidos".

"Nesta nova existência, a dupla passará a exercitar o amor desvinculado do envolvimento sexual, mas alicerçado pelas bênçãos do lar".

"Em determinadas situações, a intensidade da ligação é tão expressiva que os elos do passado ainda exercem forte interferência na nova vida, chegando a suplantar o instinto maternal e filial. Surgem então o Complexo de Édipo, onde o filho nutre pela figura materna a paixão do passado, ainda não anestesiada suficientemente por apenas uma reencarnação. O equivalente no sexo feminino, o Complexo de Electra, quando a filha ainda guarda fortes reminiscências da vida anterior, tem a mesma explicação. Desvios estes que serão todos sanados senão nesta vida, em outra próxima, pelo trabalho das equipes de planejamento e escolha dos pais do espírito que renasce". ("Gestação: Sublime Intercâmbio", de Ricardo Di Bernardi, pág.49/52).

Assistência Espiritual na Gestação


" Equipes especializadas no retorno ao mundo físico estudam intensamente e trabalham procurando propiciar a situação mais adequada às necessidades evolutivas dos irmãos que necessitam voltar ao planeta. As obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier (Chico) descrevem com detalhes esta existência. O livro "Missionários da Luz", detalha a reencarnação do espírito de Segismundo, mostrando a participação dos dois planos no processo".

"Uma vez tendo sido escolhidos os pais, pelo critério considerado mais adequado à situação evolutiva do espírito e o merecimento dos genitores, inicia-se uma laboriosa assistência espiritual às pessoas envolvidas na reencarnação. Habitualmente: pai, mãe e filho".

"O trabalho assistencial, por vezes, necessita estender-se a outros membros da família, cuja interferência na gestação se faz de forma acentuada, como, por exemplo, mecanismo de pressão induzindo ao aborto, ou outras formas de interferência que prejudicam a planificação superior. Através da receptividade natural das criaturas, como sensibilidade para-normal ou mediúnica, os mentores espirituais procurarão constantemente intuir para as decisões mais equilibradas e saudáveis, que refletirão no ser que se prepara para voltar ao convívio dos encarnados". (Do livro acima citado, página 53).
Bibliografia:



1. GESTAÇÃO, SUBLIME INTERCÂMBIO, de Ricardo Di Bernardi, pág. 49/52 e 53;


2. MISSIONÁRIOS DA LUZ, de F.C.Xavier/André Luiz, Edição FEB, pág. 180/188.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

"AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO"

Amigos eu não podia deixar de homenagear esses pisicólogos do astral, pois eu os amo muito !!

Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, fumando o seu cachimbo um triste Preto-Velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pela face e... Foram sete.

A Primeira...


A estes indiferentes que vem no Terreiro em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber;

A Segunda...


A esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam;

A Terceira...


Aos maus, aqueles que somente procuram a umbanda em busca de vingança, desejando sempre prejudicar ao semelhante;

A Quarta...


Aos frios e calculistas, que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, e não conhecem a palavra gratidão;

A Quinta...


Chega suave, tem o sorriso, o elogio da flor dos lábios, mas se olharem bem seu semblantes verão escrito: creio na Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zambi, mas somente se resolverem o meu caso ou me curarem disto ou daquilo;

A Sexta...


Aos fúteis, que vão de centro em centro, não acreditando em nada, buscam aconchego, conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente;

A Sétima...


Como foi grande e como deslizou pesada! Foi à última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os Orixás. Aos médiuns vaidosos (as), que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.
Então amigos... prestemos atenção às lágrimas que correm de nossos olhos, deixemos que estas semeiem a o amor que por vezes adormecido em nossos corações, esperando somente uma ação, e nunca uma reação por aquilo nos causa dor.
Olhemos mais adiante, para podermos ver claramente a beleza que nos espera, abramos as mãos em doação, para podermos ter a graça divina do recebimento, enfim, sejamos melhores, pois, o universo conspira para a movimentação de energias do bem.

Salve todos os Pretos-Velhos !!!!

Que esses amigos maravilhosos possam nos amparar e guiar em nossa caminhada!

sábado, 8 de maio de 2010

Doenças: Definições, Causas e Caminhos para a Cura


"A doença é o resultado do desequilíbrio energético do corpo em razão da fragilidade emocional do espírito que o aciona". (Joanna de Ângelis).
"A cura significa o reequilíbrio do Espírito, refletido no corpo espiritual e no corpo físico".
"A Medicina Espiritual é a atividade exercida pelos Espíritos que, utilizando recursos fluídicos, magnéticos e espirituais, promove a cura dos indivíduos, embora comumente se inclua nesta categoria a ação curadora por medicamentos ou por recursos cirúrgicos".
"Os homens precisam entender que a ação magnética, o fenômeno da cura, o potencial energético que se desprende das mãos do médium, atinge ao corpo, mas não é para substituir, pura e simplesmente, a medicação terrena e, sim, para colocar o corpo em condições de equilíbrio e até receber a medicação terrena".
Quem deve ser curado primeiro: o corpo ou o espírito? Ora, "se o corpo reflete o que há no espírito, quem precisa ser curado primeiro é o espírito!".
No tratamento com passes, a eficácia depende da qualidade dos fluidos ministrados.
Segundo Joanna de Ângelis, para vivermos com saúde, devemos: exercitar: o auto-amor, o autoperdão, o estímulo para a vida e a doação! (PLENITUDE).
Segundo o "Evangelho Segundo o Espiritismo", as causas das aflições podem ser atuais ou anteriores à presente encarnação. Por exemplo: Podemos conseguir uma gastrite com o mau uso do regime alimentar, estando aí caracterizado uma causa atual do sofrimento.
Poderia aí haver uma repercussão no Espírito?
Vários estudos sobre a Esquizofrenia nos mostram tratar-se de doença cármica, portanto ligada a causas anteriores do sofrimento. Haverá aí conseqüências para o corpo físico?
Como causas atuais, citaremos ainda a somatização de problemas emocionais causados por: insegurança, medo, mágoa, ódio, rancor e ciúme. São problemas do Espírito, gerando graves problemas orgânicos.
Vemos aí, então, que desequilíbrios do Espírito podem desarmonizar o fluxo de energia, causando doenças físicas e mentais. Segundo Joanna de Ângelis, "A doença é o resultado do desequilíbrio energético, favorecendo o surgimento de doença".
Para compreendermos as causas anteriores dos sofrimentos, relembraremos o ser integral que somos: corpo, espírito, perispírito.
Lembremo-nos, ainda, da sigla AER (arrependimento, expiação, reparação) como fases seqüenciais que vivenciamos para cada falta cometida. Quando nos arrependemos, marcamos energeticamente nosso perispírito. Daí, então, sofrimentos como: paralisias, limitações orgânicas e mentais, patologias congênitas sem possibilidades de reequilíbrio; certos tipos de loucura, de cânceres, enfermidades degenerativas etc. São recursos expiatórios para o infrator.


Segundo André Luiz, "Somos herdeiros de nós mesmos" .

"Se os médicos são mal-sucedidos, tratando da maior parte das moléstias, é que tratam do corpo, sem tratarem da alma. Ora, não se achando o todo em bom estado, impossível é que uma parte dele passe bem". (E.S.E., de Allan Kardec, Introd., item XIX).
"Os sofrimentos devidos a causas anteriores à existência presente, como os que se originam de culpas atuais, são muitas vezes a conseqüência de falta cometida, isto é, o homem, pela ação de uma rigorosa justiça distributiva, sofre o que fez sofrer aos outros". (E.S.E., de Allan Kardec, Cap. V, item 7).
O que é a cura?
É toda uma movimentação química que ocorre nas células, condicionando-nos à retomada da ligação com a vida na plenitude de nossa capacidade de ação.
Curar-se é alcançar maiores níveis de capacidade de amar a nós mesmos, ao próximo e à Vida.
Curar-se é, em essência, um fenômeno espiritual pelo fato de ter sua gênese no Espírito. A cura é, pois, espiritual. Corpo sadio é sinônimo de espírito saudável, que se ama.
Peter Garet, em um artigo, fala do "poder de cura do perdão". A capacidade de perdoar alivia a mente e o coração.
Pesquisas mostraram a relação entre a lembrança de uma ferida antiga e o aumento de pressão sangüínea, dos batimentos cardíacos e da tensão muscular. Pessoas que já perdoaram alguém afirmam estar mais saudáveis do que quem não perdoou, conclui a pesquisa.
"(...) A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada. Mas, depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daqueles que desejam realizar a cura, seja homem ou espírito". (A GÊNESE, Cap XIV).
"Os órgãos físicos são constituídos de moléculas físicas, os órgãos do corpo espiritual são constituídas de moléculas mais sutis. As moléculas materiais são aglomerações das moléculas primitivas. Equilibram-se energeticamente as moléculas mais sutis, teremos como conseqüência um equilíbrio de funções nas moléculas materiais, ou seja, no órgão do corpo físico".
Na aplicação de passes no órgão afetado: Se o médium não tiver conhecimento do corpo humano, o fluido vai ser depositado sobre o órgão lesado e será absorvido por um processo natural e mecânico, conforme a sua necessidade. Se o médium tiver este conhecimento, ele vai direcionar o fluido, injetando-o no órgão lesado, acelerando o processo de absorção. Quanto maior o conhecimento do médium, melhor o resultado.
Na aplicação de passes nos centros de força: O fluido atinge o perispírito e é distribuído para os órgãos. O órgão afetado absorve o fluido por um processo natural e mecânico, conforme a sua necessidade. O mecanismo de absorção do fluido segue o mesmo princípio de transferência de energia: o ponto de menor energia absorve do ponto que tem mais. Quanto ao aspecto de seleção, o órgão lesado vai absorver a energia que lhe está faltando a complementar.


                                                          Os Centros de Força


No livro "Entre a Terra e o Céu", André Luiz, nos passa os ensinamentos do Ministro Clarêncio, que nos esclarecem que "o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, conseqüente 'habitat"que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda.


(...) Sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações, conforme o tipo de pensamento que nos flui da vida íntima. Quanto mais nos avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurescente de nossa organização e, quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso envoltório. (...) Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia do centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais.


Analisando a fisiologia do perispírito, classifiquemos os seus centros de força. Temos:

*O centro coronário - expressão máxima do veículo que nos serve, de alto padrão de radiações, de vez que nele se assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. Dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo responsável pela alimentação das células do pensamento e o provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica.
* O centro cerebral - que ordena as percepções de variada espécie, que na vestimenta carnal constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à Palavra, à Cultura, à Arte, ao Saber. É neste centro que possuímos o comando do núcleo endócrino, referente aos poderes psíquicos.
* O centro laríngeo - que preside aos fenômenos vocais.
* O centro cardíaco - que sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral.
* O centro esplênico - que, no corpo denso, está sediado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os caminhos do veículo de que nos servimos.
* O centro gástrico - que se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluido em nossa organização.
* O centro genésico - em que se localiza o santuário do sexo, como templo modelador de formas e estímulos.
Não podemos olvidar, porém, que o nosso veículo sutil, tanto quanto o corpo de carne, é criação mental no caminho evolutivo. (...) Tudo é trabalho da mente no espaço e no tempo, a valer-se de milhares de formas, a fim de purificar-se e santificar-se para a Glória Divina.
Quando a nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se ao trabalho de reajuste. (ENTRE A TERRA E O CÉU, de André Luiz, páginas 126 e 129).


                                                       O Poder do Pensamento e da Fé


Ainda André Luiz, ouvindo o Assistente AULUS, nos ensina:
Em fotografia precisamos da chapa impressionável para deter a imagem, tanto quanto em eletricidade carecemos do fio sensível para a transmissão da luz. No terreno das vantagens espirituais, é imprescindível que o candidato apresente uma certa "tensão favorável". Essa tensão decorre da fé. (...) Sem recolhimento e respeito na receptividade, não conseguimos fixar os recursos imponderáveis que funcionam em nosso favor, porque o escárneo e a dureza de coração podem ser comparados a espessas camadas de gelo sobre o templo da alma.
O passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. (...) Tudo é espírito no santuário da Natureza. Renovemos o pensamento e tudo se modificará conosco. Na assistência magnética, os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo, edificando valiosas reconstruções. O passe, como reconhecemos, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que o valorizam. (NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, de André Luiz, páginas 168 a 170).


                                                          Genética x Campo Espiritual


Pesquisas do cientista Dean Hamer, do Instituto do Câncer dos Estados Unidos, relacionam dados observados em 33 pares de gêmeos unissexuais com os respectivos códigos. A pesquisa do Dr. Hamer tem o mérito de acrescentar à Genética possibilidade de percorrer caminhos na área do psiquismo - impulsos, desejos e emoções. É a Genética se aproximando do campo espiritual. (Eurípedes Kühl).


                                                     O Futuro do Planeta Terra


Prevenindo-se as doenças = mais fácil será tratá-las
Menos doenças = menos dor
Menos dor = mais evolução espiritual
Mais evolução espiritual = mais amor entre os homens
Mais amor entre os homens = mais próximos de Deus!

O próprio Evangelho do Senhor, na palavra do Apóstolo Pedro, adverte-nos quanto à necessidade de cultivarmos ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobre a multidão de nossos males.
                                                                      Bibliografia:


1. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB, 08/1993;
2. A GÊNESE, de Allan Kardec, Edição FEB, 10/1992;
3. GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl, Edição FEB, 06/1997;
4. ENTRE A TERRA E O CÉU, de F.C.Xavier/André Luiz, Edição FEB, 05/1997;
5. NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, de F.C.Xavier/André Luiz, Edição FEB;
6. PLENITUDE, de Divaldo P. Franco/ Joanna de Angelis, Edição LEAL, 1999;










Animismo

Amigos boa tarde!
Quando coloquei o último post, não imaginei que o assunto fosse dar tanto pano pra manga, sendo assim resolvi aprofundar um pouco o assunto, (respondendo as diversas dúvidas que surgiram) vamos falar um pouco mais da ação do animismo sobre o médium...
Na verdade a questão do animismo foi de tal maneira inflada, além de suas proporções, que acabou transformando-se em verdadeiro fantasma, uma assombração para espíritas desprevenidos ou desatentos. Muitos são os dirigentes que condenam sumariamente o médium, pregando-lhe o rótulo de fraude, ante a mais leve suspeita de estar produzindo fenômeno anímico e não espírita. Não há fenômeno espírita puro, de vez que a manifestação de seres desencontrados, em nosso contexto terreno, precisa do médium encamado, ou seja, precisa do veículo das faculdades da alma (espírito encarnado) e, portanto, anímicas.



Quando Kardec pergunta como é que um espírito manifestante fala uma língua que não conheceu quando encamado, Erasto e Timóteo declaram que o próprio Kardec respondeu à sua dúvida, ao afirmar, no início de sua pergunta, que "os espíritos só têm a linguagem do pensamento; não dispõem da linguagem articulada". Exatamente por isso, ou seja, por não se comunicarem por meio de palavras, eles transmitem aos médiuns seus pensamentos e deixam a cargo do instrumento vesti-los, obviamente, na língua própria do sensitivo.


Reiteramos, portanto, que não há fenômeno mediúnico sem participação anímica. O cuidado que se toma necessário ter na dinâmica do fenômeno não é colocar o médium sob suspeita de animismo, como se o animismo fosse um estigma, e sim ajudá-lo a ser um instrumento fiel, traduzindo em palavras adequadas o pensamento que lhe está sendo transmitido sem palavras pelos espíritos comunicantes.


Certamente ocorrem manifestações de animismo puro, ou seja, comunicações e fenômenos produzidos pelo espírito do médium (Alma) sem nenhum componente espiritual estranho, sem a participação de outro espírito, encamado ou desencontrado. Nem isso, porém, constitui motivo para condenação sumária ao médium e, sim, objeto de exame e análise competente e serena, com a finalidade de apurar o sentido do fenômeno, seu porquê, suas causas e conseqüências.


Suponhamos, por exemplo, que ante determinada manifestação espiritual um certo médium de um grupo, outro médium do mesmo grupo mergulhe, de repente, em um processo espontâneo de regressão_de_memória. Pode ocorrer que ele passe a 'viver', em toda a sua intensidade e realismo, sua própria personalidade de anterior existência. Apresentará, sob tais circunstâncias, todas as características de uma manifestação mediúnica espírita, como se ali estivesse um espírito desencontrado.


Vamos lembrar, novamente, o ensinamento de Erasto e Timóteo: "A alma do médium pode comunicar-se como a de qualquer outro". E isto é válido para a psicografia e para a psicofonia ou até mesmo para fenômenos_de_efeitos_físicos. Não nos cansamos de repetir que tais fenômenos não invalidam a realidade da comunicação espírita e, sim, a complementam e ajudam a entendê-la melhor.


A fim de que possamos estudar o mundo espiritual, adverte Delanne, precisamos de um instrumento, um intermediário entre as duas faces da vida - o médium.


Como o médium possui uma alma e um corpo, ele tem acesso, por uma, à vida do espaço e, pelo outro, se prende à Terra, podendo servir de intérprete entre os dois mundos. Não deixa, portanto, de ser um espírito somente porque está encarnado. Os fenômenos que produzir, como espírito, são também dignos de exame e não de condenação sumária. Algumas perguntas podem ser formuladas para servir de orientação a essa análise:


• São realmente fenômenos anímicos?


• Ou interferências pessoais do médium nas comunicações, no processo mesmo de as "vestir" com palavras, como dizem os espíritos?


• Por que estariam sendo produzidos?


• E como?


• Com que finalidade?


• Como poderemos ajudá-lo a interferir o mínimo possível a fim de que as comunicações traduzam com fidelidade o pensamento dos espíritos?
Hermínio C. Miranda



quarta-feira, 5 de maio de 2010

Animismo e Fraude

O médium que produz uma página por psicografia_automática( A escrita produzida pelo subconsciente, funcionando o sensitivo como médium de si mesmo), com os recursos do seu próprio inconsciente, não está necessariamente fraudando e sim gerando um fenômeno_anímico( Conjunto dos fenômenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em ação, se tem por causalidade o Espírito desencarnado, o fenômeno denomina-se espiritual_ou_mediúnico; mas, se o Espírito é o próprio encarnado, chama-se anímico.). É seu espírito que se manifesta. Só estará sendo desonesto e fraudando se desejar fazer passar sua comunicação por outra, acrescentando-lhe uma assinatura que não for a sua ou atribuindo-a, deliberadamente, a algum espírito desencontrado.



Como o espírito do médium (Alma) também pode comunicar-se - e o faz como espírito, segundo nos assegura a codificação e não como ser humano -, é bem possível que ele tenha uma bagagem espiritual respeitável e uma experiência consolidada por inúmeras vidas que o autorizem a produzir uma comunicação de elevado teor, perfeitamente aceitável do ponto de vista doutrinário e moral e tão autêntica quanto as de origem espiritual, de responsabilidade de seres desencarnados.


Após sensatos e oportunas observações de quem sabe do que fala, Delanne acrescenta: Parece-nos, portanto, indispensável lembrar que somos mais ricos do que geralmente julgamos. Abaixo da consciência jaz um maravilhoso depósito de documentos inexplorados que têm algo a ensinar-nos sobre o próprio substrato da individualidade, da qual depende nosso caráter.


Suponhamos, para argumentar, que, reencarnado em futura existência, um espírito da competência de Erasto ou de Timóteo, de Delanne ou de Kardec produza textosanímicos por psicografia automática, sem nenhuma interferência de seres desencarnados. Certamente teremos a aprender com eles, ante a riqueza de seus conhecimentos e experiência a que se refere Delanne no trecho há pouco transcrito. Seria desastroso rejeitar suas produções apenas porque não se consegue detectar nelas quaisquer sinais de origem rigorosamente espírita.


Mais adiante, prossegue Delanne: A escrita automática poderá trazer ao nosso conhecimento textos perfeitamente coordenados, soluções de problemas considerados insolúveis pelo sensitivo ou ensinamentos que nos parecerão inéditos, sem que atribuamos, necessariamente, tais produções a espíritos desencarnados.


O julgamento de textos, portanto, não deve ser conduzido à base de impulsos e desconfianças apriorísticas e, sim, após criterioso exame crítico de forma e fundo, de conteúdo ideológico e doutrinário.


• A mensagem é boa? Não importa o nome que a subscreve ou deixa de subscrevê-la.


• É inaceitável? Por mais 'importante' que seja o declarado autor, deve ser rejeitada sem remorsos.


O que é preciso evitar, em tais circunstâncias, é criar uma atmosfera de suspeição em tomo do médium. Por duas válidas e significativas razões.


• Se a mensagem não está bem, ainda assim não significa, indiscutivelmente, que ele esteja fraudando. Embora isso possa ocorrer, é também possível que ele tenha acolhido um espírito despreparado que não tenha muito que dar de si, nesse campo.


• Se, por outro lado, a mensagem é aceitável e até boa ou excelente, também não quer dizer que não possa ter sido produzida pelo próprio espírito do médium, como estamos vendo.


Hermínio C. Miranda

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/mediunidade/animismo-herminio-miranda.html

domingo, 2 de maio de 2010

Casamento e Divórcio

Divórcio, edificação adiada, resto a pagar no balanço do espírito devedor. Isso geralmente porque um dos cônjuges, sócio na firma do casamento, veio a esquecer que os direitos na instituição doméstica somam deveres iguais.

A Doutrina Espírita elucida claramente o problema do lar, definindo responsabilidades e entremostrando os remanescentes do trabalho a fazer, segundo os compromissos anteriores em que marido e mulher assinaram contrato de serviço, antes da reencarnação.
Dois espíritos sob o aguilhão do remorso ou tangidos pelas exigências da evolução, ambos portando necessidades e débitos, combinam encontro ou reencontro no matrimônio, convencidos de que união esponsalícia é, sobretudo, programa de obrigações regenerativas.
Reincorporados, porém, na veste física, se deixam embair pelas ilusões de antigos preconceitos da convenção social humana ou pelas hipnoses do desejo e passam ao território da responsabilidade matrimonial, quais sonâmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia como as crianças admitem a solidez dos pequeninos castelos de papelão.
Surgem, no entanto, as realidades que sacodem a consciência.
Esposo e esposa reconhecem para logo que não são os donos exclusivos da empresa. Sogro e sogra, cunhados e tutores consangüíneos são também sócios comanditários, cobrando os juros do capital afetivo que emprestaram, e os filhos vão aparecendo na feição de interessados no ajuste, reclamando cotas de sacrifício.
O tempo que durante o noivado era todo empregado no montante dos sonhos, passa a ser rigorosamente dividido entre deveres e pagamentos, previsões e apreensões, lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento elevado, começam a experimentar fadiga e desânimo, quanto mais se lhes torna necessária a confiança recíproca para que o estabelecimento doméstico produza rendimento de valores substanciais em favor do mundo e da vida do espírito.
Descobrem, por fim, que amar não é apenas fantasiar, mas acima de tudo, construir. E construir pede não somente plano e esperança, mas também suor e por vezes aflição e lágrimas.
Auxiliemos, na Terra, a compreensão do casamento como sendo um consórcio de realizações e concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar.
Divulguemos o princípio da reencarnação e da responsabilidade individual para que os lares formados atendam à missão a que se destinam.
Compreendamos os irmãos que não puderem evitar o divórcio porquanto ignoramos qual seria a nossa conduta em lugar deles, nos obstáculos e sofrimentos com que foram defrontados, mas interpretemos o matrimônio por sociedade venerável de interesses da alma perante Deus.
         ANDRÉ LUIZ

Nos Momentos Graves você deve...

Use calma. A vida pode ser um bom estado de luta, mas o estado de guerra nunca será uma vida boa.



Não delibere apressadamente. As circunstâncias, filhas dos Desígnios Superiores, modificam-nos a experiência, de minuto a minuto.


Evite lágrimas inoportunas. O pranto pode complicar os enigmas ao invés de resolvê-los.


Se você errou desastradamente, não se precipite no desespero. O reerguimento é a melhor medida para aquele que cai.


Tenha paciência. Se você não chega a dominar-se, debalde buscará o entendimento de quem não o compreende ainda.


Se a questão é excessivamente complexa, espere mais um dia ou mais uma semana, a fim de solucioná-la. O tempo não passa em vão.


A pretexto de defender alguém, não penetre o círculo barulhento. Há pessoas que fazem muito ruído por simples questão de gosto.


Seja comedido nas resoluções e atitudes. Nos instantes graves, nossa realidade espiritual é mais visível.


Em qualquer apreciação, alusiva a segundas e terceiras pessoas, tenha cuidado. Em outras ocasiões, outras pessoas serão chamadas a fim de se referirem a você.


Em hora alguma proclame seus méritos individuais, porque qualquer qualidade excelente é muito problemática no quadro de nossas aquisições. Lembre-se de que a virtude não é uma voz que fala, e, sim, um poder que irradia.


ANDRÉ LUIZ